2017411_1168_Aula02-RaçaseCruzamentos
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Bovinocultura de Leite<br />
Raças e<br />
Cruzamentos<br />
Pedro A. D. Andrade
Raças Européias
Raça Holandesa<br />
Raças Européias<br />
• Considerada a raça que mais produz leite no mundo<br />
• Introduzida no Brasil no período das capitanias hereditárias (1530 -<br />
1550)<br />
• 1.700.000 animais registrados (800.000 vivos), representa mais de<br />
80% do total de animais de aptidão leiteira de origem européia<br />
existente no Brasil.<br />
• Média nacional: 7500 kg (ajustada 2x e idade adulta)<br />
• Alta produtividade , mas exige melhor manejo e nutrição<br />
• Pontos fracos: aprumos e resistência
Raça Holandesa<br />
Raças Européias<br />
• Introduzida em 1532 pela Capitania de São Vicente (hoje os estados<br />
de MG, RJ, SP e PR) por iniciativa do seu donatário, Martim Affonso<br />
de Souza, que importou algumas matrizes e reprodutores<br />
• MG - Representa 25% do rebanho nacional de holandês<br />
• MG responde por 1/3 da produção de leite no Brasil (6,5 bilhões de<br />
litros)
Produção de Leite (kg)<br />
Raça Holandesa<br />
Raças Européias<br />
8000<br />
7000<br />
6000<br />
5000<br />
4000<br />
3000<br />
2000<br />
Fonte: ABCBRH - Embrapa Gado de Leite<br />
1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004<br />
Ano de Parto<br />
4,85%<br />
Ano Rebanho<br />
Produção (kg 305 dias)<br />
Leite Gordura Proteína<br />
Duração Lactação Idade<br />
1980 72 4751.49 166.63 230.90 274 42<br />
1981 97 4943.50 169.82 278.03 285 47<br />
... ... ... ... ... ... ...<br />
2001 481 7254.42 238.85 228.35 5,62% 320 47<br />
2002 324 7307.81 239.57 222.80 306 48<br />
?
Raça Jersey<br />
Raças Européias<br />
<br />
Desenvolvida em meados do ano 1100, na região da Normandia, na<br />
ilha Jersey, no Canal da Mancha. Descendem das raças Bretona e<br />
Normanda.<br />
<br />
Processo de seleção favorecido pelas características da ilha (pouco<br />
espaço e baixa oferta de forragem) .<br />
<br />
Cosmopolita, segunda mais criada.
Raça Jersey<br />
Raças Européias<br />
Características Importantes para<br />
Seleção e Cruzamentos
Raça Jersey<br />
Raças Européias<br />
Precocidade (26 meses) e longevidade (10 -12)<br />
Facilidade na parição e são animais mais dóceis<br />
Adaptada à condições climáticas “variadas”.<br />
Pequeno porte permite sua introdução<br />
Proteína: + 20%<br />
Cálcio : + 15%<br />
Produz o leite mais eficiente<br />
para a indústria de laticínios
Raça Jersey<br />
Raças Européias<br />
Fonte: Pesq. Agropec. Bras., Brasília, v.41, n.1, p.153-159, jan. 2006
Raça Jersey<br />
Raças Européias<br />
Raça %Prot. %Gord. Prod.Queijo/Cwt<br />
Jersey 3.74 4.65 12.16<br />
Guernsey 3.53 4.49 11.47<br />
Pardo-Suíço 3.54 4.04 11.07<br />
Holandês 3.20 3.65 9.99
Raça Pardo - Suíço<br />
Raças Européias<br />
• Primeiros registros da raça datam de 4000 AC, fósseis encontrados<br />
na região nordeste da Suíça<br />
• Conhecido como gado Schwyz, teve a denominação de gado<br />
Pardo-Suíço, oficialmente adotada em 1880. Nos países de língua<br />
inglesa é conhecido como Brown Swiss, na Suíça e países de<br />
língua alemã como Braunvieh e na Itália como raça Bruna.<br />
• No Brasil, os primeiros animais da raça chegaram no início do<br />
século (1911)
Raça Pardo - Suíço<br />
Raças Européias<br />
• Pernas fortes e cascos resistentes (melhor aprumo)<br />
• Rusticidade<br />
• Adaptabilidade ao calor (nordeste e centro-oeste)<br />
• Fertilidade<br />
• Longevidade, bons ligamentos de úbere<br />
• Média nacional (ajustada para 305 dias): 6432 kg
Raça Ayrshire<br />
Raças Européias<br />
• Essa é uma raça originada na<br />
Escócia. Muito boa para a<br />
produção de leite, a raça ayrshire<br />
recebeu sangues de várias<br />
outras raças especializadas na<br />
produção de leite, inclusive da<br />
holandesa, que é ,sem duvidas, a<br />
raça de maior produção de leite<br />
do mundo. A ayrshire produz em<br />
média 3900 kg por lactação. Seu<br />
leite apresenta matéria seca alta,<br />
sendo próprio à fabricação de<br />
queijos.
Raça Ayrshire<br />
Raças Européias<br />
• As principais características dessa raça são:<br />
Pelagem: Malhada de vermelho, bem definido;<br />
• Úbere: Grande, branco, de forma ideal, frequentemente um pouco<br />
carnoso, prolongando-se para diante e para trás, com tetas bem<br />
dispostas, afastadas, porém pequenas. Boas veias mamárias;<br />
• Pele: Fina e coberta de pelos finos vermelhos e brancos;<br />
• Cabeça: Típica, cônica, de perfil reto, ligeiramente comprida;<br />
marrafa direita e ampla; fronte de largura regular e com leve<br />
depressão entre os olhos; chanfro largo, com focinho forte e face<br />
descarnada;
Raça Ayrshire<br />
Raças Européias<br />
• Chifres:Brancos, com as extremidades pretas, compridos e fortes,<br />
voltados para cima em crescente;<br />
• Corpo: Pequeno, em forma de cunha, correspondendo ao tipo<br />
clássico de vaca leiteira, aparentemente longo, devido ao fato dos<br />
membros serem curtos; todas as suas linhas são retas, sendo uma<br />
das poucas raças melhoradas retilínea;<br />
• Pescoço: Fino, direito, meio comprido, desbarbelado, alargando-se<br />
para o tórax, com boa postura, forte no touro, que apresenta um<br />
pouco de congote;<br />
• Membros: Curtos, finos, com nádegas retas, desenvolvidas para<br />
uma raça leiteira; cascos bons em tamanho e bem conformados.<br />
Aprumos corretos;
Raça Guernsey<br />
Raças Européias<br />
• Esta raça de bovino é uma das principais na produção de leite,<br />
porem, possuem características fisicas de pequeno porte para a um<br />
bovino. As fêmeas pesam acima de 350 kg e os touros acima de<br />
600 kg de peso vivo. Por isso,não são indicadas para a produção de<br />
carne. Essa raça produz em média 3000 kg por lactação, estes<br />
possuem uma média de 6 a 7% de gordura, rica em pigmentos<br />
carotenóides.
Raça Guernsey<br />
Raças Européias<br />
• Suas características são as seguintes:<br />
Pelagem: Malhada de cor predominantemente amarela com suas<br />
variações;<br />
• Úbere: ventre e vassoura da cauda: Esses são sempre brancos;<br />
• Pele: Amarela, fina e coberta de pêlos finos e brilhantes;<br />
• Pescoço: comprido em ambos os sexos, côncavo, no bordo<br />
superior das fêmeas, convexo nos machos, possuindo uma<br />
pequena elevação;<br />
• Cabeça: Tamanho médio, de perfil côncavo;
Raça Guernsey<br />
Raças Européias<br />
• Cabeça: Tamanho médio,<br />
de perfil côncavo;<br />
• Chifres: Pequenos, finos<br />
de cor amarela, dirigidos<br />
para frente e para cima;<br />
• Garupa: Ampla;leite;<br />
• Corpo: Delicado,<br />
descarnado e bem<br />
característico de animais<br />
voltados para a produção<br />
de
Raça Normando<br />
Raças Européias<br />
• Originário da Normandia, na França<br />
• O Normando é basicamente um tipo indígena, possivelmente com<br />
origem Viking, o qual foi cruzado com Shorthorn e bovinos das Ilhas<br />
do Canal da Mancha entre os anos de 1845 a 1860. Neste tempo a<br />
raça era afamada como uma das melhores de duplo propósito do<br />
mundo; sem dúvida o Shorthorn contribuiu para a precocidade e o<br />
melhoramento da qualidade de carcaça, o Jersey provavelmente<br />
contribuiu para a sua alta taxa de gordura. A face é convexa, como<br />
o Jersey, e provavelmente isto é devido a infusão de sangue que a<br />
raça teve no século XIX.<br />
• A infusão de sangue Shorthorn e Jersey aconteceu entre os anos<br />
de 1845-60.
Raça Normando<br />
Raças Européias<br />
• A raça Normanda é de grande porte, rústica, fecunda e longeva.<br />
São animais notáveis por sua produção de carne relativamente<br />
magra, de excelente qualidade e leite de alto teor de gordura. Sua<br />
pelagem deve ter necessariamente as três (3) cores: vermelho ou<br />
ruivo (Blond), castanho escuro ou pardo (Bringe) e o branco (Caille),<br />
cuja predominância e localização variam conforme o indivíduo. Os<br />
animais com pelagem rosilha são desclassificados, tolerando-se os<br />
salinos.
Raça Normando<br />
Raças Européias<br />
• A média de produção de leite da raça Normanda na França em<br />
1990 foi de 6.033 kg, com 4,18% de matéria graxa e 3,5% de<br />
matéria protéica em 307 dias, conforme cita a Federação Nacional<br />
de Organismos de Controle Leiteiro-FNOCL.<br />
• A riqueza de seu leite em proteínas transformáveis em queijo é uma<br />
• Alem disso a raça apresenta uma originalidade genética a respeito<br />
das características tecnológicas do leite que são: o equilíbrio<br />
fosfocálcico, o menor diâmetro das partículas de caseinas, a<br />
freqüência das variantes favoráveis das caseinas, que lhe conferem<br />
qualidades particulares para a elaboração da "qualhada" permitindo<br />
rendimentos em queijo de 15 a 20% superiores, segundo o tipo de<br />
fabricação empregado.
Raça Milking Shorthorn<br />
Raças Européias<br />
• O Shorthorn é chamado de a "Raça Mãe" por dois motivos básicos:<br />
o primeiro, por sua grande habilidade materna e, o segundo, por ter<br />
influenciado com seus genes, total, ou parcialmente, a mais de 60<br />
raças em todo o planeta. O outro slogan "Grande Melhorador" ou<br />
"Great Improver" também se baseia no fato de ter originado a uma<br />
grande quantidade de raças.<br />
• Grã Bretanha - média de 5.000 kg de leite com 3,64% de gordura,<br />
mas muitos rebanhos tem médias maiores que 6.000 kg e mais de<br />
4% de gordura.<br />
• Milking Shorthorn - através de melhoramento do tipo Bates: USA<br />
• Cruzamento absortivo - Holandês Vermelho
Raça Milking Shorthorn<br />
Raças Européias
Raças Zebuínas
Raças Zebuínas<br />
Raça Gir<br />
• Raça originária da Índia<br />
• Considerada em sua própria região de origem como de dupla<br />
aptidão (trabalho e leite)<br />
• Primeira importação no Brasil em 1909 com foco na produção de<br />
carne<br />
• Seleção para aptidão leiteira na dec. de 50
Raças Zebuínas<br />
Raça Gir<br />
<br />
Os controles oficiais apontam produções médias de 3.198 kg de<br />
leite(305 dias, 2 X), sendo comuns lactações acima de 4.000 kg ou<br />
até 5.000 kg leite/lactação.<br />
<br />
a raça gir é a preferida para cruzamentos leiteiros, principalmente<br />
com a raça holandesa.<br />
<br />
As crias nascem com um pequeno peso, o que não provoca<br />
problemas de parto. Não há registros oficiais de nenhum parto<br />
distócico dentro de raça gir.<br />
<br />
A habilidade materna das vacas gir constituem excelente fator de<br />
crescimento dos bezerros na fase pré-desmama.
Produção de Leite (kg)<br />
Raças Zebuínas<br />
Raça Gir<br />
3500<br />
3100<br />
2700<br />
2300<br />
1900<br />
1500<br />
1975 1980 1985 1990 1995 2000<br />
Ano de Parto<br />
T305C<br />
PtotC
Raças Zebuínas<br />
Raça Guzerá<br />
• Foi a primeira raça zebuína a chegar ao Brasil. Originária da Índia, foi<br />
trazida na década de 1870, pelo Barão de Duas Barras<br />
• Espalhado em diversas regiões do Brasil e foi a única raça que<br />
sobreviveu, produtivamente, durante os cinco anos consecutivos de<br />
seca (1978-1983)<br />
• Dupla aptidão<br />
• Habilidade Materna<br />
• rusticidade<br />
• bom rendimento de carcaça<br />
• indicada para o cruzamento com raças européias na geração de F-1.
Raças Zebuínas<br />
Raça Guzerá<br />
Número de lactações e médias da produção de leite até 305 dias, da produção total de<br />
leite na lactação, das percentagens de gordura e de proteína do leite, da duração da<br />
lactação, do intervalo de partos e da idade ao primeiro parto de vacas da raça Guzerá, por<br />
ano de parto de 1983 a 2003.<br />
Ano de parto<br />
Nº de lactações<br />
Produção de<br />
leite (kg)<br />
Percentagem de<br />
Até 305 dias Gordura Proteína<br />
Duração da<br />
lactação<br />
(dias)<br />
1984 12 3062,23 - - 307,75<br />
1985 21 2351,34 - - 298,95<br />
1986 42 2411,41 - - 310,29<br />
1987 88 2128,64 5,21 - 300,00<br />
... ... ... ... ... ...<br />
1999 359 2019,82 4,24 3,29 257,39<br />
2000 361 1740,90 4,73 3,63 220,12<br />
2001 409 1841,58 4,90 3,77 243,52<br />
2002 457 1883,10 4,92 3,73 250,93<br />
2003 309 1827,76 4,45 3,28 256,55
Raça Sindi<br />
Raças Zebuínas<br />
• Gado Nacional do Paquistão, descendente do gado vermelho do<br />
Afeganistão. Chegou ao Brasil em 1952<br />
• Houve grande expansão desde os anos 80 no nordeste, via centros<br />
universitários, Empresas Oficiais de Pesquisas e entre criadores.<br />
• O plano era, primeiramente, fazer da região amazônica um local autosuficiente<br />
em leite e manteiga e, depois, o Nordeste.<br />
• Características<br />
– Rústica e de dupla aptidão.<br />
– Idades ao 1º parto (média anual): 29 a 32 meses<br />
– Produção de leite: 2.545 kg<br />
– Duração de lactação: 295 dias<br />
– Leite “rico” em gordura<br />
• Teor de gordura:<br />
4.28%
Raça Sindi<br />
Raças Zebuínas<br />
Ano do Parto<br />
Raça Sindi, por ano de parto de 1987 a 2002.<br />
Nº de<br />
Lactações<br />
Prod. de<br />
Leite (até<br />
305)<br />
Teor de<br />
gordura (%)<br />
Intervalo de<br />
partos<br />
(dias)<br />
Idade ao<br />
primeiro<br />
parto<br />
(meses)<br />
1987 4 2256,10 5,28 - -<br />
1988 9 2381,46 5,06 369,00 28,8133<br />
1989 10 1951,46 4,85 499,67 26,545<br />
1990 15 3257,58 4,68 452,00 31,445<br />
1991 20 2388,67 4,90 413,75 31,4705<br />
1998 60 2638,70 5,57 491,57 35,9514<br />
1999 63 2722,92 3,91 503,73 34,3277<br />
2000 71 2544,25 4,58 447,36 43,5032<br />
2001 58 2383,70 4,65 446,47 37,5469<br />
2002 35 2161,13 4,28 449,19 35,6345
Cruzamentos
Cruzamentos: Objetivos e Características<br />
Complementaridade (características desejáveis de duas raças em um<br />
único animal)<br />
Heterose (superioridade média da progênie em relação aos pais):<br />
depende da distância genética<br />
Grande diversidade de sistemas de produção (não há um tipo de<br />
animal para todos os sistemas)<br />
Cruzamentos entre europeus e zebuínos são muito utilizados<br />
A estratégia de cruzamento depende dos objetivos e da<br />
disponibilidade de recursos genéticos
Cruzamentos: Objetivos e Características<br />
Otimizar o mérito genético aditivo de diferentes raças<br />
explorando a variação genética existente entre raças<br />
como resultado da seleção direcionada para objetivos<br />
específicos<br />
Permitir a formação de raças “sintéticas ou<br />
compostas” que apresentam versatilidade genética<br />
para utilização em sistemas e ambientes de produção<br />
mais adversos
Escolha do Sistema de Cruzamento<br />
✓ Número de vacas disponíveis no rebanho para uso em<br />
cruzamentos<br />
✓<br />
Disponibilidade de pastagem compatível com o sistema de<br />
produção<br />
✓<br />
Disponibilidade de mão-de-obra qualificada para implementar e<br />
consolidar o programa composto<br />
✓<br />
Facilidades de uso de inseminação artificial<br />
✓ Mercado de fácil acesso e que ofereça o retorno aos<br />
investimentos dispensados ao programa
Sistema de Cruzamento Ideal<br />
✓<br />
✓<br />
Permitir que as fêmeas de reposição sejam produzidas no<br />
próprio sistema, o que dá independência ao sistema e, ao mesmo<br />
tempo, assegura a indispensável qualidade genética pelo<br />
conhecimento da potencialidade dos animais disponíveis<br />
Possibilitar o uso de fêmeas mestiças, que pela maior habilidade<br />
materna, resultam em aumento do peso à desmama dos seus<br />
produtos<br />
✓ Explorar efetivamente a heterose buscando vantagens<br />
econômicas com a sua utilização<br />
✓<br />
✓<br />
possibilitar que tanto machos quanto fêmeas sejam adaptados ao<br />
ambiente onde eles e sua progênie serão criados<br />
Utilizar as grandes diferenças entre as raças para a grande<br />
maioria das características de forma a otimizar o desempenho<br />
dos animais
Estratégias de Cruzamentos<br />
Utilização contínua de vacas f1<br />
Mantém a heterose sempre em nível máximo (100%)<br />
X<br />
Europeu<br />
F1<br />
Zebu<br />
Desvantagem de manter um rebanho zebu (além do F1)<br />
Qual raça acasalar com a F1? E o que fazer com a cria?
Estratégias de Cruzamentos<br />
Utilização contínua de vacas F1 (madalena 1992):<br />
Fazendas leiteiras<br />
Vacas F1<br />
Novilhas F1<br />
Fazendas criadoras<br />
Holandês x Vacas Zebu<br />
Zebu x Vacas Zebu<br />
Fêmeas e machos<br />
Novilhas Zebu<br />
Venda<br />
Machos Zebu<br />
Machos F1
Cruzamento Absorvente ou Contínuo<br />
Utilização contínua de touros de raça européia<br />
Resulta na absorção da raça zebuína (ou taurina)<br />
> fração de europeu demanda > manejo e nutrição<br />
* Demanda longo tempo<br />
* Isso permite ajustes no manejo
Cruzamento Absorvente ou Contínuo<br />
Europeu<br />
Zebu<br />
F1<br />
X<br />
Europeu<br />
F1<br />
3/4 EZ<br />
X<br />
Europeu<br />
X<br />
3/4 EZ<br />
7/8 EZ<br />
Europeu<br />
X<br />
7/8 EZ<br />
15/16 EZ<br />
Europeu<br />
X<br />
15/16 EZ<br />
31/32 EZ (PC)<br />
OBS:: Nos cruzamentos, os touros estão dispostos ao lado esquerdo e as fêmeas ao lado direito
Cruzamento Alternado Simples<br />
Muito utilizado na prática (bom para baixo nível de manejo e reposição<br />
com fêmeas do próprio plantel)<br />
Mantém o grau de sangue entre 60% e 70% de cada raça (a cada<br />
geração)<br />
Troca-se a raça do touro a cada geração
Cruzamento Alternado Simples<br />
Europeu<br />
X<br />
Zebu<br />
1/2 EZ<br />
Zebu<br />
X<br />
1/2 EZ<br />
3/4 ZE<br />
Europeu<br />
3/4 ZE 5/8 EZ<br />
X<br />
Zebu<br />
5/8 EZ<br />
11/16 ZE<br />
X<br />
OBS:: Nos cruzamentos, os touros estão dispostos ao lado esquerdo e as fêmeas ao lado direito
Cruzamento Tríplice (Tricross)<br />
2 raças européias e 1 raça zebuína<br />
Aproveitamento da heterose e características<br />
desejáveis de cada raça<br />
Produção (Hol) + Precocidade (Jer) + Rusticidade (Gir)<br />
Exige bom manejo (diversos grupos genéticos simultaneamente)
Europeu<br />
Zebu<br />
X<br />
Europeu<br />
F1<br />
X<br />
1/2 J : 1/4 H : 1/4 G
Cruzamento Alternado com Repetição do Europeu<br />
Melhor aproveitamento da raça européia<br />
Exige um nível tecnológico médio<br />
Touros H x Vacas até 3/4 HG e Touros G x vacas > 3/4 HG<br />
H x G = 1/2 HG<br />
H x 1/2 HG = 3/4 HG<br />
G x 3/4 HG = 5/8 GH<br />
H x 5/8 GH = 11/16 HG<br />
H x 11/16 HG = 27/32 HG<br />
...
Reintrodução do Zebu após 15/16<br />
Cruzamento contínuo até o 15/16 hg<br />
Retorno com o zebu no 15/16 hg<br />
Exige um nível tecnológico médio<br />
H x G = 1/2 HG (F1)<br />
1/2 HG x H = 3/4 HG<br />
3/4 HG x H = 7/8 HG<br />
7/8 HG x H = 15/16 HG<br />
15/16 HG x G = 15/32 HG (1/2 APROX.)<br />
H x 15/32 HG ....
Raças Sintéticas ou Compostas
Raças Sintéticas ou Compostas<br />
São formadas a partir de proporções adequadas de graus de sangue<br />
de raças existentes<br />
• Tem como objetivos:<br />
– Manter no rebanho animais com graus de sangue intermediário<br />
entre europeu e zebu<br />
– Manter no rebanho animais com graus de sangue adequados as<br />
condições climáticas, de manejo, de nutrição e de sanidade<br />
– Facilitar o manejo, reduzindo os custos
Girolando<br />
Raças Sintéticas ou Compostas<br />
• Surgimento nos anos 40 com o objetivo de complementar rusticidade e<br />
produtividade<br />
• Raça homologada pelo ministério da agricultura, em 1996<br />
• Boa produtividade em sistemas semi-extensivos e extensivos<br />
• Grau de sangue base: 5/8 HG bimestiço<br />
• Graus de sangue registrados: 1/8 HG até 31/32 HG
Raça Girolando:<br />
Estratégias para formação<br />
H G ½ HG<br />
X<br />
G<br />
X<br />
½ HG<br />
3/4 GH<br />
H<br />
X<br />
3/4 GH<br />
5/8 HG<br />
5/8 HG<br />
X<br />
5/8 HG<br />
5/8 HG Bimestiço<br />
OBS:: Nos cruzamentos, os touros estão dispostos ao lado esquerdo e as fêmeas ao lado direito
Raça Girolando: Estratégias para formação<br />
H G ½ HG<br />
X<br />
G<br />
X<br />
½ HG<br />
3/4 GH<br />
3/4 GH 5/8 HG 11/16 HG ~ 5/8 HG<br />
X<br />
5/8 HG 5/8 HG<br />
X<br />
5/8 HG Bimestiço
‘
Girolando<br />
Raças Sintéticas ou Compostas<br />
Número de lactações, produção de leite em 305 dias e na lactação total, duração<br />
da lactação, idade da vaca ao parto e PTA para produção de leite, de vaca<br />
Girolando, por ano do parto.<br />
Ano do<br />
parto<br />
Número de<br />
lactações<br />
Produção em<br />
305 dias (kg)<br />
Duração da lactação<br />
(dias)<br />
Idade ao<br />
parto<br />
1991 166 3139 1228 274 72 58 16<br />
1992 231 2785 1424 265 74 61 16<br />
... ... ... ... ...<br />
2000 2889 3773 1884 274 78 53 17<br />
2001 3376 3574 1755 265 78 54 17<br />
2002 3122 3509 1719 266 72 54 17<br />
Fonte: Freitas et al. (2004) - Embrapa Gado de Leite e Reunião da SBMA
Girolando<br />
Raças Sintéticas ou Compostas<br />
Desempenho Produtivo e Reprodutivo no Sistema Mestiço da<br />
Embrapa Gado de Leite 1 , no Período de 1989 a 1993<br />
Produção de leite Intervalo médio<br />
Alternativas de cruzamento<br />
por lactação (kg) de partos (dias)<br />
1. Meio-sangue (F 1 ) 3.770 292 403 20<br />
2. Contínuo (Holandês PC) 2.755 198 417 14<br />
3. Alternado modificado (HHZ) 2.757 159 394 10<br />
4. Bimestiçagem (5/8 a 3/4) 2.636 216 390 15<br />
1<br />
Sistema caracterizado pelo uso de pastagens de braquiária nas áreas montanhosas e capimelefante<br />
e setária nas áreas de baixada.<br />
2<br />
Teodoro, R.L., 1997.
* Com base em um estudo econômico da Embrapa Gado de Leite<br />
Considerações sobre os cruzamentos*<br />
Os animais 1/2 (F 1 ) foram os que apresentaram melhor desempenho<br />
produtivo e econômico em relação aos outros cruzamentos, em condições<br />
de manejo das áreas tropicais, sendo portanto a alternativa mais<br />
recomendável para estas regiões;<br />
Para sistemas com bom nível de manejo, cujas produções variam entre<br />
2.800 e 4.200 kg por lactação (9 a 15 kg de leite por dia) recomenda-se:<br />
• Uso contínuo de animais F1 ou 1/2 sangue<br />
• Absorção por Holandês (H), chegando ao Holandês PC<br />
• Cruzamento alternado com repetição do Holandês (H-H-Z).
Considerações sobre os cruzamentos*<br />
Para sistemas de manejo comum, cujas produções são inferiores a 2.800<br />
kg por lactação (menos de 9 kg de leite por dia), recomenda-se:<br />
• Animais F 1 ou 1/2 sangue<br />
• Cruzamento alternado simples (H-Z)<br />
Embora o 5/8 Bimestiço tenha apresentado baixo desempenho, o uso de<br />
touros mestiços simplifica muito o manejo para o produtor, mas é<br />
importante usar touros melhoradores, provados pelo Teste de Progênie,<br />
para compensar a perda da heterose.
Considerações sobre os cruzamentos*<br />
Dado ao bom desempenho da “tricross” com Jersey, conclui-se<br />
que é viável utilizar esta alternativa, ou seja, usar touros Jersey<br />
em cruzamentos com Holandês e Zebu, principalmente se<br />
forem pagos maiores preços pela gordura e proteína do leite.<br />
** Devido ao menor porte dos animais deste grupo genético, há<br />
de se considerar este inconveniente se o aproveitamento de<br />
machos é importante.