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Revista Nossos Passos Novembro

Revista da Paróquia São Francisco de Paula.

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Paróquia São Francisco de Paula - Ordem dos Mínimos<br />

Praça Euvaldo Lodi, s/n - Barra da Tijuca - Cep.: 22640.010 - Tel.: 21 2493 - 8973<br />

www.paroquiasfp-mínimos.org.br<br />

Arquidiocese do Rio de Janeiro - Vicariato de Jacarepaguá - 1ª Região Pastoral<br />

Ano XIII - 220<br />

<strong>Novembro</strong> / 2017<br />

MATÉRIA DE CAPA:<br />

SANTIDADE<br />

“SANTOS SEREIS, PORQUE EU, O SENHOR,<br />

VOSSO DEUS, SOU SANTO” (LV 19, 2).


SUMÁRIO<br />

Ed. <strong>Novembro</strong> / 17<br />

Diretor:<br />

Frei Evelio de Jesús Muñoz<br />

evelioscor@yahoo.com<br />

Conselheiros:<br />

Maria P. Moreno Vásquez<br />

Gilberto Rezende<br />

Haroldo da Costa S.<br />

Conselho de Marketing:<br />

Armênio Soares<br />

Maria Vitória Oliveira<br />

revistanossospassos@gmail.com<br />

Jornalista Responsável:<br />

Maria Vitória Oliveira<br />

ESPM: 8101/87<br />

AIRJ: 10059-82<br />

Diagramação e Artes<br />

Agência RHercos<br />

Tel.: 21 3576-5580<br />

rhercos@rhercos.com.br<br />

www.rhercos.com.br<br />

Tiragem e Periodicidade:<br />

2000 Exemplares<br />

Mensal<br />

Expediente da Secretaria:<br />

De segunda a sexta-feira das 9h às 18h<br />

Telefones: Secretaria - 2493-8973 e 2486-0917<br />

Ambulatório - 2491-8509<br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA NOS PONTOS<br />

DIRIGIDOS. VENDA PROIBIDA.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Nossos</strong> <strong>Passos</strong> é uma publicação da<br />

Paróquia São Francisco da Paula e respeita<br />

a liberdade de expressão. As matérias,<br />

reportagens e artigos e anúncios são de total<br />

responsabilidade de seus signatários.<br />

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E-mail: sfpcharitas@gmail.com<br />

SAÚDE OPINIÃO AVISOS PASTORAIS NOSSA CAMINHADA MATÉRIA DE CAPA<br />

CLASSIFICADOS<br />

SANTIDADE<br />

P. 06<br />

PAPA FRANCISCO CANONIZOU OS PRIMEIROS MÁRTIRES<br />

BRASILEIROS<br />

P. 08<br />

EXPOSIÇÃO BÍBLICA<br />

P. 10<br />

A MÃE APARECIDA DO BRASIL<br />

P. 12<br />

PASTORAL DO DÍZIMO<br />

P. 13<br />

NÚCLEO JOVEM<br />

P. 16<br />

PASTORAL COM MULHERES MARGINALIZADAS<br />

P. 17<br />

AVISOS PAROQUIAIS<br />

P. 18<br />

ABORTO E VIDA<br />

P. 19<br />

COLUNA BATE PAPO - COM DIÁCONO VICENTE<br />

P. 20<br />

A MISSÃO DE APRENDER<br />

P. 21<br />

O TRANSTORNO DO PÂNICO<br />

P. 22<br />

DEPRESSÃO: PROCURE TRATAMENTO<br />

P. 24<br />

CLASSIFICADOS NOSSOS PASSOS<br />

P. 26


04<br />

NOVEMBRO / 17<br />

EDITORIAL<br />

Nota de repúdio dos bispos do Regional CNBB NE1-Ceará<br />

diante do escárnio público contra os símbolos sagrados.<br />

EXPEDIENTE<br />

PAROQUIAL<br />

Nós, bispos do Regional CNBB NE1-Ceará, reunidos em Conselho Episcopal<br />

Regional, manifestamos a nossa indignação e repúdio diante do escárnio público<br />

contra os nossos símbolos mais sagrados (Crucifixo, hóstia, imagem da Padroeira<br />

do Brasil) e contra valores fundamentais da vida humana. Ataques violentos e<br />

explícitos à família e à religião cristã têm sido feitos através de espetáculos de<br />

péssima qualidade que visam à apologia de práticas de sexualidade pervertida<br />

e anormal.<br />

A Igreja não prega nem defende discriminação ou preconceito de qualquer<br />

natureza. Mas, comprometida com a verdade, defende e promove os valores<br />

humanos e cristãos, cumprindo assim, as exigências do Evangelho de Cristo.<br />

Seríamos ingênuos ao pensar que esses últimos episódios (Exposição<br />

Queermuseu no Santander Cultural em Porto Alegre – RS, o artista nu que rala a<br />

imagem de Nossa Senhora Aparecida durante ‘perfomance’, em Brasília), dada à<br />

sua natureza e à evidência dos seus objetivos, não são apenas verdadeiros crimes<br />

de vilipêndio, o que já seria muito grave, pois o próprio Código penal os tipifica<br />

assim (Artigo 208). Trata-se de um verdadeiro projeto estrutural, profundo e<br />

nefasto, de desmonte dos nossos mais preciosos valores humanos e cristãos,<br />

através da banalização do matrimônio, da ideologia de gênero, da legalização do<br />

aborto, da liberação das drogas, da relativização dos valores morais nascidos do<br />

Evangelho e ensinados pelo Magistério da Igreja.<br />

Por isso, denunciamos e repudiamos:<br />

O “ataque explícito” aos valores humanos e cristãos da imensa maioria<br />

do povo brasileiro. Pois em nome de uma “liberdade” de imprensa, cultural,<br />

intelectual, artística impõe o desejo de uma minoria a toda uma coletividade.<br />

O incentivo, patrocínio, promoção e “doutrinação” em massa, realizada<br />

diuturnamente em novelas, programas de “entretenimento” e da imposição<br />

ilegal, por órgãos governamentais e organizações não-governamentais, muitas<br />

destas de âmbito internacional;<br />

A colonização ideológica, como alerta o Santo Padre, o papa Francisco:<br />

“Na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina, na Africa, em alguns países<br />

da Ásia, existem verdadeiras colonizações ideológicas. E uma delas – digo-a<br />

claramente por nome e sobrenome” – é a ideologia de gênero (gender). Hoje às<br />

crianças às crianças -, na escola, ensina-se isto. O sexo, cada um pode escolhê-lo.<br />

E por que ensinam isto? Porque os livros são os das pessoas e instituições que<br />

lhes dão dinheiro”(Discurso aos Bispos da Polônia, 27.08.2015).<br />

Portanto, convocamos todos os cristãos e pessoas de boa vontade a<br />

resistirem e protestarem contra todas as formas de destruição dos valores<br />

cristãos e da família, fazendo chegar a expressão do seu repúdio e indignação aos<br />

patrocinadores de tais campanhas e aos meios de comunicação que as veiculam.<br />

Acreditamos numa sociedade justa e fraterna, possível apenas no<br />

compromisso com a vida, e vida em plenitude (Jo 10,10).<br />

Que Deus nos fortaleça nessa árdua tarefa e a Querida Mãe Aparecida<br />

continue a interceder por todos nós.<br />

Fortaleza, 18 de outubro de 2017<br />

Pároco:<br />

Frei Evelio de Jesús Muñoz<br />

Padres:<br />

Frei Zezinho - Vigário (Pe. José Antônio de Lima)<br />

Frei Dino (Pe. Costantino Mandarino)<br />

Igreja Santa Teresinha<br />

Praça Desembargador Araújo Jorge, s/nº<br />

Largo da Barra<br />

Capela São Pedro - Ilha da Gigóia<br />

Rua Dr. Sebastião de Aquino, nº 90 A<br />

HORÁRIOS DAS MISSAS<br />

• Paróquia São Francisco de Paula:<br />

De segunda a sexta-feira: 7h30m e 19h.<br />

Sábado: 17h (crianças) e 19h.<br />

Domingo: 7h30m; 10h; 18h e 20h (jovens).<br />

• Barramares:<br />

quarto domingo do mês, às 17h.<br />

• Capela São Pedro (Ilha da Gigóia):<br />

Domingo, às 9h.<br />

• Santa Teresinha:<br />

Domingo às 19:30h<br />

GRUPOS DE ORAÇÃO<br />

• Paróquia São Francisco de Paula:<br />

Quarta-feira, às 15h; quinta-feira, às 20h.<br />

TERÇO DOS HOMENS<br />

• Santa Teresinha:<br />

Toda terça-feira do mês, às 20h.<br />

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO<br />

• Paróquia São Francisco de Paula:<br />

Quinta-feira, o dia todo.<br />

• Santa Teresinha:<br />

Primeira quinta-feira do mês, às 20h.<br />

NA PARÓQUIA<br />

• Confissões:<br />

De terça a sexta-feira, das 9 às 11h e das 15h às 17h;<br />

Domingo, antes das missas.<br />

• Hora Santa Vocacional:<br />

Primeira sexta-feira do mês, às 17h30m.<br />

• Inscrições para batizados:<br />

Segunda-feira, das 18h30m às 19h30m;<br />

quinta-feira, das 15 às 17h.<br />

• Ambulatório Médico:<br />

De seg a sexta-feira, das 8 às 12h e das 13 às 17h.<br />

• Assistência Jurídica:<br />

Quarta-feira, às 15h.<br />

• Assistência Psicológica:<br />

Quarta-feira, das 9 às 11h.<br />

• Mediação Comunitária:<br />

Terças e sextas-feiras das 9h às 12h e das 14h às 20h.


NOSSA SENHORA DOS MILAGRES<br />

PADROEIRA DA ORDEM DOS MÍNIMOS<br />

ROGAI PELOS FIÉIS DA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE PAULA E POR<br />

TODAS AS VOCAÇÕES À VIDA RELIGIOSA E SACERDOTAL.


06<br />

NOVEMBRO / 17<br />

SANTIDADE<br />

“SANTOS SEREIS, PORQUE EU, O SENHOR,<br />

VOSSO DEUS, SOU SANTO” (LV 19, 2).<br />

Santidade - É o que precisamos. Separado, dedicado<br />

a propósitos sagrados, separado para objetivos sagrados,<br />

assim a significação da palavra, assim o Senhor nos quer.<br />

Deus nos quer santos.<br />

Somos, sim, chamados a ser santos (1 Cor 1, 2),<br />

separados tanto por vocação, quanto por pertencermos a<br />

Ele, e devemos progressivamente crescer em santidade.<br />

“Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem,<br />

são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição<br />

da caridade”, assentou o Concílio Vaticano II (Lumem<br />

Gentium, 40).<br />

Santidade é a meta comum que é posta aos discípulos<br />

de Cristo. É o elemento essencial da vida do cristão. Uma<br />

exigência para cada cristão. “Deveis ser perfeitos como o<br />

vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48).<br />

A Igreja não se cansa de repetir e inculcar<br />

este ensinamento do Senhor: “Ninguém creia que... (a<br />

santidade) seja para poucos homens escolhidos dentre<br />

muitos... Absolutamente todos... sem exceção alguma, estão<br />

compreendidos nesta lei” (Pio XI, AAS, 1923, 5, Intimidade<br />

Divina, Gabriel de Sta. Mª. Madalena, OCD, p. 26).<br />

Todavia, o cristão, quando se dispõe, pela graça<br />

de Deus, a trilhar um caminho de santidade, deve contar<br />

com a vinda de aves de rapina sobre sua vida tal como<br />

aconteceu com Abraão (então, ainda, Abrão), no relato de<br />

Gênesis 16.<br />

A vinda ameaçadora de aves de rapina não deve ser<br />

para o cristão causa de qualquer estranheza já que a busca<br />

da santidade, que tem em mira a união com Deus, é um<br />

combate espiritual. (C.Ig.C., 2.725).<br />

Ora, cabe a cada um, com a graça de Deus, agir tal<br />

como o patriarca agiu então: “Abrão as expulsou.”<br />

Certo é que o Tentador tudo fará para desviar<br />

o cristão da união sempre mais íntima com seu Deus e<br />

assim frustrar qualquer caminho à santidade. O Apóstolo<br />

das Gentes afirmava que “é preciso passar por muitas<br />

tribulações para entrar no Reino de Deus. (At 14, 22).<br />

Thomas Merton, monge trapista, há quase meio<br />

século atrás (falecido em 1963), anotava que “a santidade<br />

do cristão na época em que vivemos significa mais do que<br />

nunca a conscientização de nossa comum responsabilidade<br />

em cooperar com os misteriosos desígnios de Deus em<br />

relação à raça humana.(Vida e Santidade, 1965, p. 18/19).<br />

E isto porque, escrevia ele, “a santidade não é, e nunca foi,<br />

mera evasão da responsabilidade e da participação na obra<br />

fundamental do homem, que é viver baseado na justiça e<br />

de maneira produtiva, em comunidade com seus irmãos,<br />

os outros homens.”<br />

Não basta falar de santidade, é necessário vivê-la.<br />

Ser santo não é nem sugestão, nem também uma evasão<br />

da responsabilidade, mas um imperativo para o filho de<br />

Deus: “Assim como é santo aquele que os chamou, tornaivos<br />

também vós santos em todo o vosso comportamento<br />

(1 Pd 1, 15).<br />

As vezes, parece distante a possibilidade de viverse<br />

tal cooperação com os misteriosos desígnios de Deus,<br />

em um mundo em que é manifesto o esfacelamento<br />

psicológico e espiritual do homem pós-moderno, em uma<br />

sociedade que já se denomina pós-cristã!<br />

Mas, não existe santidade sem renúncia e sem<br />

combate espiritual (CIgC, 2015). Não obstante, todos somos<br />

chamados a procurar a santidade e a perfeição do próprio<br />

estado (LG, 42), “porquanto, é esta a vontade de Deus; a<br />

vossa santificação” (1 Tes 4, 3).


NOSSOS PASSOS 07<br />

Mesmo em uma cultura (e, principalmente, nela),<br />

que assiste a uma profunda mudança de mentalidade,<br />

cada vez mais alheia aos valores e às referências cristãs,<br />

urge viver-se a santidade.<br />

Em um trecho de seu diário, Etty Hillsum, jovem<br />

judia holandesa, morta no campo de concentração de<br />

Auschwitz, na Polônia – uma vida interrompida em<br />

novembro de 1943 -, vivendo toda a tragédia do holocausto,<br />

escreveu que havia um poço dentro dela, e afirmava:<br />

“Deus está naquele poço. Às vezes, eu posso alcançá-lo,<br />

mas pedra e areia o cobrem. Então, Deus está sepultado, é<br />

preciso desenterrá-lo de novo.”<br />

A jovem judia, em meio àquela grande tragédia, em<br />

que viu serem assassinados seus pais, seu irmão e centenas<br />

de judeus, foi capaz de afirmar: “Vivo constantemente em<br />

intimidade com Deus.”.<br />

Nos dias atuais, pedras e areias do pós-modernismo,<br />

cobrem a imagem de Deus, impedem nossa intimidade<br />

com Ele. É preciso desenterrá-la!<br />

Tal como Isaac tirou entulhos, pedras e areia, com<br />

que os filisteus haviam entupido os poços antes cavados<br />

por seu pai, Abraão, e encontrando até, águas nascentes<br />

(Gn 26, 17-19), também nós, hoje, devemos descobrir a face<br />

de Deus, perseguindo e testemunhando, em Sua Graça, os<br />

caminhos de santidade.<br />

“Nunca esqueçamos - escreveu o beato Columba<br />

Marmión - esta grande verdade da vida espiritual: para o<br />

cristão, tudo se reduz a unir-se pela fé e pelo amor, a Cristo<br />

Jesus, para O imitar, Ele o ideal de toda a santidade.”<br />

>> Diacono Jozé Alberto Marinho<br />

APRESENTAÇÃO<br />

Tudo bem?<br />

Sou María Pía, peruana que vive em Rio de Janeiro<br />

há 5 anos. Estou casada há 3 anos e há 2 que voltei de<br />

verdade a nossa Igreja.<br />

Como jovem, me deixei levar pelo mundo e<br />

descuidei minha Fé.<br />

Sempre me considerei católica. Sou batizada, fiz a<br />

crisma, desde que me lembro vou na missa nos Domingos,<br />

me confessava ás vezes, etc.<br />

Na verdade, era uma católica “mais ou menos”.<br />

Aos poucos comecei a me encher de perguntas<br />

sobre a minha Fé e resolvi fazer uma coisa que não tinha<br />

feito antes: fui atrás das respostas.<br />

Sendo parte de um mundo tecnológico e acostumada<br />

a usar a internet por meu trabalho, comecei a procurar<br />

respostas verdadeiras á minhas dúvidas.<br />

Encontrei as respostas a cada uma delas. E<br />

aconteceu algo que me não tinha previsto: fiquei com fome<br />

de saber mais. De aprofundar mais.<br />

Estava apaixonada pela minha fé. Agora de<br />

verdade, com sustento, com espiritualidade real.<br />

Grande parte desta re-conversão foi graças a<br />

informação bem presentada, a boa comunicação que achei<br />

em sites católicos voltados especialmente para jovens, a<br />

programas de T.V. católicos que voltei a minha Igreja.<br />

E não só isso: voltei com vontade de fazer mais, de<br />

evangelizar no que eu puder; porque isto que havia achado<br />

era bom demais para que fique em segredo.<br />

Talvez você esteja passando pelo que a María Pía<br />

que há 2 anos passou.<br />

Por isso, espero que você encontre neste segmento<br />

algumas respostas ou te faça ficar mais curioso em<br />

aprender sobre nossa Fé.<br />

Acredito que com boa comunicação se consegue<br />

entender a verdade mais bela que temos no mundo: o<br />

amor de Deus.<br />

Eu voltei a amar a minha Igreja graças a webs<br />

católicas, espero que estas páginas te façam ficar mais<br />

curioso e também voltes e sejas membro ativo de nossa<br />

Igreja.<br />

Um abraço,<br />

>>María Pía Moreno


08<br />

NOSSA<br />

CAMINHADA<br />

NOVEMBRO / 17<br />

PAPA FRANCISCO CANONIZOU OS<br />

PRIMEIROS MÁRTIRES BRASILEIROS<br />

NO DOMINGO 15 OUTUBRO 2017<br />

A Igreja católica está em festa pelos 35 novos Santos<br />

que o Papa Francisco elevou á gloria dos altares. Destes,<br />

trinta são mártires Brasileiros: os sacerdotes André<br />

de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro e o leigo Mateus<br />

Moreira, além de outras 27 pessoas. Os ‘protomártires<br />

do Brasil’ foram assassinados entre julho e outubro de<br />

1645 por soldados holandeses calvinistas nos chamados<br />

Massacres de Cunhaú e Uruaçu, as atuais cidades de<br />

Canguaretama e São Gonçalo do Amarante, ambas no Rio<br />

Grande do Norte.<br />

Na homilia da canonização, o Papa Francisco faz<br />

um chamado a viver a dimensão do amor. Porque se o<br />

amor se perde, toda a vida cristã , torna-se estéril, tornase<br />

um corpo sem alma, um conjunto de princípios e leis<br />

a serem respeitadas sem um porquê. Refletindo sobre o<br />

evangelho desse domingo o Papa Francisco explica que o


NOSSOS PASSOS 09<br />

protagonista da festa de núpcias é o filho do<br />

rei. E apesar de que não se fala de noiva, se<br />

fala de tantos convidados para a festa. “Tais<br />

convidados somos nós, todos nós, porque<br />

o Senhor deseja «celebrar as bodas» com<br />

cada um de nós. As núpcias inauguram<br />

uma comunhão total de vida: é o que Deus<br />

deseja ter com cada um de nós. Por isso o<br />

nosso relacionamento com Ele não se pode<br />

limitar ao dos devotados súditos com o rei,<br />

ao dos servos fiéis com o patrão ou ao dos<br />

alunos diligentes com o mestre, mas é, antes<br />

de tudo, o relacionamento da noiva amada<br />

com o noivo”.<br />

Em outras palavras – explica<br />

Francisco – o Senhor “não se contenta com<br />

o nosso bom cumprimento dos deveres<br />

e a observância das leis, mas quer uma<br />

verdadeira comunhão de vida conosco, uma<br />

relação feita de diálogo, confiança e amor”:<br />

“Esta é a vida cristã, uma história<br />

de amor com Deus, na qual quem toma<br />

gratuitamente a iniciativa é o Senhor e<br />

nenhum de nós pode gloriar-se de ter<br />

a exclusividade do convite: ninguém é<br />

privilegiado relativamente aos outros, mas<br />

cada um é privilegiado diante de Deus.<br />

Deste amor gratuito, terno e privilegiado,<br />

nasce e renasce incessantemente a vida<br />

cristã”.<br />

O Papa alerta para o perigo “de uma<br />

vida cristã rotineira, onde nos contentamos<br />

com a «normalidade», sem zelo nem<br />

entusiasmo e com a memória curta”.<br />

Neste sentido, somos chamados<br />

a reavivar a memória do primeiro amor:<br />

“somos os amados, os convidados para as<br />

núpcias, e a nossa vida é um dom, sendo-nos<br />

dada em cada dia a magnífica oportunidade<br />

de responder ao convite”.<br />

E ainda, “Deus é o oposto do egoísmo, da<br />

autorreferencialidade”, pois diante de nossas contínuas<br />

recusas e fechamentos, “não adia a festa. Não se resigna,<br />

mas continua a convidar”:<br />

“Vendo os «nãos», não fecha a porta, mas inclui<br />

ainda mais. Às injustiças sofridas, Deus responde com<br />

um amor maior. Nós muitas vezes, quando somos feridos<br />

por injustiças e recusas, incubamos ressentimento e<br />

rancor. Ao contrário Deus, ao mesmo tempo que sofre<br />

com os nossos «nãos», continua a relançar, prossegue na<br />

preparação do bem mesmo para quem faz o mal. Porque<br />

assim faz o amor; porque só assim se vence o mal”. Hoje –<br />

portanto – “este Deus que não perde jamais a esperança,<br />

nos compromete a fazer como ele, a viver segundo o amor<br />

verdadeiro, a superar a resignação e os caprichos de nosso<br />

“eu” suscetível e preguiçoso”.<br />

O Papa destaca outro aspecto do Evangelho do dia:<br />

“as vestes dos convidados, que são indispensáveis”. Ou seja,<br />

não basta responder ao convite dizendo sim e basta, “mas<br />

é preciso vestir” “o hábito do amor vivido cada dia”, porque<br />

“não se pode dizer “Senhor, Senhor”, sem viver e praticar a<br />

vontade de Deus. Precisamos nos revestir a cada dia do seu<br />

amor, de renovar a cada dia a opção de Deus”:<br />

“Os Santos canonizados hoje, sobretudo os<br />

numerosos Mártires, indicam-nos esta estrada. Eles não<br />

disseram «sim» ao amor com palavras e por um certo<br />

tempo, mas com a vida e até ao fim. O seu hábito diário<br />

foi o amor de Jesus, aquele amor louco que nos amou até<br />

ao fim, que deixou o seu perdão e as suas vestes a quem<br />

O crucificava. Também nós recebemos no Batismo a veste<br />

branca, o vestido nupcial para Deus.”<br />

Neste tempo difícil para o Brasil e para a Igreja<br />

católica, agradeçamos a Deus, pelo testemunho destes<br />

Santos e Santas que deram a sua vida por causa de Cristo.<br />

Peçamos que pela intercessão deles, os governantes e<br />

todos aqueles que tem poder sobre os cidadãos brasileiros,<br />

convertam o coração a Jesus, e se convertam em<br />

testemunhas de Cristo no mundo.<br />

>>Augusto Guimaraes


EXPOSIÇÃO BÍBLICA<br />

30/09/2017 “...A JESUS POR MARIA”<br />

Catequese infantil e Crisma prepararam<br />

a XIX ª Exposição Bíblica expondo seus<br />

trabalhos homenageando o Ano Mariano,<br />

destacando momentos da vida de Maria, que<br />

seguindo seu exemplo, passamos a vivenciálos.<br />

Tivemos um cantinho para pré catequese<br />

onde as crianças aprenderam novas histórias<br />

e puderam acompanha-las desenhando. O<br />

primeiro ano teve sua participação também<br />

no teatro. Houve sorteios para alegrar a<br />

criançada. A cantina funcionou aos cuidados<br />

de Rosali e Terezinha. Agradecemos a todos os<br />

catequistas que se empenharam para que tudo<br />

fosse realizado. Que Maria possa nos servir de<br />

exemplo a caminho do Pai.<br />

>>Maria Tereza Hungria


12<br />

NOVEMBRO / 17<br />

A MÃE APARECIDA, MÃE DO BRASIL<br />

Neste ano de 2017 se comemora o Jubileu de 300<br />

anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.<br />

Em 16 de julho de 1930, o papa Pio XI proclamou Maria<br />

com o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida,<br />

Rainha do Brasil. Em 1980, o Papa João Paulo II declarou<br />

que o dia 12 de outubro seria também o dia da consagração<br />

do Santuário Nacional de Aparecida.<br />

O encontro da imagem da Virgem Imaculada<br />

Conceição Aparecida ocorreu em 1717. Quando foi<br />

encontrada, o Brasil vivia no período das Capitanias<br />

Hereditárias. Distintamente de todas as outras aparições,<br />

a que ocorreu em nosso país é bastante peculiar. Aqui a<br />

Virgem Mãe não apareceu como fora em Guadalupe ou<br />

em Fátima. No Brasil ela foi encontrada. Diferente de<br />

outras aparições, ela não disse palavra alguma. A imagem<br />

encontrada no Rio Paraíba do Sul por pescadores estava<br />

quebrada, tendo a cabeça separada do corpo. Por estar no<br />

fundo das águas e coberta pelo lodo, a imagem ficou negra.<br />

Certo dia, em uma comitiva pela região, o<br />

governador da Capitania de São Paulo e Minas passava<br />

pelo vilarejo de Guaratinguetá, no Vale do Rio Paraíba.<br />

A população querendo agradar as autoridades resolveu<br />

fazer uma festa para receber a comitiva. Era comum<br />

naquele período do ano, em outubro, não haver peixes no<br />

rio. Sabendo disso, os habitantes do vilarejo convocaram<br />

três pescadores experientes: Domingos García, João Alves<br />

e Felipe Pedroso. Apesar dos esforços desses homens,<br />

nenhum peixe vinha na rede. Temendo desapontar o povo<br />

e as autoridades da Capitania, os pescadores se puseram a<br />

rezar para a Virgem Mãe de Deus. Tal como no episódio<br />

da pesca milagrosa, descrita por Lucas em seu Evangelho<br />

(Lc 5, 1-11.), os pescadores lançaram novamente a rede e<br />

encontraram nela o corpo da imagem da Virgem e, após<br />

uma nova tentativa, a cabeça que se encaixou no corpo<br />

encontrado anteriormente. Surpresos com o encontro, os<br />

pescadores lançaram a rede logo a seguir e milagrosamente<br />

encontraram tantos peixes que mal podiam carrega-los no<br />

barco. Foi a partir desse episódio que a devoção à Virgem<br />

Aparecida se espalhou pela região e depois por todo o<br />

Brasil.<br />

De lá para cá muitos milagres aconteceram: o<br />

conhecido milagre das velas que se acenderam para<br />

iluminar o lugar de oração dos fiéis, a libertação do<br />

escravo Zacarias, a conversão do ateu que queria adentrar<br />

a igreja com um cavalo, a cura da menina cega que voltou<br />

a enxergar quando passava em frente à Basílica, o garoto<br />

que foi salvo das correntezas do Rio Paraíba do Sul após a<br />

oração de seu pai e o episódio do caçador que, encurralado<br />

por uma onça, rogou à Virgem e foi salvo. A estes milagres<br />

tão conhecidos se juntam outros, os de nossas realidades<br />

cotidianas, das pessoas que lotam todos os 365 dias do ano<br />

a Casa da Mãe. O Santuário Nacional de Aparecida reflete<br />

a fé do brasileiro, sua devoção mais pura e sua vida cheia de<br />

esperança. Ele é a Casa do Brasil. Na imagem da Mãe Negra<br />

estão representadas nossas dores, nossos anseios e nossas<br />

maiores alegrias. Já se tornou um saudável hábito parar<br />

na Casa da Mãe quando se passa pelo Vale do Paraíba indo<br />

de um canto a outro. Lá nos encontramos. Encontramos a<br />

Virgem Encontrada, nossa Mãe Aparecida do fundo das<br />

águas, nossa Mãe Sempre Compadecida. Como recorda as<br />

palavras da sua oração, Ela é “Refúgio e Consolação dos<br />

aflitos e atribulados... Nossa Senhora Aparecida, cheia de<br />

poder e de bondade”.


NOSSOS PASSOS 13<br />

NOSSAS<br />

PASTORAIS<br />

PASTORAL DO DÍZIMO<br />

UMA INDAGAÇÃO<br />

FREQUENTE: DE QUANTO<br />

DEVE SER O DÍZIMO?<br />

A indagação é inteiramente procedente e encontra<br />

resposta clara em 2Cor 9,7: Dê cada um conforme o impulso<br />

do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus<br />

ama o que dá com alegria.<br />

Esta orientação evangélica merece atenciosa<br />

escuta:<br />

• Dê cada um conforme o impulso do seu coração<br />

– Este impulso do coração só se manifesta pela fé, pelo<br />

perfeito entendimento de que o dízimo não é um imposto,<br />

mas o resultado de compromisso voluntário e responsável<br />

de cada paroquiano, de se incorporar à comunidade em<br />

busca do cumprimento da sua missão evangelizadora;<br />

• Sem tristeza nem constrangimento – Nem a<br />

tristeza de se sentir compelido a contribuir com o que excede<br />

as próprias disponibilidades, nem o constrangimento<br />

quanto ao pouco que pode sinceramente oferecer, na justa<br />

medida dos próprios recursos.<br />

• Deus ama o que dá com alegria – Este, sim, um<br />

benfazejo estímulo a todos nós.<br />

A propósito, há um canto de ofertório que, de vez<br />

em quando, anima as nossas celebrações. Assim canta-se<br />

o seu refrão:<br />

Sabes, Senhor,<br />

O que temos é tão pouco pra dar,<br />

Mas esse pouco, nós queremos<br />

Com os irmãos compartilhar.<br />

Sem dúvida, um belo resumo das ideias aqui<br />

expostas. Quando este canto o encontrar em alguma<br />

celebração da nossa Igreja, recorde-se das animadoras<br />

palavras do Novo Testamento citadas lá em cima: Deus<br />

ama aquele que dá com alegria.<br />

>>João Bosco<br />

Agente da Pastoral do Dízimo


14 NOVEMBRO / 17<br />

Casamento de Diego E.<br />

Cordeiro e Evellin Menezes<br />

Estrela<br />

Assumiram neste último dia 25 de outubro,<br />

perante seus convidados e familiares o<br />

compromisso matrimonial.<br />

A vocação para o Matrimônio está inscrita<br />

na própria natureza do homem e da mulher,<br />

conforme saíram da mão do Criador.<br />

Assim, Deus estabeleceu a humanidade sobre<br />

as bases do casamento, que Jesus elevou à dignidade de<br />

sacramento, uma graça especial para o casal viver a vida<br />

conjugal e familiar como Deus deseja.<br />

.


NOSSOS PASSOS 15<br />

AQUI ESTÁ UM HOMEM<br />

QUE ENTENDEU BEM AS<br />

MULHERES:<br />

“Eu acho que as mulheres são bobas ao fingir<br />

que são iguais aos homens, elas são muito superiores e<br />

sempre foram, tudo o que você dá a uma mulher, ela vai<br />

tornar maior, se você der seu “sementinha”, ela lhe dará<br />

um bebê. Se você lhe der uma casa, ela lhe dará uma lar.<br />

Se você lhe der mantimentos, ela lhe dará uma refeição.<br />

Se você lhe der um sorriso, ela lhe dará seu coração. Ela<br />

multiplica e amplia o que é dado a ela, então, se você der<br />

qualquer m..., esteja pronto para receber uma tonelada de<br />

m...!”<br />

>>William Golding<br />

Poeta também novelista, inglês, laureado com o Nobel de<br />

Literatura de 1983.


16<br />

NOVEMBRO / 17<br />

NÚCLEO JOVEM<br />

Levar o rosto de Cristo e o Amor que Ele nos ensinou<br />

ao próximo.<br />

Com todos esses ensinamentos e tantos outros, somos<br />

capazes sim de ofertar nosso tempo, nosso coração aos<br />

que precisam; Levamos o rosto d’Ele, porém aprendemos<br />

muito mais com cada um desses corações que encontramos<br />

na tarde de sábado, dia 21 de outubro, onde passamos<br />

momentos únicos e agradáveis ao lado desses pequenos.<br />

Sim, eles são capazes de nos ensinar muito mais<br />

do que imaginamos, através dos gestos de ternura e a<br />

alegria que transborda em cada olhar, como uma forma de<br />

agradecimento por estarmos ali.<br />

Neste dia, tivemos muita animação, louvor,<br />

brincadeiras e atividades com as crianças, e claro não<br />

podendo faltar o lanchinho e entrega de brinquedos,<br />

doados por tantos outros irmãos que se disponibilizaram<br />

a contribuir conosco.<br />

Somos imensamente gratos a Deus pela oportunidade<br />

de cada encontro valioso que vivenciamos na creche,<br />

juntamente as irmãs Mínimas, que nos acolhem<br />

com tamanho carinho, e se dedicam a essas crianças<br />

diariamente.<br />

Gratidão, é a palavra correta para descrever essas e<br />

outras oportunidades que Cristo nos dá, para aprendermos<br />

que o caminho se faz caminhando.<br />

O JOVEM NA IGREJA<br />

Na tarde do dia 22 de outubro, providencialmente<br />

dia de São João Paulo II, intercessor dos jovens, tivemos a<br />

graça de celebrar uma tarde cheia de alegria e partilhas no 1º<br />

Encontrão Jovem.<br />

Com a graça de Deus e Maria Santíssima, vivenciamos<br />

e experimentamos ainda mais do amor que somente Cristo<br />

pode nos dar; Tivemos a oportunidade de conhecer mais a<br />

nossa igreja, através da pregação de nossa Irmã Postulante<br />

de Aliança da Comunidade<br />

Católica Shalom, Marina, que<br />

através de sua experiência com<br />

Cristo Ressuscitado, nos trouxe<br />

seu testemunho de caminhada,<br />

fé e amor às coisas da igreja,<br />

nos incentivando ainda mais na<br />

caminhada nos mostrando os<br />

ensinamentos do nosso Catecismo.<br />

Mostrou também que o jovem<br />

pode sim continuar sendo jovem,<br />

vivenciando e levando aos outros o<br />

rosto de Cristo, através de sua vida.<br />

Como nos disse São João<br />

Paulo II:<br />

“ Precisamos de Santos sem<br />

véu ou batina.<br />

Precisamos de Santos de<br />

calças jeans e tênis.<br />

Precisamos de Santos que<br />

vão ao cinema, ouvem música e<br />

passeiam com os amigos.<br />

Precisamos de Santos que coloquem Deus em<br />

primeiro lugar, mas que se “lascam” na faculdade.<br />

Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia<br />

para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou<br />

que consagrem sua castidade.<br />

Precisamos de Santos modernos, Santos do século<br />

XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.<br />

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e<br />

as necessárias mudanças sociais.<br />

Precisamos de Santos que vivam no mundo, se<br />

santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no<br />

mundo.<br />

Precisamos de Santos que<br />

bebam Coca-Cola e comam hot dog, que<br />

usem jeans, que sejam internautas, que<br />

escutem discman.<br />

Precisamos de Santos que<br />

amem a Eucaristia e que não tenham<br />

vergonha de tomar um refrigerante ou<br />

comer pizza no fim-de-semana com os<br />

amigos.<br />

Precisamos de Santos que<br />

gostem de cinema, de teatro, de música,<br />

de dança, de esporte.<br />

Precisamos de Santos sociáveis,<br />

abertos, normais, amigos, alegres,<br />

companheiros.<br />

Precisamos de Santos que<br />

estejam no mundo e saibam saborear as<br />

coisas puras e boas do mundo mas que<br />

não sejam mundanos.”<br />

Sejamos jovens ousados!<br />

Núcleo Jovem<br />

>>Ariane Andrade


NOSSOS PASSOS 17<br />

PASTORAL COM MULHERES MARGINALIZADAS<br />

- A VIDA É PARA TODOS! –<br />

Em nossa sociedade o contraste social assume<br />

características de extrema violência e indignidade. A<br />

pobreza e, com ela, a falta de perspectiva, empurram muitas<br />

mulheres para as ruas na busca de sustento para si e, não<br />

raramente, para suas famílias. Em nossa atividade pastoral<br />

com a mulher marginalizada, descobrimos no encontro<br />

com cada uma delas diferentes histórias, principalmente<br />

episódios de violência doméstica, abuso, medo e baixa<br />

estima. Carregam feridas profundas que necessitam ser<br />

curadas. Algumas são atraídas pela falsa ideia de uma vida<br />

financeira próspera, mas a busca por segurança e afeto é o<br />

que mais impressiona em suas histórias.<br />

No I Encontro Internacional de Pastoral para a<br />

Libertação das Mulheres de Rua, ocorrido em Roma no<br />

ano de 2005, o Pontifício Conselho da Pastoral para os<br />

Migrantes e os Itinerantes concluiu que “a prostituição<br />

é uma forma de escravidão moderna”. A mulher<br />

marginalizada “é um ser humano que, em muitos casos,<br />

grita para pedir ajuda, porque vender o seu próprio corpo<br />

na rua não é o que escolheria fazer voluntariamente”.<br />

Trata-se de uma pessoa “dilacerada, praticamente morta<br />

no plano psicológico e espiritual”.<br />

Na Paróquia São Francisco de Paula iniciamos<br />

nossa ação pastoral junto às mulheres marginalizadas<br />

ouvindo atentamente a pergunta que Jesus faz a Simão<br />

no Evangelho de Lucas: vês tu esta mulher? (Lc 7,44).<br />

Precisamos olhar atentamente para estas mulheres<br />

marginalizadas, enxergar suas vidas, suas tristezas e<br />

angústias, mas sobretudo ver o Senhor Jesus que, através<br />

delas, bate em nossas portas e nos adverte sobre o real<br />

significado do amor ao próximo: “estava nu, e vestistesme;<br />

adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me<br />

ver” (Mt 25, 36). Nosso trabalho tem sido o de acolher<br />

estas mulheres no seio da comunidade, prestando a elas<br />

atendimento médico e odontológico, assistência social,<br />

psicológica e inclusão no mercado de trabalho através<br />

de cursos profissionalizantes. Para seus filhos dedicamos<br />

uma atenção especial: para os que apresentam dificuldades<br />

de aprendizado, temos auxiliado com aulas de reforço.<br />

Também procuramos ajudar com material escolar.<br />

A inclusão dessas mulheres no mercado de<br />

trabalho e a devolução da dignidade da vida em sociedade<br />

são elementos importantes da atividade da nossa Pastoral<br />

das Mulheres Marginalizadas, mas o encontro com Jesus e<br />

a orientação espiritual que brota daí são o centro da nossa<br />

motivação e o motor que faz movimentar todo o nosso<br />

empenho pastoral. Tal como enfatiza as recomendações<br />

finais do documento produzido pelo I Encontro<br />

Internacional de Pastoral para a Libertação das Mulheres<br />

de Rua: “o encontro com Jesus Cristo, o Bom Samaritano<br />

e Salvador, é um fator muito importante de libertação e<br />

redenção, também para as vítimas da prostituição (cfr. At<br />

2, 21;4,12; Mc 16,16; Rm 10,9; Fl 2,11 e 1 Ts 1,9-10)”.<br />

A vida é para todos! (Jo 10, 10). Por este motivo, todos<br />

os membros da Paróquia São Francisco de Paula, de algum<br />

modo, podem prestar um serviço importante para estas<br />

nossas irmãs. Precisamos formar uma grande rede que,<br />

além de socorrê-las em suas necessidades, deve trazê-las<br />

para um encontro profundo com Jesus. Todos nós temos<br />

responsabilidade cristã, moral e social na recuperação da<br />

dignidade da vida dessas mulheres que sofrem


18<br />

AVISOS<br />

PAROQUIAIS<br />

NOVEMBRO / 17<br />

PARTICIPAR DA IGREJA É VIVER EM COMUNIDADE<br />

DIA DE SANTA TEREZINHA<br />

No dia 01/10/2017<br />

foi comemorado em nossa<br />

comunidade o dia de Santa<br />

Teresinha . Nossa Igreja esteve<br />

em festa com a participação de<br />

várias pessoas que fizeram brilhar<br />

este momento tão importante<br />

para nós . Que DEUS abençoe<br />

a todos que fizeram com a sua<br />

participação que tivessemos<br />

momentos inesquessíveis. Nosso<br />

Tríduo foi uma benção divina,<br />

conduzido pelo Frei Zézinho e<br />

pelo nosso futuro Diácono, Paulo<br />

Mello. Os devotos prestigiram e<br />

puderam saborear ao fim de cada<br />

celebração os caldos que foram<br />

doados para serem vendidos. Tudo<br />

transcorreu na maior harmonia,<br />

tendo cada irmão e irmã o verdadeiro sentimento de ajuda<br />

para com a nossa festa.<br />

Quero agradecer ao nosso Pároco Frei Evélio<br />

pela colaboração total, ao grupo Vinde e Vede, que foi<br />

responsável pela primeira Missa do dia, às 11:30 Hs.<br />

Agradecemos à todas às doações recebidas pelos nossos<br />

paroquianos e amigos de Sta Terezinha.<br />

A Missa Solene, aconteceu às 18:00 Hs, seguida da<br />

procissão pelas ruas do bairro e com a agradavel surpresa<br />

de encontrarmos Frei Dino nos esperando para nos dar a<br />

sua Benção, ele que é um dos maiores incentivadores da<br />

nossa Igreja.<br />

Quero agradecer também a Pastoral do<br />

Trabalhador, na presença do seu coordenador Luiz Moura<br />

que junto com o grupo do Terço dos Homens realizaram a<br />

barraca do Churrasco, que foi um sucesso. Aos irmãos que<br />

tornaram possivel esse churrasco o nosso muito obrigado<br />

pela determinação para que tudo saísse bem. Ao Vilemar<br />

pela coordenação dos trabalhos junto a todos os Homens.<br />

Não poderia esquecer o nosso Chiquinho que com<br />

seu grupo de Forró fez com que todos se divertissem.<br />

Que Santa Teresinha, derrame na vida de cada<br />

pessoa que ajudou, participou e rezou para que tudo saisse<br />

bem, uma chuva de rosas .<br />

Fiquem com DEUS. Salve Santa Teresinha do<br />

Menino Jesus.<br />

>>Luiz Alberto<br />

Colaborador na Igreja Santa Teresinha


NOSSOS PASSOS 19<br />

OPINIÃO<br />

ABORTO E VIDA<br />

A vida, buscada pelo homem com uma esperança<br />

incansável, é um dom sagrado que faz luzir o mistério<br />

e a generosidade de Deus. Aparece nas últimas etapas<br />

da criação para coroá-la. Deus cria, à Sua imagem e<br />

semelhança o mais perfeito dos seres vivos: o homem.<br />

E Ele abençoa o crescimento desta vida que nasce (Gn.<br />

1,22.28). Se uma descendência é uma cousa imensamente<br />

desejada (cf. Gn 15,1-6; 2Rs 4,12-17) , é que os filhos são o<br />

arrimo de seus pais e de um modo peculiar prolongam sua<br />

vida.<br />

Entretanto a vida, apesar de preciosa, é frágil,<br />

independe da vontade e um fator insignificante pode<br />

extingui-la. Séculos antes de Cristo, mais precisamente<br />

nascido em 460 AC, um sábio grego, Hipócrates, já<br />

a considerava intocável desde a concepção e ao seu<br />

Juramento todos os médicos se submetem no dia de<br />

sua formatura. “Nunca me servirei da minha profissão<br />

para corromper os costumes ou favorecer o crime...”<br />

Infelizmente, a pseudo cultura moderna, que, embora<br />

dizendo querer preservar a vida favorece a morte, tenta<br />

de todas as formas incluir, nas diversas nações, leis que<br />

procuram destrui-la.<br />

Legalizar o aborto é uma delas. Torná-lo legal não o<br />

fará lícito moralmente. Sempre será contra a vida.<br />

O homem tenta tirar de Deus os poderes de gerála<br />

e de a tirar. É necessário que todos, especialmente os<br />

médicos, tomemos consciência do valor inestimável da<br />

vida e assumamos a responsabilidade de preservá-la. As<br />

técnicas modernas podem consentir ao homem “tomar<br />

nas mãos o próprio destino”, mas expõem-no também “à<br />

tentação de ultrapassar os limites de um domínio razoável<br />

sobre a natureza”. É grave o risco a que nos expomos. O<br />

aborto, quer seja químico ou cirúrgico, implica sempre a<br />

morte de um ser indefeso, inocente, e queiramos ou não,<br />

como o infanticídio, é um assassinato e crime nefando.<br />

“A partir do momento em que o óvulo é fecundado,<br />

inaugura-se uma nova vida que não é aquela do pai ou<br />

da mãe e sim de um ser humano que se desenvolve por<br />

conta própria. Nunca tornar-se-á humano se já não o<br />

é desde então. A esta evidência de sempre... a ciência<br />

genética moderna fornece preciosas confirmações. Esta<br />

demonstrou que desde o primeiro instante encontrase<br />

fixado o programa daquilo que será este ser vivente:<br />

um homem, este homem-indivíduo com suas notas<br />

características já bem determinadas....” (AAS 66 – 1974)<br />

Desde o descobrimento do genoma humano torna-se cada<br />

vez mais difícil, àqueles que advogam o aborto, sustentar<br />

que a vida humana não se inicia com a concepção.<br />

Continuamente dizem que a mortalidade materna é alta<br />

porque o aborto é feito de forma clandestina. Entretanto<br />

a lista de lesões provocadas pelo abortamento provocado,<br />

em diversas clínicas e hospitais dos EE.UU, (perfurações<br />

de útero, dos intestinos, hemorragias internas, choque<br />

anestésico, embolia gasosa nas aspirações endo-uterinas,<br />

etc...) fazem com que a mulher tenha muito menos proteção<br />

do que tinha antes da legalização do aborto, pois, assinado<br />

um formulário que expõe as possíveis complicações, se<br />

torna extremamente difícil e custoso comprovar que<br />

houve negligência por parte do “médico” que o praticou....<br />

(cf. Dr. Zoilo Cuellar – Peru).<br />

E o que dizer da chamada Síndrome pós-aborto?<br />

Um estudo de Wanda Franz, Ph.D, da Universidade de<br />

West Virginia descreve as reações de “grande trauma<br />

sofrido pelas mulheres que o provocaram. Todas, além<br />

das dimensões psicológicas, encaram a morte de seu filho,<br />

que não nasceu, como uma realidade social, emocional,<br />

intelectual e espiritual. Mesmo as que tentaram ignorar<br />

os efeitos do aborto sofreram maior dor quanto maior a<br />

rejeição de enfrentar a realidade do ato cometido. E era<br />

necessária uma terapia tanto maior quanto mais tarde a<br />

realidade ora admitida. Os defensores do aborto advogam<br />

que somente mulheres com problemas psicológicos<br />

anteriores tem dificuldade em suportar as experiências<br />

abortivas. As próprias mulheres discordam dessa


20<br />

NOVEMBRO / 17<br />

proposição...” e os argumentos continuam cada vez mais<br />

preocupantes.<br />

Nós sabemos que a maioria das mulheres não deseja<br />

abortar, prefeririam “outra solução”. São muitas vezes<br />

vítimas de decisão tomada por outros e poucas escolhem<br />

livremente. O desejo de ser Mãe é forte.<br />

Entretanto a culpa e a dor inerentes ao aborto<br />

vitimam a mulher. “Uma vez que uma mulher se torna<br />

mãe, ela será sempre mãe, tenha ou não nascido seu filho.<br />

O filho morto fará parte de sua vida por mais longa que<br />

ela seja”.<br />

Os eufemismos que hoje são usados para iludir<br />

são tentativas de mascarar o crime cometido. Assim a<br />

chamada “pílula do dia seguinte” ou “anti-concepção de<br />

emergência”. Seu uso elimina o embrião mediante um<br />

efeito contra a implantação no endométrio, a nidificação<br />

do ovo (o ovo encontra seu ninho...) no útero materno. Os<br />

progestágenos da pílula alteram a motilidade da trompa,<br />

impedem a descida do óvulo fecundado (ovo) e levam à<br />

morte o novo ser. Termos novos, chamada também hoje<br />

em dia a eutanásia de “morte digna”...<br />

Milhões são gastos para legalizar o sempre<br />

conhecido homicídio, hoje e sempre indignos ao respeito<br />

devido à raça humana. O que há alguns anos atrás<br />

condenávamos nos regimes autoritários da última grande<br />

guerra, como genocídio, agora alguns defendem como<br />

morais e éticos...<br />

Que os homens de boa vontade, e em especial<br />

os da área da saúde, tementes ou não a Deus, sejam ou<br />

não católicos, participem sempre de debates que visam<br />

preservar a VIDA, dom frágil mas sagrado, que todos<br />

nós devemos destemidamente defender em todos os seus<br />

estágios, para proteção de cada um de nós e de toda a raça<br />

humana.<br />

>> Diácono Vinicius Nelson Garcia de Souza<br />

Obstetra e ginecologista<br />

com:<br />

DIÁCONO VICENTE DE PAULO<br />

NOME: Vicente de Paulo Arruda<br />

Nacionalidade : Brasileira - Rio de Janeiro<br />

Cidade preferida : Paris<br />

Comida Preferida : Rabada com Agrião<br />

Local RJ : Itaipava<br />

Musica : My Way<br />

Filme : Tomates Verdes Fritos<br />

Cor : Amarelo<br />

Praia ou Montanha : Montanha<br />

Futebol: Flamengo<br />

Hobby : Leitura<br />

Acredita no mundo melhor? - Acredito, desde<br />

que esse mundo faça uma leitura adequada do<br />

evangelho.<br />

Mensagem: Só pode haver transformação quando o<br />

mundo viver o evangelho.


NOSSOS PASSOS 21<br />

A MISSÃO DE APRENDER<br />

O mês de Outubro nos trouxe o Dia do Professor,<br />

genial criação do Pedro I, quando naquela data inaugurou<br />

as “Escolas de Primeiras Letras”. Eram escolas públicas,<br />

onde se ensinava ler e escrever, as quatro operações,<br />

e noções de Geometria. E todos nós temos, estimados<br />

Paroquianos e Paroquianas, um lugar em nossas mentes<br />

e corações para uma escola, para um mestre, para uma<br />

mestra.<br />

A visita dos reis da Bélgica, em 1922, coincidiu,<br />

por acaso ou não, com a criação da nosso primeiro centro<br />

integrado de educação superior, a Universidade do<br />

Brasil. Uma criação tardia, já que a Universidad Mayor<br />

de San Marcos, a de San Javier de Chuquisaca, a de Santo<br />

Domingo, a de Cartagena de Índias, e mais de uma dezena<br />

de outras, pela América Latina, haviam sido criadas,<br />

desde o Século XVII. A fundação dessas universidades se<br />

deu através da Igreja Católica, que desde o Século XIII se<br />

preocupava com o aprimoramento das artes e da cultura.<br />

Por quase dois milênios a Universidade teve uma<br />

conotação religiosa. No mundo Ocidental, pode-se fixar<br />

o seu advento na “Academia” de Platão. O espaço era de<br />

docência, diálogo, mas também de culto. A deusa Atenas,<br />

sempre presente, tinha no “campus” um santuário. O atual<br />

emblema da Universidade Federal do Rio de Janeiro presta<br />

essa homenagem à Academia de Platão, fazendo de Atena<br />

o seu brasão.<br />

Não deve causar espécie essa dedicação da Escola<br />

à Religião, na Antiguidade, a ligação com os personagens<br />

do Olimpo, na Idade Média, e mesmo na atualidade, a<br />

ligação com os ensinamentos de Cristo. Tal conexão se faz<br />

pela identificação da razão primeira de existir a Escola: A<br />

consecução do Bem. E a busca do império do Bem é também<br />

a luta milenar da Religião. Mesmo no Oriente, vamos<br />

surpreender o Império da China, muitas vezes milenar, a<br />

fazer a conexão entre a Cultura e o Bem, ligados à prática<br />

religiosa. Os professores recém formados adentravam a<br />

Cidade Proibida para cumprimentar o “Filho do Sol”.<br />

Mas o que nos chamava a atenção em um professor<br />

ou professora, estimado Paroquiano e Paroquiana?<br />

Certamente o que sabiam é apenas uma pequena<br />

motivação, que não seria suficiente para a alegre memória.<br />

Seria a sua didática? Sim, mas ainda um pequeno detalhe,<br />

incapaz de construir uma recordação. Seu rigor ou sua<br />

camaradagem? Ainda muito pouco para que os levássemos<br />

em nossos corações e mentes.<br />

Fixou-se como memória duradoura e agradecida<br />

o fato de ter aquele mestre ou mestra, no colégio ou na<br />

universidade, no curso primário ou no doutorado, ter<br />

provocado a nossa inteligência, ter despertado a nossa<br />

perplexidade por não ter visto o mundo daquele ângulo,<br />

de ter nos acordado para uma luta na consecução do Bem,<br />

que nos traria satisfação temporal, espiritual, e mesmo<br />

material.<br />

Essas são verdades desde a Academia do Século III<br />

a.C., do Século XIII d.C., até o nosso século. E continuará<br />

sendo no Século XXII, quando a tecnologia terá dado<br />

respostas que hoje nem imaginamos.<br />

Mas ... como está a Educação no nosso Brasil? Sim,<br />

sua resposta está bem evidente em nossas tristezas e nos<br />

jornais, estimados Paroquianos e Paroquianas. Cada dia<br />

as verbas para a Educação diminuem. Cada dia os salários<br />

são aviltados. O treinamento para se resguardar de tiros<br />

contra a escola chega às salas de aula. As pesquisas nas<br />

universidades estão paradas. E muitos dos melhores<br />

estudantes formados estão indo para o exterior. Assim<br />

foi com o primeiro Prêmio Nobel nascido no Brasil, que<br />

emigrou para Portugal décadas atrás: Os melhores estão<br />

seguindo o seu exemplo.<br />

E o que fazer? Algo parece capaz dessa magia:<br />

Lembremos dos seus bons professores, os que nos<br />

provocaram e despertaram e prestigiemos os que estão<br />

tentando fazer o mesmo. Sua palavra é muito importante,<br />

estimados Paroquiano e Paroquiana.<br />

>>Luiz Rocha Neto<br />

Doutor em Ciências, Consultor GETEMA/COPPE/UFRJ


22<br />

NOVEMBRO / 17<br />

SAÚDE<br />

O TRANSTORNO DO PÂNICO<br />

Nesta edição do mês de <strong>Novembro</strong>, iremos falar<br />

sobre um transtorno tão em voga nos dias atuais: o<br />

Transtorno do Pânico.<br />

Este transtorno é diagnosticado quando o indivíduo<br />

(paciente) apresenta as seguintes características: Início<br />

abrupto de medo ou desconforto intenso que atinge o<br />

pico em poucos minutos e inclui pelo menos quatro dos<br />

seguintes sintomas:<br />

• Palpitações ou aceleração cardíaca<br />

• Sudorese<br />

• Tremores ou estremecimentos<br />

• Sensações de falta de ar ou sufocação<br />

• Sentimentos de bloqueio<br />

• Dor no peito ou desconforto<br />

• Náuseas ou desconforto abdominal<br />

• Sentir tonteira ou desmaio<br />

• Calafrios ou sensações de calor<br />

• Parestesia (sensações de dormência ou<br />

formigamento)<br />

• Desrealização (sentimentos de irrealidade) ou


NOSSOS PASSOS 23<br />

despersonalização (sendo separado de si mesmo)<br />

• Medo de perder o controle ou “enlouquecer”<br />

• Medo de morrer<br />

A Síndrome do pânico é um transtorno geralmente<br />

diagnosticado em pessoas que experimentam ataques<br />

de pânico espontâneos, repentinos e inesperados. São<br />

marcados por crises de ansiedade quase que inexplicáveis,<br />

que podem estar associados a sintomas físicos semelhantes<br />

ao de um ataque cardíaco.<br />

Os indivíduos com este quadro, em geral,<br />

permanecem constantemente preocupados com o<br />

medo de um ataque recorrente. Os ataques ocorrem<br />

inesperadamente, às vezes até durante o sono.<br />

É um transtorno no qual a ansiedade, que ocorre de<br />

modo alterado, é o principal sintoma.<br />

A pessoa sente ansiedade e ao mesmo tempo se<br />

apavora com suas reações.<br />

É um movimento duplo de sentir e temer o que<br />

sente, o que intensifica a reação emocional a um grau<br />

extremo de ansiedade, um estado psicológico de pânico.<br />

Alguns indivíduos demoram meses ou anos,<br />

convivem com muita frustração antes de obter um<br />

diagnóstico adequado. Em geral, eles têm medo ou<br />

vergonha de contar a outras pessoas - incluindo médicos,<br />

psicólogos ou mesmo entes queridos - o que estão sentindo<br />

ou experimentando por medo de serem vistos como um<br />

hipocondríaco.<br />

Em vez disso, eles sofrem em silêncio, distanciandose<br />

de amigos, familiares e outros que poderiam ser úteis.<br />

Algumas pessoas param de entrar em situações ou<br />

lugares em que eles já tiveram um ataque de pânico em<br />

antecipação a isso acontecer novamente.<br />

Essas pessoas têm agorafobia, e normalmente<br />

evitam lugares públicos onde eles sentem que a fuga<br />

imediata pode ser difícil, como shopping centers,<br />

transportes públicos ou grandes arenas esportivas. Cerca<br />

de uma em cada três pessoas com transtorno de pânico<br />

desenvolve agorafobia.<br />

Seu mundo pode tornar-se pequeno, pois eles estão<br />

constantemente de guarda, esperando o próximo ataque<br />

de pânico. Algumas pessoas desenvolvem uma rota ou<br />

território fixo, e pode tornar-se impossível para eles<br />

viajar além de suas zonas de segurança sem sofrer com a<br />

ansiedade severa.<br />

Como outros transtornos de ansiedade, a síndrome<br />

do pânico e agorafobia podem ser tratados.<br />

A maioria das pessoas encontra melhora<br />

significativa com o processo de psicoterapia. O sucesso do<br />

tratamento varia entre as pessoas.<br />

Alguns podem responder ao tratamento após<br />

alguns meses, enquanto outras pessoas podem precisar<br />

de mais de um ano. O tratamento pode ser mais extenso<br />

se uma pessoa tiver mais de um transtorno de ansiedade<br />

ou sofrer de depressão ou abuso de substâncias, razão pela<br />

qual deve ser adaptado ao indivíduo.<br />

Embora a psicoterapia seja um processo eficaz, em<br />

alguns casos o psicólogo pode recomendar um trabalho<br />

multidisciplinar. Psicólogos e médicos psiquiatras<br />

costumam atuar em conjunto, utilizando uma combinação<br />

entre psicoterapia e medicação.<br />

O mais importante no trabalho psicoterápico é<br />

caminhar junto com o paciente, fazendo este rememorar<br />

fatos desde sua infância até os tempos atuais, de modo a<br />

construir uma Linha do Tempo.<br />

Sendo assim, vamos permitindo ao paciente<br />

reorganizar suas emoções ligando-as a fatos do passado e<br />

do presente.<br />

O tratamento psicológico é um caminho para<br />

descoberta das origens dos nossos medos.<br />

O lugar para tratar nossas angústias que foram<br />

embotadas, às vezes, durante anos e mais anos. É<br />

a autodescoberta das suas fronteiras emocionais e<br />

permitir-se dizer NÃO à outros quando você se encontra<br />

verdadeiramente no seu limite.<br />

Este transtorno tem tratamento e tem cura!<br />

Até a próxima edição, nos vemos em breve,<br />

Até mais!<br />

>>Claudia Siqueira de Albuquerque Costa.<br />

Psicóloga • CRP: 05/52487<br />

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24 NOVEMBRO / 17<br />

DEPRESSÃO:<br />

PROCURE TRATAMENTO<br />

A depressão é considerada o “mal do século” pela<br />

Organização Mundial da Saúde (OMS) e estima-se que<br />

atinge cerca de 121 milhões de pessoas no mundo. É<br />

causada por uma série de transtornos psicológicos que<br />

podem ter diferentes origens.<br />

Os primeiros sintomas são desalento, sensação<br />

de medo, alheamento e, acima de tudo, uma grande<br />

angústia. O indivíduo tem pensamentos pessimistas,<br />

falta de interesse por atividades que antes lhe davam<br />

prazer, cansaço e insônia. Esses sintomas são diários e<br />

vão evoluindo para uma tristeza profunda que acaba por<br />

desencadear outras doenças.<br />

Em uma fase mais avançada, existem estados<br />

de quase paralisia muito dolorosos. Aparece também<br />

o desânimo profundo, que é fruto de desequilíbrios na<br />

bioquímica cerebral. A mente começa a ser dominada por<br />

uma anarquia desconexa, algumas vezes, sentida como em<br />

estado de dissolução.<br />

William Styron, em seu livro Perto das Trevas<br />

(1992), descreve a depressão profunda que foi acometido<br />

em Paris e que o levou a tentar o suicídio. O livro é um<br />

estudo paradoxalmente otimista da horrível realidade da<br />

depressão. Ele a descreve como uma espécie de neurologia<br />

psíquica completamente desconhecida na vida normal.”<br />

Esta doença afetou também personalidades como Albert<br />

Camus, Jean Seberg e Primo Levy, levando-os ao suicídio,<br />

algo que acontece atualmente com, aproximadamente,<br />

20% das pessoas que chegam a ter depressão profunda.<br />

• A PREVENÇÃO<br />

A vergonha, o medo, a negação e outros sentimentos<br />

podem fazer com que os doentes ou suas famílias custem a<br />

procurar ajuda. Se você começar a sentir irritação, tristeza<br />

e insônia continuamente, é melhor consultar um médico<br />

ou terapeuta. Esses episódios são facilmente evitados<br />

quando tratados imediatamente. Bem-estar mental é<br />

essencial para a saúde. Também não exija demais de você<br />

mesmo. Se não está acostumado com algumas atividades,<br />

faça-as progressivamente. As chances de sucesso são<br />

maiores quando você progride num ritmo confortável. O<br />

otimismo emparelhado com o bom-senso assegura o bemestar<br />

emocional.<br />

Acredita-se que a depressão seja causada por uma<br />

combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos.<br />

Entre os fatores de risco estão história de depressão na<br />

família, alterações significativas na vida, problemas de<br />

saúde crônicos e consumo de drogas. Cerca de 40% do<br />

risco pode estar relacionado à genética. O diagnóstico da<br />

depressão tem como base a descrição da história pessoal e<br />

a avaliação do estado mental.<br />

Os sintomas das perturbações mentais graves<br />

raramente surgem de repente. Perceber esses sinais<br />

precocemente facilita a procura por ajuda antecipada.<br />

• O TRATAMENTO<br />

As sessões de terapias psicológicas ou analíticas são<br />

de grande valia para o estabelecimento de novos padrões<br />

de pensamento assim como para o conhecimento das<br />

vulnerabilidades pessoais que facilitam muito a depressão.<br />

As sessões também ajudam no gerenciamento do estresse,<br />

no compartilhamento das dificuldades do dia a dia e<br />

na capacidade de verbalizar as emoções, melhorando o<br />

relacionamento humano. Em casos que evoluíram para<br />

o estado grave, de angústia sufocante, o tratamento<br />

é bem mais complexo. Em geral, é indispensável o<br />

aconselhamento psiquiátrico e o uso de medicamentos<br />

antidepressivos.<br />

Para quem necessita de ajuda terapêutica e não tem<br />

recursos suficientes, a Paróquia São Francisco de Paula<br />

oferece um serviço psicológico, atualmente, constituído<br />

por 42 terapeutas voluntários que atuam no local e<br />

também atendem socialmente em seus consultórios.<br />

Para mais informações e solicitação dos serviços, é<br />

necessário comparecer à paróquia.<br />

>>Solange Barros<br />

Psicanalista pertencente ao Fórum do Círculo<br />

Psicanalítico do Rio de Janeiro


NOSSOS PASSOS 25<br />

1 Claudina Caetana de Araújo<br />

1 Vera Lúcia Alves de Souza<br />

3 Jorge da França Santos<br />

4 Salvador Ielo Filho<br />

5 Carlos Antonio de Ávila<br />

5 Carlos Roberto Cavalcanti de Albuquerque<br />

5 Luiz Ignacio Moncorvo do Rio Verde<br />

5 Marcelle de Andrade Faro Teles<br />

5 Maria Thereza Dionysio<br />

6 Marcelo Vieira Barreto<br />

6 Silvia Daniele dos Santos Ferreira<br />

8 Cecília Amelia Rodrigues<br />

8 Godofredo Verdan Ferreira<br />

9 Rodrigo Gaspar Ribeiro<br />

9 Sonia Pereira Secca<br />

11 Maria Albina Ladeira Queiroga Domingues<br />

12 Ilídio Augusto Alves<br />

13 Armanda de Fátima Alves<br />

13 Elizeuda da Silva Cruz<br />

14 Sonia Maria de Souza Sarmento<br />

15 Anibal de Almeida Cabral<br />

15 João Julio Leal Chaves<br />

18 Gem de Vasconcelos e Barros<br />

19 Andreia Alves de Lara<br />

22 Jésus Vieira de Moura<br />

24 Dyrce Martins de Castro<br />

24 Juarez Salvador<br />

24 Márcia Siqueira de Albuquerque Costa<br />

26 Elizabete Cristina Pereira da Silva<br />

26 José de Luna Silva Sobrinho<br />

26 José Langone<br />

28 Maria Aparecida da Costa Silva<br />

ORAÇÃO DO DIZIMISTA<br />

Recebei, Senhor, a minha oferta.<br />

Ela não é uma esmola, porque não sois mendigo.<br />

Não é apenas uma contribuição porque não precisais dela.<br />

Não é o resto que me sobra que vos ofereço.<br />

Esta importância, Senhor, representa a minha gratidão<br />

e o meu reconhecimento, pois se tenho algo,<br />

é porque Vós me destes.<br />

Amém!


26<br />

NOVEMBRO / 17<br />

CLASSIFICADOS


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28

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