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GAZETA DIARIO 281

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Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 13 e 14 de maio de 2017<br />

EXPECTATIVA<br />

Geral<br />

03<br />

Unila busca financiamento internacional<br />

para retomar as obras do novo campus<br />

Paralisado em janeiro de 2015, empreendimento passa por ações<br />

protetivas para preservar a estrutura já construída<br />

Bruno Soares<br />

Reportagem<br />

A reitoria da Universidade<br />

Federal de Integração Latino<br />

Americana (Unila) busca articular<br />

internacionalmente os<br />

recursos necessários para retomar<br />

as obras de construção de<br />

sua própria sede. Sem indicativo<br />

do Ministério da Educação<br />

(MEC) de que haverá dotação<br />

orçamentária neste ano para<br />

conclusão do empreendimento,<br />

uma das alternativas encontradas<br />

pela administração da universidade<br />

poderá ser dar por<br />

meio de financiamento firmado<br />

junto a fundos estrangeiros.<br />

A informação foi comunicada<br />

ao jornal Gazeta Diário na<br />

manhã de ontem (12) pelo secretário<br />

em exercício de implantação<br />

do campus e do alojamento<br />

universitário da Unila, Hamilton<br />

Nunes Júnior.<br />

"A Unila tem algumas estratégias<br />

para buscar retomar<br />

esta importante obra. Porém,<br />

como atravessamos um período<br />

conturbado no país quanto<br />

à questão de disponibilidade orçamentária<br />

por parte do Governo<br />

Federal, passamos a trabalhar<br />

em torno da possibilidade<br />

de conseguirmos ao menos parte<br />

dos recursos necessários,<br />

com fundos internacionais",<br />

pontuou.<br />

De acordo com o secretário,<br />

o Governo Federal possui participação<br />

em diversas instituições<br />

estrangeiras que poderiam<br />

Foto: Unila<br />

Construção interrompida do Campus recebe ações protetivas<br />

para preservar a estrutura já executada<br />

participar de alguma forma deste<br />

projeto, como, por exemplo,<br />

o Fundo para a Convergência<br />

Estrutural do Mercosul (Focem).<br />

A entidade destina-se a<br />

"financiar programas para promover<br />

a convergência estrutural,<br />

desenvolver a competitividade<br />

e promover a coesão social,<br />

em particular das economias<br />

menores e regiões menos desenvolvidas;<br />

apoiar o funcionamento<br />

da estrutura institucional<br />

e o fortalecimento do processo<br />

de integração" dos países<br />

membros do Mercosul.<br />

De acordo com informações<br />

do Focem, o Brasil é o maior<br />

contribuinte, aportando 70%<br />

dos recursos do Fundo. A Argentina<br />

é responsável pela integralização<br />

de 27% do montante;<br />

o Uruguai, pela contribuição<br />

de 2%; e o Paraguai, de 1%.<br />

"Apresentaremos o projeto<br />

e, se for aprovado, a gente poderá<br />

angariar os recursos, não<br />

em sua totalidade, mas com a<br />

contrapartida de recursos da<br />

União. Isso poderia atender a<br />

demanda da Unila, principalmente<br />

sobre esta etapa inicial<br />

da obra", completa Hamilton.<br />

A construção da sede própria<br />

da Unila teve início em<br />

2011. Sua paralisação ocorreu<br />

após o consórcio responsável<br />

anunciar em junho de 2014,<br />

que suspenderia as atividades,<br />

entretanto, a completa desmobilização<br />

da estrutura e a entrega<br />

do canteiro à Unila ocor-<br />

reram somente em janeiro de<br />

2015. A estimativa é de que<br />

41% da primeira etapa do projeto<br />

tenha sido executado. O<br />

total do contrato de construção<br />

da primeira etapa era de R$<br />

264 milhões, cerca de R$ 108<br />

milhões foram gastos.<br />

A primeira etapa da edificação<br />

tem cerca de 80 mil metros<br />

quadrados, contemplando o<br />

prédio de aulas de 33.558,26<br />

metros quadrados, o restaurante<br />

com 9.352,22 metros quadrados,<br />

o edifício central de<br />

27.926,02 metros quadrados<br />

além da central e galeria de<br />

utilidades com 8.441,85 metros<br />

quadrados. A segunda etapa<br />

prevê a construção de um teatro,<br />

biblioteca e laboratórios.<br />

Ações<br />

protetivas<br />

Diante da falta de dinheiro<br />

para tocar os trabalhos da<br />

forma esperada, a reitoria da<br />

Unila decidiu realizar ações<br />

protetivas à estrutura já<br />

construída, com o objetivo de<br />

preservá-la. Segundo a<br />

assessoria de comunicação da<br />

universidade, o valor da<br />

licitação para a obra de<br />

proteção das estruturas do<br />

campus é de R$ 1,52 milhão,<br />

e o prazo de finalização é de<br />

dez meses. O contrato prevê<br />

complementos de estruturas<br />

em concreto armado,<br />

finalização do subsolo do<br />

edifício central, serviços de<br />

terraplanagem e drenagem<br />

geral com o objetivo de evitar<br />

a deterioração do que já está<br />

construído.<br />

Projeto<br />

A sede da Unila foi projetada<br />

pelo arquiteto Oscar<br />

Niemeyer. O novo campus da<br />

universidade deverá<br />

compreender 144 mil metros<br />

quadrados de área<br />

construída, com 380 mil<br />

metros quadrados de terreno,<br />

além do espaço da reserva<br />

legal.<br />

Os nove prédios abrigarão as<br />

instalações de salas de aula,<br />

diretório, restaurante,<br />

biblioteca, teatro, laboratórios,<br />

recepção, passarela, edifício<br />

central, central e galeria de<br />

utilidades. Após a conclusão,<br />

a estrutura terá capacidade<br />

para atender 10 mil<br />

acadêmicos e 500<br />

funcionários.<br />

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