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10 Geral<br />
Foz do Iguaçu, quarta-feira, 12 de julho de 2017<br />
Idgar Dias Junior<br />
Reforma Trabalhista I<br />
Como já comentado neste espaço, a reforma trabalhista vai passar. Mas<br />
em razão da conjuntura atual, a reforma necessária ainda não será a que<br />
será aprovada agora. E há só um argumento suficiente para arrazoar o<br />
processo: o Brasil tem uma força de trabalho de 140 milhões de pessoas<br />
aproximadamente. Desses, 50 milhões estão sob o manto da<br />
Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT. Outros 90 milhões não tem<br />
cobertura alguma: faltam-lhes garantias como a do salário mínimo, da<br />
Previdência e que tais.<br />
Vendo gente como Paulinho da Força lutar por uma alternativa ao imposto<br />
sindical compulsório, é de se perguntar o que a Força Sindical tem feito<br />
pelos 90 milhões de trabalhadores sem amparo Brasil a fora.<br />
Reforma Trabalhista II<br />
Espertamente as centrais sindicais vivem combatendo a reforma<br />
trabalhista que provavelmente lhes deixará sem chão, ao menos no que<br />
tange a questão financeira. A reforma trabalhista não propõe o fim do<br />
imposto sindical (o que vai ser extinta, pela proposta, é a obrigatoriedade),<br />
mas dada a relação até aqui existente entre sindicatos e representados, é<br />
certo que a livre adesão ao pagamento do imposto será baixíssima. É<br />
este receio que faz as centrais sindicais espernearem: em 2016, a CUT<br />
recebeu R$ 48 milhões e a Força Sindical outros 45 milhões de reais. É<br />
uma bolada nada desprezível. Detalhe: em 2008, Lula concedeu às<br />
centrais o beneplácito de não terem de prestar contas desse dinheiro.<br />
Me engana que eu gosto I<br />
Existe no Brasil uma indústria que descobriu uma forma matreira de<br />
receber dinheiro: cuidar dos pobres. O signatário promete dados mais<br />
palpáveis, mas por ora afirma que na Amazônia brasileira há muito mais<br />
ONGs trabalhando que na África, por exemplo. Agora veja quantos<br />
pobres precisam de assistência na Amazônia brasileira e quantos há<br />
precisando de assistência na África e veremos que a tal indústria é como<br />
assombração, isto é, sabe bem pra quem e onde vai aparecer.<br />
Me engana que eu gosto II<br />
O mesmo vale para as centrais sindicais. Até onde o discernimento de<br />
qualquer incauto vai, é certo que as centrais existem para cuidar do<br />
interesse dos trabalhadores, certo? Também é certo que todas as centrais<br />
sindicais são braços - e que braços! - dos partidos políticos, não é? Pois<br />
bem, o Partido dos Trabalhadores tem a CUT como um de seus braços,<br />
correto? Maravilha. Agora a pergunta que faz 13 anos que não quer calar:<br />
o que foi feito pelas centrais sindicais em prol do Fundo de Garantia por<br />
Tempo de Serviço, o FGTS?<br />
Pra quem ainda não sabe: o FGTS é corrigido com índices inferiores ao<br />
da caderneta de poupança. Se no período de um ano a poupança render<br />
6%, por exemplo, o FGTS provavelmente não renderá nem três (3%)!<br />
Por que centrais sindicais como a CUT não fizeram manifestação alguma<br />
a respeito?<br />
Faça o que eu digo<br />
O Partido dos Trabalhadores ficou 13 anos no poder e não reformou o<br />
FGTS. Não reformou a Previdência e nada fez para corrigir a tabela do<br />
Imposto de Renda. Por que? Parece que o Partido dos Trabalhadores<br />
também se esqueceu dos trabalhadores.<br />
Quando o governo petista mexeu no FGTS, o fez para criar o FI-FGTS,<br />
ou o Fundo de Investimentos do FGTS. E quem se beneficiou dele?<br />
Bem, parece que não foram os trabalhadores, mas algumas empresas<br />
escolhidas a dedo (a dedo de gente que hoje está presa), aquelas<br />
chamadas de 'campeãs nacionais' como a JBS, por exemplo. Não faça<br />
o que eu faço...<br />
AGRICULTURA URBANA<br />
Município aposta no cultivo de hortas<br />
comunitárias por meio de parceria<br />
com entidades e associações<br />
Parceria é com a Paróquia Espírito Santo e com a Associação Fraternidade Aliança<br />
PMFI / AMN<br />
Reportagem<br />
O prefeito Chico Brasileiro, vereador João Miranda, o diretor da Secretaria<br />
de Agricultura, Jan Albert Nieuwenhoff, e o padre Sérgio Bertoti<br />
As hortas comunitárias<br />
em centros urbanos<br />
estão ganhando popularidade<br />
e se tornando cada<br />
vez mais uma opção prática<br />
e viável para oportunizar<br />
à população uma<br />
alimentação mais saudável.<br />
Em Foz do Iguaçu<br />
um projeto para construção<br />
de duas hortas comunitárias<br />
já está em andamento.<br />
A ideia partiu de<br />
uma parceria da Cáritas,<br />
Associação Fraternidade<br />
Aliança - Afa e Município.<br />
No último sábado<br />
(8) o prefeito, Chico Brasileiro<br />
visitou dois terrenos<br />
no bairro Porto Meira<br />
onde o projeto pode<br />
ser realizado.<br />
Além da alimentação<br />
saudável com base do<br />
plantio de produtos orgânicos,<br />
sem uso de defensivos,<br />
agrotóxicos e livres<br />
de qualquer contaminação<br />
química, a horta comunitária<br />
pode gerar trabalho<br />
e renda, beneficiando<br />
centenas de famílias<br />
com alimentos de qualidade<br />
e ocupando terrenos<br />
que poderiam ser usados<br />
como descarte irregular<br />
de lixo e entulhos.<br />
Neste tipo de plantação<br />
é possível cultivar hortaliças<br />
e vegetais como alface,<br />
tomate, rúcula, couve,<br />
espinafre, repolho, beterraba,<br />
cenoura, entre<br />
muitos outros.<br />
De acordo com o Padre<br />
Sérgio Bertoti, pároco<br />
da Paróquia Espírito<br />
Santo e Nossa Senhora<br />
Aparecida, o projeto prevê<br />
a construção de duas<br />
hortas em locais diferentes<br />
do bairro Porto Meira.<br />
"Um terreno onde funciona<br />
a atual sede da Pastoral<br />
da Criança temos a<br />
intenção de fazer a horta<br />
e cultivar também plantas<br />
medicinais e construir<br />
uma padaria comunitária.<br />
No outro terreno,<br />
maior, a ideia é cultivar<br />
todo tipo de verdura e legumes<br />
para beneficiar o<br />
maior número de famílias<br />
possível. Acredito que<br />
com a parceria da Prefeitura<br />
esse projeto sairá do<br />
papel o mais breve possível",<br />
destacou.<br />
Segundo o pároco, o<br />
Município, por meio da<br />
Secretaria de Agricultura<br />
poderia auxiliar no<br />
cultivo dando subsídios<br />
para análise do solo, no<br />
preparo do local e a comunidade<br />
se envolveria<br />
no projeto. Boa parte dos<br />
produtos seria doada<br />
para a comunidade e outra<br />
parte comercializada<br />
em valores acessíveis<br />
para contribuir com a<br />
manutenção das hortas.<br />
"Lembrando que estaríamos<br />
trabalhando com o<br />
conceito da agroecologia,<br />
ajudando muitas famílias<br />
a inserir na alimentação<br />
produtos totalmente<br />
orgânicos, beneficiando<br />
quem precisa. A visita do<br />
prefeito confirma o interesse<br />
do Município", disse<br />
padre Sérgio.<br />
Para o prefeito, as<br />
hortas comunitárias são<br />
um importante passo<br />
para envolver as pessoas<br />
nos cuidados com a cidade<br />
e com a própria saúde.<br />
É uma forma de estimular<br />
o contato com o<br />
meio ambiente e de destacar<br />
o trabalho em conjunto.<br />
Precisamos estimular<br />
essa proximidade,<br />
pois quanto mais hortas<br />
são fomentadas nos bairros<br />
menos terrenos abandonados<br />
teremos e menores<br />
serão as chances para<br />
a proliferação de doenças",<br />
avaliou o prefeito.<br />
F