28.07.2017 Views

projeto metamorfose

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

APRESENTAÇÃO<br />

Encenar um monólogo é sempre um desafio para aqueles que “amam a Arte que há em você e não você na Arte”, para citar o grande Mestre<br />

Stanislavski. Para esses é sair da zona de conforto. É reconhecer os limites e tentar superá-los. É (re)aprender sempre.<br />

Para comemorar 40 anos de carreira – completados agora em 2018 – resolvi desafiar-me. Nada melhor para isso do que encenar um texto do<br />

TEATRO DO ABSURDO. Ou melhor ainda: impor-se o supremo desafio – e porque não dizer extremamente pretensioso – de adaptar, não só uma,<br />

mas duas novelas da literatura do absurdo.<br />

E já que era para ser desafiador porque não escolher os melhores?<br />

A METAMORFOSE, de Franz Kafka, já era minha conhecida desde há muitos anos, dos tempos de faculdade. Já PRIMEIRO AMOR, de Samuel<br />

Beckett, eu o descobri há uns três anos, quando a idéia de um SOLO começou finalmente a tomar forma dentre os meus desejos.<br />

A bem da verdade não se trata de traduções ou mesmo adaptações ipsis litteris dos textos originais. Eu classificaria mais como uma releitura<br />

livremente inspirada nos personagens que habitam essas histórias.<br />

Há em Kafka e Beckett um fatalismo quase niilista. Uma desesperança vital que leva seus personagens a seguir em frente mesmo que este caminho<br />

sempre leve ao mesmo ponto de partida, num círculo vicioso digno de Sísifo.<br />

Há nestes dois protagonistas uma inerente inadaptação ao mundo que os cerca. Eu diria mesmo que à própria vida. Uma estranheza e um<br />

estranhamento (no sentido brechtiano) intrínsecos aos seus olhares e também aos olhares dos que os olham e que os forçam a fugir, a refugiarem-se,<br />

a <strong>metamorfose</strong>arem-se em outros. Em solitários insetos.<br />

O mesmo sentimento que me tem acompanhado durante toda a minha vida e, particularmente nestes tempos sombrios em que vivemos. Tempos que<br />

são reveladores e assustadores tanto pela ignomínia coletiva a que estamos sujeitados quanto pela inércia e impotência a que estamos nos<br />

submetendo.<br />

(Fora Canalhas de Todas as Estirpes!)<br />

A genial Cacilda Becker e o grande Sergio Britto tiveram como último trabalho teatral uma peça de Samuel Beckett. Longe de mim comparar-me aos<br />

grandes mas estas histórias de maldições teatrais são instigantes e inspiradoras. Como um labirinto do qual não se conhece a saída.<br />

Enfim, é com grande prazer e dor que apresento este trabalho a vocês. Que ele possa de alguma maneira ter algum significado.<br />

Vivaldo Franco – Diretor e Ator


FICHA TÉCNICA<br />

TEXTOS:<br />

A METAMORFOSE - FRANZ KAFKA<br />

PRIMEIRO AMOR – SAMUEL BECKETT<br />

TRADUDÃO, ADAPTAÇÃO, DIREÇÃO E INTERPRETAÇÃO: VIVALDO FRANCO<br />

FIGURINOS E ELEMENTOS CÊNICOS: VIVALDO FRANCO<br />

PREPARAÇÃO CORPORAL E ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: POLYANA LOTT<br />

ILUMINAÇÃO: REYNALDO LISBOA<br />

TRILHA SONORA: MARCELLUS MACHADO<br />

MÚSICA: FRANZ SCHUBERT<br />

INTERPRETAÇÃO: ANNE WESTPHAL<br />

ACOMPANHAMENTO E REGÊNCIA: YOLANDA MACHADO<br />

VOZES ADICIONAIS (OFF):<br />

NARRADOR – MARCELO EVANGELISTA<br />

MÃE – ARMINDHA FREIRE<br />

PAI – HERON SANTOS<br />

IRMÃ – SARA CAROLINO<br />

Projeto gráfico: Marcellus Machado


DIREÇÃO, ATUAÇÃO E PRODUÇÃO EXECUTIVA<br />

Vivaldo Franco iniciou sua carreira artística como ator, em 1978, no grupo Tafetá de Teatro Popular, em Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em 1983<br />

ingressa na Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO) formando-se em bacharel em Artes Cênicas em 1987. Em 2000 viaja para Atenas, Grécia, para realizar pesquisa de<br />

campo sobre a origem da Tragédia Grega. Em 2001 frequenta a pós-graduação em Teoria da Arte na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e em 2002 conclui a<br />

pós-graduação em Docência do Ensino Superior na Universidade Cândido Mendes.<br />

Foi diretor de palco do Teatro Ziembinski (RJ) e produtor executivo do Departamento Cultural da UERJ (2001/2002). Desde 2006 ocupa o cargo de coordenador técnico e<br />

professor de interpretação no Centro de Formação Artística de Rio das Ostras, mantido pela Fundação Rio das Ostras de Cultura.<br />

Nestes 39 anos de carreira atuou em diversos espetáculos teatrais e duas novelas da Rede Globo, sempre aprimorando sua técnica com profissionais como: Sérgio Britto,<br />

Moacyr Góes, Márcio Vianna, Antunes Filho. A partir de 1987 tem se dedicado à produção e direção, tendo sido responsável pela DIREÇÃO E PRODUÇÃO de alguns<br />

espetáculos teatrais, entre os quais: A VOLTA DO CAMALEÃO ALFACE, (1988) clássico infantil de Maria Clara Machado em montagem convidada para inaugurar o<br />

tradicional palco do Teatro Rival para o público infantil; OS MUMINS (1988), espetáculo apresentado no Teatro Cacilda Becker e indicado para o prêmio MAMBEMBE de<br />

melhor espetáculo infantil; DESBOTADO? QUEM DIRIA! (1990) musical infanto-juvenil de Nilo Batista e Neide Follain apresentado no Teatro Barra Shopping, espetáculo<br />

indicado ao prêmio COCA-COLA de melhor figurino; LEMBRANÇAS DE TENNESSEE (1993), apresentado no Teatro Cândido Mendes dentro do <strong>projeto</strong> (Teatro, Vídeo e<br />

Exposição) que homenageou o dramaturgo Tennessee Williams na passagem de dez anos de sua morte; LARANJAS DO DESEJO, Teatro Glaucio Gill (1993); A CULPA É DO<br />

PADRE (1995), comédia de João Bittencourt apresentada no Teatro Armando Gonzaga, Teatro Arthur Azevedo e Teatro da Praia; METAL E CORTE - TRIBUTO A JIM<br />

MORRINSON (1997), Teatro Museu da República; MÁGICAS E TRAPAÇAS (1997), infantil de sua autoria apresentado no Museu do Índio e no Museu da República; AÊ,<br />

CONTOS DA AMAZÔNIA, (1998), infantil de sua autoria apresentado no Museu do Índio; Co-autoria e co-direção com o coreógrafo e bailarino Silvio Dufrayer no<br />

espetáculo de dança RISCO (1998) apresentado no Teatro Cacilda Becker; OS FUZIS DA SRA. CARRAR (1998/99), de Bertolt Brecht, dentro do <strong>projeto</strong> que homenageou o<br />

dramaturgo alemão pela passagem de 100 anos de seu nascimento; IMPRESSÕES DESESPERADAS (2000) de Anne Westphal, espetáculo multimídia ainda inédito no<br />

Brasil; OSCAR WILDE - O PREÇO (2000) de Vivaldo Franco e Rita Colaço, apresentado no Museu da República (RJ) por volta do centenário do desaparecimento do poeta e<br />

escritor Oscar Wilde; A CAMINHO DE BELÉM (2002), auto de natal de Alejandro Cassona, Teatro Ziembinski; 7X MEDÉIA, de Eurípedes, Jardins do Museu da República<br />

(2003) e Teatro Villa-Lobos, Sala Arnaldo Niskier (2004). PEQUENAS HISTÓRIAS DO HORROR E DO SUBLIME, colagem de textos de vários autores: Brecht, Dias Gomes,<br />

Fernando Caio Abreu, Eduardo Galeano, Teatro Museu da República e Teatro Henriqueta Brieba (2004). Em 2005/2006, como produtor executivo do Departamento<br />

Cultural da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), produziu a série UERJ MPB apresentando os shows de OSWALDO MONTENEGRO, FLÁVIO VENTURINI, FAFÁ<br />

DE BELÉM E ELBA RAMALHO. Ainda em 2006 produziu a vinda do TEATRO BUENDÍA DE CUBA para uma mini temporada no Teatro Glauce Rocha (RJ), a V MOSTRA RIO<br />

SÃO PAULO DE TEATRO DE RUA (Paraty – 8, 9 e 10/dezembro) e o RIO JAZZ INSTRUMENTAL, com as participações de NIVALDO ORNELLAS, WAGNER TISO, MARCIO<br />

MONTARROYOS, entre outros, no Centro Cultural da Caixa (14 e 15/dezembro); ABAJUR LILÁS, de Plínio Marcos, Teatro Popular de Rio das Ostras e Teatro Plínio Marcos<br />

(SP), (2009/2010). A PARTIDA, de Caio Fernando Abreu, Teatro Popular de Rio das Ostras; DECAMERON – A COMÉDIA DO SEXO, de Giovanni Boccaccio, Teatro Popular de<br />

Rio das Ostras, Teatro Raul Cortez (Duque de Caxias), Cine-teatro São João da Barra e Teatro Municipal de Cabo Frio – 2013/2014; MEU AVÔ, DOM QUIXOTE, Teatro<br />

Popular de Rio das Ostras (Festival In Cena Rio das Ostras – FETAERJ), 2013.


O espetáculo LARANJAS DO DESEJO ganhou o prêmio de MELHOR ESPETÁCULO e MENÇÃO HONROSA para figurinos e cenário do IV FESTIVAL CARIOCA DE NOVOS<br />

TALENTOS (FUNARJ/1994). METAL E CORTE, foi apresentado em diversos festivais nacionais e internacionais, entre os quais: 25º Festival de Inverno de Ouro Preto<br />

(93), XX Encontro Nacional de Teatro de Campina Grande (94), 8º Festival de Teatro de Bonecos de Canela (94), 10º Festival Internacional Off Des Theatres Des<br />

Marionnettes, Charleville-Mezières, França (94), 2nd Annual Chicago Fringe and Buskers Festival, Chicago, USA (97); Festival Internacional de Marionnettes, Ascona,<br />

Suiça (96); Festival Internazionale Delle Figure Animate, Perugia, Itália (97); 30º Puppet International Festival, Zagrev, Croácia (97); 11º Festival Mondial des Theâtre<br />

des Marionnettes, Charleville-Mezières, França (97); 6º International Puppet Festival, Riazan, Rússia (97); XVIII International Festival Of Puppetry Art, Bielsko-Biala,<br />

Polônia (98).<br />

O espetáculo IMPRESSÕES DESESPERADAS, estreou em 10 de junho de 2000 no IV Festival Mundial de Teatro de Animação na cidade de Praga, República Tcheca,<br />

apresentando-se em seguida nas cidades de Budapeste, Hungria e Tel Aviv, Israel. O espetáculo OSCAR WILDE - O PREÇO, além da temporada regular no Teatro do<br />

Museu da República (Outubro à Dezembro/2000) se apresentou no 10º Festival de Curitiba (Mostra Fringe-Março/2001), no VII FENARTE, Festival Nacional de Artes<br />

em João Pessoa (Junho/2001), Paraíba, e no 11º Festival de Inverno da UFPR na cidade de Antonina, Paraná (Julho/2001).<br />

O espetáculo MEU AVÔ, DOM QUIXOTE, recebeu os prêmios de MELHOR ESPETÁCULO, MELHOR DIREÇÃO, MELHOR ATRIZ, MELHOR TRILHA SONORA, MELHOR<br />

CENOGRAFIA e indicações aos prêmios de MELHOR ATOR, MELHOR TEXTO, no FESTIN 2014 (Festival Nacional de Teatro Infantil de Campos dos Goytacazes) e<br />

recebeu os prêmios de MELHOR TEXTO, MELHOR DIREÇÃO, MELHOR CENOGRAFIA e foi indicado aos prêmios de MELHOR ATOR, MELHOR ATRIZ e MELHOR<br />

DIREÇÃO no Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias/Rj em 2015.<br />

O espetáculo DECAMERON foi indicado ao prêmios de MELHOR ATRIZ e MELHOR FIGURINO no Festival Nacional da FETAERJ/2014.


CORPUS IN SCENA PRODUÇÕES ARTÍSTICA E CULTURAIS LTDA<br />

A Companhia de Teatro Corpus in Scena Produções tem tido em sua recente história a característica de montagens itinerantes seja apresentando-se<br />

pelas Zonas Oeste e Norte da cidade do Rio de Janeiro, por cidades do interior do estado ou pela participação em festivais de arte por todo o país.<br />

A Companhia surgiu em 1998 quando o diretor Vivaldo Franco reuniu antigos integrantes do Grupo Arteatro a novos atores e técnicos para a montagem<br />

da peça "OS FUZIS DA SRA. CARRAR" de Bertolt Brecht. O espetáculo estreou em setembro de 98 e permaneceu em cartaz até novembro de 1999,<br />

percorrendo 13 cidades do interior do estado e oito bairros do município do Rio, integrando o <strong>projeto</strong> em comemoração ao centenário de nascimento do<br />

dramaturgo alemão.<br />

1998/1999 - OS FUZIS DA SRA. CARRAR - BERTOLT BRECHT<br />

Centenário de nascimento do dramaturgo alemão Bertolt Brecht<br />

Teatro Dulcina<br />

Espetáculo itinerante: Rio de Janeiro, Paraty, Petrópolis, Duque de Caxias<br />

2000 - OSCAR WILDE - O PREÇO - OSCAR WILDE<br />

Centenário da morte do poeta Oscar Wilde. Estréia em outubro no<br />

Museu da República (RJ). 10º Festival de Teatro de Curitiba, Mostra<br />

Fringe (2001); VII FENARTE, Festival Nacional de Arte de João Pessoa<br />

(2001); 11º Festival de Inverno da UFPR, Antonina, Paraná (2001).<br />

2002 - VAMOS À BELÉM - ALEJANDRO CASSONA<br />

Auto de Natal infantil. Teatro Ziembinski (RJ)<br />

2003 - 7X MEDÉIA - EURÍPEDES<br />

Estréia em 27/09 no Jardim do Museu da República (RJ).<br />

Teatro Villa-Lobos (RJ)<br />

2006 – TEATRO BUENDÍA DE CUBA<br />

Teatro Popular de Rio das Ostras (RJ)<br />

Teatro Glauce Rocha (RJ)<br />

V MOSTRA RIO SÃO PAULO DE TEATRO DE RUA<br />

Centro histórico – Paraty (RJ)<br />

RIO JAZZ INSTRUMENTAL<br />

Centro Cultural da Caixa (RJ)<br />

2007 – RIO JAZZ INSTRUMENTAL<br />

Centro Cultural da Caixa (RJ)<br />

SYMPHONIA BRASIL BARROCO<br />

Cantata Orfeu – Igreja N.S. do Carmo da Lapa<br />

Arianna In Creta – Sala Cecília Meireles<br />

2004 - PEQUENAS HISTÓRIAS DO HORROR E DO SUBLIME<br />

Teatro Museu da República (RJ) / Teatro Henriqueta Brieba


2010 – ABAJUR LILÁS<br />

[Digite uma citação do documento ou o resumo de uma questão interessante. Você pode<br />

Teatro Popular de Rio das Ostras<br />

posicionar a caixa de texto em qualquer lugar do documento. Use a guia Ferramentas de Caixa<br />

Cine-Teatro de São João da Barra<br />

de Texto para alterar a formatação da caixa de texto da citação.]<br />

Teatro Plínio Marcos – Viradão Cultural da cidade de São Paulo<br />

2011 – A PARTIDA<br />

Teatro Popular de Rio das Ostras<br />

2013/2017 – DECAMERON – A COMÉDIA DO SEXO<br />

Teatro Popular de Rio das Ostras<br />

Teatro Municipal de Macaé<br />

Cine-Teatro de São João da Barra<br />

Teatro Municipal de Cabo Frio<br />

Fundição Progresso – Teatro Cia Armazém<br />

2014/2017 – MEU AVÔ, DOM QUIXOTE<br />

Teatro Popular de Rio das Ostras – Festival in Cena Rio das Ostras –<br />

FETAERJ<br />

Teatro Municipal de Macaé<br />

Teatro Municipal de Duque de Caxias<br />

Teatro Municipal de Cabo Frio<br />

Teatro Municipal de Niterói<br />

Teatro Gláucio Gill (RJ)<br />

2017 – METAMORFOSE: PRIMEIRO AMOR<br />

Teatro Popular de Rio das Ostras<br />

Teatro Usina 4 – Cabo Frio<br />

Rinha das Artes – Macaé<br />

REMENDOS DE DOROTEIA<br />

Teatro Popular de Rio das Ostras.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!