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DIONÍSIO CERQUEIRA/SC . BARRACÃO/PR . 20 DE JULHO DE 2017<br />
www.jornaldafronteira.com.br<br />
1<br />
SUPLEMENTO ESPECIAL DO JORNAL DA FRONTEIRA . 20 DE JULHO DE 2017
2<br />
DIONÍSIO CERQUEIRA/SC . BARRACÃO/PR . 20 DE JULHO DE 2017<br />
www.jornaldafronteira.com.br<br />
São Cristóvão<br />
Padroeiro dos motoristas e viajantes<br />
Santo Isidoro<br />
A história do santo lavrador<br />
Diz a tradição que São<br />
Cristóvão era um homem<br />
muito forte e que ajudava<br />
as pessoas a cruzar o rio.<br />
Um dia, um menino pediu<br />
e São Cristóvão o colocou<br />
nos ombros e começou<br />
a atravessar o rio. A<br />
cada passo, a criança<br />
ficava mais pesada e São<br />
Cristóvão se esforçava<br />
ao máximo para salvar<br />
o menino. São Cristóvão<br />
disse à criança que estava<br />
muito difícil e que parecia<br />
estar carregando o mundo!<br />
E o menino respondeu:<br />
“Não fique surpreso! Você<br />
está carregando o mundo,<br />
você carrega o criador do<br />
mundo nos ombros!”. O<br />
menino era Jesus.<br />
Por esse motivo que<br />
muitos invocam e pedem<br />
proteção de São Cristóvão<br />
antes de fazer uma<br />
jornada. Em algumas<br />
cidades é costume, no dia<br />
25 de julho os motoristas<br />
levarem seus veículos para<br />
serem bentos na igreja de<br />
São Cristóvão.<br />
Uma antiga tradição diz<br />
que quem olhar a imagem<br />
de São Cristóvão, passaria<br />
aquele<br />
dia<br />
sem qualquer dano.<br />
Por isso, muitas igrejas,<br />
casas e até mesmo estabelecimentos<br />
comerciais ostentam<br />
imagens e pinturas<br />
de São Cristóvão.<br />
A existência de um mártir<br />
chamado São Cristóvão<br />
não pode ser negada, uma<br />
vez que foi suficientemente<br />
provada pelo jesuíta<br />
Nicholas Serarius, em seu<br />
tratado sobre “Ladainhas”<br />
“Litenutici”.<br />
O Papa São Gregório,<br />
o grande estudioso dos<br />
santos, refere-se a um<br />
monastério à São Cristóvão<br />
(Eppx 33). O Breviário e<br />
o Missal Mozarábico,<br />
revisado e indicado por<br />
São Isidoro de Sevilha,<br />
contém um ofício<br />
especial em honra<br />
de São Cristóvão. Em<br />
1386 uma irmandade<br />
foi fundada sob<br />
o patrocínio de São<br />
Cristóvão no Tirol Vorarlberg,<br />
para guiar os<br />
viajantes em Arlberg. Em<br />
1517 a Sociedade de São<br />
Cristóvão foi fundada em<br />
Caryntia, Styria na Saxônia<br />
e em Munique.<br />
Grande veneração popular<br />
ao santo é encontrada<br />
em Veneza e às margens<br />
do Danúbio, Reno e outros<br />
rios onde as enchentes<br />
causam frequentes danos.<br />
Moedas com a sua imagem<br />
são cunhadas em Wurzburg,<br />
em Wurtemberg e na<br />
Bohemia. Estátuas do santo<br />
são colocadas na entrada<br />
das igrejas, das pontes,<br />
túneis e sua medalha é<br />
encontrada nos veículos<br />
em geral.<br />
Isidoro nasceu em<br />
Madri, na Espanha,<br />
em 1070, filho de pais<br />
camponeses, simples e<br />
seguidores de Cristo. O<br />
menino cresceu sereno,<br />
bondoso e muito<br />
caridoso, trabalhando<br />
com os familiares<br />
numa propriedade<br />
arrendada. Levantava<br />
muito cedo para<br />
assistir a Missa, antes<br />
de seguir para o<br />
campo. Quando seus<br />
atos de fé começaram<br />
a se destacar, já era<br />
casado com Maria Toribia<br />
e pai de um filho.<br />
Sua notoriedade começou<br />
quando foi acusado<br />
de ficar rezando pela<br />
manhã, na igreja, ao invés<br />
de trabalhar. De fato,<br />
tinha o hábito de parar o<br />
trabalho uma vez ao dia<br />
para rezar, de joelhos,<br />
o terço. Mas isso não<br />
atrapalhava a produção,<br />
porque depois trabalhava<br />
com vontade e vigor,<br />
recuperando o tempo das<br />
preces. Sua bondade era<br />
tanta que o patrão nada<br />
lhe fez.<br />
Não<br />
era só<br />
na oração que Isidoro<br />
se destacava. Era tão<br />
solidário que dividia com<br />
os mais pobres tudo o<br />
que ganhava com seu<br />
trabalho, ficando apenas<br />
com o mínimo necessário<br />
para alimentar os seus.<br />
Quando seu filho morreu,<br />
ainda criança, Isidoro e<br />
Maria não se revoltaram,<br />
ao contrário, passaram a<br />
se dedicar ainda mais aos<br />
necessitados.<br />
Isidoro Lavrador,<br />
morreu pobre e<br />
desconhecido, no<br />
dia 15 de maio de<br />
1130, em Madri,<br />
sendo enterrado<br />
sem nenhuma<br />
distinção. A<br />
partir de então,<br />
começou a devoção<br />
popular.<br />
Muitos milagres,<br />
atribuídos à sua<br />
intercessão, são<br />
narrados pela<br />
tradição do povo<br />
espanhol. Quarenta<br />
anos depois seu corpo<br />
foi trasladado para uma<br />
igreja.<br />
Humilde e incansável<br />
foi esse homem do campo,<br />
que somente depois<br />
de sua morte, e com a devoção<br />
de todo o povo de<br />
sua cidade, as autoridades<br />
religiosas começaram<br />
a reconhecer o seu valor<br />
inestimável: a devoção à<br />
Deus e o cumprimento<br />
de Seus mandamentos,<br />
numa vida reta e justa, no<br />
seguimento de Jesus.
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3<br />
Barracão<br />
Maior empreendimento da avicultura<br />
barraconense fomentará economia do Sudoeste<br />
Um dos principais investimentos<br />
da avicultura<br />
do Sudoeste do Paraná<br />
está acontecendo um uma<br />
propriedade isolada, situada<br />
no distrito de Siqueira<br />
Bello, interior de Barracão.<br />
Levantam-se do solo,<br />
estruturas admiráveis, que<br />
remetem lembranças a<br />
ciclos pioneiros, de tempos<br />
em que nasciam empreendimentos<br />
divisores de<br />
épocas.<br />
Um projeto audacioso,<br />
para ocupar uma área<br />
construída de 7.680<br />
metros quadrados, contemplando<br />
a instalação de<br />
12 aviários, divididos em<br />
três núcleos, cada um com<br />
quatro disposições, tudo<br />
com tecnologia de ponta,<br />
com comedores e ninhos<br />
automatizados.<br />
“O município de Barracão<br />
se orgulha de hoje<br />
ser um dos municípios<br />
do Sudoeste com maior<br />
número de aviários, considerando<br />
municípios que<br />
não possuem abatedouro<br />
de frango. A produção de<br />
frangos do município é<br />
vendida para frigoríficos<br />
da Capanema, Francisco<br />
Beltrão e Pato Branco,<br />
entre outros. A nossa<br />
administração apoiou<br />
este investimento que é<br />
feito por um empresário<br />
do município de Ampére,<br />
Ivair Bortolini, que aplicará<br />
recursos superiores à<br />
R$ 19 milhões”, salientou<br />
o prefeito barraconense,<br />
Marco Aurélio Zandoná.<br />
O empreendimento iniciou<br />
em 2016 e o término<br />
previsto é para setembro<br />
de 2018, devendo funcionar<br />
como uma ilha,<br />
que significa que todo o<br />
sistema será autossustentável<br />
na produção de seus<br />
próprios animais.<br />
Ou seja, são doze aviários<br />
distribuídos em quatro<br />
núcleos com três aviários.<br />
Cada um dos núcleos<br />
funcionará em sistema próprio,<br />
com um dos aviários<br />
como instalações de recria<br />
de matrizes e outros dois<br />
para produção de ovos.<br />
O primeiro abastecerá<br />
os outros dois com aves, e<br />
esses dois produzirão ovos,<br />
que serão enviados para<br />
incubatórios da BR Foods<br />
(BRF), para cria de pintainhos<br />
que serão enviados<br />
para aviários da região.<br />
O empreendimento terá<br />
45 mil matrizes por núcleo<br />
e deverá gerar uma produção<br />
de sete milhões de<br />
ovos em cada núcleo, por<br />
cada ciclo de 10 meses,<br />
que é o ciclo padrão de<br />
uma galinha poedeira.<br />
A previsão é de que<br />
a empresa contrate 21<br />
funcionários, preconizando<br />
contratar famílias.<br />
Esses contratados terão<br />
moradias em um conjunto<br />
habitacional próximo do<br />
empreendimento, cujas casas<br />
já estão em construção.<br />
Serão edificadas nove<br />
habitações, cada uma com<br />
qualidade, ar condicionado,<br />
três quartos, sala, cozinha<br />
e garagem.<br />
A administração se comprometeu<br />
a prestar serviços<br />
de transporte escolar<br />
para os filhos dos funcionários,<br />
atendimento básico<br />
de saúde na unidade do<br />
distrito, e acompanhamento<br />
de assistentes sociais.<br />
“O empreendimento,<br />
além de gerar empregos e<br />
aumentar a arrecadação do<br />
município, coloca Barracão<br />
em evidência, pelo grande<br />
número de aviários que<br />
hoje tem instalados em<br />
Portal Tri<br />
sua área. Desta forma, o<br />
município cresce, pois estas<br />
familiares fomentarão<br />
nosso comércio, uma vez<br />
que essas pessoas gastarão<br />
suas rendas em nosso<br />
município”.<br />
O empresário, Ivair Bortolini,<br />
comentou que, juntamente<br />
com sua esposa<br />
Judite, pesquisou bastante<br />
sobre o melhor local para<br />
instalar o empreendimento.<br />
“Precisávamos situar em<br />
um local que atendesse às<br />
exigências ambientais e<br />
estruturais. Após chegarmos<br />
à definição, foi feita a<br />
aquisição da área, e buscamos<br />
o apoio do poder<br />
público. Da administração<br />
municipal, recebemos total<br />
incentivo, uma vez que<br />
o local estava distante e<br />
sem condições viárias de<br />
trafegabilidade. O prefeito<br />
Marco Aurélio, e sua<br />
equipe, fizeram estradas<br />
de qualidade e dispuseram<br />
de toda a atenção<br />
necessária. Agradecemos<br />
a receptividade da população<br />
barraconense”, afirmou<br />
Bortolini.
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DIONÍSIO CERQUEIRA/SC . BARRACÃO/PR . 20 DE JULHO DE 2017<br />
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Dionísio Cerqueira<br />
Calcário é distribuído para<br />
correção de solo em propriedades<br />
O Programa<br />
Terra<br />
Boa, do<br />
Governo do<br />
Estado de<br />
Santa Catarina,<br />
atende os<br />
agricultores<br />
da região<br />
com diversos<br />
tipos<br />
de benefícios,<br />
como<br />
distribuição<br />
de calcário,<br />
sementes de<br />
milho, kit forrageiro<br />
e kit<br />
apicultura.<br />
Em Dionísio<br />
Cerqueira, as secretarias<br />
de Agricultura e de<br />
Obras realizam a entrega<br />
de calcário nas propriedades<br />
rurais do município.<br />
A entrega do insumo é<br />
subsidiada pelo Programa<br />
Terra Boa, viabilizado<br />
através do escritório local<br />
da Empresa de Pesquisa<br />
Agropecuária e Extensão<br />
Rural - Epagri, que está<br />
instalada em sala anexa à<br />
secretaria de Agricultura,<br />
no prédio da prefeitura.<br />
A administração cerqueirense<br />
informou que o<br />
objetivo é distribuir aproximadamente<br />
450 toneladas<br />
de calcário, atendendo<br />
produtores que tem interesse<br />
em fazer a correção<br />
de suas terras.<br />
“A busca para melhorar a<br />
qualidade do solo e assim<br />
ter uma produtividade<br />
mais elevada nas culturas<br />
SMA<br />
mais adequadas para nossa<br />
região, é nosso objetivo<br />
permanente. Aumentando<br />
a produção agrícola,<br />
contribuímos para o<br />
fortalecimento econômico<br />
de nosso município e do<br />
Estado, uma vez que Santa<br />
Catarina é um dos principais<br />
celeiros do agronegócio<br />
brasileiro”, explicou<br />
o secretário municipal de<br />
Agricultura, Valdomiro<br />
Pavan.<br />
São JOsé do cedro<br />
Conselho de Agricultura faz<br />
reunião de prestação de contas<br />
Na tarde de terça-feira<br />
passada, 18 de julho, a<br />
secretaria de Agricultura<br />
de São José do Cedro, e<br />
o Conselho Municipal de<br />
Agricultura, realizaram<br />
reunião, na Câmara de<br />
Vereadores, para prestar<br />
contas e tratar de outros<br />
assuntos de interesse dos<br />
agricultores cedrenses.<br />
Primeiramente o municipal<br />
secretário de Agricultura,<br />
Pedrinho Casarin,<br />
agradeceu a presença de<br />
todos e destacou sobre os<br />
trabalhos que são realizados<br />
no setor. T<br />
ambém estava presente<br />
na reunião, o prefeito<br />
cedrense, Plínio de Castro;<br />
vice-prefeito, José de<br />
Conto e o vereador, Volnei<br />
Dallo.<br />
Plínio de Castro destacou<br />
que o último ano foi de dificuldades,<br />
principalmente<br />
na economia do país.<br />
“Contudo, damos continuidade,<br />
e até melhoramos<br />
os programas e o trabalho<br />
realizado pela secretaria de<br />
Agricultura”, afirmou.<br />
Em seguida, foi escolhida<br />
a nova diretoria do<br />
Conselho, com a seguinte<br />
composição:<br />
Presidente: Nilvo Guisch;<br />
vice-presidente: Adir Pasqualon;<br />
secretário: Douglas<br />
Ascom<br />
Cesar Patel; 2º secretário:<br />
Rejane Rigo.<br />
Conselheiros: Marcos<br />
Schneider, Gilberto Barbosa,<br />
Irineu Smanhotto,<br />
Jackson de Souza e Hélio<br />
Barbosa.<br />
Após, o secretário de<br />
Agricultura fez a prestação<br />
de contas do setor,<br />
destacando sobre as horas<br />
máquinas nos serviços de<br />
silagem e outros assuntos.<br />
Para finalizar, teve palestra<br />
ministrada pelo gerente<br />
Regional da Cidasc, Cláudio<br />
Trombetta, que abordou<br />
o tema: “Certificação de<br />
Propriedades Livres de<br />
Tuberculose e Brucelose”.
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5<br />
ANCHIETA<br />
Produção de queijos coloniais destaca propriedade<br />
O grande sucesso dos<br />
queijos coloniais em<br />
Anchieta, Santa Catarina,<br />
cresce a cada dia que<br />
passa.<br />
Assim é com a agroindústria<br />
familiar, localizada<br />
na comunidade de São<br />
José, conhecida pelos produtos<br />
de boa qualidade e o<br />
gosto saboroso.<br />
Os produtos são vendidos<br />
apenas no município<br />
de Anchieta, sem distribuição<br />
em outros municípios.<br />
O proprietário, Vilmar<br />
Piovezani, falou que a ideia<br />
começou quando foram visitar<br />
uma propriedade, em<br />
Francisco Beltrão, no Paraná,<br />
e lá tinha uma indústria<br />
que produzia queijos.<br />
“Voltamos para casa<br />
com o pensamento de<br />
montar uma indústria na<br />
nossa propriedade, o nosso<br />
negócio, e passamos a<br />
produzir e a vender queijos<br />
no município”.<br />
A propriedade é pequena,<br />
familiar, e o leite<br />
produzido na propriedade<br />
é usado para a fabricação<br />
dos queijos.<br />
A agroindústria produz<br />
três tipos de queijos: normal,<br />
temperado e ao vinho.<br />
“O queijo temperado é<br />
preciso ser consumido em<br />
poucos dias, precisa estar<br />
fresquinho e ser servido<br />
como aperitivo, pois é mais<br />
suave. Já o queijo ao vinho<br />
é mais forte, e apreciado<br />
principalmente no inverno”,<br />
comentou<br />
Vilmar.<br />
Ele destacou que<br />
todos os queijos são<br />
feitos de forma normal,<br />
mas a diferença<br />
é que vai acrescentando<br />
os temperos,<br />
para ficar um queijo<br />
diferenciado.<br />
“Quanto o queijo<br />
ao vinho, a bebida é<br />
usada para realçar o<br />
sabor e deixar com<br />
um sabor diferenciado”.<br />
Piovezani afirmou<br />
que a preocupação<br />
com a qualidade do<br />
produto é constante,<br />
manter a clientela<br />
e atender suas<br />
necessidades de<br />
queijos diferenciados<br />
e saborosos.<br />
“Nós sempre procuramos<br />
fomentar<br />
a agroindústria no<br />
município, e toda<br />
nossa produção<br />
é vendida em Anchieta.<br />
A nossa inspeção para<br />
vendas é municipal, mas<br />
pensamos, futuramente,<br />
obter certificação para podermos<br />
ampliar as vendas<br />
para outros municípios”,<br />
detalhou.<br />
Vilmar comentou que<br />
para ampliar a distribuição<br />
de queijos, é preciso analisar<br />
a demanda e cuidar,<br />
aumentar a produção e<br />
principalmente, para não<br />
perder a qualidade do<br />
produto.<br />
Leite<br />
Para a produção de queijos<br />
coloniais, a propriedade<br />
de Piovezani produz o leite<br />
utilizado.<br />
“Antes nós comprávamos<br />
o leite de outros produtores,<br />
mas como é preciso ter<br />
um cuidado com as vacas,<br />
optamos por produzir o<br />
leite em nossa propriedade<br />
e utilizá-lo na produção de<br />
queijos”.<br />
Preço<br />
Os queijos coloniais produzidos<br />
pela agroindústria<br />
familiar de Vilmar Piovezani<br />
custam R$ 18,00 o<br />
quilo do queijo normal e<br />
R$ 20,00 o quilo do queijo<br />
temperado e ao vinho.<br />
Renda não favorece a atividade dos pequenos agricultores<br />
Procurando levar uma vida normal, no<br />
distrito de São Pedro Tobias, interior de<br />
Dionísio Cerqueira, o agricultor Ademir<br />
Markus se dedica nas atividades em<br />
busca de manter uma vida equilibrada e<br />
tranquila.<br />
A principal renda da família Markus é<br />
a atividade leiteira e o fumo.<br />
A empresa responsável pela coleta<br />
do leite produzido na propriedade é o<br />
Laticínio Colônia, de Barracão.<br />
Segundo Ademir, a atividade no<br />
campo, para o pequeno agricultor, não<br />
permite ter uma renda alta, pois os preços<br />
dos produtos, para a venda, não têm<br />
a valorização que deveriam ter.<br />
“Em outras épocas, cheguei a comprar<br />
os insumos mais caros dos vendedores,<br />
mas nada adiantou para valorizar o produto.<br />
Hoje os insumos não estão mais<br />
tão caros, mas não compensa plantar,<br />
pois não tem mais giro”, ressaltou o<br />
agricultor.<br />
O filho de Ademir, o Tafarel Markus<br />
comentou que parou de estudar, mas<br />
que, por momento, pretende continuar<br />
ajudando seu pai na roça.<br />
“A agricultura está cada vez piorando<br />
mais, e vai chegar um momento que não<br />
vai existir incentivos para continuar trabalhando<br />
aqui,<br />
pois nada tem<br />
valor e os preços<br />
são bastante<br />
baixos.<br />
Por enquanto,<br />
vou ajudar<br />
meu pai na<br />
agricultura,<br />
e pensar em<br />
um futuro<br />
próximo”,<br />
afirmou<br />
Tafarel.
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SANTO ANTONIO DO SUDOESTE<br />
Livros e natureza são duas grandes paixões de<br />
agricultor santoantoniense<br />
Os passarinhos cantam<br />
na cumeeira da casa, uma<br />
casa de madeira, do tipo<br />
chalé, no meio do gramado,<br />
cujo cano do fogão expele<br />
fumaça ao amanhecer,<br />
enquanto o cachorro acoa,<br />
e acoa como canto, como<br />
canta o galo, enquanto os<br />
patos passeiam tranquilamente<br />
na água límpida do<br />
açude.<br />
Uma propriedade bonita,<br />
bem arborizada e com<br />
gramado verde, onde a natureza<br />
se perpetua tranquilamente<br />
sem se preocupar<br />
com as ações do homem.<br />
O sítio Dalla Vecchia,<br />
localizado na linha Rafaelly,<br />
nas proximidades do<br />
Distrito de Marcianópolis,<br />
no interior de Santo Antonio<br />
do Sudoeste, chama a<br />
atenção pela tranquilidade<br />
e a paz que transmite para<br />
quem chega ao local.<br />
“A vida é boa, a gente<br />
corre, corre à toa e esquece<br />
de viver”, está escrito<br />
em um banco da propriedade<br />
que, com desprendimento<br />
alegre, o agricultor<br />
Valdir Olívio Dalla Vecchia<br />
comenta, em entrevista ao<br />
Jornal da Fronteira, enquanto<br />
folheia um de seus<br />
livros, dos muitos livros<br />
que fazem parte de sua<br />
variada biblioteca, adequadamente<br />
instalada no sótão<br />
do chalé.<br />
Valdir é natural de Aratiba,<br />
próximo de Erechim,<br />
no Rio Grande do Sul, tem<br />
57 anos e é casado, há<br />
34 anos, com Marivone<br />
Rafaelly Dalla Vecchia, de<br />
59 anos.<br />
“Engraçado como as<br />
coisas vão acontecendo<br />
na vida da gente. Com<br />
nove anos sai da casa de<br />
meus pais para estudar no<br />
Seminário Diocesano, em<br />
Cascavel. Lá permaneci por<br />
quatro anos. Depois disso,<br />
fui expulso, acredito que<br />
pelo meu ‘bom’ comportamento.<br />
Na época, meu pai<br />
morava em Santa Helena,<br />
no Paraná. Aos 14 anos,<br />
fui morar sozinho, em Foz<br />
do Iguaçu, onde arrumei<br />
trabalho e onde vivi até os<br />
27 anos”, contou.<br />
Rindo voluptuosamente,<br />
Valdir Dalla Vecchia<br />
lembrou que hoje teria<br />
problemas se soubessem<br />
que começou trabalhar tão<br />
cedo.<br />
“Minha carteira foi<br />
assinada em 1974, quando<br />
tinha 14 anos, como garagista<br />
de hotel. Orgulho-me<br />
muito de ter sido registrado<br />
tão jovem, pois penso<br />
que isto demonstra que<br />
a gente tem uma história<br />
de responsabilidade e<br />
integridade”, afirmou Dalla<br />
Vecchia.<br />
Em Foz do Iguaçu, após<br />
arrumar seu primeiro<br />
emprego, Valdir permaneceu<br />
estudando, enquanto<br />
ganhava dinheiro como<br />
manobrista de hotel e no<br />
turismo.<br />
“Depois de um tempo,<br />
consegui trabalho na Itaipu<br />
Binacional, no setor do<br />
meio ambiente, e assim<br />
aprendi a amar a natureza.<br />
Graças a Deus que busquei<br />
um lugar para morar<br />
onde pudesse vivenciar<br />
momentos com a natureza,<br />
de tranquilidade e conforto,<br />
vindo parar em Santo<br />
Antonio do Sudoeste.<br />
Comprei esta propriedade,<br />
que na época era toda<br />
mecanizada e utilizada<br />
para cultivos de soja e milho,<br />
e plantei árvores em<br />
toda ela. Hoje ela é parte<br />
de mim, um lugar onde a<br />
natureza é celebrada todos<br />
os dias”, comentou Valdir<br />
Parabéns Parabéns<br />
às<br />
às<br />
mulheres mulheres e<br />
homens homens<br />
que<br />
que<br />
produzem produzem e<br />
transportam<br />
transportam<br />
nossas<br />
nossas<br />
riquezas<br />
riquezas
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7<br />
Dalla Vecchia, expressando<br />
seu fascínio com o meio<br />
ambiente.<br />
O agricultor Valdir<br />
lembrou que sua mudança<br />
para Santo Antonio do Sudoeste<br />
foi em 7 de setembro<br />
de 2000, e até brincou<br />
que sua independência da<br />
área urbana aconteceu no<br />
dia da Independência do<br />
Brasil.<br />
Leitura<br />
O principal hobby de<br />
Valdir Dalla Vecchia é desfrutar<br />
de uma boa leitura,<br />
usar seu tempo com os<br />
livros e aperfeiçoar seu<br />
conhecimento.<br />
“Eu quero agradecer<br />
ao professor, já falecido,<br />
Ivo Inácio Biger, que é<br />
natural de São José do<br />
Cedro. Quando eu estudei<br />
o primário, era do 1 ao 4º<br />
ano, e ainda existia mais<br />
a admissão, que seria o<br />
5º ano, e dai conseguia<br />
passar para o ginásio. Na<br />
época, esse meu professor<br />
lia muito, e me emprestava<br />
os seus livros, e se<br />
hoje sou um leitor muito<br />
voraz, graças a ele”, falou o<br />
agricultor.<br />
Descontraidamente,<br />
Valdir destacou que “devora”<br />
todo tipo de livro e lê<br />
muito jornal.<br />
“Eu gosto de ver os<br />
lançamentos de filmes e<br />
seriados, mas não assisto.<br />
Vou e compro o livro para<br />
ler. A leitura faz parte da<br />
minha vida, e onde quer<br />
que esteja, vou ter um<br />
volume para ler. Prefiro ler<br />
material impresso, e leio<br />
o que estiver por perto.<br />
Com certeza, entre a TV,<br />
um filme, um computador,<br />
sempre vou escolher em<br />
ler um livro”, comentou<br />
alegremente Valdir Dalla<br />
Vecchia.<br />
O agricultor contou que<br />
um livro que marcou sua<br />
vida foi a leitura dos três<br />
volumes de O Poderoso<br />
Chefão, de Mário Puzo.<br />
“Eu aprendi a ler muito<br />
moleque, minha mãe<br />
me mandava ir dormir<br />
e apagar a lamparina.<br />
Pois ela tinha medo que<br />
eu batesse, derrubasse e<br />
acabasse causando até um<br />
incêndio na casa. Depois<br />
de um tempo, fui para<br />
o seminário, e lá tinha<br />
biblioteca muito boa e<br />
vasta”, recordou ele.<br />
No seminário, o padre<br />
repreendia Valdir, que<br />
ao invés de estudar as<br />
disciplinas que os padres<br />
mandavam, ficava lendo<br />
outros materiais de seu<br />
interesse.<br />
“Lá, eu li toda<br />
a coleção Julio<br />
Verne e Jorge<br />
Amado. Com o<br />
tempo, eu acabei<br />
adquirindo essas<br />
coleções e até<br />
comento com<br />
as pessoas e<br />
faço questão de<br />
emprestar, pois<br />
ninguém tem<br />
mais esse hábito<br />
de leitura. A internet<br />
trouxe muitos<br />
avanços para o<br />
ser humano, mas<br />
tirou um de seus<br />
melhores costumes,<br />
que é o de<br />
ler um livro, desfrutar do<br />
raciocínio e do pensar”.<br />
Seus primeiros exemplares<br />
lidos foram Sou Texano,<br />
Cumpra-se a Sentença,<br />
Entre Canalhas, Vingança<br />
em Brasa. Mas o livro favorito<br />
de Valdir é de Mario<br />
Puzo, O Poderoso Chefão.<br />
“Tenho muitos livros que<br />
ainda não li, que comprei e<br />
estão na fila para ler, mas<br />
aos poucos vou lendo um<br />
por um. Leio em torno de<br />
duas horas por dia. Antigamente,<br />
quando comecei<br />
a trabalhar e consegui<br />
minha independência financeira,<br />
passei a comprar<br />
mais livros, e me envolvia<br />
no mundo da leitura”,<br />
contou Dalla Vecchia.<br />
Viagem<br />
Recentemente, Valdir<br />
viajou para o norte do<br />
Brasil, e de lá trouxe cinco<br />
tipos de sementes de palmeiras.<br />
“De todo o lugar que<br />
vou, trago alguma planta<br />
diferente para plantar.<br />
Hoje, tenho duas árvores<br />
Pau Brasil, que fazem 14<br />
anos que plantei. Essas<br />
mudas me trouxeram da<br />
Bahia, e na época pensei<br />
que não iria pegar a muda<br />
da planta, por causa do<br />
clima”, destacou ele.<br />
Chalés<br />
Marivone, esposa de<br />
Valdir, exigiu que ele tivesse<br />
outro espaço para guardar<br />
seus materiais importantes,<br />
pois na casa usava muito<br />
espaço.<br />
“Como tenho livros de<br />
50 anos atrás, eles acabam<br />
se deteriorando, e mesmo<br />
assim eu tenho um cuidado<br />
especial com meus livros.<br />
Dai resolvi construir este espaço<br />
exclusivo, o chalé, para<br />
guardar meus livros”.<br />
O chalé é um ambiente<br />
bem simples e rústico. E com<br />
cobertura de zinco, para<br />
não ter perigo de chover e<br />
molhar os arquivos.<br />
Charuto<br />
“O charuto é um vício que<br />
adquiri há uns 30 anos, com<br />
um tio meu, que fumava.<br />
Quando fui visita-lo ele me<br />
ofereceu e peguei o vício.<br />
Hoje, fumo em média de<br />
três charutos por dia”, disse<br />
Valdir.<br />
Antiguidades<br />
Além da grande coleção de<br />
livros, Valdir tem muitas antiguidades<br />
guardadas, como<br />
peças antigas de agricultura<br />
e de eletrônicos, entre outras,<br />
panelas de barro, fotos<br />
antigas e até mesmo um<br />
antigo fogão a lenha.
8<br />
DIONÍSIO CERQUEIRA/SC . BARRACÃO/PR . 20 DE JULHO DE 2017<br />
www.jornaldafronteira.com.br<br />
Princesa<br />
PM em Cedro e agricultor em Princesa leva<br />
uma vida equilibrada e saudável<br />
Policial Militar em São<br />
José do Cedro, Clairton<br />
Scherner também e agricultor<br />
com propriedade na<br />
linha Vista Alegre, interior<br />
de Princesa.<br />
Com uma propriedade<br />
bonita, organizada e bem<br />
estruturada, a produção de<br />
leite é uma das principais<br />
alternativas da renda da<br />
família.<br />
Segundo Clairton, morar<br />
na área rural propicia uma<br />
vida equilibrada e de bem<br />
estar.<br />
Na propriedade, além de<br />
Clairton, a esposa e o filho,<br />
também vivem os seus pais.<br />
Ele citou que antigamente<br />
produzia porcos, mas<br />
parou com essa atividade.<br />
“Hoje me dedico a outras<br />
alternativas mais rendosas,<br />
como grãos e leite. É<br />
sempre um risco depender<br />
de apenas uma atividade.<br />
Hoje, precisamos estar<br />
atento às inovações, às<br />
tecnologias e praticar boas<br />
alternativas de renda, Aqui<br />
em nossa região, a produção<br />
de leite é a atividade<br />
mais forte e lucrativa, mas<br />
precisa de muito trabalho e<br />
dedicação”, afirmou.<br />
A propriedade tem 17<br />
vacas leiteiras, e trabalha<br />
também com grãos, entre<br />
eles soja e milho, este para<br />
silagem.<br />
“Nós temos uma área<br />
grande e o trabalho é mecanizado.<br />
Temos galpões<br />
para guardar o que a<br />
propriedade precisa e produz.<br />
Mas, precisamos nos<br />
reorganizar, para aproveitar<br />
melhor o espaço e um<br />
galpão que está desativado”,<br />
explicou.<br />
Finalizando, ele disse<br />
que pretende seguir com<br />
esse perfil levando uma<br />
vida tranquila e sustentável,<br />
podendo permanecer<br />
por muitos anos na sua<br />
propriedade.<br />
“É um local muito bom<br />
de morar”, concluiu.