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Governo de Minas Gerais e<br />
apresentam<br />
7º FESTIVAL LATINO AMERICANO DE TEATRO<br />
desafios da cena contemporânea<br />
Espetáculos Nacionais e Internacionais<br />
Teatro, Cinema, Atividades Formativas e Mais<br />
18 a 29 de Novembro<br />
em Diversos Espaços da Cidade<br />
www.ruinascirculares.iarte.br<br />
facebook.com/7festivalruinascirculares
desafios da cena contemporânea<br />
7º FESTIVAL LATINO AMERICANO DE TEATRO<br />
É com muito alegria que temos a honra de convida-los para prestigiar o Festival Latino Americano de Teatro Ruinas<br />
Circulares, que, em sua sétima edição, ganhou contornos especialíssimos.<br />
Pela primeira vez, contamos com o patrocínio Petrobras, fato que muito além da enorme importância de tornar<br />
exequível sua realização, agrega valor simbólico inestimável ao Festival, em virtude do fato de a Estatal ter se tornado, ao longo de<br />
seu programa de patrocínio, uma das instâncias mais importantes no processo de consagração nacional de obras e projetos<br />
artísticos.<br />
Pela primeira vez, contamos com a Produtora Balaio do Cerrado como uma grande parceira, que, junto com a UFU,<br />
assina a realização de nosso evento maior. E aqui, é preciso que se diga, o contato diário com as personalidades da Produtora<br />
revelou-se de um grande fortunio: confiança, comprometimento, criação e alegria foram as bases que refundaram as relações<br />
interpessoais e interinstitucionais, conectados todos com um proposito maior - oferecer a cidade um “acontecimento” singular que<br />
só a esfera da arte pode proporcionar - a fruição estética e, por meio dela, o sentimento de pertencimento a uma comunidade e a<br />
um modo de vida.<br />
Pela primeira vez, teremos no curso do Festival a presença de um grupo de organizadores e curadores de festivais<br />
nacionais e internacionais que virão com o objetivo de conhecer a produção teatral local para futuras negociações e intercâmbios.<br />
Em face do horizonte de oportunidades que se abre para a internacionalização do teatro brasileiro, essa ação surge como uma<br />
estratégia fundamental de conexão entre o local, o nacional e o internacional, ou seja, como um mecanismo tanto para inserir<br />
Uberlândia no circuito dos grandes Festivais quanto para projeta-la como um polo de produção de obras teatrais.<br />
Pela primeira vez, o Festival presta homenagem a um artista local. A edição de 2015 será dedicada ao nosso pequeno<br />
grande ator: Grande Otelo! E para celebrar o centenário de seu nascimento, o Festival, pela primeira vez, adota entre suas<br />
atividades uma Mostra de Cinema, que contou com a parceria de Iara Magalhães na sua organização. Além das chanchadas de<br />
Otelo, teremos a exibição de um longa brasileiro de ficção “PERISCÓPIO”, dirigido por Kiko Goifman, produzido por Jurandir<br />
Müller (PaleoTV),<br />
Pela primeira vez, teremos dois espetáculos oriundos de cenas premiadas do Festival de Cenas Curtas, promovido pela<br />
Escola Livre do Grupontapé. “Liquidados”, da Cia Líquida e “Rainha Desordem e Epop(é)ia da Mentira” do Carne Mamífera. A<br />
participação no Ruínas era uma parte da premiação, caso a cena se desenvolvesse. E está aí o resultado. A articulação dos dois<br />
festivais faz parte de uma estratégia que visa uma dupla finalidade: estimular a criação no teatro e dar visibilidade as obras<br />
teatrais locais.<br />
Pela primeira vez, teremos a oferta de uma Oficina de Dramaturgia, ministrada por Santiago Serrano, dramaturgo<br />
argentino, que também é o autor da peca teatral “Noctluzes”, encenada pela Cia Plagio, de Brasília, que também integrará a<br />
grade de programação do Festival. Além das montagens teatrais latino americanas, o Festival procura contemplar obras de<br />
parcerias ou co-produção entre Brasil e outro país da America Latina.<br />
O espetáculo de abertura do Festival procura homenagear o teatro mineiro por meio da presença de Teuda Bara, com<br />
“Doida”, dirigida por Ines Peixoto, ambas atrizes do Grupo Galpão (MG) – um grupo que se tornou referência internacional no que<br />
se refere ao trabalho e estética de “teatro de grupo”.
Na programação internacional, vamos contar com quatro espetáculos internacionais: “Un Payaso a Procura de la<br />
Risa”, da Argentina; as montagens “Frida Kahlo «Viva la Vida»” e “Amaru, Una Y Mil Voces”, da Ikaro Teatro, do Peru; e “El<br />
espectro que soy yo” da Vendímia Teatro, da Colômbia. Com relação à programação nacional, além do espetáculo de abertura,<br />
teremos as presenças da já citada Cia Plágio com “Noctiluzes”, de Brasília/DF; Oco Teatro com “Lego - uma opera arquitetônica”,<br />
da Bahia/SA; Cia Trama com “A alma encantadora das ruas”, de Belo Horizonte/MG; e Madgalena Rodrigues em “Rio da Lua”,<br />
também de Belo Horizonte/MG. Na programação local e da região, além dos dois espetáculos premiados referidos acima, teremos<br />
Grupontapé de Teatro com “Por de Dentro”, dirigido por Eduardo Moreira e <strong>Katia</strong> <strong>Lou</strong>; Confraria Tambor com “O grito”, dirigido<br />
por Letícia Teixeira; e, Cia Teatro Sol com “Maria”, dirigida por Lídia, de Araguari/MG.<br />
A curadoria do Festival ao propor como tema “Desafios da cena contemporânea” aposta numa programação que<br />
contempla a multiplicidade de temas e formatos teatrais: espetáculos de clown, monólogos, montagens realistas, performativas,<br />
formas híbridas, dentro de um espectro amplo que denominamos “cena contemporânea”, usado aqui em seu sentido mais trivial,<br />
de algo que é “de nosso tempo”, e não com pretensões a um conceito estético que daria forma a um tipo determinado de obras<br />
artísticas. Os recortes temáticos também são amplos: vai desde questões do sofrimento e alegria de viver, passando por referências<br />
a acontecimentos históricos determinantes da vida coletiva, até a languidez da vida “besta” e o ser “gauche” típico do interior das<br />
gerais.<br />
Assim, a curadoria, como atesta o sentido etimológico do termo, que tem sua origem no latim "curator", e que quer<br />
dizer "aquele que tem cuidado e apreço", zelou para que um fio, ainda que tênue, conectasse a programação com o nosso maior<br />
problema: a vida do ser humano num mundo como o que se nos apresenta hoje. Que mundo é esse que habitamos?<br />
Num mundo caótico, fragmentado, dominado pela tecnologia, marcado pela velocidade, e refém de um pequeno<br />
grupo de conglomerados econômicos que ditam as cartas da política mundial, como é possível ao ser humano viver uma vida digna<br />
de ser vivida? De que modo, as pessoas seguem organizando e levando suas vidas diante da impossibilidade de mudança<br />
disfarçada de possibilidade infinita de mudança? Diante da sensação de impotência frente aos problemas sociais e políticos e<br />
econômicos estruturais disfarçados de problemas individuais?<br />
Frente aa maior complexidade da vida no mundo em que vivemos, as obras teatrais se nos apresentam como pequeno<br />
oásis, fragmentos de entendimento e desentendimento do Outro perante um universo incompreensível, e que, por isto mesmo, nos<br />
concerne e nos afeta. Não se trata de respostas aos problemas do mundo, mas antes de uma oportunidade de olhar o Outro no<br />
mundo, e nesse movimento, olhar para si mesmo e para seu mundo. Ao se deparar com a “consciência de si” do Outro, suspeita-se<br />
de uma “consciência de si” de si, talvez ainda débil, talvez ainda adormecida e inconsciente, mas de fato ali presente,<br />
determinando nossa vida de forma imperceptível.<br />
Realizar um Festival não é apenas realizar um “evento”. Quando se trata de um acontecimento continuado, com uma<br />
frequência regular, como no nosso caso de forma anual, a dimensão do acontecimento se torna muito incomensurável: é uma<br />
oportunidade para a classe artística e a cidade pensar-se a si mesma. É fruição e formação; é aprender prazerosamente; é festa e<br />
diversão; e uma ocasião especial para escapar do ambiente ordinário e se alçar a alturas inimagináveis tanto pela compressão do<br />
tempo devido a inúmeras atividades quanto por meio daquele fio de poeira que paira no palco. Por tudo isso, o acontecimento<br />
teatral é único e inesquecível.<br />
Ainda temos muito por fazer, mas por ora vamos celebrar a vida e o teatro.<br />
EVOÉ!<br />
Yaska Antunes
Doida<br />
Teuda Bara (Belo Horizonte - MG)<br />
Toda manhã os meninos desciam para tomar banho no riacho e pegar passarinhos. Mas era bom<br />
passar pela casa da Doida e provoca-la. Gerações sucessivas de moleques passaram pela casinha,<br />
miraram as vidraças e lascavam pedras. E a Doida respondia furiosa. Toda cidade tem seus doidos.<br />
Quase toda família os tem. “Doida” é uma visita do espírito de minas à casa da loucura. O outro<br />
lado, para além das paredes desgastadas daquela casa que, apesar dos ares de abandono, é ainda<br />
habitada. Mas quem a habita, e quais são seus hábitos? A doida poderia ser o próprio anjo torto,<br />
revelando outras realidades e nos convidando para o lado gauche da vida.<br />
ESPETÁCULOS<br />
LEGO: Uma ópera arquitetônica<br />
Oco teatro laboratório (salvador - ba)<br />
LEGO é uma casa de tubos de PVC construída e desconstruída em meio a uma praça pública, em uma<br />
estação de trem, em um fábrica em pleno funcionamento, na saída de um grande número de<br />
pessoas de uma fábrica, de uma empresa, em uma estação de ônibus. Em lugares onde há um<br />
grande movimento de pessoas. LEGO é uma intervenção que atravessa a sociedade, desenvolvendo<br />
o tema da vida em duas poéticas, a Poética da Paz e a Poética da Guerra. Acontecendo em uma casacidade,<br />
em uma cidade-casa, primeiro estruturada, depois destruída. Como vivemos as memórias,<br />
as ausências, as perdas, os desaparecimentos. Como vivemos as opressões sociais, a vigília, os<br />
sonhos, a solidão.<br />
FRIDA KAHLO «VIVA LA VIDA»<br />
Teatro Ikaro (Perú)<br />
A obra retrata um dia na vida de Frida Kahlo. Começa com os preparativos para a festa que ela<br />
pensa em dar em honra ao dia dos mortos, e vai levando o espectador por diferentes momentos de<br />
sua vida, de seu sentir, mostrando suas ideias e seu modo particular de viver neste mundo. Vemos<br />
todas as faces de Frida, Frida menina, mulher, esposa, amante, artista, filha, mas principalmente<br />
vemos Frida lutadora, uma mulher que apesar de seus "impedimentos" físicos e imobilidade de seu<br />
tempo, soube superá-los para nos entregar a maravilha de sua pintura e seu ser. Um espetáculo<br />
onde nos é mostrado o espírito de Frida.
POR DE DENTRO<br />
Grupontapé de teatro (Uberlândia - MG)<br />
“Por de Dentro” inaugura nova fase de maturidade do Grupontapé, que completa 20 anos de<br />
estrada. Inspirado no universo roseano, o novo trabalho do grupo aborda questões universais do<br />
humano, sob a ótica do homem de Minas Gerais. “POR DE DENTRO” é um mergulho na<br />
ancestralidade do homem de Minas Gerais, com seus anseios, desejos, idiossincrasias e visões de<br />
mundo. Com humor e poesia, seis atores se revezam entre personagens e narradores, contando<br />
histórias de um universo rural particular e que traz em si a universalidade de questões existenciais<br />
ligadas ao amor, ao sexo, à existência, à dualidade entre homem e mulher, à relação do homem<br />
com a natureza.<br />
amaru, una y mil voces<br />
Teatro Ikaro (perú)<br />
Antes do início da rebelião Túpac Amaru pergunta as folhas sagradas da coca sobre as vicissitudes<br />
da guerra, e mesmo sabendo que vai encontrar a morte, irá em busca da vida . Ele tinha o apoio de<br />
pessoas com convicções firmes , mas também haviam aqueles que duvidaram de sua causa . Jose<br />
Gabriel esgotara as suas reivindicações às autoridades espanholas e não tendo nenhuma resposta<br />
a suas demandas, a decisão de fazer a grande rebelião se faz inadiável. 4 de novembro seria a data<br />
de inicio. Quanto tempo ainda ouviremos as batidas do seu coração? Uma obra comovedora, desde<br />
o sofrimento e a alegria de viver.<br />
a alma encantadora das ruas<br />
grupo trama (contagem - MG)<br />
Rua: do latim ruga, sulco, espaço entre as casas e as povoações por onde se anda e passeia, segundo<br />
os dicionários... Mas a rua é muito mais... uma complexa obra construída pelo homem, cada rua<br />
possui uma personalidade própria, uma singularidade e também o poder de construir ou<br />
transformar os homens... a rua pulsa sem cessar, tem vida. A alma encantadora das ruas é uma<br />
poesia que convida a pensar sobre este espaço urbano de convivência humana.
noctiluzes<br />
cia. plágio (brasília - df)<br />
Em um píer de um pequeno vilarejo três desconhecidos se encontram durante uma madrugada.<br />
Depois deste encontro inesperado e cheio de revelações a vida desses homens não será mais a<br />
mesma. O encontro improvável em uma situação limite traz à tona mágoas e afetos submersos.<br />
Cada um tem seus próprios motivos para estar ali e queriam estar sozinhos, mas a presença dos<br />
outros causa um incômodo que eles precisam negociar até atingir seus propósitos.A peça fala sobre<br />
as marcas e cicatrizes que a vida nos cria. Das dores e curas causadas pelas relações. São<br />
sentimentos inerentes ao ser humano, porém corrompidos pela vida. Alguns valores incrustados<br />
pelos pais e pelo meio, são difíceis de serem quebrados. Somente a colisão destes personagens será<br />
capaz de quebrá-los.<br />
maria<br />
cia. sol (araguari - MG)<br />
Maria das Graças é uma jovem sonhadora de família rica que perdeu seus pais quando pequena.<br />
Apoia-se na fé como estímulo de luta pela vida, já que a igreja junto ao padre Otávio é a única<br />
recordação que a aproxima dos pais. A menina tem suas irmãs, como seu círculo vicioso do<br />
perfeccionismo: Maria das Dores, Maria do Socorro, Maria José e Maria João. Em uma conversa com<br />
suas irmãs, Maria “entendeu sua real vocação”, e desde então não irá sossegar até provar para<br />
todos sua santidade. Seria mesmo Maria das Graças uma santa? Ou apenas uma menina de 17 anos<br />
ingênua, que teve de lidar com a solidão muito cedo? Ela é dinâmica, tão eficiente em suas ações<br />
sobre o mndo externo que desenvolve sua própria realidade e com ela consegue chegar ao extremo,<br />
à loucura.<br />
rainha desordem e epopéia da mentira<br />
carne mamífera (uberlândia - MG)<br />
A performance consiste em sobreposições de camadas fragmentadas entendidas como uma mórula<br />
que agência os pedaços de corpos-imagens-ruídos-textos-vídeos-instalação-performance... Em<br />
processo de atualizar maneiras e encontros com o mundo das grandes subvertendo para maneiras<br />
menores de invenções “politicas”.
Un payaso a procura de la risa<br />
santiago foresi (argentina)<br />
Tony Fratello vai para a cena, roda seu grande baú e... começa a apresentação. De repente, tudo<br />
pode ser engraçado, e simplesmente humano, e todos podem ser crianças novamente. O palhaço<br />
tem um objetivo: conquistar sorrisos e o prazer de rir e de ser livre por meio de uma gargalhada, e<br />
para conseguir isso trouxe em seu baú os melhores números de circo, acompanhado por uma bela<br />
seleção musical, executada com seu acordeon. Durante sua apresentação, realiza diferentes<br />
números de habilidades circenses, recheados de momentos poéticos e situações cômicas. Como por<br />
exemplo.... a menor bicicleta do mundo, a orquestra do público, abdominais verticais, “al diábolo”,<br />
entre outros. Um espetáculo com o riso solto e emoção a flor da pele. Ocupem seus lugares e<br />
desfrutem de Tony Fratello... um palhaço em busco do riso.<br />
liquidados<br />
cia. liquida (uberlândia - MG)<br />
Uma festa. Um casal. Ela, ex-atriz. Ele, diretor teatral. Um brinde ao amor, ao teatro e ao momento<br />
pelo qual aguardam ansiosamente. Durante a espera, entre regozijos e tragédias, cães, cigarros e<br />
uma tempestade, rememoram e compartilham com os convidados recortes marcantes da vida<br />
conjugal e artística.<br />
o grito<br />
confraria tambor (uberlândia - MG)<br />
A história se passa em um dia de trabalho no teatro. Num ambiente homonormativo, cinco atores e<br />
um diretor ensaiam uma peça. Apesar de satisfeitos com o resultado artístico, a falta de dinheiro vai<br />
se estabelecendo como possível impedimento à realização do trabalho que teria sua estreia<br />
marcada para daí a dez dias. Sob uma lente de aumento, o cotidiano dos atores e diretor é revelado<br />
ao público: aquecimento corporal, construção de personagem, improviso, repetição, criação de cena<br />
e tudo mais que constitui o ofício do artista de teatro. Com forte senso crítico e muito humor os<br />
artistas entram e saem de seus personagens às claras para os olhos da platéia, dividindo com ela<br />
seus prazeres e aflições. Devido ao acirramento das dificuldades financeiras o grupo oscila entre o<br />
cancelamento da estreia ou o comprometimento radical de realizar a peça “no peito e na raça”.<br />
Envolvidos num jogo de cena que ora mistura, ora separa a realidade e a ficção, os atores desnudam<br />
suas questões pessoais, seus olhares para o mundo e sua intensa, divertida e amorosa relação com o<br />
teatro.
el espectro que soy yo<br />
fundación vendímia (colômbia)<br />
Montagem realizada para ser compartilhada por públicos de várias origens, naturezas, idades,<br />
procedências e configurações. Basicamente responde à pergunta: quem é alguém como ser<br />
humano e como artista? Como projeto de pesquisa partimos de questões relacionadas com a<br />
origem familiar e durante o processo foi fundamental compreender que muitos de nós viemos<br />
dos camponeses e setores rurais, e, portanto, não podemos deixar de perguntar: quem somos<br />
nós como artistas; matachines, espantalhos, aparências , palhaços, burleteros que não escutam<br />
e renegam a existência? Talvez tudo isso, mas na cena inventamos uma outra maneira de viver<br />
a nossa realidade.<br />
Rio da Lua<br />
magdalena rodrigues (Belo Horizonte - MG)<br />
Este espetáculo “Rio da Lua” nasceu do espaço real que existe entre o que se pensa pertencer à<br />
imaginação e a concretude insana do julgamento do que venha a ser a lucidez. Inspirado na<br />
poesia sofrida de uma interna, não somente na frieza do hospício, mas na intolerância lúcida de<br />
uma sociedade carente de simplicidade, Rio da lua quer honrar àqueles que nem precisam<br />
inserir-se no cotidiano do vai e vem de todo dia . Eles existem, comem, bebem, tomam banho,<br />
vestem, calçam,parece que choram, riem, mas não opinam, estão dispensados da geração do<br />
capital e do trabalho.Mas enxergam, escutam, sentem fome, sede ,cansaço, de alguma maneira<br />
sabem, alguns falam , outros somente emitem sons de uma trilha sonora composta na pureza<br />
do seu coração .
conferências<br />
Dramaturgias latino americanas<br />
Santiago Serrano (Argentina)<br />
Dramaturgo argentino. Psicoanalista, licenciado em Psicologia na Universidade de<br />
Buenos Aires. Psicodramatista e Coordenador de Grupos de graduação da Escola de<br />
Psicodrama de Tato Pavlovsky. Inicou sua carreira autoral em 1978 e realizou sua<br />
residência como escritor no Conservatório Nacional de Arte Dramática (Argentina). Em<br />
1991, com sua obra “Dinossauros” recebeu o prêmio de Melhor Obra Original no Festival<br />
de Teatro do Centro Cultural Gral. San Martín. Em 2005 foi traduzida e montada em<br />
Brasília pelo Grupo Cena e apresentada nos Festivais de Londrina e de São José do Rio<br />
Preto. Sob direção de Guilherme Reis, o grupo Cena também estreou a obra “Fronteiras”<br />
em Brasília. No ano de 2001, foi premiado no 4º Concurso Nacional de Obras de Teatro<br />
Breve do Instituto Nacional de Teatro por sua obra “Se mira y no se toca”. Em março de<br />
2004, TeatroxlaIdentidad seleciona sua obra “El Morales”. Em março de 2005 obtém o 2º<br />
lugar com sua obra “Sexualmente hablando” no prêmio da Competição Internacional de<br />
teatro da cidade de Requena (Espanha) organizado por CAT Arrabal.<br />
perspectivas para o teatro mineiro<br />
Bernardo Novais da Mata Machado (Belo Horizonte - MG)<br />
É historiador e cientista político (UFMG), pesquisador da Fundação João Pinheiro (FJP) desde 1977,<br />
onde se especializou na história social, política, econômica e cultural de Minas Gerais e,<br />
posteriormente, em políticas públicas de cultura. Na FJP dirigiu o Centro de Estudos Históricos e<br />
Culturais (1992-93). No município de Belo Horizonte foi secretário adjunto da cultura (1993-96),<br />
membro do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município (1993-2008), diretor do<br />
Centro de Cultura Belo Horizonte (1977-98) e diretor da Fundação Municipal de Cultura (2005-08).<br />
De 2009 a 2014 esteve em disponibilidade para o Ministério da Cultura, onde foi Diretor do Sistema<br />
Nacional de Cultura e <strong>Programa</strong>s Integrados e Secretário de Articulação Institucional (substituto).<br />
Nessa condição presidiu o Conselho Nacional de Política Cultural. Desde janeiro de 2015 exerce o<br />
cargo de Secretário de Estado Adjunto da Cultura.
"PERSPECTIVAS PARA O TEATRO MINEIRO"<br />
BERNARDO DA MATA MACHADO (SECRETÁRIO ADJ. DE CULTURA)<br />
UFU - BLOCO 3M - SALA DE INTERPRETAÇÃO<br />
"DRAMATURGIAS LATINO AMERICANAS"<br />
SANTIAGO SERRANO (ARGENTINA)<br />
UFU - BLOCO 3M - SALA DE INTERPRETAÇÃO<br />
LEGO UMA ÓPERA ARQUITETÔNICA<br />
OCO TEATRO (SALVADOR - BA)<br />
PRAÇA CLARIMUNDO CARNEIRO<br />
TE - MG)<br />
PÉ<br />
20H ESPETÁCULO<br />
FRIDA «VIVA LA VIDA»<br />
GRUPO ÍKARO - PERÚ<br />
TEATRO RONDON PACHECO<br />
22H ESPETÁCULO<br />
POR DE DENTRO<br />
GRUPONTAPÉ (UBERLÂNDIA - MG)<br />
ESCOLA LIVRE DO GRUPONTAPÉ<br />
20H ESPETÁCULO<br />
AMARU - UNA Y MIL VOCES<br />
GRUPO ÍKARO - PERÚ<br />
TEATRO RONDON PACHECO<br />
22H ESPETÁCULO<br />
A ALMA ENCANTADORA DAS RUAS<br />
GRUPO TRAMA (CONTAGEM - MG)<br />
ESCOLA LIVRE DO GRUPONTAPÉ<br />
20H ESPETÁCULO<br />
A ALMA ENCANTADORA DAS RUAS<br />
GRUPO TRAMA (CONTAGEM - MG)<br />
ESCOLA LIVRE DO GRUPONTAPÉ<br />
22H BAR CULTURAL<br />
20H ESPETÁCULO<br />
NOCTILUZES<br />
CIA PLÁGIO (BRASÍLIA - DF)<br />
TEATRO RONDON PACHECO<br />
22H ESPETÁCULO<br />
A ALMA ENCANTADORA DAS RU<br />
GRUPO TRAMA (CONTAGEM - MG<br />
ESCOLA LIVRE DO GRUPONTAPÉ<br />
TERÇA (24/11) QUARTA (25/11) QUINTA (26/11) SEXTA (27/11) SÁBADO (28/11)<br />
A<br />
O<br />
9H OFICINA DE DRAMATURGIA<br />
SANTIAGO SERRANO<br />
(ARGENTINA)<br />
UFU - BLOCO 3M - ENCENAÇÃO<br />
9H OFICINA DE DRAMATURGIA<br />
SANTIAGO SERRANO<br />
(ARGENTINA)<br />
UFU - BLOCO 3M - ENCENAÇÃO<br />
)<br />
PÉ<br />
14H OFICINA MAPA FÍSICO<br />
LUIS ALONSO<br />
OCO TEATRO (SALVADOR - BA)<br />
ESCOLA LIVRE DO GRUPONTAPÉ<br />
14H OFICINA MAPA FÍSICO<br />
LUIS ALONSO<br />
OCO TEATRO (SALVADOR - BA)<br />
ESCOLA LIVRE DO GRUPONTAPÉ<br />
14H COMPARTILHAMENTO<br />
CIA SOL / CARNE MAMÍFERA<br />
UFU - BLOCO 3M<br />
SALA DE INTERPRETAÇÃO<br />
17H ESPETÁCULO<br />
UN PAYASO A PROCURA DE LA<br />
RISA<br />
SANTIAGO FORESI (ARGENTINA)<br />
PRAÇA CLARIMUNDO CARNEIRO<br />
14H MOSTRA DE CINEMA GRANDE OTELO<br />
A ERA DAS CHANCHADAS<br />
FILMES E DEBATES<br />
MUNA - MUSEU UNIVERSITARIO DE ARTES<br />
16H ENCONTRO COM ANGELO OSWALDO<br />
SECRETARIO ESTADUAL DE CULTURA<br />
17H ESPETÁCULO<br />
UN PAYASO A PROCURA DE LA RISA<br />
SANTIAGO FORESI (ARGENTINA)<br />
PRAÇA CLARIMUNDO CARNEIRO<br />
20H LANÇAMENTO FILME<br />
PERISCÓPIO - DE KIKO GOIFMAN<br />
DEBATE AO FINAL COM O<br />
DIRETOR<br />
MUNA - MUSEU UNIVERSITÁRIO<br />
DE ARTES<br />
20H ESPETÁCULO<br />
MARIA<br />
CIA. SOL (ARAGUARI - MG)<br />
ESCOLA LIVRE DO GRUPONTAPÉ<br />
22H PERFORMANCE<br />
QUINTA DRAMÁTICA<br />
20H LEITURA DRAMÁTICA<br />
ELES NÃO USAM BLACK-TIE<br />
GRUPO DE PESQUISA PÉTALA<br />
(UBERLÂNDIA - MG)<br />
20H ESPETÁCULO<br />
LIQUIDADOS<br />
CIA LIQUIDA (UBERLÂNDIA -<br />
MG)<br />
ESCOLA LIVRE DO GRUPONTAPÉ<br />
18H CORTEJO CÊNICO<br />
CLARIMUNDO CARNEIRO AO TEATRO GRANDE OTELO<br />
HOMENAGEM<br />
20H ESPETÁCULO<br />
O GRITO
oficinas<br />
oficina de dramaturgia:<br />
O foco da palavra<br />
Santiago Serrano (Argentina)<br />
Um espaço de intercâmbio e criação, dirigido a atores, diretores e dramaturgos, onde<br />
procuraremos mergulhar na palavra no espaço teatral como ferramenta de troca e<br />
mobilização.<br />
Mapa Físico: Corpus do atuante<br />
de um sistema líquido<br />
luís alonso - Oco Teatro (salvador - ba)<br />
A partir da experiência no campo da praxis teatral e seu vínculo com outras artes junto a uma<br />
definição de espaços líquios demarcados pelas suas liminaridades entre arte e vida, é que crio a<br />
denominação de Atuante de um Sistema Líquido para a realização deste curso. Desvendar o<br />
fenômeno do corpo vivo e presente em um autêntico estado de “confrontação” com o outro é um dos<br />
objetivos fundamentais.
MOSTRA DE CINEMA GRANDE OTHELO - NA ERA DAS CHANCHADAS<br />
Curadoria: Karla Bessa, Iara Helena Magalhães e Yaska Antunes.<br />
A curadoria dos filmes foi feita com especial esmero a fim de trazer à luz uma parte importante de nossa historia filmográfica:<br />
a “era das chanchadas” do cinema brasileiro que com sua energia eletrizante, sua alegria, seu brilho, sua opulência, sua<br />
despretensão, arrebatou e alegrou o coração de uma geração inteira de brasileiros. Num outro nível, as potencialidades da<br />
chanchada nos ajudam a compreender um pouco melhor as relações raciais nos idos 1930-50, em que o humor surge de forma<br />
singular ao expressar a um só tempo a harmonia e o conflito e o lado perverso das relações raciais no Brasil.<br />
CORTEJO<br />
Para homenagear nosso ilustre artista, acontecerá um CORTEJO para o qual convidamos todos a participar. A saída será da<br />
Praça Clarimundo Carneiro e percorrerá as avenidas da cidade até o Teatro Grande Otelo, num ato festivo de reverência à sua<br />
memória.<br />
Sábado, 28/11 às 18h<br />
Praça Clarimundo Carneiro
filmes<br />
MOSTRA DE CINEMA GRANDE OTHELO - NA ERA DAS CHANCHADAS<br />
PROGRAMAÇÃO<br />
22/11<br />
1 - ASSIM ERA A ATLÂNTIDA<br />
Documentário / 1975 / 1h35<br />
Direção: Carlos Manga;<br />
Sinopse : Documentário sobre as chanchadas do tempo da Atlântida,<br />
com cenas de todos os filmes que a empresa possuía em seu arquivo e<br />
depoimentos de atores falando sobre aqueles tempos.<br />
2-OTELO<br />
Cinema de arquivo / 2005 / 7 minutos<br />
Direção: Angelo Defanti<br />
Sinopse: Carlos Sebastião Prata Filho assiste, pela primeira vez, uma<br />
entrevista concedida em 1963 por seu pai: Grande Otelo. Ao lado de<br />
seus quatro filhos, Grande Otelo fala sobre sua primeira incursão no<br />
teatro. Roquete Pinto, o entrevistador, começa então a fazer perguntas<br />
aos meninos e registra momentos inesperados.<br />
Debatedores:<br />
Karla Bessa<br />
Iara Helena Magalhães - Administradora da Casa da Cultura de<br />
Uberlândia.<br />
28/11<br />
14h 1- GRANDE OTELO: O GÊNIO NEGRO DA ARTE BRASILEIRA<br />
52 min<br />
Caminhos da Reportagem celebra o centenário de nascimento do ator.<br />
Debatedores:<br />
Márcio Alvarenga - Radialista, Jornalista / UFU<br />
Lu de Laurentiz - Diretor de Cultura / UFU<br />
29/11<br />
14h 1- TAMBÉM SOMOS IRMÃOS<br />
Ficção/ 1949/ 1h25min<br />
Direção: José Carlos Burle<br />
Sinopse: Um viúvo cinquentão, que não pode ter filhos, adota quatro<br />
crianças: duas brancas e duas negras. Na infância tudo correu bem, mas<br />
com o correr do tempo as coisas foram se modificando. As limitações aos<br />
negros vão se acentuando e chegam a tal ponto que se transformam em<br />
verdadeiras humilhações.<br />
Debatedores:<br />
Tadeu Pereira dos Santos - Pesquisador<br />
Gilmar Alexandre da Silva - Pesquisador<br />
16h 2- TUDO É BRASIL<br />
Documentário / Cinema de arquivo / 1997 / 1h23min<br />
Direção: Rogério Sganzerla<br />
Sinopse: O documentário mostra imagens inéditas da passagem do<br />
cineasta Orson Welles pelo Brasil, na década de 40. No longa, temos os<br />
bastidores do documentário It's All True, dirigido por Welles. No Rio,<br />
durante o carnaval. Há momentos de troca de sorrisos entre ele e<br />
Carmem Miranda, João Gilberto cantando O Samba Mandou me<br />
Chamar, cenas de Ary Barroso, Dorival Caymmi, Grande Otelo, Dalva de<br />
Oliveira.<br />
Debatedores:<br />
Tadeu Pereira dos Santos - Pesquisador<br />
Gilmar Alexandre da Silva - Pesquisador<br />
LANÇAMENTO NACIONAL DE FILME BRASILEIRO:<br />
Curadoria: Iara Magalhaes<br />
24/11, 19h30<br />
PERISCOPIO, de Kiko Goifman | 2013 | Brasil | cor | 82 min.<br />
Local: MUnA - Museu Universitário de Artes<br />
Debate ao final com o diretor Kiko Goifman<br />
Sinopse<br />
Dois homens em um apartamento. Brigas, conflitos, ironia. Eric, 76<br />
anos e Élvio, 43, não se suportam. O mais jovem é um misto de<br />
assistente, secretário e enfermeiro do mais velho. Em um cenário no<br />
qual o mundo lá fora parece não existir, sobram provocações. O<br />
tempo está imobilizado, suspenso e o tédio media a relação entre<br />
eles. Não existe uma gota de esperança e eles parecem estar apenas<br />
à espera da morte. Até que, subitamente, surge um estranho objeto<br />
do apartamento de baixo. Tudo se modifica.<br />
Direção: Kiko Goifman / Roteiro: Kiko Goifman e Jean-Claude Bernardet /<br />
Empresa Produtora: PaleoTV / Produção: Jurandir Müller / Produção<br />
Executiva: Evelyn Margareth Barros / Fotografia: Julia Zakia / Montagem:<br />
Vânia Debs e Olívia Brenga / Elenco: João Miguel e Jean-Claude Bernardet<br />
Apoio Cultural: Bella Sicília Ristorante, Dicult/ UFU, NovaMídia,<br />
MUNA, Secretaria Municipal de Cultura, Sahtten Comida Árabe.
leituras dramáticas<br />
e compartilhamentos<br />
QUINTA DRAMÁTICA<br />
Texto: "Desaparecidos»<br />
Autor: Claudia Eid Asbún (Bolívia)<br />
TRUPE DE TRUÕES<br />
Texto: “Eles não Usam Black-Tie”<br />
Autor: Gianfrancesco Guarnieri (Brasil)<br />
Grupo PÉTALA e Cia Grande Otelo
locais<br />
UFU - Universidade Federal de Uberlândia<br />
Av. João Naves de Ávila, 2121 - Santa Mônica<br />
MUnA - Museu Universitário de Artes<br />
Rua Coronel Manoel Alves, 309 - Fundinho<br />
Teatro Rondon Pacheco<br />
R. Santos Dumont, 517 - Centro<br />
Escola Livre do Grupontapé de Teatro<br />
R. Tupaciguara, 471 - Nossa Senhora Aparecida<br />
Ponto dos Truões<br />
Av. Ana Godói de Souza, 381 - Santa Mônica
expediente