REVISTA MECATRÔNICA EXEMPLO
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energia<br />
F9. Ângulos e alturas máximas para o nível<br />
de proteção IV.<br />
destruição total de componentes (explosão<br />
do encapsulamento) são apenas alguns dos<br />
exemplos de danos que o raio pode causar.<br />
Mas o que fazer para<br />
proteger os equipamentos<br />
eletrônicos contra um raio?<br />
O primeiro conceito importante que o<br />
engenheiro de campo ou desenvolvimento<br />
deve saber é que não existe uma proteção<br />
100% segura. O que fazemos é diminuir os<br />
riscos de danos aos equipamentos e instalações<br />
através de dispositivos de proteção. Mas,<br />
garantir que nenhum sistema irá queimar<br />
na ocorrência de um raio é impossível.<br />
F10. Prédio com pára-raios Franklin.<br />
Proteções Contra<br />
Descargas Atmosféricas<br />
Para efeito de análise vamos dividir as<br />
proteções em duas categorias: externas à<br />
planta (imóvel) e internas.<br />
Proteções externas à planta<br />
A ABNT (Associação Brasileira de Normas<br />
Técnicas) tem uma norma específica para<br />
“proteção de estruturas contra descargas<br />
atmosféricas”, a NBR-5419. A norma internacional<br />
(Protection of Structures Against<br />
Lighting) é a IEC 1024. A tabela 1 é o<br />
resultado empírico de estudos realizados das<br />
várias normas, e define o nível de proteção.<br />
Quanto maior é o nível, tanto maior é a<br />
quantidade de elementos e recursos utilizados<br />
na instalação.<br />
Neste artigo faremos a análise de dois<br />
dispositivos de proteção externos à planta: páraraios<br />
de Franklin e a gaiola de Faraday.<br />
Pára - raios de Franklin<br />
Essa técnica foi proposta por Franklin e<br />
seu princípio de funcionamento é o de criar<br />
uma alta concentração de cargas elétricas<br />
T2. Ângulos de proteção.<br />
que, juntamente com um campo elétrico<br />
intenso, produz a ionização do ar.<br />
Com o rompimento da rigidez dielétrica<br />
do ar, o raio surge entre a nuvem e a haste<br />
de altura h aterrada ao solo (vide figura<br />
8). O que acabamos de descrever chama-se<br />
“teoria das pontas”, que explica porquê as<br />
descargas elétricas ocorrem sempre pelas<br />
pontas dos condutores.<br />
A figura 9 mostra as alturas máximas<br />
em função dos seus respectivos ângulos,<br />
para um sistema de proteção grau IV (vide<br />
tabela 2).<br />
A figura 10 apresenta um prédio protegido<br />
pelo pára-raios de Franklin, onde<br />
podemos notar seus diversos elementos<br />
constituintes. É bom lembrar que o terra deve<br />
estar dentro das normas de pára-raios, pois,<br />
caso ele esteja inadequado (resistência acima<br />
da especificada pela NBR 5419) poderemos<br />
ter sérios problemas quando um raio ocorrer.<br />
As tensões induzidas no solo, por exemplo,<br />
podem levar uma pessoa (localizada próxima<br />
ao pára-raios) à morte. Portanto, é melhor<br />
não instalar um pára-raios, do que fazê-lo<br />
de modo incorreto.<br />
Um dos pontos importantes a ser observado<br />
na instalação do pára-raios é o<br />
cabo de equalização. A figura 11 ilustra<br />
como dois cabos descem de um mesmo<br />
2011 :: Mecatrônica Atual<br />
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