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GAZETA DIARIO 329

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10 Geral<br />

Foz do Iguaçu, quarta-feira, 12 de julho de 2017<br />

Idgar Dias Junior<br />

Reforma Trabalhista I<br />

Como já comentado neste espaço, a reforma trabalhista vai passar. Mas<br />

em razão da conjuntura atual, a reforma necessária ainda não será a que<br />

será aprovada agora. E há só um argumento suficiente para arrazoar o<br />

processo: o Brasil tem uma força de trabalho de 140 milhões de pessoas<br />

aproximadamente. Desses, 50 milhões estão sob o manto da<br />

Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT. Outros 90 milhões não tem<br />

cobertura alguma: faltam-lhes garantias como a do salário mínimo, da<br />

Previdência e que tais.<br />

Vendo gente como Paulinho da Força lutar por uma alternativa ao imposto<br />

sindical compulsório, é de se perguntar o que a Força Sindical tem feito<br />

pelos 90 milhões de trabalhadores sem amparo Brasil a fora.<br />

Reforma Trabalhista II<br />

Espertamente as centrais sindicais vivem combatendo a reforma<br />

trabalhista que provavelmente lhes deixará sem chão, ao menos no que<br />

tange a questão financeira. A reforma trabalhista não propõe o fim do<br />

imposto sindical (o que vai ser extinta, pela proposta, é a obrigatoriedade),<br />

mas dada a relação até aqui existente entre sindicatos e representados, é<br />

certo que a livre adesão ao pagamento do imposto será baixíssima. É<br />

este receio que faz as centrais sindicais espernearem: em 2016, a CUT<br />

recebeu R$ 48 milhões e a Força Sindical outros 45 milhões de reais. É<br />

uma bolada nada desprezível. Detalhe: em 2008, Lula concedeu às<br />

centrais o beneplácito de não terem de prestar contas desse dinheiro.<br />

Me engana que eu gosto I<br />

Existe no Brasil uma indústria que descobriu uma forma matreira de<br />

receber dinheiro: cuidar dos pobres. O signatário promete dados mais<br />

palpáveis, mas por ora afirma que na Amazônia brasileira há muito mais<br />

ONGs trabalhando que na África, por exemplo. Agora veja quantos<br />

pobres precisam de assistência na Amazônia brasileira e quantos há<br />

precisando de assistência na África e veremos que a tal indústria é como<br />

assombração, isto é, sabe bem pra quem e onde vai aparecer.<br />

Me engana que eu gosto II<br />

O mesmo vale para as centrais sindicais. Até onde o discernimento de<br />

qualquer incauto vai, é certo que as centrais existem para cuidar do<br />

interesse dos trabalhadores, certo? Também é certo que todas as centrais<br />

sindicais são braços - e que braços! - dos partidos políticos, não é? Pois<br />

bem, o Partido dos Trabalhadores tem a CUT como um de seus braços,<br />

correto? Maravilha. Agora a pergunta que faz 13 anos que não quer calar:<br />

o que foi feito pelas centrais sindicais em prol do Fundo de Garantia por<br />

Tempo de Serviço, o FGTS?<br />

Pra quem ainda não sabe: o FGTS é corrigido com índices inferiores ao<br />

da caderneta de poupança. Se no período de um ano a poupança render<br />

6%, por exemplo, o FGTS provavelmente não renderá nem três (3%)!<br />

Por que centrais sindicais como a CUT não fizeram manifestação alguma<br />

a respeito?<br />

Faça o que eu digo<br />

O Partido dos Trabalhadores ficou 13 anos no poder e não reformou o<br />

FGTS. Não reformou a Previdência e nada fez para corrigir a tabela do<br />

Imposto de Renda. Por que? Parece que o Partido dos Trabalhadores<br />

também se esqueceu dos trabalhadores.<br />

Quando o governo petista mexeu no FGTS, o fez para criar o FI-FGTS,<br />

ou o Fundo de Investimentos do FGTS. E quem se beneficiou dele?<br />

Bem, parece que não foram os trabalhadores, mas algumas empresas<br />

escolhidas a dedo (a dedo de gente que hoje está presa), aquelas<br />

chamadas de 'campeãs nacionais' como a JBS, por exemplo. Não faça<br />

o que eu faço...<br />

AGRICULTURA URBANA<br />

Município aposta no cultivo de hortas<br />

comunitárias por meio de parceria<br />

com entidades e associações<br />

Parceria é com a Paróquia Espírito Santo e com a Associação Fraternidade Aliança<br />

PMFI / AMN<br />

Reportagem<br />

O prefeito Chico Brasileiro, vereador João Miranda, o diretor da Secretaria<br />

de Agricultura, Jan Albert Nieuwenhoff, e o padre Sérgio Bertoti<br />

As hortas comunitárias<br />

em centros urbanos<br />

estão ganhando popularidade<br />

e se tornando cada<br />

vez mais uma opção prática<br />

e viável para oportunizar<br />

à população uma<br />

alimentação mais saudável.<br />

Em Foz do Iguaçu<br />

um projeto para construção<br />

de duas hortas comunitárias<br />

já está em andamento.<br />

A ideia partiu de<br />

uma parceria da Cáritas,<br />

Associação Fraternidade<br />

Aliança - Afa e Município.<br />

No último sábado<br />

(8) o prefeito, Chico Brasileiro<br />

visitou dois terrenos<br />

no bairro Porto Meira<br />

onde o projeto pode<br />

ser realizado.<br />

Além da alimentação<br />

saudável com base do<br />

plantio de produtos orgânicos,<br />

sem uso de defensivos,<br />

agrotóxicos e livres<br />

de qualquer contaminação<br />

química, a horta comunitária<br />

pode gerar trabalho<br />

e renda, beneficiando<br />

centenas de famílias<br />

com alimentos de qualidade<br />

e ocupando terrenos<br />

que poderiam ser usados<br />

como descarte irregular<br />

de lixo e entulhos.<br />

Neste tipo de plantação<br />

é possível cultivar hortaliças<br />

e vegetais como alface,<br />

tomate, rúcula, couve,<br />

espinafre, repolho, beterraba,<br />

cenoura, entre<br />

muitos outros.<br />

De acordo com o Padre<br />

Sérgio Bertoti, pároco<br />

da Paróquia Espírito<br />

Santo e Nossa Senhora<br />

Aparecida, o projeto prevê<br />

a construção de duas<br />

hortas em locais diferentes<br />

do bairro Porto Meira.<br />

"Um terreno onde funciona<br />

a atual sede da Pastoral<br />

da Criança temos a<br />

intenção de fazer a horta<br />

e cultivar também plantas<br />

medicinais e construir<br />

uma padaria comunitária.<br />

No outro terreno,<br />

maior, a ideia é cultivar<br />

todo tipo de verdura e legumes<br />

para beneficiar o<br />

maior número de famílias<br />

possível. Acredito que<br />

com a parceria da Prefeitura<br />

esse projeto sairá do<br />

papel o mais breve possível",<br />

destacou.<br />

Segundo o pároco, o<br />

Município, por meio da<br />

Secretaria de Agricultura<br />

poderia auxiliar no<br />

cultivo dando subsídios<br />

para análise do solo, no<br />

preparo do local e a comunidade<br />

se envolveria<br />

no projeto. Boa parte dos<br />

produtos seria doada<br />

para a comunidade e outra<br />

parte comercializada<br />

em valores acessíveis<br />

para contribuir com a<br />

manutenção das hortas.<br />

"Lembrando que estaríamos<br />

trabalhando com o<br />

conceito da agroecologia,<br />

ajudando muitas famílias<br />

a inserir na alimentação<br />

produtos totalmente<br />

orgânicos, beneficiando<br />

quem precisa. A visita do<br />

prefeito confirma o interesse<br />

do Município", disse<br />

padre Sérgio.<br />

Para o prefeito, as<br />

hortas comunitárias são<br />

um importante passo<br />

para envolver as pessoas<br />

nos cuidados com a cidade<br />

e com a própria saúde.<br />

É uma forma de estimular<br />

o contato com o<br />

meio ambiente e de destacar<br />

o trabalho em conjunto.<br />

Precisamos estimular<br />

essa proximidade,<br />

pois quanto mais hortas<br />

são fomentadas nos bairros<br />

menos terrenos abandonados<br />

teremos e menores<br />

serão as chances para<br />

a proliferação de doenças",<br />

avaliou o prefeito.<br />

F

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