CQC - Comportamento, Qualidade e Criatividade
Trabalho do 3º ano do curso de Jornalismo, 2014. Universidade Santa Cecília, Santos/SP.
Trabalho do 3º ano do curso de Jornalismo, 2014. Universidade Santa Cecília, Santos/SP.
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Pai, mãe, ex-marido, ex-mulher, enteado,<br />
meio-irmão. Quanto mais as famílias se<br />
desfazem e se reconstroem mais personagens<br />
e conflitos vão ficando pelo caminho.<br />
Hoje em dia é natural casais com filhos de outro<br />
relacionamento, mas como será que vivem essas<br />
famílias? Quais os principais desafios que eles<br />
enfrentam? Enquanto não há um manual que<br />
ensine as famílias a se reorganizarem de forma<br />
saudável, muitas brigas e desencontros sacodem<br />
esse universo.<br />
Censo<br />
De acordo com o IBGE famílias reconstituídas<br />
são “os núcleos constituídos depois da separação<br />
ou morte de um dos cônjuges”. Esses grupos<br />
representam 16,3% do total de casais que vivem<br />
com filhos, sendo eles de apenas um dos companheiros<br />
ou de ambos. São mais de 4,4 milhões<br />
as famílias com essas características atualmente<br />
– o restante, quase 84%, é formado por casais<br />
com filhos do marido e da mulher vivendo juntos<br />
no momento da entrevista. (Censo de 2010).<br />
12 <strong>CQC</strong><br />
O ciúmes<br />
Gabriela Prado, 24 anos, mora em São Paulo e<br />
é formada em Design de Interiores. Ela vive um<br />
relacionamento de três anos e meio com Rogério<br />
que já tem um filho. O Nicolas. Gabriela está<br />
grávida de três meses e vai casar em 2015.<br />
“Descobri que meu parceiro tinha um filho logo<br />
no nosso primeiro encontro. Ele me disse que<br />
havia sido casado, mas um casamento que ele<br />
diz ter sido um erro, pois era muito novo. O filho<br />
que ele tanto ama, ele alega ter sido “por engano”,<br />
pois já havia se divorciado.<br />
No inicio, achei o máximo, ele pega o filho aos<br />
finais de semana de 15 em 15 dias desde que o<br />
menino tinha oito meses. Com o passar do tempo,<br />
começamos a namorar, ele conheceu a minha<br />
família, e finalmente fui apresentada para<br />
o filho. Me apaixonei, educado, e me adorou de<br />
primeira. Fiquei preocupada, com medo de não<br />
agrada-lo. Mas, sempre dei a maior atenção que<br />
posso, e muito carinho”<br />
Gabriela conta que algumas coisas antes não tinham<br />
importância, e agora a incomodam bas-