Revista +Saúde - 1ª Edição

QUEDA DE CABELO
Assim como as estações mudam, os fios do
cabelo também tem suas fases e nesta estação, o
inverno, alguns cuidados devem ser observados,
quando se trata de queda capilar.
Banhos mais quentes e lavagens menos frequentes
favorecem o quadro. Afinal, a temperatura
elevada da água desidrata o fio, levando-o à
queda. Já a redução das lavagens contribui para
o acúmulo de sebo na raiz, que obstrui o bulbo
(alopecia seborreica -aumentando ainda mais o
problema).
Segundo dados da Associação Brasileira de
Cirurgia de Restauração Capilar, a queda de cabelo
acomete cerca de 25% das brasileiras entre
35 e 40 anos e 50% em mulheres com mais de
40 anos. No caso dos homens, 40% sofrem com
isso antes dos 35 anos. Mesmo exigindo uma
avaliação médica, o olhar atento do cabeleireiro
é fundamental para ajudar a pessoa a identificar
que algo está errado e auxiliá-la na melhor conduta
em relação a serviços realizados no salão e
na recuperação de sua autoestima.
É comum a pessoa perder cerca de cem fios
por dia, o que acontece mais após lavá-lo e ao
penteá-lo. “Nem toda queda é sinônimo de doença
no couro cabeludo. Pode ser parte do ciclo
natural dos fios, que consiste em quatro fases:
de crescimento (anágena), transição (catágena),
repouso e queda (telógena). Neste caso, trata-se
de algo esperado, ou seja, um fio cai, mas outro
nasce no lugar com as mesmas características”,
explica o dermatologista Erick Omar (SP).
Quando excede muito o volume considerado
normal pode ser desencadeada por fatores como
caspa, seborreia, infecção do couro cabeludo,
alterações hormonais, estresse, deficiências nutricionais,
uso de determinados medicamentos,
fator hereditário, etc. Penteados que esticam os
fios, se feitos com frequência, também provocam
o problema.
O cabeleireiro tem papel importante na identificação
de problemas capilares e no seu acompanhamento.
Geralmente, é ele quem sinaliza
que algo está errado, orientando a pessoa para
que busque ajuda médica. E quanto antes isso
acontecer, melhor o resultado.
Existem alguns sinais que devem ser observados,
os quais são indicadores de que algo está errado.
Ao lavar e pentear os cabelos é importante
observar se está ocorrendo uma queda agressiva.
Fique atento se há uma diminuição significativa
da densidade capilar (volume), descamação persistente
do couro cabeludo, afinamento intenso
e o surgimento de áreas sem cabelo, pois são sinais
importantes. Quando há queda, os fios costumam
ficar mais porosos e sem brilho e ocorre
um espaçamento maior do que o normal entre
eles. Ocorre ainda a diminuição da espessura do
rabo de cavalo, o tempo de secagem se dá mais
rápido e aparecem lesões no couro cabeludo, sinais
estes que merecem ser investigados. É preciso
também verificar a alteração na sua rotina,
como uma dieta rigorosa, o uso de medicamento
sem indicação médica ou uma situação que possa
desestabilizar o organismo, como um período
de muito estresse.
Existe também a queda provocada por uma
alergia de um determinado produto (dermatite
de contato) e para não correr riscos é indispensável
realizar um teste antes de qualquer processo
químico.
É importante ressaltar que o tratamento antiqueda
é de responsabilidade médica. No entanto,
o profissional pode contribuir bastante com a
saúde dos fios. Em casos de queda a prioridade é
sempre descobrir a origem do problema e combatê-la.
Porém, a haste do fio (comprimento) não
deve ser esquecida, tratamentos à base de proteínas,
minerais e vitaminas são fundamentais
para ter cabelos saudáveis e brilhantes. Procure
sempre um cabeleireiro de sua confiança, pois
ele poderá avaliar se você está com queda ou
quebra dos fios (ocasionado por procedimentos
químicos incompatíveis). Ele irá fazer uma boa
avaliação, orientando a procurar um dermatologista
e/ou indicar procedimentos adequados se o
seu caso for quebra da haste.
QUEDA DE CABELO
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Proprietária do Salão Alline Fernandes Beauty e Hair
Empresária, Química, Hair Stylist, Instrutora e
Especialista em Colorimetria