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<strong>agosto</strong><br />
AUTOR EM DESTAQUE<br />
ZÉLIA GATTAI<br />
LOCAL: BIBLIOTECA MUNICIPAL<br />
L I V R O S E L E I T U R A S<br />
Zélia Gattai (1916-2008) foi escritora,<br />
fotógrafa e memorialista brasileira. Filha de<br />
emigrantes italianos, passou a sua infância e<br />
adolescência em São Paulo. Desde muito<br />
nova participou, juntamente com a sua<br />
família, no movimento político-operário<br />
organizado por imigrantes italianos,<br />
espanhóis e portugueses, que reivindicavam<br />
melhorias no trabalho.<br />
Zélia Gattai conhece Jorge Amado em 1945,<br />
quando trabalhavam juntos no movimento<br />
pela amnistia dos presos políticos. A união do<br />
casal deu-se poucos meses depois. A partir de<br />
então, Zélia Gattai trabalhou ao lado do<br />
marido, datilografando os originais e<br />
auxiliando no processo de revisão. Viveram<br />
em Paris por três anos, período em que Zélia<br />
Gattai fez os cursos de civilização francesa, fonética e língua francesa na Sorbonne.<br />
Foi neste tempo de exílio que Zélia Gattai começou a fazer fotografias, tornando-se<br />
responsável pelo registro, em imagens, de cada um dos momentos importantes da<br />
vida do escritor baiano.<br />
Aos 63 anos de idade, começou a escrever suas memórias. O livro de estreia,<br />
Anarquistas, graças a Deus, ao completar vinte anos da primeira edição, já contava<br />
mais de duzentos mil exemplares vendidos no Brasil. Sua obra é composta de nove<br />
livros de memórias, três livros infantis, uma fotobiografia e um romance. Alguns de<br />
seus livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o<br />
russo. O seu primeiro livro, Anarquistas, graças a Deus, foi adaptado para minissérie<br />
pela Rede Globo e Um chapéu para viagem foi adaptado para o teatro.<br />
Ao lançar o seu primeiro livro, Zélia Gattai recebeu o Prêmio Paulista de Revelação<br />
Literária de 1979. No ano seguinte, recebeu o Prêmio da Associação de Imprensa, o<br />
Prêmio McKeen e o Troféu Dante Alighieri. A Secretaria de Educação do Estado da<br />
Bahia concedeu-lhe a Medalha Castro Alves, em 1987. Em 1988, recebeu o Troféu<br />
Avon, como destaque na área cultural e o Prêmio Destaque do Ano de 1988, pelo<br />
livro Jardim de inverno. O livro de memórias Chão de meninos recebeu o Prêmio<br />
Alejandro José Cabassa, da União Brasileira de Escritores, em 1994 .<br />
<strong>Agenda</strong> <strong>Cultural</strong> CMPS - <strong>agosto</strong> <strong>2017</strong> - 9