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ESTE É O PRIMEIRO NÚMERO DA UNDERGROUND DO UNDERGROUND. UMA IDÉIA QUE POVOA MINHA CABEÇA<br />
FAZ ALGUM TEMPO E SE CONCRETIZA AGORA NESTAS PRÓXIMAS PÁGINAS. ISSO SÓ FOI POSSÍVEL COM A<br />
AJUDA, É CLARO, DE UMA PORÇÃO DE AMIGOS, QUE COMPARTILHAM DO MESMO IDEAL. PRODUZIR COISAS<br />
INDEPENDENTEMENTE DE TUDO. MONTAR UMA BANDA, EDITAR UMA REVISTA,<br />
DESENHAR, PRODUZIR UM FILME, FOTOGRAFAR, ESCREVER UM LIVRO, TER<br />
TRABALHOS AUTORAIS POR MAIS OBSTÁCULOS QUE ISSO POSSA TER. O VELHO E BOM<br />
ENSINAMENTO DO PUNK - FAÇA VOCÊ MESMO. ISSO JÁ É SER CONTRA MUITOS FATORES,<br />
VONTADES E FORÇAS QUE DIZEM AO CONTRÁRIO, QUEREM REDUZIR VOCÊ A NADA E ROUBAR SUA ALMA.<br />
BASEADO NOS VELHOS FANZINES DE DISTRIBUIÇÃO INDEPENDENTE, DE POUCOS RECURSOS<br />
GRÁFICOS, UNDERGROUND DO UNDERGROUND TEM A INTENÇÃO DE MOSTRAR, DISCUTIR, REFLETIR E<br />
DIVULGAR ATIVIDADES DE DIVERSAS MODALIDADES. ESTA EDIÇÃO TRAZ UMA ENTREVISTA COM A<br />
BANDA I SHIT ON YOUR FACE, UMA GALERIA DE ARTE COM OS ARTISTAS GUIDO IMBROISI E PIPOCA<br />
(VULGO FILIPE GUIMARÃES), RESENHAS DE LANÇAMENTOS E UM GIRO POR ALGUNS ROLES DA CIDADE.<br />
QUEREMOS RESISTIR POR MUITO MAIS NÚMEROS E TER CADA VEZ MAIS A PARTICIPAÇÃO DE OUTRAS<br />
PESSOAS, AMIGOS, DESCONHECIDOS, NOVOS AMIGOS. VIDA LONGA AOS QUE EMERGEM DO UNDERGROUND .<br />
RAPHAEL ARAÚJO
UNDERGROUND DO UNDERGROUND<br />
FOI NESTA EDIÇÃO:<br />
Alex Vieira, 24 anos, Vila Velha (ES), é editor e criador da<br />
Revista Prego.<br />
Distribui publicações suspeitas, produz música estranha e<br />
materiais peculiares chamados de arte por falta de nome<br />
melhor.<br />
www.flickr.com/photos/smart_alex<br />
http://revistaprego.blogspot.com<br />
Alexandre Brunoro, ou Bowels, iniciou suas atividades<br />
artísticas tocando em bandas de grindcore, atividade<br />
mantida até hoje, além disso, faz alguns trabalhos na<br />
área do audiovisual, mais especificamente na parte<br />
que diz respeito à maquiagem e fx.<br />
alexandre.brunoro@gmail.com<br />
Waldomiro Mugrelise, 22 anos, artista auto-didata residente<br />
da cidade de Campinas que apresenta uma pesquisa nas mais<br />
diversas técnicas, tendo uma produção envolvendo música,<br />
vídeo, fotografia, pintura, e principalmente o desenho.<br />
http://mirogrelise.tumblr.com<br />
http://www.flickr.com/photos/waldomiromugrelise<br />
Guido Imbroisi, desde novo apresentava aptidão para destruição<br />
musical e a ilustração, tocou no Ajudanti di Papai<br />
Noel, Space Ghost, Gory Gruesome e Zero Zero, atualmente<br />
permanece com a banda I Shit On Your Face.Na ilustração<br />
participou de diversas revistas nacionais e internacionais.<br />
Publicou dois trabalhos solos, Vulgar Manual e o Q.N.V.<br />
corte no pé e a faca mão. gteixeiraimbroisi73@gmail.com<br />
Raphael Araújo, artista plástico, canela verde, se arrisca<br />
em inúmeras atividades entre andar de skate, fotografar,<br />
desenhar, pintar, fazer vídeos e tocar baixo no Morto Pela<br />
Escola. E agora, montando e editando um zine, Underground<br />
do Underground..<br />
rapharaujo@gmail.com<br />
www.flickr.com/raphaeldesenho<br />
Rogério Araújo é filósofo não praticante, toca baixo no<br />
Conjunto de Música Rock Merda e agora também no Sky Down.<br />
Vive no subúrbio operário, mas gostaria de estar com os pés<br />
na areia da praia.<br />
http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/merda<br />
http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/skydown<br />
merda666@hotmail.com
04\\<br />
Texto :<br />
Raphael Araújo<br />
Foto por :<br />
Heitor Riguette<br />
Entrevista :<br />
Raphael Araújo e<br />
Rogério Araújo<br />
Ouça:<br />
http://soundcloud.com/<br />
ishitgore<br />
http://ishitonyourface.<br />
tnb.art.br/<br />
http://www.youtube.com/<br />
user/IxSxOxYxFx/videos
06\\ Entrevista<br />
I Shit on Your Face<br />
OU SIMPLESMENTE CAGO NA SUA CARA. SÃO DEZ ANOS DE ESTRADA, ENTRE<br />
MUDANÇAS DE FORMAÇÃO, POUCOS SHOWS E INÚMEROS LANÇAMENTOS NA<br />
EUROPA, EM 2012 ESTÃO PREVISTOS MAIS DOIS DISCOS COM MÚSICAS NOVAS.<br />
Através das letras e artes, as pessoas acabam por rotular a<br />
banda, põe ela em algum tipo de seguimento e esperam que ela<br />
siga determinado tipo de conduta e comportamento. Na visão<br />
de vocês o I Shit On Your Face é ou foi uma banda temática? O<br />
que vocês acham sobre isso, acha que isso de certa maneira<br />
restringe o público que ouve a banda? Ligam para isso?<br />
Os rótulos sempre existiram no meio musical, e cada vez surgem mais<br />
rótulos, o mercado da música tem essa característica, que em minha<br />
opinião só servem pra complicar as coisas. No nosso caso, sofremos um<br />
pouco de preconceito, porque às vezes confundem estética com ideologia,<br />
nos consideram uma banda sexista, machista, etc; Acho que não passamos<br />
de uma banda temática na verdade, que fala desde bizarrices sexuais,<br />
fetiches e mistura isso com violência gratuita, blasfêmia, ódio e mais<br />
sexo, elementos que se fazem presentes em várias outras manifestações<br />
artísticas, e nem sempre sofrem o mesmo tipo de boicote do público. O<br />
fato de estarmos inseridos numa cena onde quase não se vêem bandas<br />
com a mesma intenção que a nossa, caímos na armadilha dos rótulos.<br />
Discografia<br />
2003 2004 2005 2005 2005
I Shit On Your Face<br />
//07<br />
Vejo que o som de vocês anda mudado, com diversas variações,<br />
quebradas e uma pegada mais crust e até mesmo um<br />
Jazz, por que não? Como foi compor este novo disco que será<br />
lançado? O que escutaram quando estavam formulando essas<br />
novas musicas e o que vocês têm escutado ultimamente?<br />
Com certeza, pra quem acompanha a trajetória da banda, notará uma<br />
diferença no que diz respeito a sonoridade, mas nada muito brusco, apenas<br />
incorporamos mais coisas, experimentando andamentos e estruturas<br />
diferentes, acho que estamos tocando melhor do que antes. Nós nunca nos<br />
restringimos quanto a som, sempre estamos escutando coisas diferentes.<br />
Pra compor não temos muito critério, criamos composições sem pensar em<br />
nada, como se fosse instrumental puramente, a música vem primeiro como<br />
um pensamento, depois que eu traduzimos em som, o resto da produção<br />
fazemos em estúdio, cada um opina, testamos as melhores idéias e pronto,<br />
está feita mais uma música. Atualmente escutamos muito Meshuggah e<br />
Ratos de Porão, além de música jamaicana e sons instrumentais diversos.<br />
O que projetam para futuro da banda?<br />
Novos lançamentos, shows, tournês, lançamentos.<br />
Estão pra ser lançados: um compacto em vinil 7”, split com a banda<br />
Carnivore Mind e nosso segundo disco full, intitulado “Defecation<br />
Domination”. Temos alguns shows agendados pro meio do ano e<br />
pensamos numa tour brasileira pra divulgar o disco novo, acredito<br />
que vá ser mais pro final do ano. Além disso estamos com algumas<br />
coisas na fila de lançamentos, atualmente estou escrevendo um<br />
projeto pra um disco, onde gravaremos com o apoio de uma bigband.<br />
2006 2007 2007 2007 2008 2009 2010
08\\ Entrevista<br />
Vi e pude acompanhar um pouco a fabricação da arte do disco<br />
novo que foi feita através da parceria do Guido, baterista<br />
da banda, e Alexandre, baixista. Como foi esta parceria?<br />
Qual a importância das artes da banda para vocês?<br />
Essa parceria foi muito proveitosa, pela primeira vez resolvemos tomar<br />
as rédeas dessa parte artística da nossa banda, o Guido desenhou a<br />
maioria e eu colori e arte-finalizei todo o resto. Acho que a arte é<br />
metade de um disco, ainda mais no nosso caso, acho que conseguimos<br />
consolidar ainda mais as idéias contidas nas letras e na música.<br />
O que é ter uma banda de Gore/Grind por<br />
tanto tempo num país como o Brasil?<br />
É complicado, quase não se vêem eventos direcionados a esse público,<br />
quando ocorrem é porque o organizador do evento é um fã aficcionado<br />
e com disposição de levar um puta prejuízo, enfraquecendo<br />
bastante a cena Gore brasileira. Novamente entra em cena o lance<br />
dos rótulos, pagamos o preço ficando sem tocar quase o ano inteiro.<br />
Em resposta a esse problema, buscamos contato fora do país,<br />
onde temos uma aceitação muito superior a que temos no Brasil.<br />
Split EP com Carnivore<br />
Mind (Fudgeworthy Records,<br />
2012, EUA)<br />
“Defecation Domination” CD,<br />
(Despise The Sun Records,<br />
2012, Itália)
I Shit On Your Face<br />
//09<br />
Vocês tem muita coisa lançada fora do País. Pensam em ir tocar<br />
no exterior? Como está hoje a cena de música extrema lá fora?<br />
E qual o retorno que vocês tem recebido desses lançamentos?<br />
Praticamente todos nossos lançamentos não saíram aqui no Brasil, devido<br />
a falta de grana dos selos, os altos custos de prensagem. Esse é o<br />
preço que pagamos ao tentar produzir arte em nosso país. Pensamos em<br />
ir em breve excursionar por terras distantes, provavelmente na Europa,<br />
onde o Gore/Grind tem um espaço muito maior, tendo os maiores festivais<br />
do mundo e a maioria dos selos deste segmento. O retorno é legal até<br />
aonde eu consigo assimilar, já tive algumas surpresas ao conhecer pessoas<br />
da puta que pariu elogiando o som, nos encorajando a ir tocar em<br />
seu país. Mas mesmo assim, só indo no lugar pra ver como é de verdade..<br />
Este espaço esta aberto a qualquer coisa que queiram falar<br />
e divulgar e muito obrigado pela a entrevista e atenção.<br />
Valeu pelo espaço aqui meu amigo, e o que eu tenho pra dizer é pra<br />
que todos tentem entender a música como algo único, deixe de lado toda<br />
e qualquer limitação que o mercado impõe e o mais importante, conheça<br />
o underground, pois lá é o terreno mais fértil pra boas idéias.<br />
“Defecation Domination”<br />
arte do CD,<br />
ilustração<br />
de<br />
Guido,<br />
pintura<br />
digital por Alexandre
10\\ Galeria<br />
Guido Imbroisi<br />
Hora 16<br />
Caneta nanquim sobre papel vegetal<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
Guido Imbroisi//11<br />
Caneta nanquim sobre papel vegetal<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
12\\ Galeria<br />
Caneta nanquim sobre papel vegetal<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
Caneta nanquim sobre papel vegetal<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012<br />
Guido Imbroisi//13
14\\ Galeria<br />
Caneta nanquim sobre papel vegetal<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
Caneta nanquim sobre papel vegetal<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012<br />
Guido Imbroisi//15
16\\ Galeria<br />
Pipoca<br />
Grafite sobre papel<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
Pipoca//17<br />
Caneta esforográfica sobre papel<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
18\\ Galeria<br />
Caneta esforográfica sobre papel<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
Pipoca//19<br />
Caneta esforográfica e grafite sobre papel<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
20\\ Galeria<br />
Caneta esforográfica sobre papel<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
Pipoca//21<br />
Caneta esforográfica sobre papel<br />
21 x 29,7 cm<br />
2012
22\\ Giro<br />
MARÇO/ABRIL<br />
Jello Biafra and<br />
Guatanamo School Of<br />
Medicine<br />
Beco 203 - SP<br />
Ver Ver um um bom bom show show de de punk punk rock rock é difícil, é difícil, mas mas quando quando<br />
acontece acontece é muito é muito foda. foda. Ver Ver um um show show de de punk punk rock rock<br />
com com o tiozinho o tiozinho Jello Jello Biafra Biafra não não tem tem erro. erro. Como Como não não<br />
se se emocionar emocionar com com os os clássicos clássicos dos dos DK DK sendo sendo cantadodos<br />
pelo pelo próprio.<br />
canta-<br />
próprio.<br />
Doctor’s Mc’s<br />
Tupinikin Bar - Santo<br />
André - SP<br />
Leptospirose<br />
Rua Augusta - SP<br />
Cripple Bastard<br />
Cidadão do Mundo<br />
São Caetano do Sul-SP<br />
RPW<br />
Tupinikin Bar - Santo<br />
André - SP<br />
Fotos por<br />
Raphael Araújo<br />
Textos por<br />
Rogério Araújo
Giro //23
“Tik-tak o tempo vai passando<br />
e a gente aquí sentado<br />
no banquinho conversando...”<br />
Isso estava soterrado em alguma parte longínqua<br />
do meu cérebro. Nas primeiras batidas as informações<br />
surgiam de todas as partes. A letra ia sobrevoando<br />
o local. Fiquei uns três dias com essa<br />
música na cabeça. E só de escrever, ela voltou e<br />
deve permanecer por mais um tempo.<br />
Fui mais para ver meus amigos e tomar<br />
umas geladas. Queria ver o show,<br />
eram 3:00 da manhã e a penultima<br />
banda ainda se arrumava no palco. Não deu.<br />
No volante tentando me manter acordado. Consegui!
Quarta-feira não teve futebol, fui ver o Cripple<br />
Bastards em São Caetano. 4 psicopatas em cima do<br />
palco, local cheio de velhos punks e HATEGRIND.<br />
Fui dormir tranquilo!<br />
Anos 90, skate, punk rock! Com os Beastie Boys (Valeu<br />
Yautch!), Thaíde e RPW. Bate-cabeça !!! Aqui misturou<br />
tudo. Fizemos um monte de merda, mas estamos aí. E<br />
como sempre nos disseram: - “Tempo passa.” É... passou.<br />
20 anos de “pule e não empurre
26\\ Resenhas<br />
PRESIDENTE DRÓGADO “S/T” CD-R (LEOTE RECORDS) – PORTUGAL<br />
2011<br />
Ouça:<br />
http://www.reverbnation.com/presidentedrogado<br />
Uma das boas surpresas que tive ao visitar Lisboa pela<br />
primeira vez foi conhecer o Felipe Leote, ou melhor, o<br />
Presidente Drógado, como é chamado por lá. Conheci o<br />
trabalho dele por conta do show na 19ª Feira Laica que<br />
aconteceu no Espaço Maus Hábitos, Porto. Com apenas um<br />
violão elétrico, e uma garrafa de vinho o Presidente<br />
Drogado declama seus poemas sobre as drogas (é claro),<br />
decadência e a vida marginal nos centros e de Lisboa<br />
e Arredores do Porto. As músicas são cheia de referências<br />
às regiões bohemias de Portugal, como o tradicional<br />
Bairro Alto, que é uma das paradas paradas obrigatórias<br />
para os cachaceiros portugueses. Além disso<br />
o projeto conta com a participação da Rita Braga nos<br />
sintetizadores e no seu singelo ukulele. O Presidente<br />
também é o mentor da Leote Records, selo de cds independentes<br />
e compilações temáticas muito interessantes.<br />
LÊ ALMEIDA “MONO MAÇÔ LP – TRANFUSÃO/VYNIL LAND/MIDNIGHT-<br />
MADNESS RECORDS 2010<br />
Um álbum realmente inspirador. Talvez no primeiro momento<br />
o ouvinte não se dê conta, mas além das músicas<br />
serem bem construídas, o som possui uma peculiaridade<br />
que dá a identidade da gravação e denota<br />
a maneira de como o álbum foi produzido. Pode-se dizer<br />
que não foi gasto nada com grandes equipamentos<br />
e se conseguiu um resultado supreendente, digno de<br />
um LP. Roque de guitarra (como o próprio Lê denomina<br />
Ouça:<br />
http://transfusaonoiserecords.blogspot.com.<br />
br/2011/07/le-almeida-mono-maca_5089.html<br />
seu som) e melodias vocais bem particulares. Citaria<br />
Pixies, Dinosaur Jr e Sonic Youth como algumas das<br />
influencias, mas eu sei que vai muito além disso aí.<br />
Este não é o primeiro disco dele, vale a pena buscar<br />
os anteriores também, assim como outros lançamentos<br />
do selo do Lê, o Transfusão Noise Records, um únicos<br />
selos oriundos da baixada do Rio de Janeiro. Pra<br />
quem sente falta de rock com vocais em português que<br />
não pareça pop rock nacional aí está uma boa dica.<br />
Por Alex Vieira
Dedicado â:<br />
Adam Yauch<br />
† 1964 - 2012<br />
†