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10 Geral<br />
Foz do Iguaçu, segunda-feira, 24 de julho de 2017<br />
Idgar Dias Junior<br />
Sérgio Moro, o sutil<br />
Há anos este signatário leu um artigo que abordava uma dessas<br />
situações meio óbvias e imperceptíveis. Uma empresa de móveis<br />
lançava uma cadeira muito bacana, dessas para usar em salas<br />
bem amplas de mansões bem luxuosas de gente abastada.<br />
O detalhe: para dar ar de coisa bem 'tchan' à tal cadeira, foi<br />
colocada a imagem de Abraham Lincoln (16º. Presidente<br />
americano, 1861-1865) sentado na dita cuja. E o autor do artigo<br />
levantou a questão inarredável: por qual razão nossos<br />
publicitários não lançam mão de figuras nacionais em momentos<br />
como este? Por que em lugar de figuras brasileiras de relevância<br />
colocamos figuras estrangeiras? Na ocasião este articulista achou<br />
por bem especular acerca de dois motivos prováveis: (1) o<br />
discernimento do senso comum não estaria a par como deveria<br />
de nossos heróis nacionais, e (2) ainda que estivesse, nossos<br />
heróis ficariam a dever muito aos heróis de alhures.<br />
Bem, hoje as coisas mudaram muito. O Brasil atual tem seu herói<br />
- goste-se ou não disto - e atende pelo nome de Sérgio Moro. Ele<br />
se tornou célebre pela forma como trabalha, virou quase uma<br />
unanimidade nacional. E o jeitão de Sérgio Moro venceu<br />
fronteiras, a ponto de sua imagem ir parar recentemente num<br />
mural em Portugal ao lado da imagem de outras figuras de<br />
destaque internacional com a seguinte legenda: "Estas pessoas<br />
estão a mudar o mundo". Não é pouca coisa.<br />
E o que faz Sérgio Moro para amealhar toda esta fama? Simples:<br />
faz o que a lei manda fazer, só isto. Para ilustrar melhor, vão aqui<br />
dois exemplos bem-acabados do que é não fazer o que manda a<br />
lei. (1) No julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma<br />
Rousseff, o ministro Ricardo Lewandowski 'fatiou' - em harmonia<br />
com o presidente do Senado Federal à época, Renan Calheiros -<br />
o artigo 52 da Constituição que enuncia: "Nos casos previstos<br />
nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo<br />
Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será<br />
proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda<br />
do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de<br />
função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais<br />
cabíveis". E Dilma Rousseff não foi inabilitada e está livre para<br />
concorrer em 2018; há quem diga que ela vai concorrer à<br />
Câmara Federal, como Gleisi Hoffmann.<br />
(2) No julgamento pelo TSE da chapa Dilma Rousseff-Michel<br />
Temer, acusada pelo PSDB de ter infringido a lei em razão de<br />
alegado abuso de poder econômico nas eleições de 2014, o<br />
presidente daquele tribunal, ministro Gilmar Mendes, declarou:<br />
"Ninguém mais do que eu considera esses fatos lamentáveis. Eu<br />
intuía que isso acontecia". Os fatos aos quais Mendes se referia<br />
tinham a ver com as provas - avassaladoras - levantadas pelo<br />
ministro-relator, Herman Benjamin. A jornalista Renata Lo Prete,<br />
da GloboNews, comentou à época que a chapa havia sido<br />
absolvida por 'excesso de provas'.<br />
Mas é tolice achar que Sérgio Moro age segundo tão somente o<br />
que está na letra fria da lei. O magistrado tem método. Mestre e<br />
doutor pela UFPR, ele também cursou o programa de instrução<br />
de advogados da Harvard Law School (1998) e programas de<br />
estudos acerca da lavagem de dinheiro promovidos pelo<br />
Departamento de Estado Americano.<br />
Tantos estudos e tanto conhecimento redundaram em sutileza:<br />
Sérgio Moro não quis tirar de Lula os R$ 9 milhões de seu plano<br />
de aposentadoria que tem na BrasilPrev. O dinheiro continuará a<br />
ser de Lula. Ficará bloqueado apenas o tempo suficiente para<br />
que os brasileiros saibam um pouco mais a respeito de Luiz<br />
Inácio Lula da Silva.<br />
ASFALTO<br />
Mais de 70 ruas já receberam<br />
a Operação Tapa-Buracos<br />
As principais avenidas foram contempladas com a ação;<br />
bairros também já estão recebendo as melhorias<br />
Cerca de 926 toneladas de asfalto já foram aplicadas em ruas e avenidas da cidade<br />
AMN<br />
Reportagem<br />
Ao transitar pelas principais<br />
ruas e avenidas de Foz do<br />
Iguaçu, a população já notou<br />
a diminuição no número de buracos.<br />
Em menos de três meses,<br />
a prefeitura aplicou 1.866<br />
toneladas do concreto betuminoso<br />
usinado a quente<br />
(CBUQ). Desde o início do<br />
governo de Chico Brasileiro, 71<br />
ruas já foram recuperadas.<br />
O relatório mais recente da<br />
Secretaria Municipal de Obras<br />
mostra que, no período de 27<br />
de junho a 17 de julho, 26 ruas<br />
e avenidas receberam a Operação<br />
Tapa-Buracos, totalizando<br />
926 toneladas aplicadas.<br />
Entre as principais vias que<br />
receberam a ação está a Rua<br />
Andradina, na Vila C, com<br />
quatro mil metros quadrados<br />
de CBUQ, seguida da Avenida<br />
Costa e Silva, que recebeu dois<br />
mil metros quadrados de<br />
CBUQ; Rua Canindé, no Morumbi,<br />
com 1.900 metros quadrados;<br />
e Rua Silvano Gutierres,<br />
no Jardim Vasco da Gama,<br />
com 1.200 metros quadrados<br />
aplicados. Outras vias receberam<br />
pequenos reparos, como a<br />
Rua Silvano Baldó, no Jardim<br />
Polo Centro, e Rua Barão da<br />
Serra Negra, no Morumbi II,<br />
entre outras.<br />
As próximas ruas e avenidas<br />
que devem receber a tapaburacos<br />
já estão mapeadas pela<br />
Secretaria de Obras, com base<br />
no banco de dados cadastrado<br />
por meio da população — a qual<br />
pode solicitar o serviço de tapaburacos<br />
pelo telefone 3521-<br />
1718 e 3521-1711. Nos dois<br />
ramais, o morador passa as informações<br />
da rua e em seguida<br />
é feito um levantamento para<br />
posteriormente a secretaria incluir<br />
no cronograma da operação<br />
de bairro a bairro.<br />
Usina de asfalto<br />
A situação emergencial na<br />
malha viária de Foz do Iguaçu<br />
não deve mais repetir-se.<br />
Para frear a deterioração das<br />
vias, a prefeitura vai investir<br />
R$ 2 milhões em uma usina<br />
de asfalto, que começará a<br />
operar em janeiro de 2018. A<br />
usina está em processo de licitação<br />
dos equipamentos que<br />
será concluído nos próximos<br />
seis meses.<br />
A partir de janeiro, a usina<br />
deve estar produzindo o asfalto<br />
a frio, conhecido como asfalto<br />
ecológico, pois não tem<br />
caldeira e não gera fumaça,<br />
sem o impacto ambiental, como<br />
ainda é o caso do CBUQ. A<br />
usina de asfalto terá capacidade<br />
de produzir 40 toneladas por<br />
hora. Com o investimento, a<br />
prefeitura garantirá uma economia<br />
de 30% aos cofres públicos,<br />
além de agilizar os serviços.<br />
F