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anorexia e bulimia oficial

doeça anorexia e bulimia com entrevista exclusiva

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ANOREXIA E BULIMIA<br />

CONHEÇA<br />

SOBRE<br />

ANOREXIA<br />

E como a mídia pode influenciar<br />

, além de sua prevenção e<br />

fatores de risco<br />

SAIBA<br />

MAIS DOS<br />

SINTOMAS<br />

DA<br />

BULIMIA<br />

Veja<br />

também<br />

uma<br />

entrevista<br />

exclusiva<br />

com Táki<br />

Cordás<br />

EDITORA SE


ANOREXIA


O QUE E ANOREXIA?<br />

A <strong>anorexia</strong> é um distúrbio<br />

alimentar que provoca uma<br />

perda de peso acima do que é<br />

considerado saudável para a<br />

idade e altura.<br />

Pessoas com <strong>anorexia</strong> podem<br />

ter um medo intenso de ganhar<br />

peso, mesmo quando estão<br />

abaixo do peso normal.<br />

Elas podem abusar de dietas ou<br />

exercícios, ou usar outros<br />

métodos para emagrecer.<br />

A <strong>anorexia</strong> é um distúrbio de<br />

imagem, no qual o paciente não<br />

consegue aceitar seu corpo da<br />

forma como ele é, ou tem a<br />

impressão de que está acima do<br />

peso em níveis acima da<br />

realidade.


Fatores de risco<br />

Mulheres têm mais chances de desenvolver a<br />

doença do que homens, mas o número de<br />

homens com <strong>anorexia</strong> tem aumentado nos<br />

últimos anos<br />

Anorexia é um distúrbio muito comum entre<br />

adolescentes, principalmente por conta da<br />

pressão social existente nessa fase da vida e<br />

todas as mudanças que ocorrem no corpo e na<br />

mente. Entretanto, pessoas de todas as idades<br />

podem desenvolver o problema, sendo<br />

considerado raro somente em indivíduos acima<br />

dos 40<br />

Estudos mostram que alguns genes possam<br />

estar diretamente relacionados ao<br />

desenvolvimento da <strong>anorexia</strong><br />

Histórico familiar, ou seja, ter um parente que<br />

apresenta ou apresentou algum distúrbio<br />

alimentar pode aumentar as chances de<br />

desenvolver <strong>anorexia</strong> também<br />

O ato de perder ou ganhar peso pode<br />

desencadear em reações das mais variadas,<br />

desde elogios até críticas. Elas podem, levar<br />

uma pessoa a recorrer a dietas cada vez mais<br />

extremas e ao surgimento da <strong>anorexia</strong><br />

Grandes mudanças na vida e na rotina podem<br />

acarretar no desenvolvimento de distúrbios<br />

alimentares, entre eles a <strong>anorexia</strong>. Exemplos:<br />

mudança de escola, casa ou trabalho, morte de<br />

um ente querido e términos de relacionamento<br />

Pessoas ligadas ao esporte e ao mundo<br />

artístico, como atores, atrizes e modelos, são<br />

mais propensas a desenvolver <strong>anorexia</strong>, pois<br />

trabalham com a própria imagem e sofrem<br />

julgamentos por um número maior de pessoas


Ela pode ser<br />

influenciada ? Por<br />

quem?<br />

• Sim . Uma hipótese para justificar<br />

isso é que a mídia e a publicidade<br />

estejam influenciando no padrão<br />

ideal de beleza cada vez com mais<br />

frequência e intensidade,<br />

mostrando que a pressão social<br />

sobre a questão da beleza e do<br />

corpo magro não faz mais tanta<br />

distinção de gênero<br />

• No entanto, as mulheres ainda são<br />

as mais afetadas com esse quadro<br />

• A mídia e a sociedade são grandes<br />

responsáveis pela <strong>anorexia</strong>. A<br />

televisão e revistas de moda, bem<br />

como os estereótipos sociais de<br />

beleza, despertam nas pessoas a<br />

sensação de que só serão felizes e<br />

populares se seguirem um<br />

determinado padrão – alimentado<br />

diariamente pelos meios de<br />

comunicação e reproduzido em<br />

todos os círculos sociais.


TRATAMENTO :<br />

O maior desafio no tratamento da <strong>anorexia</strong> é fazer a pessoa reconhecer que tem uma doença. A<br />

maioria das pessoas com <strong>anorexia</strong> nega que tem um distúrbio alimentar. Em geral, as pessoas<br />

somente começam um tratamento quando a doença já atingiu seu estado grave.<br />

Em geral, o tratamento para a <strong>anorexia</strong> é bastante difícil e exige trabalho árduo dos pacientes e suas<br />

famílias.<br />

Geralmente, uma pessoa com <strong>anorexia</strong> precisa de vários tipos de tratamento. Os objetivos do<br />

tratamento para a <strong>anorexia</strong> são recuperar o peso corporal e os hábitos alimentares normais. Um<br />

ganho de peso de 0,5 a 1,4 kg por semana é considerado um objetivo seguro pelos médicos.<br />

Vários programas diferentes foram desenvolvidos para tratar da <strong>anorexia</strong>. Às vezes, a pessoa pode<br />

ganhar peso:<br />

<br />

Aumentando as atividades sociais<br />

<br />

Reduzindo a atividade física<br />

<br />

Usando programas para alimentação<br />

<br />

Vários pacientes começam com uma permanência curta no hospital para acompanhamento<br />

com um programa de tratamento diário.<br />

Muitas terapias podem ser tentadas até o paciente superar o distúrbio. É preciso muita paciência e<br />

persistência, pois os pacientes podem desistir dos programas se tiverem esperanças não realistas de<br />

serem "curados" somente com terapia.<br />

Diferentes tipos de psicoterapias são usadas para tratar de pessoas com <strong>anorexia</strong>, mas tanto a<br />

terapia comportamental cognitiva individual, a terapia de grupo e a terapia familiar são bemsucedidas<br />

neste sentido.<br />

O objetivo da terapia é mudar os pensamentos ou o comportamento de um paciente para encorajálo<br />

a comer de maneira mais saudável. Esse tipo de terapia é mais útil para o tratamento de pacientes<br />

mais jovens, que não tiveram <strong>anorexia</strong> por muito tempo. Se o paciente for jovem, a terapia pode<br />

envolver toda a família.


Prevenção<br />

Em alguns casos, a prevenção da <strong>anorexia</strong> pode não ser<br />

possível. Encorajar atitudes saudáveis e realistas em<br />

relação ao peso e à dieta podem ajudar. Algumas vezes,<br />

a psicoterapia também pode ser útil.<br />

<br />

<br />

<br />

Cultive sempre a ideia de um corpo saudável com<br />

seu filho ou filha, independentemente da silhueta<br />

ou do peso<br />

Converse com o pediatra de seu filho ou filha.<br />

Converse com um médico também se souber de<br />

algum parente da família que já teve ou tem<br />

algum tipo de distúrbio alimentar.


BULIMIA


O que é Bulimia?<br />

A <strong>bulimia</strong> é um distúrbio<br />

alimentar no qual uma<br />

pessoa oscila entre a<br />

ingestão exagerada de<br />

alimentos, com um<br />

sentimento de perda de<br />

controle sobre a<br />

alimentação, e<br />

episódios de vômitos ou<br />

abusos de laxantes para<br />

impedir o ganho de<br />

peso. Pessoas com<br />

<strong>bulimia</strong> estão sempre<br />

preocupadas com a<br />

aparência,<br />

principalmente com o<br />

peso.<br />

Causas<br />

A causa exata da <strong>bulimia</strong> ainda é<br />

desconhecida. Trata-se de um transtorno de<br />

alimentação e, por isso, muitos fatores<br />

podem estar envolvidos nos motivos que<br />

levam à sua ocorrência.<br />

A influência exercida pela mídia sobre o<br />

comportamento e o padrão de beleza das<br />

pessoas também pode estar entre as<br />

possíveis causas da <strong>bulimia</strong>. O culto ao<br />

corpo magro e o desprezo às pessoas acima<br />

do peso pregado pela indústria da beleza e<br />

da moda, aparentemente, levam milhões de<br />

pessoas em todo o mundo a apresentar<br />

quadros de <strong>bulimia</strong>.<br />

Isso pode levar a um quadro de ansiedade,<br />

que faz a pessoa buscar maneiras bruscas<br />

de perder peso rapidamente, ao mesmo<br />

tempo em que busca conforto na comida.


Fatores de risco<br />

Fatores genéticos,<br />

psicológicos, traumáticos,<br />

familiares, sociais ou<br />

culturais podem contribuir<br />

para seu desenvolvimento.<br />

A <strong>bulimia</strong> provavelmente<br />

ocorre devido a mais de<br />

um fator.<br />

A <strong>bulimia</strong> afeta muito mais<br />

mulheres do que homens e<br />

é mais comum em<br />

mulheres adolescentes e<br />

em jovens adultas.<br />

Estudos mostram que ter<br />

um parente com <strong>bulimia</strong><br />

pode favorecer o<br />

desenvolvimento da<br />

doença. No entanto, ainda<br />

não está certo se é um<br />

fator genético que<br />

predispõe à <strong>bulimia</strong> ou o<br />

comportamento familiar<br />

que favorece a doença.<br />

Sintomas de Bulimia<br />

Os sintomas mais comuns da <strong>bulimia</strong><br />

são:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Preocupação excessiva com o<br />

peso e com a silhueta<br />

Ter medo de ganhar peso<br />

Perder o controle sobre o que<br />

come<br />

Comer em excesso até sentir<br />

desconforto ou dor<br />

Ir ao banheiro imediatamente<br />

após as refeições<br />

Forçar o vômito após comer<br />

Fazer uso de diuréticos e laxantes<br />

após comer<br />

Usar suplementos diários de<br />

perda de peso.


Tratamento de Bulimia<br />

Pessoas com <strong>bulimia</strong> raramente vão ao hospital,<br />

exceto quando os ciclos de comportamento<br />

bulímico acarretam também em <strong>anorexia</strong> ou<br />

quando forem necessários medicamentos para<br />

ajudar a interromper a purgação e, também, em<br />

casos em que depressão profunda estiver<br />

presente.<br />

O tratamento depende da gravidade da <strong>bulimia</strong>,<br />

assim como a resposta da pessoa aos<br />

tratamentos. Veja exemplos:<br />

Grupos de apoio podem ser úteis para pacientes<br />

em condições estáveis<br />

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a<br />

terapia nutricional são os melhores tratamentos<br />

para a <strong>bulimia</strong> que não responde a grupos de<br />

apoio<br />

Antidepressivos<br />

Os pacientes com <strong>bulimia</strong> podem desistir dos<br />

programas se tiverem esperanças não realistas de<br />

serem "curados" somente com terapia. Antes do<br />

início de um programa, deve-se esclarecer o<br />

seguinte:<br />

Várias terapias provavelmente serão<br />

experimentadas até que o paciente possa superar<br />

esse distúrbio grave<br />

É comum a <strong>bulimia</strong> retornar (recaída),mas isso<br />

não é motivo para desespero<br />

O processo é doloroso e exige um trabalho árduo<br />

da parte do paciente e de sua família.


Entrevista com<br />

Táki<br />

Athanássios<br />

Cordás


Você sempre usa o sujeito no feminino. Esse tipo de problema<br />

acontece também com os homens?<br />

Acontece, mas é raro. Em torno de 90% a 95% dos casos<br />

ocorrem com mulheres. No Ambulim, serviço que mantemos<br />

no Hospital das Clínicas e que completou 10 anos em 2002,<br />

mais de 700 pessoas já foram atendidas e posso garantir que<br />

o número de homens não chega a dez. Nos Estados Unidos,<br />

parece que esse número se situa entre 10% e15%, mas sabese<br />

que, nas clínicas privadas, o número de crianças e<br />

adolescentes tem crescido bastante ultimamente.Entretanto,<br />

pode-se dizer que a ideia de emagrecer, de ficar com o corpo<br />

“sarado” e a musculatura abdominal pronunciada está se<br />

tornando relevante para os homens. Bulímicos já existem<br />

vários e os ex-atletas representam uma população de risco<br />

Táki Athanássios Cordás<br />

Professor Doutor em<br />

Psiquiatria<br />

importante. Muitos param de praticar esportes, ganham peso<br />

e começam a vomitar ou a recorrer ao uso de laxantes e<br />

moderadores de apetite para não engordar mais.<br />

Algum tipo de profissão aumenta o risco de <strong>anorexia</strong>?<br />

As modelos, seguidas das bailarinas, ganham disparado.<br />

Uma pesquisa feita na Argentina demonstrou que o índice de<br />

<strong>bulimia</strong> e <strong>anorexia</strong> nervosas alcançava 50% das profissionais<br />

que dançavam no Teatro Colón de Buenos Aires.<br />

Outro grupo de risco são os jóqueis. Correm risco, ainda, as<br />

estudantes de medicina, psicologia e nutrição.


BULIMIA E<br />

ANOREXIA<br />

AUTORA MARIA<br />

FERNANDA ARICE<br />

DOS SANTOS<br />

EDITORA SE CUIDE

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