You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
14 Nacional<br />
Foz do Iguaçu, sexta-feira, 30 de junho de 2017<br />
POLÍTICA<br />
"Não podemos deixar que nada impeça que<br />
o Brasil continue respirando", diz Temer<br />
Presidente reiterou que a responsabilidade fiscal é o "caminho da democracia, da justiça e do desenvolvimento"<br />
Pedro Peduzzi e Yara Aquino<br />
Repórteres da Agência Brasil<br />
Em evento comemorativo<br />
de um ano da Lei de Responsabilidade<br />
das Estatais, o presidente<br />
Michel Temer e o ministro<br />
do Planejamento, Dyogo<br />
Oliveira, disseram que as<br />
estatais brasileiras estão cumprindo<br />
o cronograma previsto<br />
para a aplicação da nova legislação,<br />
e que Banco do Brasil,<br />
Petrobras e Banco Nacional do<br />
Desenvolvimento Econômico e<br />
Social (BNDES) já se adaptaram<br />
integralmente às novas regras<br />
antes do prazo previsto.<br />
De acordo com o governo, com<br />
as mudanças, já é possível perceber<br />
redução da dívida e no<br />
aumento do valor de mercado<br />
das estatais. Em discurso, o<br />
presidente voltou a falar sobre<br />
o atual momento político e defendeu<br />
que o Brasil precisa con-<br />
tinuar funcionando."O Brasil<br />
não tem tempo a perder", disse.<br />
"Não podemos deixar que<br />
nada impeça que o Brasil continue<br />
respirando", completou.<br />
Lei das Estatais<br />
Sobre a Lei das Estatais,<br />
Temer reiterou que a falta de<br />
responsabilidade com as contas,<br />
tanto nos governos como<br />
nas empresas, na busca por<br />
"aplausos fáceis", é o que destrói<br />
as empresas e corrompe as<br />
instituições brasileiras. "A<br />
ideia principal dessa lei é que<br />
era preciso protegê-las de assédios<br />
ilegítimos de quem quer<br />
que fosse, na tentativa de impedir<br />
qualquer influência que<br />
não fosse geradora de uma administração<br />
eficiente".<br />
A Lei das Estatais estabeleceu<br />
novas regras para nomeação<br />
de diretores e conselheiros,<br />
como a proibição de que<br />
"O Brasil não tem tempo a<br />
perder", disse Temer<br />
dirigentes partidários, ocupantes<br />
de cargos políticos ou políticos<br />
que disputaram eleições<br />
recentes ocupem diretorias ou<br />
conselhos. Por meio dessa restrição,<br />
busca-se evitar que sejam<br />
feitas indicações políticas<br />
para o comando das estatais.<br />
Segundo ele, foi tomando<br />
esses cuidados que a Petrobras<br />
conseguiu sair de um prejuízo<br />
de R$ 3,8 bilhões para um lucro<br />
de R$ 4,8 bilhões no período<br />
de um ano. "Após 7 anos de<br />
crescimento das dívidas, as estatais<br />
viram reduzir seu endividamento<br />
em 24% [entre 2015<br />
e 2016]. Com isso o valor de<br />
mercado dessas empresas conheceu<br />
um incremento extraordinário",<br />
argumentou.<br />
Temer reiterou que a responsabilidade<br />
fiscal é o "caminho<br />
da democracia, da justiça e do<br />
desenvolvimento" e que é preciso<br />
avançar "em nome dos 14<br />
milhões de brasileiros que não<br />
têm carteira assinada".<br />
Redução de endividamento<br />
O ministro Dyogo Oliveira<br />
disse que as "três das maiores<br />
empresas já cumpriram integralmente<br />
todas as determinações",<br />
referindo-se ao Banco do<br />
Brasil, BNDES e Petrobras.<br />
"Essas ações de gestão nos traz<br />
resultados efetivos e concretos",<br />
disse.<br />
"Em primeiro lugar, o resultado<br />
financeiro das principais<br />
empresas, que no primeiro trimestre<br />
de 2016 foi um somatório<br />
de apenas R$ 500 milhões,<br />
passou nesse primeiro trimestre<br />
de 2017 para R$ 10,5 bilhões<br />
e um crescimento de 2000%. Tivemos<br />
também crescimento de<br />
valor de mercado da Eletrobas<br />
de 144%; do Banco do Brasil,<br />
de 70%; e da Petrobras, de<br />
54%", afirmou o ministro.<br />
De acordo com Oliveira, o<br />
endividamento das empresas<br />
caiu de R$ 544 bilhões para R$<br />
437 bilhões entre o fim de 2015<br />
e o final de 2016. "Essa tendência<br />
de queda permanece ao longo<br />
de 2017 e teremos ao final<br />
do ano um endividamento ainda<br />
menor".<br />
R