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DIONÍSIO CERQUEIRA/SC . BARRACÃO/PR . 20 DE JULHO DE 2017<br />
www.jornaldafronteira.com.br<br />
SANTO ANTONIO DO SUDOESTE<br />
Livros e natureza são duas grandes paixões de<br />
agricultor santoantoniense<br />
Os passarinhos cantam<br />
na cumeeira da casa, uma<br />
casa de madeira, do tipo<br />
chalé, no meio do gramado,<br />
cujo cano do fogão expele<br />
fumaça ao amanhecer,<br />
enquanto o cachorro acoa,<br />
e acoa como canto, como<br />
canta o galo, enquanto os<br />
patos passeiam tranquilamente<br />
na água límpida do<br />
açude.<br />
Uma propriedade bonita,<br />
bem arborizada e com<br />
gramado verde, onde a natureza<br />
se perpetua tranquilamente<br />
sem se preocupar<br />
com as ações do homem.<br />
O sítio Dalla Vecchia,<br />
localizado na linha Rafaelly,<br />
nas proximidades do<br />
Distrito de Marcianópolis,<br />
no interior de Santo Antonio<br />
do Sudoeste, chama a<br />
atenção pela tranquilidade<br />
e a paz que transmite para<br />
quem chega ao local.<br />
“A vida é boa, a gente<br />
corre, corre à toa e esquece<br />
de viver”, está escrito<br />
em um banco da propriedade<br />
que, com desprendimento<br />
alegre, o agricultor<br />
Valdir Olívio Dalla Vecchia<br />
comenta, em entrevista ao<br />
Jornal da Fronteira, enquanto<br />
folheia um de seus<br />
livros, dos muitos livros<br />
que fazem parte de sua<br />
variada biblioteca, adequadamente<br />
instalada no sótão<br />
do chalé.<br />
Valdir é natural de Aratiba,<br />
próximo de Erechim,<br />
no Rio Grande do Sul, tem<br />
57 anos e é casado, há<br />
34 anos, com Marivone<br />
Rafaelly Dalla Vecchia, de<br />
59 anos.<br />
“Engraçado como as<br />
coisas vão acontecendo<br />
na vida da gente. Com<br />
nove anos sai da casa de<br />
meus pais para estudar no<br />
Seminário Diocesano, em<br />
Cascavel. Lá permaneci por<br />
quatro anos. Depois disso,<br />
fui expulso, acredito que<br />
pelo meu ‘bom’ comportamento.<br />
Na época, meu pai<br />
morava em Santa Helena,<br />
no Paraná. Aos 14 anos,<br />
fui morar sozinho, em Foz<br />
do Iguaçu, onde arrumei<br />
trabalho e onde vivi até os<br />
27 anos”, contou.<br />
Rindo voluptuosamente,<br />
Valdir Dalla Vecchia<br />
lembrou que hoje teria<br />
problemas se soubessem<br />
que começou trabalhar tão<br />
cedo.<br />
“Minha carteira foi<br />
assinada em 1974, quando<br />
tinha 14 anos, como garagista<br />
de hotel. Orgulho-me<br />
muito de ter sido registrado<br />
tão jovem, pois penso<br />
que isto demonstra que<br />
a gente tem uma história<br />
de responsabilidade e<br />
integridade”, afirmou Dalla<br />
Vecchia.<br />
Em Foz do Iguaçu, após<br />
arrumar seu primeiro<br />
emprego, Valdir permaneceu<br />
estudando, enquanto<br />
ganhava dinheiro como<br />
manobrista de hotel e no<br />
turismo.<br />
“Depois de um tempo,<br />
consegui trabalho na Itaipu<br />
Binacional, no setor do<br />
meio ambiente, e assim<br />
aprendi a amar a natureza.<br />
Graças a Deus que busquei<br />
um lugar para morar<br />
onde pudesse vivenciar<br />
momentos com a natureza,<br />
de tranquilidade e conforto,<br />
vindo parar em Santo<br />
Antonio do Sudoeste.<br />
Comprei esta propriedade,<br />
que na época era toda<br />
mecanizada e utilizada<br />
para cultivos de soja e milho,<br />
e plantei árvores em<br />
toda ela. Hoje ela é parte<br />
de mim, um lugar onde a<br />
natureza é celebrada todos<br />
os dias”, comentou Valdir<br />
Parabéns Parabéns<br />
às<br />
às<br />
mulheres mulheres e<br />
homens homens<br />
que<br />
que<br />
produzem produzem e<br />
transportam<br />
transportam<br />
nossas<br />
nossas<br />
riquezas<br />
riquezas