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Apresentação<br />
Este livro é um compila<strong>do</strong> <strong>de</strong> contos produzi<strong>do</strong>s pelos alunos <strong>do</strong>s oitavos <strong>ano</strong>s<br />
da Escola São José. Faz parte <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong>, da matéria Produção <strong>de</strong> Textos e<br />
Literatura, para a Jornada Literária <strong>de</strong> 2017. Como inovação, tivemos a preferência para<br />
o formato <strong>de</strong> livro digital, visto que, na atualida<strong>de</strong>, já é uma realida<strong>de</strong> como hábito <strong>de</strong><br />
leitura <strong>de</strong> jovens e adultos. Concomitantemente, optamos por tal formato, por não haver<br />
necessida<strong>de</strong>, nem custos, da impressão em papel.<br />
Os contos são <strong>de</strong> diversas temáticas, pois os alunos tiveram a liberda<strong>de</strong> para<br />
expressar o que queriam, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> gênero escolhi<strong>do</strong>. Sempre frisei que o professor <strong>de</strong><br />
língua portuguesa é um sortu<strong>do</strong> porque é através da leitura <strong>do</strong>s textos produzi<strong>do</strong>s pelos<br />
alunos, que ele tem acesso aos pensamentos e anseios, talvez só ali expressa<strong>do</strong>s.<br />
Dessa maneira, convi<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s a lerem essas histórias divertidas e misteriosas,<br />
para quem sabe assim, até se surpreen<strong>de</strong>r com a narrativa <strong>de</strong> um autor conheci<strong>do</strong>.<br />
2<br />
Renato da Rosa.
Raiane<br />
ATENÇÃO<br />
Era uma vez uma menina linda, perfeita, maravilhosa e famosa. Ela estava<br />
estudan<strong>do</strong> para uma prova <strong>de</strong> química que iria ter no dia seguinte. Fez um resumo<br />
mega-capricha<strong>do</strong>, estava saben<strong>do</strong> <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, iria gabaritar na prova<br />
No outro dia, a professora estava entregan<strong>do</strong> as provas e a menina estava superconfiante.<br />
Quan<strong>do</strong> recebeu a prova logo começou a respon<strong>de</strong>r, ela sabia tu<strong>do</strong>, ficou na<br />
dúvida em apenas uma questão. Terminou a prova e entregou para a professora.<br />
Após a prova estava conversan<strong>do</strong> com seus colegas e eles falaram sobre uma<br />
questão que a garota não recordava <strong>de</strong> ter realiza<strong>do</strong>. Então, ela <strong>de</strong>scobriu que por falta<br />
<strong>de</strong> atenção. Ela não viu os exercícios <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> da folha e só por isso não gabaritou<br />
na prova.<br />
3
Isabelle Bermu<strong>de</strong>s<br />
O MENINO DE FERRO<br />
Lucas, um menino aparentemente normal, pele clara, os olhos cor <strong>de</strong> mel e<br />
cabelos castanhos claro. Um menino muito bonito.<br />
To<strong>do</strong>s achavam ele uma pessoa normal, inclusive Lucas. Até que um dia, ele<br />
percebeu que não era tão normal assim. Estava andan<strong>do</strong> por uma rua <strong>de</strong>serta, ao<br />
entar<strong>de</strong>cer <strong>do</strong> dia, e <strong>do</strong>is homens, um <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> da rua e o outro no la<strong>do</strong> contrário,<br />
vestin<strong>do</strong> roupas normais. Lucas pensou:<br />
- Dois homens e eu sozinho, em uma rua <strong>de</strong>serta, isso não <strong>de</strong>ve ser bom!<br />
Ele estava certo, um <strong>do</strong>s homens chegou perto <strong>de</strong> Lucas e disse:<br />
- Passa tu<strong>do</strong> que tu tem... ou morre!<br />
4<br />
Lucas, muito assusta<strong>do</strong> e com me<strong>do</strong> não pensou em outra coisa a não ser bater<br />
no homem, então começou a bater no homem com muita raiva e susto no que aquilo<br />
podia dar. Para surpresa <strong>de</strong> Lucas o primeiro soco que <strong>de</strong>u jogou o ladrão para longe,<br />
porém o ladrão que estava na outra rua foi para cima <strong>de</strong> Lucas, golean<strong>do</strong> vários socos.<br />
Outra coisa muito estranha aconteceu, Lucas não sentiu a <strong>do</strong>r <strong>do</strong>s socos fortes da<strong>do</strong>s<br />
pelo ladrão. Nessa hora ficou surpreso e pensou:<br />
- Isso não po<strong>de</strong> estar acontecen<strong>do</strong>, não estou enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o que eu fiz e <strong>de</strong> como eu fiz<br />
isso.<br />
Os ladrões saíram corren<strong>do</strong> com me<strong>do</strong> <strong>do</strong> menino, e então:<br />
- Isso mesmo seus babacas, comigo ninguém mexe. – falou Lucas.<br />
Quan<strong>do</strong> chegou em casa foi para frente <strong>do</strong> espelho e pensou várias formas <strong>de</strong><br />
como isso po<strong>de</strong>ria ter aconteci<strong>do</strong>. Ele teria vira<strong>do</strong> robô? Ele não sabia. Até que ele<br />
pensou:<br />
- Se quan<strong>do</strong> a Matilda, no filme, consegue mexer com seus po<strong>de</strong>res quan<strong>do</strong> está com<br />
raiva ou quan<strong>do</strong> lembra <strong>de</strong> algo que a <strong>de</strong>ixou com raiva eu também posso virar meta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ferro, meta<strong>de</strong> hum<strong>ano</strong>, quan<strong>do</strong> estou com raiva.<br />
E lá foi Lucas lembrar <strong>de</strong> algo que o <strong>de</strong>ixou com raiva, pensou e lembrou <strong>de</strong><br />
algo, se sentiu mais forte, foi na frente <strong>do</strong> espelho, levantou a camisa e seus músculos
estavam mais <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s e duros como ferro, foi para frente <strong>de</strong> uma pare<strong>de</strong> e socou-a,<br />
não sentiu nada,<br />
- Até que isso funciona. – falou o menino rin<strong>do</strong> sozinho.<br />
Depois <strong>de</strong> muitos <strong>ano</strong>s <strong>de</strong> experiência com o corpo <strong>de</strong> ferro, Lucas <strong>de</strong>scobriu<br />
que esse “po<strong>de</strong>r” po<strong>de</strong>ria salvar várias pessoas, então, agora, ele ajuda as pessoas que<br />
estão precisan<strong>do</strong>. Como se fosse um novo super-herói, e ele realmente gosta muito <strong>de</strong><br />
ajudá-las. Como to<strong>do</strong>s <strong>de</strong>veriam gostar.<br />
...<br />
5
Clara Vaucher<br />
COMO ASSIM MORTE?<br />
Era uma vez uma menina chamada Caitilin, ela era uma pessoa boa, tinha um<br />
coração puro e amigável. Caitilin ajudava a to<strong>do</strong>s, às vezes, mais <strong>do</strong> que necessitavam,<br />
ela trabalhava como médica <strong>de</strong> pronto socorro junto <strong>de</strong> seus amigos, Barry, Cisco e<br />
Harry.Ela conhecia o <strong>de</strong>tetive Joe West, ele trabalhava na <strong>de</strong>legacia principal <strong>de</strong> Central<br />
City, que era muito frequentada, pois sempre tinha uma ocorrência e muitos militares<br />
eram convoca<strong>do</strong>s para auxiliar os agentes da <strong>de</strong>legacia, junto ao <strong>de</strong>tetive West.<br />
Em certo dia, Caitilin estava ajudan<strong>do</strong> Barry em uma cirurgia complicada, até<br />
receber uma ligação anônima, dizen<strong>do</strong> que sua mãe morreu. Ela pensou que fosse um<br />
trote então perguntou <strong>de</strong> on<strong>de</strong> era e disseram que era <strong>do</strong> hospital <strong>de</strong> Starling City, cida<strong>de</strong><br />
da qual sua mãe morava sozinha, já que seu pai havia morri<strong>do</strong> um pouco antes <strong>de</strong> forma<br />
natural.<br />
6<br />
Sua mãe tinha 56 <strong>ano</strong>s, era nova, mas <strong>de</strong> qualquer jeito tu<strong>do</strong> estava ligada ao seu<br />
passa<strong>do</strong>, no qual Caitilin não sabia nada. Então, ela foi até o local <strong>do</strong> ocorri<strong>do</strong> e viu<br />
marcas <strong>de</strong> sangue pela pare<strong>de</strong> <strong>do</strong> apartamento <strong>de</strong> sua mãe, que não era longe <strong>do</strong> hospital<br />
psiquiátrico <strong>de</strong> Starling City.<br />
Antes <strong>de</strong> sair <strong>do</strong> Hospital, Caitilin avisou seus amigos e pediu ajuda, mas Barry<br />
tinha que terminar a sua cirurgia, ela estava <strong>de</strong>stinada a encontrar sua mãe viva. No<br />
entanto, não foi um sucesso, os paramédicos disseram que ela foi assassinada e eles não<br />
sabiam por quem.<br />
Após chegar ao local e analisar cada <strong>de</strong>talhe <strong>do</strong> aci<strong>de</strong>nte, ela viu uma impressão<br />
digital no sangue tirou uma amostra e entregou ao Cisco, que era enfermeiro, e ao<br />
<strong>de</strong>tetive West. Ambos iriam tentar localizar o assassino. Depois <strong>de</strong> perguntarem aos<br />
mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> prédio, o que exatamente havia ocorri<strong>do</strong>, no apartamento da mãe <strong>de</strong><br />
Catilin, Joe pegou os da<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>scobriu que Ronnie Snow era apaixona<strong>do</strong> por<br />
Rosalinda, mãe <strong>de</strong> Catilin e namorada <strong>de</strong> John Snow, irmão <strong>de</strong> Ronnie, se odiavam e<br />
viviam brigan<strong>do</strong> pela Rosalinda, até o dia da morte <strong>de</strong> John. Ronnie fugiu da Central<br />
City e só apareceu para matar Rosalinda porque tinha inventa<strong>do</strong> uma História <strong>de</strong> que ela<br />
tinha mata<strong>do</strong> o mari<strong>do</strong> e logo após matar, ele viajar para a sua antiga cida<strong>de</strong> Starling<br />
City .
Joe então ficou choca<strong>do</strong>, pois <strong>de</strong>scobriu que seu ama<strong>do</strong> pai que servia <strong>de</strong><br />
inspiração tinha mata<strong>do</strong> a mãe <strong>de</strong> sua melhor amiga, Joe <strong>de</strong>cidiu escon<strong>de</strong>r a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Caitilin, até o ultimo dia <strong>de</strong> vida que não era tão longe dali. Nesse tempo <strong>de</strong> duas<br />
semanas, Barry se casou, Cisco subiu <strong>de</strong> cargo e Caitilin sofria pela morte da mãe.<br />
Depois <strong>de</strong> completar duas semanas <strong>de</strong> sua pesquisa Joe <strong>de</strong>cidiu abrir o jogo<br />
mandan<strong>do</strong> um e-mail anônimo para Caitlin, falan<strong>do</strong> em 3ª pessoa, quem matou sua mãe,<br />
ela ficou pasma e resolveu se vingar, matou Joe e seu pai e se entregou a polícia.<br />
Caitilin nunca tinha se imagina<strong>do</strong> em uma ca<strong>de</strong>ia, ainda mais se fazen<strong>do</strong><br />
perguntas como:<br />
-Por que Joe mentiu para ela sobre o seu pai? E por que não tinha conta<strong>do</strong> antes?<br />
Caitilin ficou a vida toda se culpan<strong>do</strong> pela morte <strong>de</strong> seu amigo, se isolou <strong>de</strong> tu<strong>do</strong><br />
e <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s sem ao menos explicar o porquê, até sua morte.<br />
7
Pedro Nunes<br />
ILHA MACABRA<br />
Em um belo dia, Ximbica e sua namorada Clei<strong>de</strong> foram viajar para uma ilha bem<br />
longe <strong>do</strong> Brasil. Chegaram lá e, logo, se <strong>de</strong>pararam com um enorme tubarão, ficaram<br />
assusta<strong>do</strong>s, mas sabiam que a viagem valeria a pena.<br />
Na primeira noite, Clei<strong>de</strong> sentiu algo caminhan<strong>do</strong> em sua perna. Acor<strong>do</strong>u, olhou<br />
para a sua perna e viu uma aranha gigante, então gritou:<br />
-Ximbica! Uma aranha subiu na minha perna. acho que não me picou, mas mate-a.<br />
Ximbica achou a aranha e a matou.<br />
Quan<strong>do</strong> ele matou a aranha, várias aranhas pequeninas saíram <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la.<br />
Ele contou a Clei<strong>de</strong> e ela surtou. A primeira coisa que pensaram foi em matá-las com<br />
fogo, porém eles não levaram nada para fazer fogo, então pegaram alguns gravetos para<br />
riscar um no outro.<br />
8<br />
Depois que fizeram o fogo, foram até as aranhas e, por sorte, mataram todas.<br />
Mas logo foram ven<strong>do</strong> mais animais perigosos, se assustaram e resolveram sair da ilha.<br />
Ao chegarem na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Babsburgo, foram pesquisar sobre aquela ilha e ela é<br />
muito conhecida por “Ilha Macabra”, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mortes. Depois<br />
disso o casal resolveu nunca mais ir naquela ilha, e pesquisar bem mais agora os lugares<br />
para qual irão viajar.
Rodrigo Zambr<strong>ano</strong><br />
UMA ESCOLA DO FUTURO..<br />
Estava tu<strong>do</strong> pronto para a inauguração da escola mo<strong>de</strong>rnizada, iria ser amanhã e<br />
Elizabeth estava empolgadíssima para a festa que iria ter:<br />
-Ai meu Deusss.... Como será que vai ser??!!<br />
Ela <strong>do</strong>rmiu muito pouco por causa da sua emoção, que não conseguia segurar, e<br />
quan<strong>do</strong> estava na hora, no outro dia, o seu pai, Jeferson, levou-a à inauguração.<br />
-Filha! Aproveite sua festa, mas se cuida, hein!!:<br />
-Hahaha. Po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar pai, irei me cuidar.<br />
9<br />
Quan<strong>do</strong> Elizabeth chegou na festa se encontrou com seus amigos e logo <strong>de</strong>pois eles<br />
foram assistir ao trailer <strong>de</strong> como iria ser a famosa escola. Haveria quadros <strong>de</strong> touch,<br />
bebe<strong>do</strong>uro com mudança <strong>de</strong> temperatura da água através <strong>de</strong> um botão, ginásios<br />
tecnológicos com ar condiciona<strong>do</strong>, classes com direito a inclinação no encosto, cantinas<br />
tecnológicas e mais várias coisas legais.<br />
Tu<strong>do</strong> era incrível, mas houve um comunica<strong>do</strong> para to<strong>do</strong>s que a escola estava<br />
sen<strong>do</strong> assaltada, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a super mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> os ladrões <strong>de</strong>viam querer alguns <strong>do</strong>s<br />
objetos caros e tecnológicos. Eles cercaram todas as pessoas no centro da escola on<strong>de</strong><br />
havia um ginásio, as pessoas ficaram lá por uns 30 minutos e a polícia estava na rua e<br />
não conseguia entrar.<br />
O cria<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>no da escola Eric Ribeiro estava tentan<strong>do</strong> se lembrar <strong>do</strong> código<br />
que acionava a segurança virtual da própria escola, passa<strong>do</strong> uns 10 minutos ele,<br />
finalmente, lembrou e acionou rapidamente, vieram vários e vários robôs <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />
la<strong>do</strong>s, conseguiram reunir os ladrões e <strong>de</strong>ixaram amarra<strong>do</strong>s esperan<strong>do</strong> a polícia.<br />
A polícia entrou e fez seu trabalho, Elizabeth se assustou muito com tu<strong>do</strong> aquilo,<br />
mas <strong>de</strong>pois se acalmou:<br />
-Então vamos aproveitar a festa meus alunos queri<strong>do</strong>s!!!
Nicolas Leão<br />
A FOTO<br />
Era uma noite fria, estava choven<strong>do</strong> e eu estava brincan<strong>do</strong>. Eu tinha apenas 7<br />
<strong>ano</strong>s <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, estavam em casa: eu, minha mãe, meu pai e minha tia. Meus pais tinham<br />
compra<strong>do</strong> uma fantasia <strong>do</strong> homem aranha pra mim. Estava ansioso com a fantasia, já fui<br />
corren<strong>do</strong> experimentar, coloquei e pedi pra minha tia tirar uma foto, fiz uma pose e ela<br />
tirou a foto. Quan<strong>do</strong> olhamos a foto, meus pais viram que tinha alguma coisa estranha<br />
atrás <strong>de</strong> mim. Era uma menina <strong>de</strong> cabelos longos e estava meio apaga<strong>do</strong> o rosto <strong>de</strong>la.<br />
No dia seguinte, eu e minha mãe fomos imprimir pra ver se saia melhor, então quebrou<br />
a impressora quan<strong>do</strong> chegou no rosto da "menina".<br />
10
Samuel Colvara<br />
OS ASSASSINOS<br />
Em uma galáxia muito distante da Via Láctea, há um sistema solar pareci<strong>do</strong> com<br />
o que os seres hum<strong>ano</strong>s resi<strong>de</strong>m. Os seres vivos que lá habitam, o chamam <strong>de</strong> Bisofo.<br />
Esse sistema solar é praticamente igual à Via Láctea, porém, com uma diferença: há<br />
<strong>do</strong>is planetas com uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água: o Nebrick e o Curie. Ou seja, há<br />
vida.<br />
11<br />
O planeta Curie é conheci<strong>do</strong> entre muitas galáxias vizinhas por ser facista, ter<br />
um clima <strong>de</strong>sértico e principalmente, por escravizar o Nebrick, usan<strong>do</strong>- o para trabalho<br />
pesa<strong>do</strong> em vários tipos <strong>de</strong> coisas, como a obrigação <strong>de</strong> plantar Mairink e Gmorlox (duas<br />
plantas essenciais para o sustento <strong>de</strong>le). Por mais que essas plantas sustentem to<strong>do</strong> o<br />
planeta Curie, não é o suficiente, pois há muitos habitantes para pouca comida. Des<strong>de</strong><br />
que começou a passar por dificulda<strong>de</strong>s, veio tentan<strong>do</strong> <strong>do</strong>minar Nebrick <strong>de</strong> uma maneira<br />
muito medíocre, os exploran<strong>do</strong> sem dó e pieda<strong>de</strong>, até que conseguiram estabelecer o<br />
coman<strong>do</strong> completo sobre eles.<br />
O planeta Nebrick tem fama entre as galáxias vizinhas por ter diversos tipos <strong>de</strong><br />
plantas e ter muitas áreas férteis, facilitan<strong>do</strong> a agricultura, mas, é conheci<strong>do</strong><br />
principalmente por ser completamente controla<strong>do</strong> pelo Curie. Antes <strong>de</strong> ser<br />
completamente escraviza<strong>do</strong>, era um planeta calmo e tranquilo. Nele, não havia guerra e<br />
nenhuma malda<strong>de</strong>, to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> se respeitava e era respeita<strong>do</strong> <strong>de</strong> maneira igual. Hoje,<br />
suas terras não são mais tão férteis, seus habitantes não respeitam mais nem um ao<br />
outro, então, tu<strong>do</strong> o que restou foi o caos, mas nem tu<strong>do</strong> está perdi<strong>do</strong>.<br />
Em meio a essa situação, formou-se um grupo que atendia pelo nome <strong>de</strong> ‘’Os<br />
Assassinos’’. Esse grupo era conheci<strong>do</strong> por usarem vestimentas estranhas, escuras, mas<br />
eram facilmente reconheci<strong>do</strong>s em público porque usavam capuz e um manto vermelho<br />
que simboliza todas as mortes e a <strong>de</strong>struição que Curie tinha feito a Nebrick. É forma<strong>do</strong><br />
por seres que são contra os atos <strong>de</strong> Curie, e tem somente um objetivo: trazer <strong>de</strong> volta a<br />
paz que um dia existiu em Nebrick, <strong>de</strong> todas as formas possíveis.<br />
Os Assassinos têm diversas missões e estratégias muito bem planejadas para<br />
fazer com que seu objetivo se realize. Houve muitas perdas e sacrifícios, mas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>
<strong>ano</strong>s <strong>de</strong> luta, eles conseguiram cumprir seu objetivo através <strong>de</strong> um acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> paz entre<br />
os lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> cada planeta, assim, reinan<strong>do</strong> a paz.<br />
Luísa Costa<br />
FANTASIOSA REALIDADE<br />
Acor<strong>de</strong>i da minha nuvem <strong>de</strong> algodão, pus meus chinelos <strong>de</strong> arco-íris, abri minha<br />
porta <strong>de</strong> chocolate, bebi um copo <strong>de</strong> sonhos, que, particularmente, estavam ótimos; subi<br />
a escada <strong>de</strong> tijolos amarelos, voltei ao meu cantinho mágico, me vesti <strong>de</strong> estrelas e...<br />
Quan<strong>do</strong> fui sair, um dragão guardava a única coisa que faltava, meu celular. O<br />
animal era gran<strong>de</strong>, forte e fazia pose <strong>de</strong> po<strong>de</strong>roso, isso, em comparação a um hamster.<br />
Comigo, era só falar :”Quem é a filhotinha da mamãe, hein!?”, que ela já vinha latin<strong>do</strong><br />
faceira em minha direção .<br />
12<br />
Já ten<strong>do</strong> pego o telefone, fui enfrentar meu último adversário antes <strong>de</strong> chegar no<br />
carro : a chuva . Ela parecia me perseguir, eram poucos metros até o estacionamento,<br />
mas os pingos <strong>de</strong> suco <strong>de</strong> laranja pareciam aumentar à medida que eu corria. Porém,<br />
“com <strong>do</strong>is riscos tenho um guarda chuva” e imediatamente, vou para sua proteção,<br />
aon<strong>de</strong> esperei até meu tapete voa<strong>do</strong>r chegar.
Valentina Borges<br />
PROVAS:(<br />
Era uma vez uma menina muito bonita, tipo muito linda mesmo. Ela estudava<br />
em uma escola muito difícil e não queria saber <strong>de</strong> estudar, só queria ir para festas.<br />
Ela estava em uma semana <strong>de</strong> provas e tinha uma prova <strong>de</strong> biologia (que era muito<br />
difícil, era a matéria mais difícil que existia). A menina não queria estudar, queria ficar<br />
<strong>do</strong>rmin<strong>do</strong>, ven<strong>do</strong> série, fazer qualquer coisa que não fosse estudar. Enfim, ela não<br />
estu<strong>do</strong>u, na hora da prova não sabia nada. Tirou ZERO na prova, ficou <strong>de</strong> castigo e não<br />
foi na festa.<br />
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14<br />
Bruna B.<br />
BRUXAS<br />
Des<strong>de</strong> pequena tenho um certo fascínio por histórias assusta<strong>do</strong>ras, fantasmas, zumbis,<br />
mas o que realmente impressionava a mim e meus primos eram as bruxas. Próximo a<br />
nossa casa morava três mulheres vestiam se todas <strong>de</strong> preto e nos acreditávamos que<br />
fossem bruxas.<br />
A casa on<strong>de</strong> viviam era um chalé velho cain<strong>do</strong> aos pedaços e tinham vários<br />
gatos to<strong>do</strong>s pretos. Eram mulheres que nunca sorriam nem faziam agra<strong>do</strong>s para<br />
ninguém, altas muito pálidas, narizes longos uma <strong>de</strong>las tinha até verrugas no rosto. Não<br />
conhecíamos a casa <strong>de</strong>las nunca nos convidaram para entrar tinham sempre um olhar<br />
severo e uma tranca no portão, mesmo que convidassem, não entraríamos <strong>de</strong> tanto me<strong>do</strong><br />
que tínhamos <strong>de</strong>las.<br />
Um dia encontramos no meio da rua uma oferenda com galinha morta, frutas e<br />
outras coisas que as pessoas costumam chamar <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho. Então um <strong>de</strong> nós ficou<br />
observan<strong>do</strong> a casa e os outros pegaram a oferenda e jogaram <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> pátio, pura<br />
provocação e quan<strong>do</strong> elas saiam na rua perseguíamos chaman<strong>do</strong> as <strong>de</strong> bruxas.<br />
Isso foi motivo <strong>de</strong> muitas reclamações <strong>de</strong>las e muitos castigos que meus pais<br />
tomaram comigo, mas eu mereci com certeza, já os meus tios eram mais bran<strong>do</strong>s com<br />
meus primos. Outra vez juntamos muitas fitas coloridas e velas e tu<strong>do</strong> que achamos que<br />
representassem feitiçaria colocamos em uma linda tigela <strong>de</strong> barro e quan<strong>do</strong> estávamos<br />
largan<strong>do</strong> na porta da casa das "bruxas" uma <strong>de</strong>las nos pegou no flagra.<br />
Foi muita correria e gritaria, mas ela conseguiu me pegar pelo braço e puxei<br />
muito mas não pu<strong>de</strong> escapar. Os primos tiveram mais sorte e fugiram.<br />
Ela gritou comigo e me ameaçou e quan<strong>do</strong> comecei a chorar ela percebeu o<br />
quanto eu estava <strong>de</strong> fato assustada ou melhor apavorada. Me olhou e perguntou porque<br />
eu e meus primos perturbávamos a vida <strong>de</strong>las que eu me encho <strong>de</strong> coragem e falei que<br />
achávamos que eram bruxas pela maneira <strong>de</strong> vestir, o mo<strong>do</strong> com viviam tu<strong>do</strong> enfim , ela<br />
suspirou me olhou e disse:<br />
-Vou te explicar só uma vez o que acontece nessa casa. Somos uma família eu sou a<br />
mãe e tenho mais duas filhas solteiras, todas já temos bastante ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fiquei
viúva eu e minhas filhas usamos preto que significa luto. Quanto aos gatos, criamos o<br />
que os outros <strong>de</strong>ixam passan<strong>do</strong> fome na rua, fomos criadas <strong>de</strong> maneira rígida por isso é<br />
difícil a convivência com os vizinhos. Eu costuro minha filha cerzi e a outra borda nossa<br />
vida é reclusa e sossegada ,também somos boas cristãs fazemos nossas orações em casa<br />
minha saú<strong>de</strong> é <strong>de</strong>licada e minhas filhas não gostam <strong>de</strong> me <strong>de</strong>ixar só.<br />
Quan<strong>do</strong> nos <strong>de</strong>spedimos vi quanta bobagem eu e meus primos pensamos, contei<br />
tu<strong>do</strong> a eles, estavam me esperan<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> da rua pensan<strong>do</strong> que eu tinha vira<strong>do</strong><br />
comida <strong>de</strong> bruxa. Pedi para não perturbarem mais <strong>do</strong>na Maria e suas filhas, pois não<br />
eram bruxas mas sim pessoas boas.<br />
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16<br />
Vitória Braga<br />
CASTELO DE DIAMANTE<br />
Há muitos <strong>ano</strong>s, em uma cabana distante, viviam duas melhores amigas. Uma se<br />
chamava Sará e a outra Bela, as duas eram apaixonadas por música, tinham um jardim<br />
com flores lindas, as duas eram como irmãs.<br />
Certo dia teve uma tempesta<strong>de</strong>, <strong>de</strong>struiu tu<strong>do</strong> que elas tinham construí<strong>do</strong> em<br />
<strong>ano</strong>s, então foram atrás <strong>de</strong> serviço na cida<strong>de</strong>. Chegan<strong>do</strong> lá, encontraram uma velha<br />
senhora que carregava certos objetos antigos e sem valor, a senhora estava com muita<br />
fome, então Sará com pena, <strong>de</strong>u seu último pão com geleia que restava, a senhora<br />
agra<strong>de</strong>cida, resolveu presentear as duas moças com um espelho antigo, as duas sem<br />
graça com a situação aceitaram.<br />
Alguns dias se passaram e elas perceberam uma terceira voz, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ram por<br />
conta que havia uma moça chamada Lia, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espelho. Lia explicou que uma bruxa<br />
a enfeitiçou por pura malda<strong>de</strong>. Sará e Bela se prontificaram em ajudar Lia, para quebrar<br />
o feitiço que a impedia <strong>de</strong> sair, elas tiveram que passar por vários momentos difíceis, até<br />
que conheceram <strong>do</strong>is jovens rapazes que as ajudaram a vencer o <strong>de</strong>safio.<br />
Para quebrar o feitiço, elas teriam que encontrar o Castelo <strong>de</strong> Diamante, on<strong>de</strong><br />
viviam duas amigas <strong>de</strong> Lia, que tinham instrumentos mágicos capazes <strong>de</strong> quebrar<br />
qualquer feitiço. E assim foi feito, Lia finalmente saiu <strong>do</strong> espelho e as cinco jovens<br />
viveram no Castelo <strong>de</strong> Diamante para sempre.
Valentina F. Arantes<br />
AMIGAS IRMÃS<br />
Vicky (apeli<strong>do</strong> <strong>de</strong> Victory) e Kath (apeli<strong>do</strong> <strong>de</strong> Katherine) eram gêmeas melhores<br />
amigas, brigavam mas sempre acabavam se enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>. Aos 15 <strong>ano</strong>s, as irmãzinhas se<br />
mudaram <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro para San Francisco (CA - EUA), quan<strong>do</strong> o pai foi<br />
convida<strong>do</strong> para trabalhar lá, porém a mãe das meninas faleceu pouco tempo antes. Elas,<br />
inicialmente, iriam estudar lá até terminar o colegial, ou seja, o perío<strong>do</strong> que o pai ia<br />
trabalhar no país. As garotas tinham várias piadas internas, passavam a noite sexta,<br />
sába<strong>do</strong> e <strong>do</strong>mingo ven<strong>do</strong> filmes, comen<strong>do</strong> porcarias e se entendiam só com um olhar.<br />
17<br />
Para Kath, os 2 <strong>ano</strong>s <strong>do</strong> colegial foram muito longos: sofreu bullying por ser<br />
muito magra e por ter dificulda<strong>de</strong> em falar inglês, só tinha a melhor amiga que a<br />
auxiliou com os xingamentos diários. Ela não conseguia se comunicar, não tinha<br />
amigos, o pai ficava muito ocupa<strong>do</strong> com o trabalho e acabava não ten<strong>do</strong> tempo para<br />
suas filhas, cada dia que se passava o bullying ficava mais intenso. Vicky, por outro<br />
la<strong>do</strong>, conversava com to<strong>do</strong>s, tinha muitos amigos, tinha muitas festas para ir, namorava,<br />
tinha outras amigas, mas sua melhor amiga continuou sen<strong>do</strong> a gêmea.<br />
Kath, no segun<strong>do</strong> semestre <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> <strong>ano</strong> <strong>do</strong> colegial, ao voltar da biblioteca<br />
<strong>de</strong> bicicleta, acabou se aci<strong>de</strong>ntan<strong>do</strong> e per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> sua própria vida. Vicky, ao receber a<br />
notícia, ficou sem chão e entrou em <strong>de</strong>pressão: emagreceu 7 kg, a<strong>do</strong>eceu e quase ro<strong>do</strong>u<br />
no segun<strong>do</strong> <strong>ano</strong> e o terceirão acabou sen<strong>do</strong> pior ainda.<br />
Ela, ao arrumar as coisas para voltar para o Rio, achou uma lista da irmã <strong>de</strong><br />
várias universida<strong>de</strong>s fora <strong>do</strong> Brasil e <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, em primeiro lugar circula<strong>do</strong> e<br />
grifa<strong>do</strong>, havia a Universida<strong>de</strong> da África <strong>do</strong> Sul e, entre parênteses, estava escrito<br />
Medicina. Emocionou-se: sabia que essa profissão era em homenagem a mãe que se<br />
<strong>de</strong>dicou, em primeiro lugar, ajudar o próximo. Vicky, agora com 41 <strong>ano</strong>s, médica há 18<br />
<strong>ano</strong>s, casou-se com seu colega da universida<strong>de</strong> com quem teve suas duas filhas e <strong>do</strong>is<br />
filhos; seis <strong>ano</strong>s <strong>de</strong>pois que se formou em Medicina, fez Psicologia, e faz palestras pelo<br />
mun<strong>do</strong> sobre bullying e cyberbullying.
Rafaela Moreno<br />
AMIGOS ONDE ESTÃO VOCÊS....<br />
Ela sabia, no fun<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s sabiam que amigos não são para sempre, a gente acha<br />
que encontra pessoas especiais iguais a nós, mas também sabe que as pessoas mentem.<br />
Elas nos traem, nos usam e <strong>de</strong>pois nos jogam fora, como se não fossemos nada, como se<br />
não significássemos nada.<br />
Na vida <strong>de</strong> a<strong>do</strong>lescente o que mais precisamos é <strong>de</strong> amigos, ela precisava, mas<br />
ela não teve, pois escolheu as pessoas erradas ou porque era o <strong>de</strong>stino. Ninguém,<br />
exatamente, sabe o porquê nem ela sabia. Natalie fazia <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> para firmar, inovar suas<br />
amiza<strong>de</strong>s, ela queria amigos <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, amigos que ela pu<strong>de</strong>sse contar, que cuidasse<br />
<strong>de</strong>la e gostasse <strong>de</strong>la como ela é.<br />
18<br />
Ela ficava observan<strong>do</strong> as amiza<strong>de</strong>s alheias, algumas por interesse, outras porque<br />
as pessoas não tinham outra opção, algumas falsas, mas ela ficava pensan<strong>do</strong> que pelo<br />
menos essas pessoas tinham alguém, mesmo <strong>de</strong> mentira. Ela tinha amigos, óbvio que<br />
tinha, mas não como ela queria. Natalie estava cansada <strong>de</strong> mudar pelos outros, ela sentia<br />
falta <strong>de</strong> amigos, só que o que quase ninguém sabe é que ela era apaixonada pelo seu ex<br />
amigo Lorenzo, ela havia troca<strong>do</strong> <strong>de</strong> escola então, talvez, nunca se visem mais, era o<br />
que ela esperava, porém não foi bem assim.<br />
Logo <strong>de</strong>pois que acabou o <strong>ano</strong> e chegou as férias, to<strong>do</strong>s estavam anima<strong>do</strong>s com<br />
a escola nova e Natalie estava muito feliz. Ia <strong>de</strong>ixar tu<strong>do</strong> o que lhe fez mal para trás,<br />
Lorenzo e companhias. Chegou a primeira festa <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> <strong>ano</strong> da turma, ela não tinha<br />
certeza se ia, pois sabia que ele estava lá e eles não estavam muito bem resolvi<strong>do</strong>s, pois<br />
ele vivia dizen<strong>do</strong> para ela que não queria problemas, mas Natalie se achava “O”<br />
problema. Ela estava perdida nela mesma, não sabia quem era, quem eram seus amigos<br />
mesmo, quem Lorenzo era.<br />
Então foi o dia <strong>de</strong>ssa tal festa <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> <strong>ano</strong>. Ela se preparou para não falar com<br />
ele, quan<strong>do</strong> chegou ele foi direto conversar com ela, e Natalie não sabia o que fazer, se<br />
dava “oi”, se saia, se fingia que estava tu<strong>do</strong> bem, ela tentou ser forte, o que ela tinha
feito o <strong>ano</strong> inteiro mesmo porque não po<strong>de</strong>ria fazer agora. Mas quan<strong>do</strong> ela viu aqueles<br />
olhos castanhos ela se <strong>de</strong>smanchou, a coragem foi embora, fazia um tempo que ela não<br />
o via, mas quan<strong>do</strong> olhou naqueles olhos, sentiu um frio na barriga, ele continuava lin<strong>do</strong><br />
e ela ainda o amava, e, sem querer, ela o queria cada vez mais.<br />
Natalie percebeu que ainda o amava, amava tanto que até <strong>do</strong>ía, só que esse era o<br />
problema amar ele <strong>do</strong>ía, e o amor não é para <strong>do</strong>er, o que mais a machucava era o<br />
simples fato <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s seus ‘amigos’ lhe darem <strong>de</strong>sculpas e agissem como se tu<strong>do</strong> ficasse<br />
normal, o pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpas <strong>de</strong>les não ia apagar nenhuma lágrima que ela <strong>de</strong>rramou,<br />
não iria curar o vazio, não iria substituir a ausência, não iria lhe tirar a mágoa, o pedi<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpas <strong>de</strong>les não iria mudar nada na vida <strong>de</strong>la porque não fun<strong>do</strong> ela sabia que não<br />
era sincero.<br />
E hoje ela segue vida <strong>de</strong>la quieta, calada esperan<strong>do</strong> alguém que lhe entenda, alguém que<br />
lhe complete. Sem amigos e sem ninguém<br />
19
Lídia Maron<br />
SE ENCAIXAR<br />
Estava lá, nos confins <strong>de</strong> um laboratório, Experimento 83, examinan<strong>do</strong> o espaço<br />
ao seu re<strong>do</strong>r. Experimento 83 foi uma tentativa sucedida <strong>de</strong> Dr. Neil <strong>de</strong> fazer um robô<br />
com vida própria. O que ele não esperava, é que o robô também tivesse vonta<strong>de</strong>s e<br />
<strong>de</strong>sejos próprios. Naquela manhã, Dr. Neil se esqueceu <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligar sua criação, dan<strong>do</strong><br />
uma chance para este escapar, e foi o que ele fez.<br />
Com movimentos silenciosos, Experimento 83 foi para o la<strong>do</strong> <strong>de</strong> fora <strong>do</strong><br />
laboratório, se <strong>de</strong>paran<strong>do</strong> com lindas casas acompanhadas <strong>de</strong> grama<strong>do</strong>s ver<strong>de</strong>s.<br />
Também reparou na luz <strong>do</strong> sol, se sentin<strong>do</strong> maravilha<strong>do</strong> por nunca ter visto esta antes.<br />
Ao abaixar o olhar, viu as diversas pessoas que passavam pela rua – que não o<br />
percebiam, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua aparência sintética idêntica a um garoto – e começou a ficar<br />
nervoso. Tentou se lembrar <strong>do</strong> que havia visto nos programas <strong>de</strong> TV – em principal,<br />
novelas – que, às vezes, passavam no monitor <strong>do</strong> laboratório, para tentar se misturar.<br />
20<br />
Preocupa<strong>do</strong> com ser <strong>de</strong>scoberto, logo tentou imitar a primeira cena que lhe veio<br />
à mente – uma mulher corren<strong>do</strong> apressada na chuva, a procura <strong>de</strong> seu ama<strong>do</strong> –, já que<br />
não estava choven<strong>do</strong>, logo ligou o jato <strong>de</strong> água acopla<strong>do</strong> em sua mão. Isso acabou<br />
atrain<strong>do</strong> muito mais olhares para ele <strong>do</strong> que fez ele se misturar, fazen<strong>do</strong> ele logo<br />
aban<strong>do</strong>nar o pl<strong>ano</strong> e <strong>de</strong>sligar a peça.<br />
Para se afastar daquelas pessoas, saiu caminhan<strong>do</strong> dali. Surpreen<strong>de</strong>ntemente<br />
para ele, não chamou a atenção <strong>de</strong> ninguém. Perdi<strong>do</strong> em pensamentos, procuran<strong>do</strong><br />
alguma maneira <strong>de</strong> se misturar, pensou: “essas pessoas não parecem nada com as que<br />
vi na TV. Será que se eu agir como já agia elas me perceberiam?”<br />
E foi o que ele fez, e acabou dan<strong>do</strong> certo. An<strong>do</strong>u em linha reta sem expressão no<br />
rosto, sem parecer ter um pingo <strong>de</strong> emoção. No final, os hum<strong>ano</strong>s pareciam mais com<br />
robôs <strong>do</strong> que ele próprio.
Isabella Rubira Dos Santos Noguez<br />
TUDO OU NADA<br />
Os cinco reais que juntara naquele dia foram utiliza<strong>do</strong>s em mais uma tentativa <strong>de</strong><br />
ganhar o gran<strong>de</strong> prêmio da Mega Sena. Mara trabalha ven<strong>de</strong>n<strong>do</strong> pipoca na rua, e sempre<br />
separa cinco reais da quantia que adquiriu no dia para tentar a sorte na loteria. Ela é<br />
trabalha<strong>do</strong>ra e mãe <strong>de</strong> uma menina <strong>de</strong> cinco <strong>ano</strong>s que passa o dia na escolinha ao la<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> seu local <strong>de</strong> trabalho. Uma vida cansativa e corrida. Às vezes, queria aban<strong>do</strong>nar tu<strong>do</strong><br />
e ir para um lugar longe em que a vida fosse completamente diferente, pena que eram só<br />
pensamentos.<br />
21<br />
Mara já enfrentou <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, passou fome, se<strong>de</strong>, frio e outras coisas para dar o<br />
melhor <strong>de</strong>la para cuidar da menina. Vivia uma vida <strong>de</strong> problemas financeiros, porém<br />
com ótimas condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O que a agitava eram os dias em que ocorria o anúncio<br />
<strong>de</strong> quem ganhara o mar <strong>de</strong> dinheiro <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> por mais <strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong><br />
competi<strong>do</strong>res em busca da sorte e da fé. Ela tinha uma casa ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> lugar em que<br />
trabalhava, uma casa humil<strong>de</strong>, com só um quarto, mas com conforto para as duas<br />
pessoas que nela viviam. Antes <strong>de</strong> <strong>do</strong>rmir, sempre se lembrava <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> o mari<strong>do</strong> a<br />
aban<strong>do</strong>nou quan<strong>do</strong> soube que ela estava grávida. Faltavam <strong>do</strong>is dias para ser anuncia<strong>do</strong><br />
o vence<strong>do</strong>r da Mega Sena. Ela sempre teve muita fé em Deus e muita confiança <strong>de</strong> que<br />
subiria na vida e conseguiria dar melhores condições para sua filha, pois se horrorizava<br />
<strong>de</strong> pensar que a menina po<strong>de</strong>ria tornar-se uma ven<strong>de</strong><strong>do</strong>ra <strong>de</strong> pipoca na rua, como ela.<br />
Mara acor<strong>do</strong>u muito ansiosa, como <strong>de</strong> costume, porque era o dia <strong>de</strong> anunciar o<br />
ganha<strong>do</strong>r da montanha <strong>de</strong> dinheiro. Quan<strong>do</strong> se encaminhava em direção à porta, a<br />
campainha tocou. Era sua vizinha Lucia:<br />
– Bom dia Mara. Hoje irei viajar para o Maranhão e gostaria <strong>de</strong> pedir-lhe um favor.<br />
– Olá, Lucia, claro, o que gostaria?<br />
– Como não terei tempo <strong>de</strong> ir até a lotérica para checar o resulta<strong>do</strong>, gostaria <strong>de</strong> te pedir<br />
que conferisse para mim, será que você po<strong>de</strong>?<br />
– Sem problemas, farei isso para você. Vá tranquila e aproveite a viagem.
– Fique então com o meu jogo e qualquer novida<strong>de</strong> me avise, obrigada.<br />
Mara saiu com pressa, pois teria <strong>de</strong> compensar seu tempo <strong>de</strong> trabalho, já que iria sair<br />
mais ce<strong>do</strong> para dirigir-se à caixa lotérica. O sol se pôs, ela pegou o ônibus em direção<br />
ao <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, com os <strong>do</strong>is bilhetes. Chegan<strong>do</strong> ao local, irritou-se com a espera da<br />
fila. Depois <strong>de</strong> aguardar por duas horas, enfim chegou sua vez.<br />
– Moça, você po<strong>de</strong> me passar os números vence<strong>do</strong>res, por favor?<br />
– Sim: Doze, sete, vinte e nove, quarenta e oito e trinta, nesta or<strong>de</strong>m.<br />
Assim que ela escutou o último número, logo percebeu que o bilhete <strong>de</strong> Lucia era o<br />
premia<strong>do</strong>. Com uma mistura <strong>de</strong> perplexida<strong>de</strong> e emoção, ela gritou:<br />
– Não posso acreditar, ganhei na loteria!!<br />
22<br />
Logo em seguida, apresentou o bilhete premia<strong>do</strong>. Enquanto esperava a chegada<br />
daquela montanha <strong>de</strong> dinheiro, Mara enfrentava o maior dilema <strong>de</strong> sua vida: agir <strong>de</strong><br />
forma honesta e entregar o prêmio a sua vizinha ou se apropriar <strong>de</strong>ssa quantia que seria<br />
a solução <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s seus problemas e o início <strong>de</strong> uma nova vida tão almejada.<br />
Uma <strong>de</strong>cisão complicada e difícil <strong>de</strong> se tomar, porém, <strong>de</strong>volven<strong>do</strong> o dinheiro,<br />
livrar-se-ia <strong>de</strong> um peso gigante em sua consciência. A <strong>de</strong>cisão a ser tomada, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />
com Mara, <strong>de</strong>veria ser ética, entretanto ela não encontrava outro jeito correto que não<br />
fosse dar à sua vizinha o que lhe pertencia. Pensativa e tensa, <strong>de</strong>cidiu entregar o<br />
dinheiro a ela, livrar-se <strong>de</strong> um caminhão que carregava nas costas. Ao entregar toda a<br />
fortuna a Lucia, sentiu um vazio imenso em seu coração e, ao mesmo tempo, uma certa<br />
frustração por não ter consegui<strong>do</strong> dar a vida que sempre sonhara à sua filha. Muito<br />
chateada com a oportunida<strong>de</strong> que lhe escorregou pelas mãos, foi <strong>do</strong>rmir, pois no dia<br />
seguinte teria <strong>de</strong> acordar ce<strong>do</strong> para seguir a sua luta.
Kailany Damiani<br />
O MENINO NA TV<br />
-Faz dias que ele não sai <strong>de</strong>sse quarto.<br />
-Oh querida, <strong>de</strong>ixa o menino, isso é a<strong>do</strong>lescência.<br />
-Mas 3 dias em um quarto é <strong>de</strong>mais.<br />
-Se acalma amor!<br />
-Não, eu vou entrar agora!!!!<br />
Ela se assusta quan<strong>do</strong> vê o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> garoto, ele estava branco e muito magro.<br />
-Meu filho, você está bem?<br />
23<br />
Ele não respon<strong>de</strong>, então a mãe foi ver o rosto <strong>de</strong>le, ele estava com os olhos brancos, ela<br />
<strong>de</strong>u um grito, que seu mari<strong>do</strong> apareceu na hora.<br />
-O que aconteceu, querida?<br />
-Olhe o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>le, Roger.<br />
O pai <strong>de</strong>u uma olhada, mas não ficou surpreso com nada, a mulher fica confusa com sua<br />
calma durante essa situação.<br />
-Olha para ele, nem preocupa<strong>do</strong> você está?<br />
-Claro que não Susana, isso é normal na ida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le.<br />
-Quê? Como assim ''normal na ida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le''?<br />
-Isso é raro <strong>de</strong> acontecer, mas é chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> ''psicoetiti'', é um caso em que a mente da<br />
pessoa está no lugar que ela mais presta atenção, no case <strong>de</strong>le, na TV.<br />
-Ro, não fale bobagens, olha como ele está, não é momento <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira.<br />
-Su, eu não estou brincan<strong>do</strong>, sério mesmo.<br />
Susana, a mãe, continua muito <strong>de</strong>sconfiada, mas acaba acreditan<strong>do</strong> no mari<strong>do</strong>.<br />
-Então queri<strong>do</strong>, o que <strong>de</strong>vemos fazer?
-Por enquanto nada, ele tem que achar o caminho <strong>de</strong> volta, lá <strong>de</strong>ntro.<br />
-Mas será que ele consegue?<br />
-Com certeza, esse garoto sempre dá um jeito para as coisas.<br />
Dentro da TV o garoto não estava enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> nada, tinham muitas cores em sua volta,<br />
animais esquisitos, coisas flutuan<strong>do</strong>, era literalmente uma viagem, então ele achou uma<br />
carta no chão: ''Caso alguém esteja len<strong>do</strong> isso porque se per<strong>de</strong>u, siga as instruções<br />
abaixo:<br />
1-Vá para a torre mais alta que você ver.<br />
2-Vá paraa casa <strong>de</strong> <strong>do</strong>ces, ao la<strong>do</strong> da torre mais alta.<br />
3-Saia pela maior porta que você ver, e volta para a sua realida<strong>de</strong>.<br />
Boa sorte, De: Sr. Strings''<br />
24<br />
O garoto logo vai procurar a torre, e quan<strong>do</strong> ele entra no mun<strong>do</strong> é impossível<br />
não notar aquela torre, é muito alta mesmo. O garoto vai seguin<strong>do</strong> caminho até a torre,<br />
passa por uma floresta, muito <strong>de</strong>nsa e com animais estranhos, então ele corre para não<br />
ser pego por nenhum, até que ele chega nessa torre enorme, ele passa por baixo <strong>de</strong>la e<br />
dá <strong>de</strong> cara com a loja <strong>de</strong> <strong>do</strong>ces, mas na porta <strong>de</strong> loja <strong>de</strong> <strong>do</strong>ces, há um elfo estranho,<br />
como se fosse um segurança, o garoto vai entran<strong>do</strong>, e o elfo <strong>de</strong> um metro e meio, vai<br />
dizen<strong>do</strong> para ele:<br />
-Mas você acha que é quem para entrar na loja <strong>de</strong> <strong>do</strong>ces celestiais assim?<br />
-Eu sou um garoto, e só quero ir para casa senhor.<br />
-Tá! Eu até <strong>de</strong>ixo, mas com uma condição.<br />
-Po<strong>de</strong> mandar.<br />
-Eu quero esse seu boné.<br />
-Ah nãoooo, o boné não senhor.<br />
-Mas jovem você po<strong>de</strong> comprar quantos quiser em sua dimensão, aqui não temos isso<br />
não.
O garoto pensou um pouco, mas <strong>de</strong>u o boné para o elfo, então ele entrou na loja<br />
<strong>de</strong> <strong>do</strong>ces, era um paraíso enorme, tinha <strong>do</strong>ce até no teto, mas esse não era o seu<br />
objetivo. Ele não resistiu, botou uns <strong>do</strong>cinhos no bolso, e passou pela enorme porta, e<br />
voltou para a sua realida<strong>de</strong>, como se nada estivesse aconteci<strong>do</strong>.<br />
Bruna B. da Cruz<br />
FUGA PARA JÚPITER<br />
Em um planeta muito distante...Havia uma E.T chamada Camila. Ela era muito<br />
bonita, tinha os olhos violeta, e era muito simpática, humil<strong>de</strong> e gentil, dava conselhos<br />
para to<strong>do</strong>s os seus amigos, que eram muitos, já que ela era tão amável. Ninguém sentia<br />
inveja da sua beleza, pois os outros só prestavam atenção no seu jeito humil<strong>de</strong> e gentil.<br />
25<br />
Ela vivia em uma pequena vila, e queria se aventurar em outros planetas, mas<br />
seus pais não permitiam, e nunca diziam o motivo. Um dia, ela resolveu fugir. Pegou<br />
uma mala enorme, que quan<strong>do</strong> apertava um botão ficava <strong>do</strong> tamanho <strong>de</strong> um pequeno<br />
cubo, juntou algumas roupas, objetos que gostava, e fugiu para Júpiter com uma nave <strong>de</strong><br />
passeio que seus pais tinham na garagem. Ela aterrissou em Júpiter, lá havia marci<strong>ano</strong>s<br />
diferentes, eram bem maiores que a espécie que Camila pertencia. Logo que chegou, ela<br />
foi recebida por um E.T chama<strong>do</strong> Roberson, que vagava perto <strong>de</strong> on<strong>de</strong> a nave <strong>de</strong> Camila<br />
aterrissou. Eles tinham a mesma ida<strong>de</strong>, mas Roberson era menor que os E.T.S da sua<br />
espécie.<br />
Quan<strong>do</strong> se aproximaram, Roberson perguntou:<br />
-Quem é você??? Eu nunca te vi aqui!! Da on<strong>de</strong> você é?<br />
Ela explicou tu<strong>do</strong> para Roberson, <strong>de</strong>scobriram que eram bem pareci<strong>do</strong>s, e logo<br />
viraram melhores amigos. Ele mostrou muitos lugares bonitos para Camila, e <strong>de</strong>pois<br />
convi<strong>do</strong>u sua nova melhor amiga para ficar na sua casa, até que voltasse para Marte.<br />
Enquanto isso em Marte...<br />
Os pais <strong>de</strong> Camila pediram para to<strong>do</strong>s da vila procurá-la. Eles estavam<br />
preocupa<strong>do</strong>s, pois nunca contaram que ela tinha um problema no coração, que<br />
fazia com que parasse lentamente quan<strong>do</strong> ocorre uma troca <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>, causan<strong>do</strong><br />
sintomas <strong>do</strong>lorosos, e <strong>de</strong>pois a morte.
Camila estava fazen<strong>do</strong> muitos amigos em Júpiter, mas o melhor <strong>de</strong>les era<br />
Roberson, que a aju<strong>do</strong>u em to<strong>do</strong>s momentos da sua viagem. No segun<strong>do</strong> dia, quanto<br />
Camila foi tomar café com a família <strong>de</strong> Roberson, eles notaram que seu nariz estava<br />
sangran<strong>do</strong>. E perguntaram:<br />
-Você está bem? Seu nariz está sangran<strong>do</strong>.<br />
-Estou com um pouco <strong>de</strong> <strong>do</strong>r na cabeça dês <strong>de</strong> ontem, mas agora está fican<strong>do</strong> muito<br />
forte. Camila respon<strong>de</strong>u, já pálida.<br />
Eles <strong>de</strong>ram para ela uma injeção instantânea que fazia passar qualquer tipo <strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>r, mas não funcionou por muito tempo, fez com que a <strong>do</strong>r voltasse mais forte que<br />
antes.<br />
Em Marte...<br />
Os pais <strong>de</strong> Camila começaram a procurar em outros planetas, mas já estavam<br />
per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> as esperanças.<br />
26<br />
Camila estava fican<strong>do</strong> muito <strong>do</strong>ente, e as injeções só pioravam a sua <strong>do</strong>r.<br />
Roberson propôs que ela voltasse para o seu planeta, mas seus pais negaram falan<strong>do</strong> que<br />
ela estava muito fraca para uma viagem, ainda mais sem ter os remédios certos na nave.<br />
Camila e Roberson se abraçaram, foi então que ele percebeu que ela não teria muito<br />
tempo <strong>de</strong> vida.<br />
- Me leve até as montanhas que você prometeu que me levaria. - Camila pediu com um<br />
a voz muito fraca.<br />
Roberson olhou para seus pais, e falou.<br />
-Claro...<br />
Quan<strong>do</strong> chegaram lá, ela estava ainda mais fraca, então seus olhos começaram a<br />
fechar. Foi então que apareceu uma nave a alguns quilômetros <strong>de</strong> on<strong>de</strong> os <strong>do</strong>is estavam.<br />
Quan<strong>do</strong> as portas abriram, eram seus pais que saíram corren<strong>do</strong> para busca-la. eles<br />
agarram sua filha no colo, e levaram para nave. Então eles falaram para Roberson:<br />
- Devemos subir com a nave até um lugar em que a gravida<strong>de</strong> seja a mesma que Marte!<br />
Você vai junto?
-Claro que vou, ela é minha melhor amiga.<br />
O coração <strong>de</strong> Camila estava quase paran<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> eles chegaram no espaço, mas ele<br />
voltou a bater e ela abriu os olhos e falou:<br />
- Desculpa... Eu só queria conhecer outros lugares além daquela vila.<br />
- Vamos resolver em casa. Os <strong>do</strong>is falaram.<br />
Depois <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar Roberson em Júpiter, Camila e seus pais voltaram para Marte, e ela e<br />
Roberson se falavam to<strong>do</strong>s dias por webcam. Alguns <strong>ano</strong>s <strong>de</strong>pois Roberson resolveu<br />
morar em Marte, pois se i<strong>de</strong>ntificava mais com as pessoas <strong>de</strong> lá, e também ele <strong>de</strong>scobriu<br />
que não conseguia viver sem Camila.<br />
FIM :-)<br />
27
Laura Sacco<br />
Isabela (ou melhor Bela, como preferia ser chamada), uma menina <strong>de</strong> família<br />
muito rica, que conhecia quase to<strong>do</strong>s os lugares <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, mas não gostava <strong>de</strong> ajudar<br />
os outros, se achava totalmente superior e claro, egoísta. Bela se mu<strong>do</strong>u faz pouco, para<br />
uma casa gigante on<strong>de</strong> moravam ela e os pais.<br />
Certo dia, o pai da menina a chama e diz:<br />
- Minha filha, te matriculei em outra escola. É uma escola bem menor, mais humil<strong>de</strong>,<br />
mas com o tempo você se acostuma.<br />
A filha indignada respon<strong>de</strong>:<br />
- Escola? Mais humil<strong>de</strong>? Eu não vou para essa escola!<br />
28<br />
A menina vai triste para o seu quarto. O pai também ficou triste, porém não tem outra<br />
escolha. Ela tem que <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser egoísta e só pensar em si. Dias passaram, a menina<br />
sempre sozinha, afinal recém tinha se muda<strong>do</strong>, mas se divertia com seus brinque<strong>do</strong>s.<br />
O gran<strong>de</strong> dia chegou, primeiro dia <strong>de</strong> aula. Bela se arrumou (com a disposição<br />
zero!), tomou café, se <strong>de</strong>spediu <strong>do</strong>s pais e o motorista a levou para a escola. Chegou lá,<br />
simplesmente ficou paralisada. A escola até era limpinha e bonita, mas era bem menor e<br />
a menina ficou bem incomodada com isso. A diretora veio e a recebeu, Bela foi logo se<br />
exibin<strong>do</strong>, dizen<strong>do</strong> que tinha muito dinheiro e que era filha <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> empresário.<br />
Acompanhada da diretora foi conhecen<strong>do</strong> a escola.<br />
Tocou o sinal, to<strong>do</strong>s para a sala <strong>de</strong> aula. Se apresentaram a professora e a<br />
professora para os alunos. Depois disso, as ativida<strong>de</strong>s começaram. O primeiro trabalho<br />
<strong>do</strong> <strong>ano</strong> em GRUPO! Bela "enlouqueceu" porque não conhecia ninguém e o pior disso<br />
não queria se aproximar <strong>de</strong> nenhum <strong>de</strong> seus colegas, pois eram "diferentes' <strong>de</strong>la. Após a<br />
professora <strong>de</strong>cidir os grupos a garota falou:<br />
- Com licença, mas eu não quero fazer em grupo nenhum. Eu vou fazer sozinha!<br />
A professora assustada, respon<strong>de</strong>:<br />
- Mas por qual motivo? Eles fizeram alguma coisa para você?
Sem me<strong>do</strong> algum a garota fala:<br />
- Ainda não! É que eles não têm a mesma classe que eu.<br />
Fim da aula! O assunto da nova aluna era o mais comenta<strong>do</strong> entre a turma, to<strong>do</strong>s<br />
choca<strong>do</strong>s e claro os meninos "arteiros" já montan<strong>do</strong> pl<strong>ano</strong>s para a nojentinha (como<br />
apelidaram Bela). A partir <strong>de</strong>sse dia, a professora percebeu que o comportamento <strong>de</strong><br />
Bela era completamente diferente, a menina não queria se misturar e costumava se<br />
exibir com seus brinque<strong>do</strong>s e aparelhos <strong>de</strong> alta tecnologia. Então <strong>de</strong>cidiu mandar um<br />
reca<strong>do</strong> para os pais da menina falan<strong>do</strong> <strong>de</strong> suas atitu<strong>de</strong>s e que queria conversar com seus<br />
pais.<br />
29<br />
No outro dia o pai <strong>de</strong> Bela esteve presente na escola, on<strong>de</strong> teve uma longa<br />
conversa com a professora. Quan<strong>do</strong> chegou em casa com a filha, teve uma conversa. A<br />
menina ficou refletin<strong>do</strong> por toda noite. Mesmo com algumas semanas <strong>de</strong> aula situação<br />
da menina era a mesma, sem amigos e sem ninguém para conversar. Bela estava fican<strong>do</strong><br />
realmente incomodada com isso. Seu pensamento era "eu posso ser até mais rica, mas<br />
eles têm mais felicida<strong>de</strong> sen<strong>do</strong> mais pobres". A partir disso, foi tentan<strong>do</strong> se aproximar<br />
<strong>do</strong>s colegas, o que era um pouco difícil, pois tinha i<strong>de</strong>ias e pensamentos diferentes <strong>do</strong>s<br />
outros colegas. Então, para aliviar a situação resolveu fazer uma festa, falou com seus<br />
pais que ficaram muito felizes por a menina estar tentan<strong>do</strong> se enturmar, eles<br />
concordaram com a festa e <strong>de</strong>ixaram tu<strong>do</strong> combina<strong>do</strong>.<br />
Ao longo da semana foi entregan<strong>do</strong> os convites e a festa foi o assunto da escola.<br />
Ela conversava com as meninas sobre as roupas e falava com os meninos sobre os<br />
brinque<strong>do</strong>s mais ira<strong>do</strong>s que teriam. Agora sim, to<strong>do</strong>s estavam se dan<strong>do</strong>bem até que o<br />
dia da festa chegou e ficou tu<strong>do</strong> melhor ainda. A turminha se divertiu bastante.<br />
No outro dia, a menina foi para a escola e antes <strong>do</strong> início da aula agra<strong>de</strong>ceu<br />
to<strong>do</strong>s e pediu <strong>de</strong>sculpas pelo seu comportamento nos primeiros dias. To<strong>do</strong>s estavam se<br />
dan<strong>do</strong> bem, claro que a menina ainda continuava com seu aspecto <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança o que<br />
causava algumas discussões, mas nada passava <strong>de</strong> uma 'brinca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> criança'.<br />
Isabela estava muito feliz com sua nova escola e apren<strong>de</strong>u que dinheiro não é<br />
tu<strong>do</strong>, seus amigos estavam juntos em qualquer momento in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da<br />
situação.
Júlia da Costa<br />
O ESPÍRITO DO MAL<br />
Era tu<strong>do</strong> novo, uma nova cida<strong>de</strong>, novas pessoas, nova casa, novo bairro, nova<br />
escola. Rebeca teve que se mudar por causa <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> pai, ele era escritor e estava<br />
sempre se mudan<strong>do</strong> para buscar novas inspirações. A menina já estava até acostumada,<br />
as amiza<strong>de</strong>s que fazia não duravam muito e ela não podia se apegar a nada nem a<br />
ninguém.<br />
30<br />
Era uma cida<strong>de</strong> pequena, sem muitos turistas, com um número razoável <strong>de</strong><br />
mora<strong>do</strong>res e muitas casas velhas. Uma cida<strong>de</strong> pitoresca que por algum motivo ainda não<br />
havia si<strong>do</strong> transformada pela ação humana, não quer dizer que não tinha tecnologias,<br />
não, longe disso, quero dizer que não havia poluição, <strong>de</strong>smatamentos, violência... Era<br />
tu<strong>do</strong> calmo e tranquilo, até <strong>de</strong>mais.<br />
Rebeca e sua família foram morar na casa mais antiga da cida<strong>de</strong>, a que ninguém<br />
queria nem passar perto, pois havia uma lenda que dizia que a cada mil e duzentos <strong>ano</strong>s,<br />
uma pessoa era a escolhida, não sabiam o porquê e nem para quê, mas essa palavra os<br />
<strong>de</strong>ixavam com me<strong>do</strong>.<br />
Des<strong>de</strong> a mudança, já tinha se passa<strong>do</strong> um mês. Rebeca conseguiu fazer uma<br />
amiga, elas eram inseparáveis, não eram as mais populares da escola, mas podiam viver<br />
sem isso. As coisas começaram a mudar <strong>de</strong> repente, tinha pessoas chegan<strong>do</strong>, os hotéis<br />
estavam lota<strong>do</strong>s, lixos nas ruas, famosos fazen<strong>do</strong> shows e no dia seguinte, o prefeito<br />
anunciou na televisão que a praça principal da cida<strong>de</strong> seria fechada e que iriam construir<br />
uma empresa enorme.<br />
Rebeca e sua amiga, Leila, estavam em casa estudan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> os mora<strong>do</strong>res<br />
indigna<strong>do</strong>s faziam uma manifestação contra aquela loucura. Já cansadas <strong>de</strong> estudar,<br />
ficaram pensan<strong>do</strong> naquela lenda que havia sobre a casa e resolveram procurar algo para<br />
comprovar se era verda<strong>de</strong>.
Na lareira da sala, um castiçal <strong>de</strong> ouro era refleti<strong>do</strong> na janela e isso chamou a<br />
atenção das jovens. Leila tentou levantar o castiçal, mas viu que ele era gruda<strong>do</strong> então o<br />
puxou para frente. Num instante abriu-se uma passagem com uma escadaria <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />
Era uma passagem secreta, mas para on<strong>de</strong> é o que iriam <strong>de</strong>scobrir. Descen<strong>do</strong> as escadas<br />
velhas havia uma sala com um único livro sobre o altar, quan<strong>do</strong> se aproximaram viram<br />
que se tratava sobre a lenda antiga. Um espírito saiu <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> livro e parou na frente<br />
<strong>de</strong> Rebeca dizen<strong>do</strong>:<br />
- Você é a escolhida!<br />
- Eu? Escolhida? Já vou avisan<strong>do</strong> que sou muito jovem para morrer. Disse com um tom<br />
irônico mas preocupada.<br />
- Não é nada disso!<br />
- Ufa!<br />
31<br />
- A cada mil e duzentos <strong>ano</strong>s, pessoas interesseiras vêm para a cida<strong>de</strong> pra tentar<br />
“transformá-la”, sob a influência <strong>de</strong> um espírito mau e ganancioso que tenta transformar<br />
a humanida<strong>de</strong> em algo ruim. Ele toma posse <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong> prefeito e comanda tu<strong>do</strong>, se o<br />
escolhi<strong>do</strong> falhar na missão <strong>de</strong> proteger a cida<strong>de</strong> e os cidadãos, o mun<strong>do</strong> vai se tornan<strong>do</strong><br />
cada vez mais horrível e o espírito acaba voltan<strong>do</strong> como aconteceu nas outras vezes, <strong>do</strong><br />
contrário, ele é <strong>de</strong>struí<strong>do</strong> e to<strong>do</strong>s estão livres.<br />
- Só uma dúvida: essa empresa que querem construir, é uma empresa <strong>de</strong> quê?<br />
- É uma empresa especializada em tráfico <strong>de</strong> pessoas para torná-las escravas. Vocês têm<br />
que impedir a construção <strong>de</strong>la e dar um fim nesse espírito antes <strong>do</strong> meio dia <strong>de</strong> amanhã.<br />
O fantasminha camarada (como as meninas <strong>de</strong>cidiram apelidar), entregou um<br />
frasco com um líqui<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro e uma caixinha. A poção <strong>de</strong>veria ser jogada no prefeito, o<br />
espírito sairia <strong>de</strong> seu corpo e daria tempo para abrir a caixa e prendê-lo lá <strong>de</strong>ntro.<br />
As amigas <strong>de</strong>cidiram agir na hora da palestra que seria às 15h. O prefeito dava<br />
seu discurso <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma hora, já entediada, Rebeca o interrompeu na tentativa <strong>de</strong> o<br />
distrair, enquanto isso, Leila se aproximou e jogou a poção, rapidamente Rebeca abriu a<br />
caixa e o espírito foi preso, os turistas foram embora e a cida<strong>de</strong> voltou ao normal como<br />
antes.
Essa história ren<strong>de</strong>u um belo livro para o pai <strong>de</strong> Rebeca, que foi vendi<strong>do</strong> pelo<br />
país inteiro. A família <strong>de</strong>cidiu morar em um só lugar a partir daquele dia e to<strong>do</strong>s ficaram<br />
felizes. Não se preocupe quanto a caixa, ela está trancada a sete chaves <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> livro<br />
e nunca po<strong>de</strong>rá ser aberta. A humanida<strong>de</strong> está a salvo, pelo menos por enquanto.<br />
Carla Pillon<br />
REVOLTA DOS PIRATAS<br />
Há muitos <strong>ano</strong>s, um menino chama<strong>do</strong> Jack que morava na América, mais<br />
precisamente no Caribe, on<strong>de</strong> as águas são cristalinas e muito azuis, tinha um sonho <strong>de</strong><br />
se tornar o pirata mais temi<strong>do</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os mares e oce<strong>ano</strong>s. Queria viajar pelos mares<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, enfrentar lugares perigosos e lutar contra piratas temi<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong>s.<br />
32<br />
Ele morava com seu pai, mas ele não lhe dava muita atenção. O pai <strong>do</strong> menino<br />
era um gran<strong>de</strong> comerciante na época, exportava muitos produtos à Europa e, por isso,<br />
não tinha tempo para ficar com a família. Mas <strong>de</strong> noite, quan<strong>do</strong> o pai chegava <strong>do</strong><br />
trabalho sempre contava uma história ao filho, os contos sempre falavam <strong>de</strong> piratas que<br />
conquistavam os mares lutan<strong>do</strong> com a tripulação em um navio. O menino cresceu com<br />
as histórias na cabeça e sempre dizia que quan<strong>do</strong> tivesse ida<strong>de</strong> para escolher uma<br />
profissão seria um pirata, mas não qualquer pirata que anda por aí bêba<strong>do</strong> e sim o mais<br />
temi<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s.<br />
Passaram se alguns <strong>ano</strong>s e o menino já havia se torna<strong>do</strong> um homem, estava<br />
pronto para ser um pirata. Ninguém o apoiava, até porque pirata não era uma profissão e<br />
sim um ladrão que só vivia <strong>de</strong> roubar os outros e ainda por cima no mar. O pai já havia<br />
morri<strong>do</strong> e o filho ficara sozinho, começou a sua jornada pelo mar.<br />
Juntou se a tripulação <strong>de</strong> piratas <strong>de</strong> um navio conheci<strong>do</strong> como Vingança da<br />
Rainha, porque ninguém começa <strong>do</strong> topo já sen<strong>do</strong> o melhor e o mais temi<strong>do</strong>. No navio<br />
ajudava a esten<strong>de</strong>r as velas, limpar o <strong>de</strong>ck <strong>do</strong> barco e ajudava o cozinheiro oficial <strong>do</strong><br />
navio a preparar as refeições. Um <strong>ano</strong> passara e Jack já estava cansa<strong>do</strong> <strong>de</strong> servir como<br />
ajudante <strong>do</strong> chef e teve uma i<strong>de</strong>ia ótima, reuniu alguns piratas, só os que conhecia<br />
melhor, contou a i<strong>de</strong>ia para eles e perguntou o que eles achavam. Veja o que eles<br />
falaram:
- Ótima i<strong>de</strong>ia! Estávamos cansa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> aturar aquele maldito capitão que só nos manda<br />
fazer isso, fazer aquilo. Queremos uma vingança pelos <strong>ano</strong>s que servimos a ele nesse<br />
navio.<br />
-Bem cavaleiros... É chegada a hora <strong>de</strong> assumirmos o controle <strong>do</strong> navio afinal somos<br />
piratas e piratas não contam histórias e sim fazem as histórias. – Respon<strong>de</strong>u Jack, que<br />
agora nesse momento vinha a se tornar o lí<strong>de</strong>r da revolta.<br />
Reuniram-se para fazer o pl<strong>ano</strong>, fizeram até um mapa <strong>do</strong> navio para saber on<strong>de</strong><br />
cada pirata ficaria. Cada um tinha direito a uma espada e uma arma com algumas balas<br />
<strong>de</strong>ntro. A noite chegou, to<strong>do</strong>s estavam em seus lugares, era passada da meia noite, to<strong>do</strong>s<br />
os que não faziam parte da revolta estavam <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong>, foi quan<strong>do</strong> os revoltosos<br />
invadiram o <strong>de</strong>ck e começaram a se apo<strong>de</strong>rar <strong>do</strong> navio, os que não faziam parte <strong>do</strong><br />
grupo <strong>do</strong>s piratas que queria tomar o navio ficaram sem saber o que estava acontecen<strong>do</strong>,<br />
mas mesmo assim lutaram.<br />
33<br />
Na manhã seguinte, tinha sangue espalha<strong>do</strong> por to<strong>do</strong> o convés, havia um homem<br />
no topo com um chapéu <strong>do</strong> antigo capitão na cabeça, era Jack, os <strong>de</strong>mais que lutaram a<br />
favor <strong>de</strong> tomar o navio estavam limpan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>ck sangrento, mas com a consciência <strong>de</strong><br />
que agora o trabalho no mar seria menos “puxa<strong>do</strong>” <strong>do</strong> que era antes, pois tinham um<br />
capitão que não queria ser que nem o antigo e sim um lí<strong>de</strong>r que se importasse com seus<br />
marujos e que <strong>de</strong>ixasse a vida e o mar propor novos <strong>de</strong>safios e aventuras a cada dia no<br />
mar.<br />
O tempo passou e toda a tripulação, incluin<strong>do</strong> o capitão Jack, se tornou a mais<br />
temida por to<strong>do</strong>s, por on<strong>de</strong> passavam sempre encontravam tesouros e ganhavam <strong>de</strong> seus<br />
rivais. Aproveitavam a vida beben<strong>do</strong>, dançan<strong>do</strong>, cantan<strong>do</strong> músicas, enfrentan<strong>do</strong> piratas<br />
e achan<strong>do</strong> tesouros.<br />
Esqueci <strong>de</strong> contar uma coisa a vocês. Quan<strong>do</strong> foram à Ásia encontraram um<br />
tesouro que <strong>de</strong>ixou eles com uma obsessão em ouro, encontravam o ouro e logo<br />
gastavam em comida e a fins, mas não sentiam mais o gosto da comida que comiam e<br />
nem o prazer <strong>de</strong> ter as coisas que compravam para <strong>de</strong>sfrutar, tu<strong>do</strong> era compra<strong>do</strong> com o<br />
ouro amaldiçoa<strong>do</strong>, <strong>de</strong>talhe: to<strong>do</strong> o ouro que tocavam era amaldiçoa<strong>do</strong>, não aguentavam<br />
mais levar aquela vida e ainda por cima quan<strong>do</strong> chegava a noite, sob a luz <strong>do</strong> luar, toda<br />
a tripulação virava fantasma, queriam e procuravam alguém que curasse essa maldição,
mas as pessoas tinham me<strong>do</strong> <strong>de</strong>les e fugiam, não se sabe o que aconteceu <strong>de</strong> fato, mas<br />
falam que muitos se mataram para que em outra vida não tivessem esse problema, isso é<br />
o que dizem...Mas será mesmo a verda<strong>de</strong>?<br />
Beatriz da Silveira<br />
BLOODY MARY<br />
34<br />
Em Tole<strong>do</strong>, Ohio, três jovens estão jogan<strong>do</strong> a verda<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>safio. O <strong>de</strong>safio <strong>de</strong><br />
Lily é dizer "Bloody Mary" três vezes na frente <strong>do</strong> espelho <strong>do</strong> banheiro. As outras<br />
garotas a assustam baten<strong>do</strong> na porta, e então o pai <strong>de</strong> Lily, Steven Shoemaker, aparece e<br />
diz-lhes que fiquem quietas. Quan<strong>do</strong> ele volta ao seu quarto, aparece uma figura em<br />
cada espelho que ele passa. Quan<strong>do</strong> ele olha no espelho <strong>do</strong> banheiro, seus olhos<br />
começam a sangrar. Sua filha mais velha, Donna, mais tar<strong>de</strong> o encontra morto em uma<br />
bacia <strong>de</strong> sangue.<br />
Sam e Dean são caça<strong>do</strong>r <strong>de</strong> coisas sobrenaturais como fantasmas. Eles<br />
<strong>de</strong>scobrem sobre o caso <strong>de</strong> Steve e vão em direção a Ohio em seu Impala. Sam e Dean<br />
visitam o necrotério e subornam o assistente para que possam ver o corpo <strong>de</strong> Steven<br />
Shoemaker. Embora a causa da morte não esteja clara, o crânio estava cheio <strong>de</strong> sangue e<br />
os olhos <strong>de</strong>le liquefeitos. Visitan<strong>do</strong> a casa <strong>do</strong> Shoemaker após o funeral, Sam e Dean<br />
falam com as filhas <strong>do</strong>s Shoemaker e os amigos <strong>de</strong> Donna, Jill e Charlie. Lily revela<br />
que se sente responsável por sua morte <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> invocar Bloody Mary.<br />
Os meninos procuram pistas no banheiro, quan<strong>do</strong> Charlie os encontra. Eles<br />
admitem que acham que há algo suspeito sobre a morte <strong>de</strong> Steven, e Sam dá a Charlie<br />
seu número <strong>de</strong> celular, caso consi<strong>de</strong>re algo útil. Mais tar<strong>de</strong>, naquela noite, no telefone<br />
para Charlie, Jill brinca <strong>de</strong>v dizer "Bloody Mary" três vezes na frente <strong>do</strong> espelho. Logo<br />
<strong>de</strong>pois, Jill senta-se na frente <strong>de</strong> um espelho e os olhos no reflexo em seu espelho<br />
começam a sangrar e seu reflexo diz "Você fez isso. Você matou aquele garoto. "Os<br />
próprios olhos <strong>de</strong> Jill começam a sangrar e ela morre.
Charlie relata a morte <strong>de</strong> Jill a Sam e Dean e ajuda-os a entrar no quarto <strong>de</strong> Jill.<br />
Na parte <strong>de</strong> trás <strong>do</strong> espelho encontram-se o nome <strong>de</strong> "Gary Bryman". A pesquisa mostra<br />
que ele era um jovem mata<strong>do</strong> em um golpe e corrida - e a <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> carro envolvi<strong>do</strong><br />
correspon<strong>de</strong> ao carro <strong>de</strong> Jill. Na casa <strong>do</strong> Shoemaker, eles acham o nome "Linda<br />
Shoemaker" escrito no espelho, que era o nome da esposa <strong>de</strong> Steven, que morreu<br />
suspeitamente após uma over<strong>do</strong>se <strong>de</strong> pílula para <strong>do</strong>rmir, jogan<strong>do</strong> a verda<strong>de</strong> ou se<br />
atrevem.<br />
Dean começa a pesquisar todas as mortes <strong>de</strong> mulheres chamadas Mary que<br />
morreu na frente <strong>de</strong> um espelho e encontra a morte em Indiana <strong>de</strong> Mary Worthington.<br />
Os irmãos viajam para Indiana e falam com o <strong>de</strong>tetive policial que trabalhou em seu<br />
caso. Mary tinha 19 <strong>ano</strong>s quan<strong>do</strong> alguém invadiu seu apartamento, assassinou-a e<br />
cortou os olhos com uma faca. Antes <strong>de</strong> morrer na frente <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> espelho, ela<br />
tentou escrever o nome <strong>do</strong> assassino, mas apenas conseguiu as letras T-R-E. Um<br />
cirurgião chama<strong>do</strong> Trevor Sampson foi suspeita<strong>do</strong>, mas nada foi prova<strong>do</strong> e seu<br />
assassinato não foi resolvi<strong>do</strong>.<br />
35<br />
Embora ela tenha si<strong>do</strong> cremada, os meninos acreditam que o espírito <strong>de</strong> Mary<br />
estava preso no espelho, que eles encontraram recentemente vendi<strong>do</strong> para uma loja em<br />
Tole<strong>do</strong>. Enquanto isso, Donna e Charlie estão no banheiro da escola, on<strong>de</strong> Donna diz<br />
"Bloody Mary" três vezes. Charlie começa a ver a figura em superfícies reflexivas. Ela<br />
procura Sam e Dean. Ela tinha um namora<strong>do</strong> que uma vez ameaçou se matar se o<br />
<strong>de</strong>ixasse. Quan<strong>do</strong> ela saiu, ele se suici<strong>do</strong>u. Sam e Dean removem ou cobrem todas as<br />
superfícies reflexivas em seu quarto <strong>de</strong> motel para que Charlie possa ficar lá.<br />
Sam e Dean <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m que, para <strong>de</strong>struir Mary, eles precisam convocá-la. Sam<br />
oferece para fazê-lo porque parece estar visan<strong>do</strong> pessoas associadas a óbitos que<br />
mantêm segre<strong>do</strong>s. Depois <strong>de</strong> convocar Mary, ela aparece, e os olhos <strong>de</strong> Sam começam a<br />
sangrar. Seu reflexo o acusa <strong>de</strong> ser responsável pela morte <strong>de</strong> Jessica, uma namorada<br />
sua que morrer e revela que ele teve pesa<strong>de</strong>los sobre como ela morreria por dias antes<br />
<strong>do</strong> evento, mas não conseguiu avisá-la.<br />
Dean esmaga o espelho, mas Mary emerge <strong>do</strong> quadro e avança em Dean e Sam.<br />
Finalmente, Dean mostra o própria reflexo <strong>de</strong> Mary, que a acusa <strong>de</strong> matar pessoas,<br />
fazen<strong>do</strong> com que ela se auto<strong>de</strong>strua. Dean esmaga o espelho e ela <strong>de</strong>saparece. Os<br />
meninos levam Charlie para casa, e Sam diz que ela não se sente culpada pela morte <strong>de</strong>
seu namora<strong>do</strong> porque não po<strong>de</strong>ria ter impedi<strong>do</strong> isso. Dean diz a Sam que é um bom<br />
conselho. E assim eles seguem para mais caçadas para salvar mais vidas como a <strong>de</strong><br />
Charlie.<br />
Felipe<br />
O KICKFLIP<br />
36<br />
Um homem <strong>de</strong> quarenta e sete <strong>ano</strong>s estava na praça <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> tinha 12 <strong>ano</strong>s,<br />
ele estava a procura <strong>de</strong> um kickflip perfeito. Ele tentava aquela m<strong>ano</strong>bra fazia 12678<br />
dias, sem êxito. Eu me ofereci para ajudar, ele se irritou e começou a me atacar com<br />
mordidas.<br />
Ele estava sem controle e eu fui pedir ajuda para meu amigo Alexzis, mas ele<br />
não acreditou. Depois <strong>de</strong> 4 dias e fui para a praça e ele estava com a camisa e calças<br />
todas esfarrapadas. Eu me ofereci para <strong>do</strong>ar roupas ele aceitou, mas só se o Alexzis<br />
<strong>de</strong>sse um beijo nele.<br />
No dia seguinte fui falar com Alexizs ele disse:<br />
-Nem pensar!<br />
Eu não sabia como contar para o homem ele iria me mor<strong>de</strong>r novamente.<br />
Ele persistiu por 33 <strong>ano</strong>s até que o Alexizs beijou ele e ele acertou um <strong>do</strong>uble kickflip.
Eduar<strong>do</strong> Grecco Corrêa<br />
IRONIA<br />
Fernan<strong>do</strong> estava na escola e viu que faltavam poucos minutos para tocar o sinal<br />
para o recreio, então ele começou a guardar seus materiais.<br />
Quan<strong>do</strong> tocou, o estojo se abriu e <strong>do</strong>is objetos começaram a reclamar.<br />
- O<strong>de</strong>io ter que fazer as coisas <strong>do</strong>s outros – disse o lápis.<br />
- E eu ainda tenho que apagar os seus erros – disse a borracha.<br />
- Pelo menos você não passa por uma tortura toda a vez que não tem energia.<br />
- Nós sempre somos tortura<strong>do</strong>s, você com o seu nariz e eu com a minha barriga –<br />
revidan<strong>do</strong> o argumento <strong>do</strong> lápis.<br />
37<br />
- Bem, eu só queria que ele nos <strong>de</strong>sse mais valor.<br />
No mês seguinte:<br />
- Régua você viu o lápis e a borracha? – disse o aponta<strong>do</strong>r<br />
- Não, a última vez que vi eles, foi na aula <strong>de</strong> arte que foi semana passada.<br />
De repente, aparece um novo objeto.<br />
- Oi, nós somos novos aqui, meu nome é Lapiseira e esse aqui é o Corretivo.
Gabriele Cecagno Bianchi<br />
“ATÉ A PRÓXIMA HISTÓRIA...”<br />
Você já parou para pensar o que passa na mente <strong>de</strong> um criminoso? Como ele planeja<br />
tu<strong>do</strong>? Quais os motivos que o levam a fazer o que ele faz? Isso é o que eu estava<br />
tentan<strong>do</strong> <strong>de</strong>scobrir. Estava pensan<strong>do</strong> nisso, pois na sexta-feira passada eu li uma notícia<br />
no jornal, que era um tanto quanto diferente <strong>do</strong> que estava acostuma<strong>do</strong> a ver.<br />
38<br />
“Estátua da praça central foi roubada nessa manhã <strong>de</strong> sexta-feira”, dizia na manchete.<br />
E, como ajudante <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s maiores <strong>de</strong>tetives <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, Sam Fields, liguei para ele na<br />
hora para comunicá-lo, enquanto vestia minha roupa. Marcamos um encontro no<br />
“Coffee Lab”, uma cafeteria perto da casa <strong>de</strong>le, para discutir sobre o assunto. Quan<strong>do</strong><br />
eu cheguei lá, ele já estava len<strong>do</strong> seu jornal, como <strong>de</strong> costume. Sentei na ca<strong>de</strong>ira que<br />
estava na frente <strong>de</strong>le e falei:<br />
- Bem, chefe, quais são as pistas?<br />
- Não <strong>de</strong>scobri nada ainda, mas já comuniquei a polícia e eles estão in<strong>do</strong> analisar o<br />
local. Vamos para lá agora, para tentar achar algo que nos aju<strong>de</strong>. Você dirige.<br />
E lá fomos nós. Quan<strong>do</strong> chegamos na praça, estava um imenso tumulto, com policiais e<br />
os caras da imprensa. Rondamos a praça por mais ou menos meia hora, até que achamos<br />
algo.<br />
- Tire fotos disso agora John.<br />
- Claro.<br />
Tirei aproximadamente umas cinco fotos. Era uma pichação <strong>de</strong> um símbolo em tinta<br />
amarela no chão, perto <strong>de</strong> on<strong>de</strong> ficava a estátua. Um símbolo que nenhum <strong>de</strong> nós e nem<br />
os policias conheciam. Depois <strong>de</strong> achar isso, fomos para a minha casa para pesquisar e<br />
tentar <strong>de</strong>scobrir o que significava aquela coisa. O símbolo tinha três linhas entrelaçadas<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um círculo.
Após duas horas pesquisan<strong>do</strong>, me <strong>de</strong>i conta <strong>de</strong> uma coisa. Perto da praça tem o Banco<br />
Central, que tem várias câmeras, e que talvez tenham pega<strong>do</strong> alguma imagem <strong>do</strong> ladrão.<br />
Eu fui direto para o Banco, enquanto o Sam ficou pesquisan<strong>do</strong> mais sobre símbolos.<br />
Chegan<strong>do</strong> lá, encontrei um aten<strong>de</strong>nte, que foi super gentil e me encaminhou a uma sala<br />
on<strong>de</strong> eu po<strong>de</strong>ria falar com o gerente, que me cumprimentou e perguntou o que eu<br />
queria. Eu disse:<br />
- Senhor, eu sei que parece um pouco estranho, mas eu gostaria <strong>de</strong> ver as gravações das<br />
câmeras <strong>de</strong> hoje pela manhã. Estamos trabalhan<strong>do</strong> naquele caso da estátua, e queria ver<br />
se aparece alguma imagem <strong>do</strong> ladrão.<br />
- Claro! Venha aqui, por favor.<br />
Nas imagens, aparecia um homem magro, com cabelo preto e curto, aparentava<br />
ter um metro e setenta e estava usan<strong>do</strong> uma máscara preta. Já ajudava bastante. Liguei<br />
para o Sam e disse para nos encontrarmos na praça. Ele também tinha novas notícias.<br />
39<br />
Já na praça, contei o que tinha visto e mostrei uma foto que tirei <strong>do</strong> homem. Ele<br />
disse que estava perto <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir o que o símbolo significava e que havia encontra<strong>do</strong><br />
uma testemunha. Disse que não sabia quem era o homem, mas que o viu <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> mais<br />
mensagens pela rua que passava <strong>do</strong> la<strong>do</strong> da praça. Fomos ver o que era, e nos<br />
assustamos quan<strong>do</strong> vimos: tinha um cartaz enorme, que provavelmente havia si<strong>do</strong><br />
pendura<strong>do</strong> há pouco tempo, que dizia, em letras bem gran<strong>de</strong>s, “ACHAM QUE VÃO<br />
ME PEGAR? ACHAM QUE EU NÃO VOU FAZER PIOR? SÓ AGUARDEM...”<br />
Eu e Sam nos olhamos, e com certeza pensamos a mesma coisa. Só podia ser o famoso<br />
criminoso que to<strong>do</strong>s no esta<strong>do</strong> já conheciam pelos seus incontáveis furtos. Tyler Lewis.<br />
Só agora soubemos o que o símbolo significava: Lewis já tinha <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> o seu código na<br />
mão da polícia uma vez, em outro crime. Ele significava “Até a próxima história...”.
Eduarda Dias<br />
O namora<strong>do</strong> perfeito<br />
Era uma menina muito infeliz, que não tinha vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> sair com os amigos, <strong>de</strong><br />
conversar com seus pais, não saia <strong>de</strong> seu quarto nem para comer. Ela só pensava em<br />
namorar, queria muito arranjar um namora<strong>do</strong>, mas ninguém gostava <strong>de</strong>la,<br />
principalmente pelo fato <strong>de</strong>la nem sair <strong>de</strong> casa.<br />
40<br />
Certo dia, ela resolveu entrar em um site <strong>de</strong> relacionamento para tentar encontrar<br />
alguém, apareceu vários interessa<strong>do</strong>s, a garota se alegrou, e começou a ver quais<br />
meninos ela gostava. Se interessou por <strong>do</strong>is, um era muito inteligente e tinha assuntos<br />
ótimos, porém, não era muito bonito. O outro, era lin<strong>do</strong>, mas muito besta e não sabia<br />
nem conversar direito. A menina escolheu sair com o mais bonito, pois como a maioria<br />
das a<strong>do</strong>lescentes, ela queria um garoto mais bonitinho.<br />
No dia marca<strong>do</strong>, ela se arrumou toda pra sair com o menino (o que era um milagre, pois<br />
ela nem gostava <strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa). Eles combinaram <strong>de</strong> se encontrar no cinema, o<br />
encontro não durou nem um hora, realmente o garoto era lin<strong>do</strong>, mas era um idiota que<br />
só falava bobagem, então ela foi embora antes <strong>de</strong> acabar o filme.<br />
Chegan<strong>do</strong> em casa, a menina choran<strong>do</strong> por ter se iludi<strong>do</strong>, ela foi direto chamar o outro<br />
menino, contou tu<strong>do</strong> pra ele, e ele acolheu ela, por isso, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um tempo <strong>de</strong><br />
conversa eles foram se tornan<strong>do</strong> bons amigos.<br />
Passou <strong>do</strong>is meses, e essa amiza<strong>de</strong> seguiu firme, mas, a menina percebeu que estava<br />
começan<strong>do</strong> a gostar <strong>de</strong>le, foi logo contar para ele o que estava sentin<strong>do</strong>, e <strong>de</strong>scobriu que<br />
ele sentia o mesmo. Então, começaram a namorar. E a garota percebeu que não precisa<br />
ser lin<strong>do</strong> para po<strong>de</strong>r ser o namora<strong>do</strong> perfeito.
Caroline Abraão<br />
MARIANA<br />
Era novembro <strong>de</strong> 1996. Me lembro nitidamente daqueles <strong>ano</strong>s, os <strong>ano</strong>s que eu<br />
passei na faculda<strong>de</strong>. Eu tinha apenas <strong>de</strong>zenove <strong>ano</strong>s, me consi<strong>de</strong>rava um a<strong>do</strong>lescente<br />
ainda, e estava no segun<strong>do</strong> semestre da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Química. A faculda<strong>de</strong> ficava cada<br />
vez mais difícil e eu me sentia cada vê mais invisível aos olhos das outras pessoas. Eu<br />
nunca fui alguém com presença, sempre fui invisível diante <strong>do</strong>s outros. Eu me sentia<br />
assim. Com os trabalhos aumentan<strong>do</strong> e as provas <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> <strong>ano</strong> chegan<strong>do</strong> minha <strong>do</strong>ença<br />
se tornou minha segunda preocupação, atrás <strong>do</strong>s trabalhos e provas. Comecei a<br />
preocupar cada vez mais meu psicólogo, então ele marcou uma consulta. Essa consulta<br />
me trouxe até aqui.<br />
41<br />
Eu estava sain<strong>do</strong> da sala da faculda<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> vi uma garota sain<strong>do</strong> da sala ao<br />
la<strong>do</strong>. Ela era linda. O tempo parou quan<strong>do</strong> a vi. A multidão <strong>de</strong> olhares que nos<br />
cercavam eu já não via mais, só tinhas olhos pra ela. Uma chama preenchia meu corpo e<br />
eu sentia que se tivesse que passar o resto da vida com alguém, que fosse com ela. Foi<br />
amor à primeira vista. Em meio a esse transe alguém na multidão esbarrou em mim, e,<br />
quan<strong>do</strong> me lembrei que eu não <strong>de</strong>via estar ali para<strong>do</strong>, senti uma forte <strong>do</strong>r no peito, era<br />
como se meu coração estivesse em chamas. E isso foi a última coisa que vi antes <strong>de</strong><br />
acordar em um quarto <strong>de</strong> hospital.<br />
Quan<strong>do</strong> acor<strong>de</strong>i eu ainda estava meio tonto, o médico, Dr. Enoch, disse que<br />
talvez fosse pelo tombo que levei quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>smaiei no corre<strong>do</strong>r. Segun<strong>do</strong> ele, meu<br />
coração estava fraco e eu precisaria <strong>de</strong> um transplante, e, enquanto não havia <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res<br />
compatíveis, <strong>de</strong>veria ficar no hospital. Tentei o convencer <strong>de</strong> me <strong>de</strong>ixar ir pra casa, falei<br />
sobre a faculda<strong>de</strong> e minha avó, com a qual eu morava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a morte <strong>de</strong> meus pais.<br />
Infelizmente não pu<strong>de</strong> sair, eu corria sério risco <strong>de</strong> uma parada cardíaca a qualquer<br />
momento.<br />
Um mês e meio após isso, Dr. Enoch disse que havia uma <strong>do</strong>a<strong>do</strong>ra compatível e<br />
que faríamos o transplante naquela mesma tar<strong>de</strong>. Eu queria pular <strong>de</strong> alegria, mas eu<br />
estava fraco <strong>de</strong>mais, então expressei toda minha alegria em um único sorriso, o sorriso
que disse tu<strong>do</strong>. Depois da cirurgia, quan<strong>do</strong> finalmente acor<strong>de</strong>i, me sintonia mais forte e,<br />
ao mesmo tempo, senti uma sensação estranha. Era como se algo não estivesse certo.<br />
Dr. Enoch foi me visitar após a cirurgia para ver como eu estava, falei que estava bem,<br />
então ele perguntou:<br />
- Bernar<strong>do</strong>, tem uma pessoa que gostaria <strong>de</strong> falar com você. Ela é da família da <strong>do</strong>a<strong>do</strong>ra.<br />
Gostaria <strong>de</strong> recebê-la?<br />
- Claro.<br />
Ele se dirigiu até a porta, o que me <strong>de</strong>u um calafrio, e então uma senhora entrou, ela se<br />
apresentava como Alma.<br />
- Olá, sou Alma, avó <strong>de</strong> Mariana.<br />
Dava pra sentir sua tristeza em cada palavra que ela falava.<br />
- Olá, Alma, sou Bernar<strong>do</strong>. É um prazer.<br />
42<br />
- É bom saber que minha neta salvou uma vida, mesmo ela, infelizmente, não saben<strong>do</strong>.<br />
Uma lágrima escorreu <strong>de</strong> seu rosto e eu senti um peso nas costas.<br />
- Eu tenho certeza que em algum lugar ela está feliz por ter salvo vidas, <strong>do</strong>na Alma.<br />
- Sim, tenho certeza. Ela era tão bonita. Às vezes, ela ficava brava comigo por ser tão<br />
protetora, mas eu tinha me<strong>do</strong>. Me<strong>do</strong> disso. Ela era uma jovem incrível, teria ti<strong>do</strong> uma<br />
vida incrível. Amava os estu<strong>do</strong>s. O aci<strong>de</strong>nte foi uma coisa horrível <strong>de</strong> se acontecer.<br />
- Ela era linda, tenho certeza. Devia ser uma pessoa maravilhosa, assim como a avó.<br />
- Obrigada, isso me alegra. Mariana era a número um da faculda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estudava, era<br />
maravilhosa.<br />
- Qual era a faculda<strong>de</strong> em que ela estudava, <strong>do</strong>na Alma?<br />
- Ufeo, ela cursava Direito, m...<br />
Antes <strong>de</strong>la terminar a frase meu corpo gelou, senti um arrepio, eu a conhecia.<br />
Era a garota que eu vira no corre<strong>do</strong>r antes <strong>de</strong> vir para cá. Era <strong>de</strong>la o coração que recebi.<br />
Era ela. Contei o que acontecera antes <strong>de</strong> eu ir para o hospital para Alma e conversamos<br />
mais sobre Mariana. Daquele dia até hoje somos uma família. Recebo <strong>de</strong> Alma to<strong>do</strong> o<br />
amor que eu nunca recebera <strong>de</strong> meus pais. Um amor incondicional. Um amor <strong>de</strong> mãe.
Davi Sousa<br />
SARAH PERDIDA NO ESPAÇO<br />
Numa certa cida<strong>de</strong> existia uma garotinha chamada Sarah. Sua mãe a aban<strong>do</strong>nou<br />
com cinco <strong>ano</strong>s, na porta <strong>de</strong> um inventor chama<strong>do</strong> Vicentt,i que era rico e famoso. Este,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, cui<strong>do</strong>u <strong>de</strong>la dan<strong>do</strong> amor e carinho, a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-a como sua filha.<br />
Vicentti numa <strong>de</strong> suas maiores invenções, criou uma espaçonave e queria viajar<br />
com sua filha para a lua, porque <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a acolheu sabia que ela tinha um gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ir até lá. Mas também sabia que ela ainda era pequena, e precisaria atingir<br />
certa ida<strong>de</strong> para viajar. Então esperaria até ela completar 13 <strong>ano</strong>s.<br />
43<br />
A garotinha agora cresceu e completou seus espera<strong>do</strong>s 13 <strong>ano</strong>s, nesse meio<br />
tempo Vicentti já havia termina<strong>do</strong> sua invenção. Então, como presente <strong>de</strong> aniversário<br />
ele a levou para Lua. Emocionada e ansiosa viajaram, passan<strong>do</strong> por vários lugares,<br />
conhecen<strong>do</strong> e apren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> sobre o espaço. Depois <strong>de</strong> algum tempo eles chegaram à Lua<br />
on<strong>de</strong> o inventor disse:<br />
-Venha minha querida, vamos conhecer a Lua.<br />
-Claro, mas confesso que estou um pouco amedrontada.<br />
-Não precisa ter me<strong>do</strong>, aqui é um lugar seguro e <strong>de</strong>sabita<strong>do</strong>.<br />
Aquela menininha, mas que agora era uma a<strong>do</strong>lescente, foi cheia <strong>de</strong> esperança e<br />
alegria dar o seu primeiro passo na Lua. Depois disso, conheceu o lugar, não in<strong>do</strong><br />
apenas no la<strong>do</strong> escuro da Lua, mas ajudan<strong>do</strong> o seu pai a coletar algumas amostras <strong>do</strong><br />
solo e ainda an<strong>do</strong>u sobre um robô espacial que haviam manda<strong>do</strong> da Terra. Mas, com<br />
tu<strong>do</strong> isso, ficou cansada e foi <strong>do</strong>rmir um pouco na nave. Um asteroi<strong>de</strong> havia se<br />
aproxima<strong>do</strong> da Lua, entran<strong>do</strong> em sua órbita e se chocan<strong>do</strong> contra o foguete. Por causa<br />
disso, os controles da nave foram aciona<strong>do</strong>s, indican<strong>do</strong> que ela <strong>de</strong>veria <strong>de</strong>colar até o<br />
próximo planeta <strong>do</strong> sistema solar.<br />
Vicentti ven<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> que estava acontecen<strong>do</strong>, tentou correr até a nave e <strong>de</strong>sligá-la<br />
por fora. Mas a tentativa foi inútil, pois o foguete já <strong>de</strong>colara, e por mais que corresse<br />
mais rápi<strong>do</strong> não conseguiria alcançá-lo. Enquanto isso, Sarah <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter acorda<strong>do</strong><br />
com a barulheira, ficou <strong>de</strong>sesperada porque não sabia o que fazer.
Por quase um dia Sarah ficou perdida no espaço, esperan<strong>do</strong> que algo ocorresse.<br />
Quan<strong>do</strong> <strong>de</strong> repente a nave <strong>de</strong>u meia volta e estava in<strong>do</strong> em direção à Lua novamente.<br />
Chegan<strong>do</strong> lá, viu que seu pai tinha consegui<strong>do</strong> dar meia volta na nave através <strong>de</strong> um<br />
controle rupestre que ele havia construí<strong>do</strong>. Então disse:<br />
-Como você conseguiu construir um controle automático?<br />
-Se lembra daquele robô que nós encontramos?<br />
-Sim, eu até an<strong>de</strong>i em cima <strong>de</strong>le.<br />
-Então eu o <strong>de</strong>smontei, e com suas peças construí esse controle. Mas o importante é que<br />
você chegou em segurança aqui.<br />
-Sim, mas agora vamos para casa. Essa aventura toda me <strong>de</strong>ixou com muito me<strong>do</strong>, e<br />
agora só quero <strong>de</strong>scansar e relaxar em casa.<br />
-Claro, vamos pra casa minha querida.<br />
44<br />
Então os <strong>do</strong>is foram para casa, e <strong>de</strong>scansaram felizes com toda essa aventura.
Alessandra Freire<br />
UM PROBLEMA EMOCIONAL, E NÃO ALIMENTAR<br />
Olivia e Matthew Grey são irmãos gêmeos <strong>de</strong> 18 <strong>ano</strong>s, que nasceram em um<br />
mun<strong>do</strong> repleto <strong>de</strong> privilégios e expectativas. Os <strong>do</strong>is são muito conecta<strong>do</strong>s um com o<br />
outro, mas à medida que se preparam para o último <strong>ano</strong> <strong>de</strong> colégio, uma tragédia<br />
inesperada acontece, quan<strong>do</strong> Matt e Liv sofrem um aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> carro sain<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma<br />
festa. Matt acaba morren<strong>do</strong>, o que mexe muito com o emocional <strong>de</strong> Olivia. Meses após<br />
o aci<strong>de</strong>nte, as notas <strong>de</strong> Olivia começaram a diminuir drasticamente e isso chamou a<br />
atenção o diretor, pelo fato <strong>de</strong> Liv ser uma das garotas mais espertas <strong>do</strong> colégio.<br />
45<br />
Logo após uma longa conversa com o diretor, Liv vai para a sua casa e começa a<br />
estudar, para não arrumar problemas com os seus pais. Liv tentava estudar, mas estava<br />
ten<strong>do</strong> muita dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se concentrar, até que ela vê seu irmão senta<strong>do</strong> em sua cama,<br />
<strong>de</strong> início Olivia se assusta, mas logo eles já começam a interagir um com o outro, com a<br />
ajuda <strong>de</strong> Matthew, Olivia finalmente consegue estudar, <strong>de</strong> uma forma mais extrovertida,<br />
com Matt fazen<strong>do</strong> graças, aquele tipo <strong>de</strong> coisa <strong>de</strong> irmão.<br />
Até que a sua mãe a chama para o jantar, Liv <strong>de</strong>sce as escadas encaran<strong>do</strong> todas a<br />
fotos presentes no corre<strong>do</strong>r e principalmente as que Matt se encontrava. Liv mal tocou<br />
na comida e pediu ao seus pais permissão para se retirar da mesa, ela pegou seu prato<br />
praticamente cheio <strong>de</strong> comida e o levou para a cozinha, chegan<strong>do</strong> lá, ela abriu uma<br />
gaveta ao lada da pia e pegou uma embalagem <strong>de</strong> alimento, colocan<strong>do</strong> parte da sua<br />
comida e levan<strong>do</strong> para o jardim, mais precisamente embaixo <strong>de</strong> uma figueira, o local era<br />
praticamente "sagra<strong>do</strong>" entre os irmãos. Chegan<strong>do</strong> perto da árvore, Liv já conseguia ver<br />
seu irmão, chegan<strong>do</strong> no local ela o entrega a embalagem <strong>de</strong> comida, que Matt come<br />
com vonta<strong>de</strong>.<br />
Meses após o acontecimento, Liv continuava levan<strong>do</strong> sua comida a Matt, o que<br />
consequentemente levou ao emagrecimento drástico <strong>de</strong> Olivia. Alguns meses <strong>de</strong>pois,<br />
durante uma aula <strong>de</strong> química Liv avistou seu irmão senta<strong>do</strong> no balcão <strong>do</strong> laboratório "<br />
brincan<strong>do</strong>" com um <strong>do</strong>s tubos <strong>de</strong> ensaio, até que o professor chama a sua atenção<br />
fazen<strong>do</strong> uma pergunta sobre o que acabara <strong>de</strong> falar. Liv respon<strong>de</strong>u com êxito, mas sem<br />
tirar seus olhos <strong>de</strong> Matthew, que jogava os tubos <strong>de</strong> uma mão para a outra como se<br />
estivesse fazen<strong>do</strong> malabarismos, até que propositalmente Matt quase <strong>de</strong>ixa cair o
Béquer que estava mexen<strong>do</strong>, o que assusta Liv, que levanta, rapidamente, da ca<strong>de</strong>ira. O<br />
que chama a atenção to<strong>do</strong>s presentes na sala. No final <strong>de</strong> sua aula o professor pe<strong>de</strong> para<br />
conversar com Olivia sobre o ocorri<strong>do</strong>, e preocupa<strong>do</strong> com a situação da aluna ele<br />
pergunta para Liv se ela não está se drogan<strong>do</strong>, Liv o olha com cara <strong>de</strong> <strong>de</strong>sprezo, e sai da<br />
sala sem dizer absolutamente nada.<br />
Enquanto Liv caminhava no corre<strong>do</strong>r da escola, em direção ao seu armário, Matt<br />
a acompanhava, chegan<strong>do</strong> em seu armário Matt pergunta a Liv o que havia si<strong>do</strong> aquilo,<br />
e Liv irritada respon<strong>de</strong>:<br />
- Você...você prometeu que morreríamos juntos, e você não cumpriu.<br />
Liv sai caminhan<strong>do</strong> rapidamente em direção as piscinas, sua próxima aula seria<br />
<strong>de</strong> natação. Após a aula, Olivia estava no banheiro feminino se trocan<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> a<br />
namorada <strong>de</strong> seu irmão entra no banheiro, ela começa a falar com Liv, mas a mesma<br />
nem a respon<strong>de</strong>, até que Casey faz um comentário que chama a atenção <strong>de</strong> Olivia.<br />
- Você parece <strong>do</strong>ente.<br />
46<br />
Olivia pega suas coisas e sai <strong>do</strong> banheiro corren<strong>do</strong> ela não aguentava mais toda<br />
aquela pressão. Naquele mesmo dia, os pais <strong>de</strong> Liv estavam dan<strong>do</strong> uma pequena festa<br />
<strong>de</strong> negócios, Liv estava trancada em seu quarto conversan<strong>do</strong> com Matt. A mãe <strong>de</strong> Olivia<br />
estava na cozinha quan<strong>do</strong> recebe um telefonema <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> química. O professor<br />
contara o ocorri<strong>do</strong>, o que preocupou extremamente a Srt. Grey. Enquanto isso, no<br />
quarto <strong>de</strong> Olivia, Matt estava senta<strong>do</strong> na varanda <strong>de</strong> Liv, ele começa a chamar Liv. De<br />
início recua um pouco, pois um <strong>do</strong>s seus maiores me<strong>do</strong>s é a altura, mas logo Liv já<br />
estava sentada na ponta da varanda com Matthew. Eles conversam por um tempo, até<br />
que Matt se levanta e fica <strong>de</strong> pé na borda da varanda e chama Liv, que vai sem muita<br />
hesitação.<br />
Após o telefonema a Srt. Grey sai corren<strong>do</strong> e vai até o jardim, on<strong>de</strong> encontra<br />
embaixo da Figueira <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> alimento em <strong>de</strong>composição. Ela resolve<br />
olhar para a janela <strong>do</strong> quarto da filha on<strong>de</strong> a encontra na borda da sacada, ela sai<br />
corren<strong>do</strong> o mais rápi<strong>do</strong> o possível para o quarto <strong>de</strong> Liv, mas já era tar<strong>de</strong> Matt já havia<br />
convenci<strong>do</strong> Liv <strong>de</strong> se jogar, com o argumento que se ela pulasse eles po<strong>de</strong>riam ficar<br />
juntos para sempre.
Após algumas horas Liv acorda em uma maca, ela estava sen<strong>do</strong> levada para uma<br />
clínica <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> <strong>ano</strong>rexia, quan<strong>do</strong> Liv percebe aon<strong>de</strong> está ela começa a se<br />
<strong>de</strong>bater e gritar por a ajuda, mais precisamente por Matt. Os médicos a injetam um<br />
sedativo em Liv, que acaba <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong> momentaneamente. Olivia acorda em um quarto<br />
com algumas enfermeiras, ela pe<strong>de</strong> para as enfermeiras se retirarem <strong>do</strong> seu quarto, e<br />
elas fazem o mesmo. Liv aguarda um tempo para ter certeza que elas realmente foram<br />
embora, e começa a brigar com Matthew. Depois <strong>de</strong> mais ou menos duas horas as<br />
enfermeiras voltam para a levarem para a hora <strong>do</strong> almoço. Liv vai até o refeitório e se<br />
serve uma pequena porção <strong>de</strong> comida, quan<strong>do</strong> ela se senta e começa a comer e ouve<br />
Matt a mandan<strong>do</strong> parar, pois ele precisava mais daquela comida <strong>do</strong> que ela. Liv pe<strong>de</strong><br />
para umas das cozinheiras fazer uma batida <strong>de</strong> frutas vermelhas para que ela possa levar<br />
para seu quarto. Chegan<strong>do</strong> em seu quarto, Olivia entrega a Matt a batida, que ele joga<br />
no chão irrita<strong>do</strong>, e xinga Liv por não pensar nele primeiro. Em meio aos gritos uma<br />
enfermeira que passava por ali ouve, e consequentemente Olivia é levada ao soro.<br />
47<br />
Dias <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> acontecimento Olivia estava ten<strong>do</strong> ajuda psiquiatra. Em uma<br />
manhã Liv acorda e a primeira coisa que vê é Matt, ela já não aguentava mais aquele<br />
fantasma a perseguin<strong>do</strong>, a conten<strong>do</strong> <strong>de</strong> fazer as coisas que queria, então ela resolve<br />
contar ao seu psiquiatra sobre Matthew. Entran<strong>do</strong> na sala <strong>do</strong> Dr. Curtis , Liv senta em<br />
uma ca<strong>de</strong>ira na frente da mesa <strong>do</strong> Dr,. mas ficou um bom tempo sem falar nada. O<br />
médico não enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o que estava acontecen<strong>do</strong> começa a falar com Olivia sobre o<br />
que estava acontecen<strong>do</strong> com ela.<br />
Depois <strong>de</strong> uma breve conversa o médico toca no assunto, Matt, o que chama<br />
atenção <strong>de</strong> Olivia para a Janela da sala on<strong>de</strong> ela vê Matthew, Olivia e Matt começam<br />
uma discussão, o que confun<strong>de</strong> o Dr. mas após enten<strong>de</strong>r o que estava acontecen<strong>do</strong> o<br />
médico ajuda Liv a "vencer" aquele fantasma. Meses após o aconteci<strong>do</strong> Liv estava bem<br />
melhor, ela apren<strong>de</strong>u a controlar a sua mente, ela caminhava com o Dr. Curtis em uma<br />
das suas consultas diárias, quan<strong>do</strong> eles resolvem comer alguma coisa em um<br />
restaurante, enquanto eles esperavam a comida chegar Liv avistou seu irmão entran<strong>do</strong><br />
no restaurante, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> uma cara <strong>de</strong> surpresa, nervosa o médico pergunta:<br />
- Está tu<strong>do</strong> bem?<br />
- Sim. Olivia respon<strong>de</strong> enquanto balançava a sua cabeça. Aquele fantasma sempre vai<br />
estar com você, basta você saber controlá-lo!
Olivia Grey<br />
Alenka Wyse<br />
A TERRA ENCANTADA<br />
Há muitos <strong>ano</strong>s atrás, havia uma terra encantada que estava passan<strong>do</strong> com<br />
alguns problemas em relação à paz <strong>do</strong>s seus mora<strong>do</strong>res, mas tiran<strong>do</strong> esse problema. A<br />
terra <strong>de</strong>sfrutava <strong>de</strong> belezas naturais inexistentes atualmente, como árvores com troncos<br />
marrons bem fortes, tons vivos e a mesma coisa com os tons <strong>de</strong> suas folhagens, que<br />
variavam entre um tom esver<strong>de</strong>a<strong>do</strong>, o céu sempre limpo bem azula<strong>do</strong>. As pessoas<br />
ajudavam nesta beleza com toda a sua simpatia, “bom dia!”, não havia uma pessoa que<br />
não escutasse isso se saísse na rua. Mas, um dia, to<strong>do</strong>s estranharam a presença <strong>de</strong> uma<br />
menina que nunca a tinham visto antes naquela terra, a garota aparentava ter cerca <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zessete ou <strong>de</strong>zenove <strong>ano</strong>s, com um longo cabelo ruivo, olhos ver<strong>de</strong>s e umas sardas<br />
em to<strong>do</strong> o seu rosto.<br />
48<br />
A menina estava caminhan<strong>do</strong> pela terra olhan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> a sua volta, quan<strong>do</strong> um mora<strong>do</strong>r a<br />
perguntou:<br />
- Está perdida, minha querida?<br />
- Estou. Estava procuran<strong>do</strong> um local para turismo, mas ao que parece entrei no trem<br />
erra<strong>do</strong>.<br />
- Como é o seu nome?<br />
- Lilian.<br />
- Lilian, acho melhor você encontrar seu <strong>de</strong>stino, infelizmente, esta terra que já foi<br />
muito próspera está passan<strong>do</strong> por dificulda<strong>de</strong>s.<br />
O mora<strong>do</strong>r <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> se afastou com um sorriso in<strong>do</strong> em direção a sua casa,<br />
ao que parecia ser. Mas Lilian pareceu ignorar o que o mora<strong>do</strong>r estava falan<strong>do</strong>, e <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />
estar <strong>ano</strong>itecen<strong>do</strong> e ao gran<strong>de</strong> cansaço <strong>de</strong>la, achou melhor se hospedar numa<br />
hospedagem por algumas noites até se localizar.<br />
No outro dia, ela acor<strong>do</strong>u e foi procurar um lugar que tivesse comidas prontas,<br />
como um bar, e como não conhecia nada daquela terra perguntou a uma mora<strong>do</strong>ra que<br />
aparentava ter sua ida<strong>de</strong>:
- Olá, com licença, você sabe algum lugar que tenha comidas prontas?<br />
- Oi! Sei sim, tem um lugar nesta rua mais a frente que servem comidas <strong>de</strong> ótima<br />
qualida<strong>de</strong>, se você quiser posso te levar até lá.<br />
- Ótimo, muito obrigada!<br />
- Merece, venha comigo então.<br />
As duas saíram em direção ao local, ficaram conversan<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> Lilian <strong>de</strong>scobriu<br />
que o nome da garota era Yasmin. De repente, viram a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coisas que tinham<br />
em comum, e se tornaram amigas. Elas chegaram ao local, e no fim até Yasmin acabou<br />
comen<strong>do</strong> lá também. E elas em seguida <strong>do</strong> almoço saíram para dar uma caminhada,<br />
on<strong>de</strong> acabaram conversan<strong>do</strong> tanto que nem perceberam quan<strong>do</strong> que já estava<br />
<strong>ano</strong>itecen<strong>do</strong>, então as duas foram para suas casas, no caso <strong>de</strong> Lilian a hospedagem, que<br />
por acaso era uma em frente à outra.<br />
49<br />
Passou- se uma semana (Lilian <strong>de</strong>cidiu ficar ali mesmo fazen<strong>do</strong> turismo) e cada<br />
vez mais as duas ficaram amigas. Naquela época estavam sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>s os primeiros<br />
tipos <strong>de</strong> extração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, ou seja, <strong>de</strong>smatamento.<br />
E foi quan<strong>do</strong> Lilian acor<strong>do</strong>u numa madrugada com uns gritos que vinham <strong>do</strong><br />
la<strong>do</strong> <strong>de</strong> fora, esfregou seu rosto, levantou da cama e foi em direção a janela <strong>do</strong> quarto da<br />
hospedagem. Foi quan<strong>do</strong> viu que tinham alguns prédios e casas pegan<strong>do</strong> fogo na rua da<br />
frente, rapidamente se vestiu, pegou suas coisas largan<strong>do</strong> a hospedagem e <strong>de</strong>sceu <strong>do</strong> seu<br />
quarto, pois havia se lembra<strong>do</strong> <strong>de</strong> que Yasmin morava em um daqueles prédios. Assim<br />
que chegou ao térreo da hospedagem, saiu para rua, e com mera tristeza viu que o<br />
prédio <strong>de</strong> Yasmin estava incendia<strong>do</strong>. Ficou na expectativa porque não sabia se Yasmin<br />
conseguiu fugir a tempo. Passou-se duas horas e o fogo finalmente havia si<strong>do</strong><br />
controla<strong>do</strong> pelos bombeiros que <strong>de</strong>moraram tanto tempo <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à falta <strong>de</strong> tecnologia da<br />
época; mas foi quan<strong>do</strong> Lilian viu algo que não queria ter visto, viu os bombeiros<br />
retiran<strong>do</strong> o corpo <strong>de</strong> Yasmin <strong>do</strong> prédio.<br />
Na mesma tar<strong>de</strong> daquele dia, <strong>de</strong>scobriram que as causas <strong>de</strong>ste incêndio foram<br />
uma tentativa malsucedida <strong>de</strong> uma técnica nova <strong>de</strong> extrair ma<strong>de</strong>ira, e como era normal,<br />
a presença <strong>de</strong> árvores no meio <strong>de</strong>sta terra, uma floresta acabou pegan<strong>do</strong> fogo que<br />
seguidamente atingiu as casas e os prédios <strong>de</strong> sua re<strong>do</strong>n<strong>de</strong>za. Lilian saiu a tempo da<br />
terra, mas <strong>de</strong>pois soube que toda a terra foi incendiada <strong>de</strong>sta vez por causa <strong>de</strong> uma
explosão <strong>de</strong> um aparelho que estava sen<strong>do</strong> monta<strong>do</strong> ainda, que novamente incendiou<br />
uma floresta que atingiu prédios e casas da mesma maneira.<br />
Lilian foi uma das únicas sobreviventes <strong>de</strong>sta terra, que, atualmente, completaria<br />
seus cento e <strong>do</strong>ze <strong>ano</strong>s. Na verda<strong>de</strong>, esta terra nunca parou <strong>de</strong> existir, só foi<br />
transformada por nós mesmos na nossa atual Terra. On<strong>de</strong> há <strong>de</strong>smatamentos, poluições,<br />
ódios, faltas <strong>de</strong> respeito, etc... Talvez algum dia este planeta, possa voltar a existir, só<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> nós e o nosso respeito e amor pelas pessoas e a natureza.<br />
50
Gabriela Feijó<br />
O VOO<br />
Certo dia em Oslo estava uma manhã nublada propícia a chover, mas era como<br />
um dia qualquer, uma garota, como uma qualquer, chamada Katrine Gulbrandsen que<br />
era uma patina<strong>do</strong>ra premiada <strong>de</strong> apenas 19 <strong>ano</strong>s, não sabia ainda, mas ia embarcar na<br />
viagem mais emocionante <strong>de</strong> sua vida, ela estava in<strong>do</strong> para a Moscou para uma<br />
competição <strong>de</strong> patinação no gelo.<br />
Chegan<strong>do</strong> ao aeroporto <strong>de</strong> Oslo, Katrine sua mãe e seu pai foram direto<br />
<strong>de</strong>spachar as malas, havia muitas bagagens, pois ela ia ficar uma semana lá, uma<br />
semana <strong>de</strong> trinos e competições e só, a mãe <strong>de</strong> Katrine sempre dan<strong>do</strong> muitas instruções<br />
<strong>de</strong> como não se per<strong>de</strong>r na cida<strong>de</strong> e como ficar organizada para a filha. Ia ser a primeira<br />
viagem importante <strong>de</strong>la sozinha. Então chagou a hora da <strong>de</strong>spedida muitos abraços e<br />
beijos, como uma <strong>de</strong>spedida qualquer, e finalmente ela entregou a passagem para a<br />
aeromoça e entrou no avião neste momento ela estava se tornan<strong>do</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e<br />
pronta para a vida. No começo da viagem, Katrine conheceu Dimitri Varjoc, um homem<br />
russo que acabara <strong>de</strong> passar 4 <strong>ano</strong>s na Noruega e estava voltan<strong>do</strong> para a sua cida<strong>de</strong><br />
natal, aparentava ter 23 <strong>ano</strong>s e estava senta<strong>do</strong> ao la<strong>do</strong> <strong>de</strong>la, então ela que estava muito<br />
nervosa com o primeiro voo sozinha começou a conversar Dimitri;<br />
51<br />
- O que você estava fazen<strong>do</strong> na Noruega?<br />
- Fiz a minha faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> história lá. – Ele respon<strong>de</strong>.<br />
- Eu ia fazer faculda<strong>de</strong> mas foi bem na época em que ganhei o meu primeiro<br />
ouro.- Ela comenta.<br />
- Ouro em o quê?<br />
- Patinação no gelo e <strong>de</strong>pois disso começaram a aparecer mais competições para<br />
mim me apresentar e assim foi in<strong>do</strong>.<br />
- Interessante.<br />
Depois <strong>de</strong> uma longa conversa Katrine se sentiu cansada e <strong>do</strong>rmiu, como uma<br />
pessoa qualquer. No meio da viagem, houve uma gran<strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong> e isso <strong>de</strong>spertou a<br />
to<strong>do</strong>s no avião, to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> começou a ficar nervoso por que o avião não parava <strong>de</strong><br />
chacoalhar. Perto <strong>do</strong> fim da viagem o piloto inclinava o avião para aterrissar, mas com a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva que havia ele inclinou o avião em cima <strong>de</strong> um morro e um galho <strong>de</strong><br />
uma árvore perfurou o avião no acento na frente <strong>do</strong> <strong>de</strong> Katrine. Isso fez com que o<br />
acento quebrasse e caísse na perna <strong>de</strong>la, logo que o piloto viu o aci<strong>de</strong>nte na traseira <strong>do</strong><br />
avião ele imediatamente levantou o avião e pousou no local certo <strong>do</strong> aeroporto. Quan<strong>do</strong><br />
isso aconteceu, to<strong>do</strong>s foram ajudar Katrine e a mulher que estava no acento. No<br />
aeroporto, médicos foram chama<strong>do</strong>s para socorrer elas, pois não havia mais feri<strong>do</strong>s, no<br />
caminho para o hospital a mulher morreu, no hospital se viu que Katrine quebrou a
perna em duas partes e estava infecciona<strong>do</strong>. Tiveram que amputar a perna, enquanto<br />
isso chamaram os pais <strong>de</strong>la. Quan<strong>do</strong> Katrine acor<strong>do</strong>u ela viu que a perna tinha si<strong>do</strong><br />
amputada e começou a chorar muito e os pais <strong>de</strong>ram to<strong>do</strong> o apoio possível.<br />
Depois <strong>de</strong> 5 <strong>ano</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o aci<strong>de</strong>nte Katrine fez faculda<strong>de</strong> e se formou em<br />
psicologia para ajudar pessoas com problemas pareci<strong>do</strong>s com os <strong>de</strong>la, tempos <strong>de</strong>pois ela<br />
encontrou um gran<strong>de</strong> amigo, o Dimitri e então ela percebeu uma coisa, aquela viagem<br />
não foi como uma qualquer.<br />
52
Artur Porcinúncula<br />
O MENINO QUE CONQUISTOU SEU SONHO<br />
Em uma cida<strong>de</strong> no interior <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, chamada Pelotas, havia um<br />
menino muito sonha<strong>do</strong>r, ele vivia jogan<strong>do</strong> bola na pracinha <strong>do</strong> seu bairro. O nome <strong>de</strong>le<br />
era João, o seu sonho era jogar no Grêmio FBPA, mas to<strong>do</strong>s duvidavam da sua<br />
capacida<strong>de</strong>, somente seus pais e seu irmão incentivavam e acreditavam nele.<br />
A sua vida não era muito fácil, pois ele era <strong>de</strong> uma família humil<strong>de</strong>, mas muito<br />
batalha<strong>do</strong>ra, sua mãe era professora municipal e seu pai lixeiro. O menino queria fazer<br />
um teste no Grêmio, mas não tinha condição financeira para as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> viajem, e o<br />
seu irmão caçula teve uma gran<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia. Fazer um brechó <strong>de</strong> roupas usadas e convenceu<br />
seus primos e amigos a <strong>do</strong>arem roupa. Nos primeiros dias <strong>de</strong> venda só conseguiram<br />
ven<strong>de</strong>r uma peça e a família já estava <strong>de</strong>sistin<strong>do</strong> <strong>do</strong> sonho.<br />
53<br />
O caçula, Pedrinho não queren<strong>do</strong> <strong>de</strong>cepcionar to<strong>do</strong>s, resolveu contar na escola<br />
sobre o sonho <strong>do</strong> seu irmão. To<strong>do</strong>s gremistas da sua escola colaboraram, e com sua<br />
manifestação houve um gran<strong>de</strong> aumento nas vendas, arrecadaram mais <strong>de</strong> <strong>do</strong>is mil reais,<br />
e, com isso, conseguiram a passagem para o João e seu pai. Ao chegar no teste, João<br />
não estava tão talentoso como sempre foi e seu pai começou a rezar e agra<strong>de</strong>cer a Deus,<br />
pois estavam juntos naquele momento. E assim, terminou o primeiro <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is dias <strong>de</strong><br />
teste, uma <strong>de</strong>cepção. No segun<strong>do</strong> e último dia, Pedrinho e sua mãe apareceram <strong>de</strong><br />
surpresa, pois o caçula separou um pouco <strong>do</strong> dinheiro das roupas para surpreen<strong>de</strong>r seu<br />
irmão.<br />
Quan<strong>do</strong> João viu sua família inteira no campo <strong>de</strong> futebol, ele criou uma garra e<br />
<strong>de</strong>u um show <strong>de</strong> bola e foi o melhor <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s <strong>do</strong> teste e sen<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong> pelo Grêmio e<br />
assim realizou seu sonho.
Augusto Sperling<br />
2 homens consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s bon<strong>do</strong>sos foram postos em uma sala fechada, com uma<br />
barra <strong>de</strong> cereal que daria energia para 3 dias. Se os 2 comessem durariam apenas 1,5<br />
dias. Tentarão entrar em um acor<strong>do</strong> para saber quem é o mais digno <strong>de</strong> comê-la.<br />
Um afirmou que era cirurgião, e se fosse salvo po<strong>de</strong>ria salvar outras pessoas.<br />
Mas o outro disse ser <strong>do</strong>no <strong>de</strong> uma empresa nacional, e que além <strong>de</strong> proporcionar<br />
empregos ajudaria na economia <strong>do</strong> país. O médico disse que vidas eram mais<br />
importantes que dinheiro. Mas o <strong>do</strong>no da empresa combateu o argumento, e que na<br />
verda<strong>de</strong> não era apenas dinheiro, e sim pessoas sustentan<strong>do</strong> famílias.<br />
54<br />
O cirurgião falou que tinha apenas 24 <strong>ano</strong>s, e teria muitas pessoas há salvar<br />
ainda, fora que tinha esposa e um filho e uma filha, na qual po<strong>de</strong>ria inspirar a ser<br />
médico também. O empresário por sua vez, daria por herança a franquia há um amigo<br />
<strong>de</strong> confiança. Os <strong>do</strong>is começarão a brigar, e durante a luta vê-se um flash <strong>de</strong> luz. Era a<br />
polícia abrin<strong>do</strong> para salvá-los <strong>do</strong> louco que havia os rapta<strong>do</strong>.<br />
Eles contarão o dilema e após uns testes foi <strong>de</strong>scoberto que o cronômetro que<br />
abriria as portas seria 1 dia e não 3, e que, na verda<strong>de</strong>, a barra estava envenenada.
Gabriel Bettin<br />
XICRINHA E COPINHO<br />
Em uma tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> verão, Xicrinha e seu irmão Copinho <strong>de</strong>cidiram dar uma volta<br />
no bosque perto <strong>de</strong> sua casa. Sem que o avô <strong>de</strong>les soubesse, os <strong>do</strong>is saíram para uma<br />
gran<strong>de</strong> volta no bosque, on<strong>de</strong> encontraram muitos animais estranhos e seres que<br />
pareciam <strong>de</strong> outro mun<strong>do</strong>, mesmo assim continuaram e chegaram a uma área<br />
<strong>de</strong>sconhecida sem nenhuma noção <strong>do</strong> que iria aparecer, seguiram em frente até um<br />
edifício estranho on<strong>de</strong> Copinho exclamou:<br />
-Olha! Parece o cassino que vimos na televisão!<br />
55<br />
Xicrinha confirmou com a cabeça, porém sabia que era uma má i<strong>de</strong>ia entrar para<br />
explorar, enquanto Copinho inconscientemente por curiosida<strong>de</strong>, já estava na porta <strong>do</strong><br />
estabelecimento. Os <strong>do</strong>is mesmo receosos entraram em um jogo particularmente fácil<br />
para Copinho, o que lhes ren<strong>de</strong>u uma gran<strong>de</strong> sequência <strong>de</strong> vitórias e um problema ao<br />
mesmo tempo.<br />
O <strong>do</strong>no <strong>do</strong> Cassino conheci<strong>do</strong> como o Amedronta<strong>do</strong>r Tinhoso os <strong>de</strong>safiou para<br />
uma partida on<strong>de</strong> havia uma proposta interessante e arriscada em que se o <strong>do</strong>no<br />
ganhasse, os irmãos teriam que ajudá-lo a cobrar dívidas <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res. Porém, se<br />
eles ganhassem iriam ter posse <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o Cassino.<br />
Copinho, cego por ganância jogou os da<strong>do</strong>s sem nem mesmo consultar seu<br />
irmão se valia a pena, o que lhes ren<strong>de</strong>u a primeira <strong>de</strong>rrota também a pior <strong>de</strong> todas, pois<br />
seus <strong>de</strong>stinos agora seriam <strong>de</strong>cidi<strong>do</strong>s por incansáveis lutas contra <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res. Ainda<br />
incrédulos com a <strong>de</strong>rrota e Tinhoso eufórico com a vitória, os irmãos imploraram por<br />
uma revanche, porém as regras <strong>do</strong> jogo eram bem claras. Tinhoso entregou-lhes a lista<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res dan<strong>do</strong>-lhes um belo pontapé em seus traseiros e os expulsou <strong>do</strong><br />
estabelecimento.<br />
Corren<strong>do</strong> e apavora<strong>do</strong>s com o recente acontecimento os <strong>do</strong>is foram diretamente<br />
a seu Avô para pedir ajuda e dicas para cumprir a tal tarefa, já que era um homem muito<br />
sábio, confiaram que ele teria uma maneira <strong>de</strong> ajudá-los.
Chegan<strong>do</strong> a casa <strong>de</strong> seu avô eles explicaram o que havia aconteci<strong>do</strong> e<br />
prontamente o sábio homem concor<strong>do</strong>u em ajuda-los, mas os alertou que não seria uma<br />
tarefa fácil e que não po<strong>de</strong>riam cumpri-la em pouco tempo.<br />
Após muito tempo treinan<strong>do</strong> e apren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> técnicas <strong>de</strong> luta com seu avô eles<br />
saíram mun<strong>do</strong> afora e, até os dias <strong>de</strong> hoje, mesmo ten<strong>do</strong> se passa<strong>do</strong> longos <strong>ano</strong>s <strong>de</strong>pois<br />
<strong>do</strong> início da árdua tarefa imposta, ainda há boatos que continuam por aí <strong>de</strong>rrotan<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>ve<strong>do</strong>res e tentan<strong>do</strong> se livrar <strong>de</strong> uma dívida vitalícia.<br />
56
Lorran Morello<br />
CUPHEAD E MUGMAN EM BUSCA DOS CONTRATOS<br />
Em um dia <strong>de</strong> verão, Cuphead e seu irmão Mugman estavam passan<strong>do</strong> pela<br />
floresta quan<strong>do</strong> viram um Cassino, no qual o <strong>do</strong>no era o Diabo. Decidiram jogar e<br />
começaram a ganhar várias rodadas seguidas. O gerente King Dice FEZ uma proposta<br />
pra eles:<br />
-Se vocês ganharem a próxima rodada levam o Cassino inteiro, mas se per<strong>de</strong>rem o<br />
Diabo leva as almas <strong>de</strong> vocês.<br />
57<br />
Mugman tentou avisar seu irmão que era uma i<strong>de</strong>ia ruim, mas ele não escutou.<br />
Então, Cuphead aceitou a proposta e jogou os da<strong>do</strong>s. De repente, King Dice, estava com<br />
as almas na mão e eles, morren<strong>do</strong> <strong>de</strong> me<strong>do</strong>, se ajoelham e imploram pelas suas vidas.<br />
King Dice <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> oferecer uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperarem as almas. Propôs a eles<br />
que pegassem as almas <strong>de</strong> pessoas que ele precisava. Eles, sem muita opção, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m<br />
aceitar e vão buscar as almas o mais rápi<strong>do</strong> possível.<br />
O primeiro contrato <strong>de</strong> alma que encontram são <strong>de</strong> uma batata gigante que<br />
<strong>de</strong>rrotam facilmente. Logo em seguida, vão para um ringue <strong>de</strong> boxe on<strong>de</strong> encontram<br />
<strong>do</strong>is sapos boxea<strong>do</strong>res que, com seus tiros que saem pelos seus <strong>de</strong><strong>do</strong>s, matam os<br />
anfíbios asquerosos. Continuan<strong>do</strong> a busca pelos contratos, eles encontram um girassol<br />
assassino que era o próximo da lista. A partir daquele momento, começaram a ter<br />
dificulda<strong>de</strong>s e então utilizaram um golpe especial: Por suas mãos saía uma rajada <strong>de</strong><br />
energia azul que atingiu o inimigo. Assim, Cuphead e Mugman, conseguiram matar o<br />
girassol.<br />
Depois <strong>do</strong> ocorri<strong>do</strong> <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m <strong>de</strong>scansar. Já <strong>de</strong>scansa<strong>do</strong>s, Cuphead e Mugman vão<br />
para a próxima aventura que lhes aguarda. Andan<strong>do</strong> pela floresta encontram uma<br />
colmeia na qual está a abelha rainha. Eles usam um tipo <strong>de</strong> tiro novo que segue o alvo<br />
<strong>de</strong>seja<strong>do</strong> e conseguem pegar mais um contrato.<br />
O próximo alvo é o dragão que vive no topo da montanha no bosque. Chegan<strong>do</strong><br />
lá sofreram um ataque tremen<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma bola <strong>de</strong> fogo vinda da boca <strong>do</strong> dragão.<br />
Assusta<strong>do</strong>s correram para não serem mais atingi<strong>do</strong>s, mas não significa que <strong>de</strong>sistiram.
Muito pelo contrário, eles <strong>de</strong>sferiram um golpe especial <strong>de</strong> tremenda potência que fez a<br />
pele da fera ser arrancada.<br />
Seguin<strong>do</strong> a aventura encontraram um pássaro gigante com seus filhotes. Com<br />
ousadia, Mugman lança um tiro na cabeça <strong>do</strong> pássaro e o enfurece. A ave usa suas penas<br />
que são jogadas para to<strong>do</strong> la<strong>do</strong> parecen<strong>do</strong> flechas. Felizmente, Cuphead e Mugman<br />
escapam das rajadas <strong>de</strong> penas e conseguem matar o pássaro. Porém, os filhotes bravos<br />
com a morte da mãe, atacam os <strong>do</strong>is. Eles tentam correr para floresta, mas estão<br />
cerca<strong>do</strong>s. Cuphead <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> agir e utiliza seus tiros nos filhotes e os faz fugir.<br />
Depois <strong>de</strong> pegarem outro contrato <strong>de</strong> alma, eles vão <strong>do</strong>rmir. Ao acordarem, bem<br />
ce<strong>do</strong>, Mugman e Cuphead vão paro o lago em busca <strong>de</strong> outro contrato. Chegan<strong>do</strong> lá se<br />
<strong>de</strong>pararam com uma sereia com cobras na cabeça e Mugman disse<br />
-Não gosto <strong>de</strong> cobras!!!<br />
58<br />
Cuphead dá uma risada e fala que não tem nada com que se preocupar e, em<br />
seguida, vai em direção a sereia com cobras na cabeça. Mugman, com me<strong>do</strong>, fica no<br />
lugar. Cuphead sem nada a temer <strong>de</strong>sfere tiros <strong>de</strong> seus <strong>de</strong><strong>do</strong>s e mata a sereia. E então os<br />
irmãos seguem o caminho pelas almas. Chegan<strong>do</strong> perto <strong>de</strong> um vilarejo eles veem um<br />
circo e logo <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m entrar. Lá eles encontram um palhaço que precisam pegar o<br />
contrato <strong>de</strong> alma. Atiran<strong>do</strong> com seus <strong>de</strong><strong>do</strong>s eles conseguem matar o palhaço<br />
aterroriza<strong>do</strong>r. Em seguida, eles seguem uma trilha <strong>de</strong> <strong>do</strong>ces que dá em um castelo <strong>de</strong><br />
uma princesa, a qual também precisam matar. Eles se aproximam da princesa e usam<br />
habilida<strong>de</strong>s especiais. Quan<strong>do</strong> ela está prestes a morrer o castelo cria vida e começa a<br />
atirar rajadas <strong>de</strong> balas, mas isso não abalou Mugman e Cuphead que conseguiram o<br />
contrato <strong>de</strong> alma <strong>de</strong>la.<br />
Após <strong>de</strong>rrotarem a princesa vão em direção a uma loja on<strong>de</strong> um porco com tapa<br />
olho, tem poções mágicas que adicionam habilida<strong>de</strong>s a eles. Chegan<strong>do</strong> lá compraram a<br />
habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar um tiro carrega<strong>do</strong> que tem a explosão <strong>de</strong> uma granada pelo <strong>de</strong><strong>do</strong>. Já<br />
prepara<strong>do</strong>s para partir vão até um ferro-velho <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> encontraram um robô<br />
gigante que eles também têm que matar. O maior problema era ter que acertar em<br />
pontos críticos <strong>do</strong> robô para fazer efeito, mas com um tiro carrega<strong>do</strong> Cuphead acerta em<br />
cheio o peito daquela lata velha e o mata.
Faltan<strong>do</strong> apenas um contrato para conseguirem as suas almas <strong>de</strong> volta, Cuphead<br />
e Mugman partem para a casa <strong>de</strong> um vi<strong>de</strong>nte mais pareci<strong>do</strong> com um Gênio da Lâmpada.<br />
Quan<strong>do</strong> chegaram usaram todas as suas habilida<strong>de</strong>s e o mataram com facilida<strong>de</strong>. E<br />
então partiram para o Cassino para po<strong>de</strong>r recuperar as almas, mas pensaram num pl<strong>ano</strong><br />
para matar o <strong>do</strong>no <strong>do</strong> local e <strong>de</strong>volver as almas para quem eles mataram<br />
‘Após chegar no Cassino Cuphead e seu irmão lançaram no gerente vários tiros e foram<br />
em direção ao Diabo... Já esperan<strong>do</strong> os irmãos, o CAPETA os ataca com fogo <strong>de</strong> suas<br />
mãos, mas os incríveis Cuphead e Mugman usaram todas as suas forças e lançaram<br />
juntos duas habilida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> suas mãos saíram raios brancos, in<strong>do</strong> em direção ao Diabo.<br />
De repente só se vê vários contratos cain<strong>do</strong> <strong>do</strong> céu e sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>volvi<strong>do</strong>s para to<strong>do</strong>s.<br />
59
Debora Lino<br />
MEMÓRIAS<br />
Hoje, completa um mês que ele está em coma, e sinto muita sauda<strong>de</strong>.<br />
Meu nome é Priscila, e meu namora<strong>do</strong> chama-se (ou pelo menos se chamava) Rodrigo.<br />
Estávamos passean<strong>do</strong> <strong>de</strong> carro em uma noite <strong>de</strong> verão quan<strong>do</strong> houve o aci<strong>de</strong>nte. Um<br />
homem que já não estava tão sóbrio fez tu<strong>do</strong> acontecer. Des<strong>de</strong> então, meus dias têm<br />
si<strong>do</strong> sombrios, e tenho pesa<strong>de</strong>los quase todas as noites.<br />
60<br />
A mãe <strong>do</strong> Rodrigo já me consolou, disse que não tem mais volta. Ele se foi, a<br />
chance <strong>de</strong> acordar é mínima, e se ele ainda tiver as memórias. Isso é algo muito difícil<br />
<strong>de</strong> escutar. Pensar que ele po<strong>de</strong> não se lembrar <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> que já passamos, com certeza é o<br />
meu pior pesa<strong>de</strong>lo. Até a mãe <strong>de</strong>le já <strong>de</strong>sistiu, mas eu não. Prometi a mim mesa e a ele<br />
que não vou <strong>de</strong>ixá-lo.<br />
Meses <strong>de</strong>pois<br />
Um tempo já se passou. Estou superan<strong>do</strong> e absorven<strong>do</strong> as coisas lentamente. Um<br />
menino me chamou para sair, e eu aceitei. Sei que não vai ser a mesma coisa. Eu ainda<br />
não <strong>de</strong>sisti, mas preciso viver a minha vida. Só o que eu não estava esperan<strong>do</strong> era uma<br />
ligação. No meio da janta, a mãe <strong>do</strong> Rodrigo me ligou dizen<strong>do</strong> que ele havia acorda<strong>do</strong>.<br />
Fui corren<strong>do</strong> para o hospital, e quan<strong>do</strong> cheguei no quarto <strong>de</strong>le, a felicida<strong>de</strong> invadiu meu<br />
corpo. Aqueles instrumentos <strong>de</strong> hospital que antes me faziam preocupada antes, agora<br />
não <strong>do</strong>u a mínima. Não reparei na tristeza que aquele ambiente geralmente me passa. Eu<br />
só sorri.<br />
-Oi! Eu pensei que tivesse perdi<strong>do</strong> você. - falei entre lágrimas. Rodrigo me olho.<br />
Analisou. Olhou <strong>de</strong> novo e <strong>de</strong> novo.<br />
- Quem é esta? O que você está fazen<strong>do</strong> aqui?
Naquele momento, eu fiquei chocada. Meu mun<strong>do</strong> caiu, ele não se lembra <strong>de</strong><br />
mim e <strong>de</strong> nada <strong>do</strong> que já passamos. A mãe <strong>de</strong>le me olhou, com um olhar <strong>de</strong> lamentação.<br />
Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Tive que aceitar essa i<strong>de</strong>ia.<br />
Comecei então a namorar aquele menino, que se chama Mauro. Nós começamos<br />
a <strong>de</strong>monstrar afeto em público quan<strong>do</strong> estávamos em uma festa, que por acaso, Rodrigo<br />
também estava. Ele não havia recupera<strong>do</strong> mesmo as memórias. Se familiarizou<br />
novamente com a família, porém apenas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muito tempo. Só estava recomeçan<strong>do</strong><br />
uma vida nos mesmos lugares, sen<strong>do</strong> uma pessoa diferente.<br />
Quan<strong>do</strong> abracei Mauro, vi o no rosto <strong>de</strong> Rodrigo surpresa, tristeza e <strong>de</strong>sesperança.<br />
Talvez ele tenha se lembra<strong>do</strong>. Talvez uma memória vazia. Talvez tenha si<strong>do</strong> só a minha<br />
cabeça, tentan<strong>do</strong> me levar ao passa<strong>do</strong>. Isto eu não sei, e nunca vou saber.<br />
61
Isa<strong>do</strong>ra Dias<br />
TELEVISÃO:<br />
Roberta era uma a<strong>do</strong>lescente normal, que a<strong>do</strong>rava assistir televisão. Conforme o<br />
tempo passava Roberta começava cada vez mais a não se <strong>de</strong>sgrudar da televisão, até que<br />
um dia era só o que a menina fazia.<br />
Sua mãe não conseguia mais falar com Roberta.<br />
-Filha, vem jantar! A mãe gritava.<br />
- Já vou mãe – e a noite se passava e a menina continuava na TV.<br />
62<br />
Certo dia, enquanto Roberta assistia TV, <strong>de</strong> repente, as luzes da casa começaram<br />
a apagar-se e num piscar <strong>de</strong> olhos, Roberta estava <strong>de</strong>ntro da televisão. Horas se<br />
passaram, e a menina não achava uma maneira <strong>de</strong> sair, quan<strong>do</strong> um pequeno raio surgiu<br />
e a explicou o que estava acontecen<strong>do</strong>, e que a menina só po<strong>de</strong>ria sair se parasse <strong>de</strong><br />
assistir TV.<br />
Ela então, concor<strong>do</strong>u e o pequeno raio a levou <strong>de</strong> volta para casa, on<strong>de</strong> a mãe <strong>de</strong><br />
Roberta a observava a<strong>do</strong>rmecida. A menina se acorda assustada e fala a sua mãe:<br />
-Acho que vou me <strong>de</strong>itar<br />
-Não vai mais assistir televisão? perguntou a mãe surpresa<br />
-Não, cansei <strong>de</strong>la!
Otávio Pereira<br />
ALGO DO ESPAÇO<br />
Era uma vez um menino chama<strong>do</strong> Lucas, que acreditava em alienígenas. Ao<br />
contrário da sua família, eles achavam que menino estava enlouquecen<strong>do</strong>, pois tinha<br />
esse pensamento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança, o quarto <strong>de</strong>le era cheio <strong>de</strong> brinque<strong>do</strong>s, to<strong>do</strong>s eram<br />
alienígenas <strong>de</strong> cores e tamanhos diferentes.<br />
63<br />
Até que a família <strong>de</strong>cidiu acampar na floresta, e, <strong>de</strong> repente, pousa uma nave<br />
alienígena e sai um menino com fisiologia humana e para enten<strong>de</strong>r a situação, eles<br />
<strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m convidar para ir a sua casa. No caminho, foi contan<strong>do</strong> o motivo <strong>de</strong>le ter vin<strong>do</strong><br />
para nosso planeta, chega<strong>do</strong> em casa foram feitos algumas perguntas, todas respondidas<br />
<strong>de</strong> maneiras estranhas, pois ele falou que ouvia com o bumbum, tinha 3 corações, etc.<br />
O menino viu uma coisa estranha com a aparência <strong>de</strong> um relógio no pulso e<br />
perguntou para que servia. O ET falou que tinha mais <strong>de</strong> mil funções, podia mudar a<br />
aparência, enviar mensagens, etc, mas tinha como ver as horas.<br />
O alienígena perguntou se ele podia ficar ali, respon<strong>de</strong>ram que sim, mas tinha<br />
alguns acor<strong>do</strong>s como: ter que ir à escola, usar sempre o disfarce e nunca usar suas<br />
habilida<strong>de</strong>s. Lucas falou o que ele teria que fazer lá para que não <strong>de</strong>sse nada erra<strong>do</strong>. Na<br />
volta falou que gostou <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>sse planeta, porque é dividi<strong>do</strong> as coisas<br />
que teriam que apren<strong>de</strong>r.<br />
Passaram alguns meses até que o seu aparelho parou <strong>de</strong> funcionar e mostrou sua<br />
verda<strong>de</strong>ira forma, e era crianças com me<strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescentes ligan<strong>do</strong> para seus pais e<br />
familiares e veio vários tipos <strong>de</strong> empresas anti-alienígena atrás <strong>de</strong>le.<br />
Foram para a casa conversar com a família e que teriam <strong>de</strong> levar ele para a<br />
floresta pegar sua nave novamente. No caminho, foi dizen<strong>do</strong> que estava agra<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> por<br />
tu<strong>do</strong> e que sentiria sauda<strong>de</strong> <strong>de</strong>les também. E firam a nave <strong>de</strong>le sumir no céu claro.
Gustavo Harttleben<br />
A DOUTORA ORTOPEDISTA<br />
Carla Torres estava sen<strong>do</strong> acusada por um ex-paciente que a mesma tinha<br />
cuida<strong>do</strong> há alguns meses atrás. Jacob Rutherford foi um paciente que tinha um tumor<br />
nas 2 pernas que, posteriormente, iriam ser amputadas pela Dra.Torres. A mesma tinha<br />
um pl<strong>ano</strong> para tratar as pernas <strong>do</strong> paciente , entretanto no meio da cirurgia teve que<br />
optar pela amputação <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao estágio avança<strong>do</strong> <strong>do</strong> tumor.<br />
64<br />
O pl<strong>ano</strong> da Dra.Torres era retirar o osso em que o tumor tinha se estabeleci<strong>do</strong><br />
nas 2 pernas e ressecar ele externamente, mas a <strong>do</strong>utora não previa uma coisa. O tumor<br />
já tinha se torna<strong>do</strong> necrótico e estava instala<strong>do</strong> no músculo <strong>de</strong> Jacob, consumin<strong>do</strong>-o <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ntro pra fora. A <strong>do</strong>utora sabia que as pernas <strong>de</strong>le não tinham mais chance então ela<br />
<strong>de</strong>cidiu amputar ambas as pernas.<br />
A médica não imagina, contu<strong>do</strong>, que o paciente ficaria tão <strong>de</strong>cepciona<strong>do</strong> e<br />
enfureci<strong>do</strong> com a <strong>de</strong>cisão tomada. Jacob era corre<strong>do</strong>r olímpico e isso significava que<br />
sua carreira havia, infelizmente, acaba<strong>do</strong>. O paciente ficou tão abala<strong>do</strong> com esse<br />
acontecimento que teve <strong>de</strong>pressão e crises existenciais por um bom perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo, e,<br />
após recuperar-se disso tu<strong>do</strong> ele entrou com um processo por <strong>do</strong>nos morais e físicos<br />
contras Dra. Torres<br />
Durante o julgamento, o advoga<strong>do</strong> <strong>de</strong> Jacob entrevistou o <strong>do</strong>utor Ricar<strong>do</strong>, chefe<br />
<strong>de</strong> cirurgia <strong>do</strong> hospital e to<strong>do</strong>s os integrantes <strong>do</strong> conselho <strong>do</strong> hospital. A juíza <strong>do</strong> caso<br />
<strong>de</strong> Jacob consi<strong>de</strong>rou a réu inocente, pois, mesmo com uma <strong>de</strong>cisão precipitada, ela agiu<br />
para salvar a vida <strong>de</strong> Jacob. Logo após a juíza dar essa informação a Dra.Torres falou<br />
para Jacob:<br />
-Jacob, eu sei que você não vai mais po<strong>de</strong>r praticar nenhum esporte como você<br />
praticava antes, mas o que eu quero que você saiba é que eu fiz tu<strong>do</strong>, literalmente, tu<strong>do</strong>
pra não amputar suas ambas pernas. Jamais teria feito isso se tivesse ti<strong>do</strong> outra escolha,<br />
mas, infelizmente, não havia.<br />
-Dra.Torres e Jacob saíram choran<strong>do</strong> <strong>do</strong> tribunal.<br />
Eugênio Costa<br />
UMA VIAGEM ESTRANHA.<br />
65<br />
Estava viajan<strong>do</strong> para o Rio De Janeiro com minha família. No avião, notei que<br />
tinha um cara meio estranho que parecia estar me encaran<strong>do</strong>. Desembarcan<strong>do</strong>, ele<br />
começa a nos seguir eu penso em tentar parar um pouco e falo que estou com fome. Nós<br />
paramos e comemos algo e, logo em seguida, o mesmo cara atrás <strong>de</strong> nós novamente.<br />
Falo para os meus pais que ele parece estar nos seguin<strong>do</strong>. Chamo a polícia <strong>do</strong> aeroporto<br />
para que olhe o que po<strong>de</strong> estar acontecen<strong>do</strong>.<br />
O policial chega até ele e fala algo, ficamos alivia<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>cidimos ir alugar um<br />
carro para conhecer a cida<strong>de</strong>. Quan<strong>do</strong> estávamos no meio da cida<strong>de</strong> aquele mesmo<br />
homem atrás <strong>de</strong> nós e, <strong>de</strong>ssa vez, não tínhamos saída. O homem bate na janela <strong>do</strong> carro<br />
e fala que é um sequestro e que <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>ixá-lo entrar.<br />
Nesse momento, chega a polícia e o policial o pren<strong>de</strong> e nos pergunta o que<br />
estava acontecen<strong>do</strong>. Explicamos tu<strong>do</strong> que aconteceu e o homem é leva<strong>do</strong>. Continuamos<br />
a viagem normalmente até voltarmos para casa, mas até hoje não sabemos o porquê e<br />
como aquele homem nos seguiu e nos encontrou.
Gustavo Estivalet<br />
O SUPERMODERNO PARQUE<br />
Hoje, eu e minha família fomos ao novo e supermo<strong>de</strong>rno parque <strong>de</strong> diversões em<br />
nossa cida<strong>de</strong>. Li muitas coisas positivas sobre o lançamento <strong>de</strong> um novo brinque<strong>do</strong> que<br />
eu estava esperan<strong>do</strong> a meses. Logo quan<strong>do</strong> cheguei no parque, fui direto no novo<br />
brinque<strong>do</strong>, mas a fila estava enorme. Fiquei chatea<strong>do</strong>, mas mesmo assim fui aproveitar<br />
os outros entretenimentos com a esperança <strong>de</strong> que a fila diminuísse.<br />
66<br />
Então, no final da tar<strong>de</strong> o brinque<strong>do</strong> estava com meta<strong>de</strong> da fila reduzida, ainda <strong>de</strong>morou<br />
mais trinta minutos e até que enfim eu consegui ir no brinque<strong>do</strong>, e não era tão legal<br />
quanto eu esperava.
Renzo Batistti<br />
BRANCA DE NEVE<br />
Uma bruxa perguntou para seu espelho mágico, quem era a mulher mais bela <strong>de</strong><br />
to<strong>do</strong> o reino, e o espelho respon<strong>de</strong>u que a Branca De Neve era a mais bela, então a<br />
bruxa faz um pl<strong>ano</strong> para matá-la. Depois <strong>de</strong> um tempo, a Branca De Neve vai até a casa<br />
<strong>do</strong>s sete anões, e fica lá por um pouco, mas, a bruxa sabe disso, e vai pra lá para<br />
conseguir executar o seu pl<strong>ano</strong>.<br />
67<br />
A Bruxa vai até a casa <strong>do</strong>s anões, bate na porta, fala com a Branca De Neve e dá<br />
uma maçã envenenada para ela, e ela come e <strong>de</strong>smaia, esperan<strong>do</strong> um beijo <strong>do</strong> seu amor<br />
verda<strong>de</strong>iro para acordar.<br />
Um Príncipe consegue salvá-la com um beijo e os <strong>do</strong>is vivem felizes para<br />
sempre longe da bruxa.
Felipe Vargas<br />
APENAS MÁGOAS<br />
Rick era um menino triste e medroso, pois tinha perdi<strong>do</strong> sua mãe com 10 <strong>ano</strong>s,<br />
ela morreu <strong>de</strong> tuberculose. Então Rick só tinha o seu pai que tinha 53 <strong>ano</strong>s e o seu<br />
melhor amigo Paul <strong>de</strong> 15 <strong>ano</strong>s, ele era seu vizinho. Rick tinha 16 <strong>ano</strong>s, era muito<br />
estudioso, mas não era forte fisicamente. Em 30 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1914, ele foi convoca<strong>do</strong><br />
para o exército junto com Paul, eles estavam com me<strong>do</strong> tentaram fugir, mas foram<br />
pegos e como punição mataram o pai <strong>de</strong> Rick.<br />
68<br />
Em 3 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1914, eles foram para a guerra estavam em uma trincheira,<br />
que acabou por ser invadida, mesmo com me<strong>do</strong> resolveram continuar lutan<strong>do</strong>, só que<br />
Paul leva um tiro e acaba morren<strong>do</strong>. Rick entrou em <strong>de</strong>sespero e começou a chorar e<br />
notou que havia perdi<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sua volta.<br />
A guerra acaba em 1918, Rick ainda vivo, mas cansa<strong>do</strong> <strong>de</strong> ver pessoas<br />
morrerem, ele só queria voltar para casa e ter uma vida normal sem mortes, sangue e<br />
lágrimas. Quan<strong>do</strong> chega em casa tem uma surpresa seu tio Kevin e sua tia Mary estão lá<br />
para ajudá-lo financeiramente e psicologicamente. Rick em busca <strong>de</strong> um emprego<br />
voltou a estudar tinha o sonho <strong>de</strong> ser médico, ele sempre teve vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajudar as<br />
pessoas um <strong>do</strong>s motivos <strong>de</strong> ter incentiva<strong>do</strong> ele a querer ser médico foi a morte <strong>de</strong> sua<br />
mãe.<br />
O tempo passou e Rick tinha constituí<strong>do</strong> uma família, sua esposa Anne e seu<br />
filho Bruce. Rick se tornou o médico que sonhava e atendia o melhor hospital da cida<strong>de</strong>,<br />
seus tios viram que ele estava in<strong>do</strong> bem então resolveram parar <strong>de</strong> ajudá-lo e to<strong>do</strong>s os<br />
dia Rick ia no cemitério rezar para seus pais e seu melhor amigo. Ele acreditava que<br />
quan<strong>do</strong> um ente queri<strong>do</strong> morre ele vira seu anjo protetor tu<strong>do</strong> que acontecia <strong>de</strong> bom era<br />
por causa <strong>do</strong>s anjos que nos cuidam
Giord<strong>ano</strong> <strong>de</strong> Souza<br />
CHAPEUZINHO VERMELHO<br />
Era uma vez uma menina apelidada <strong>de</strong> Chapeuzinho vermelho. Um dia sua mãe<br />
pediu que ela levasse <strong>do</strong>ces para sua avó, alertou para não ir pela floresta. Chapeuzinho,<br />
como era muito <strong>de</strong>sobediente, não escutou sua mãe e foi pela floresta. No meio <strong>do</strong><br />
caminho encontrou o lobo mal e começou a conversar com ele:<br />
-On<strong>de</strong> você vai linda menina?<br />
-Vou à casa da minha avó levar esses <strong>do</strong>ces para ela.<br />
69<br />
-Certo, cuida<strong>do</strong> com a floresta pois ela é muito perigosa.<br />
-Eu sei senhor lobo, mas eu não tenho me<strong>do</strong><br />
Depois disso, o lobo an<strong>do</strong>u o mais rápi<strong>do</strong> que pô<strong>de</strong>, chegou na casa da avó, comeu ela e<br />
se vestiu com suas roupas. Quan<strong>do</strong> a chapeuzinho chegou ela olhou o lobo e perguntou.<br />
-Nossa vovó para que essas orelhas tão gran<strong>de</strong>s?<br />
-São para te ouvir melhor.<br />
-E para que esses olhos tão gran<strong>de</strong>s?<br />
-São para te ver melhor<br />
-E para que essa boca tão gran<strong>de</strong>?<br />
-É para te comer.<br />
A Chapeuzinho saiu corren<strong>do</strong>, gritan<strong>do</strong> por socorro e encontrou um caça<strong>do</strong>r, que matou<br />
o lobo e tirou a vovó com vida <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da barriga <strong>do</strong> lobo. No final, to<strong>do</strong>s viveram<br />
felizes pra sempre
Julia Lemons<br />
O CORAÇÃO DE LATA<br />
James era um menino robô, porém, tinha aparência humana. Tinha pele morena,<br />
cabelo castanho e olhos ver<strong>de</strong>s. Des<strong>de</strong> que entrou no colégio Nova York Stadual<br />
School, se apaixonou por Annie, uma menina da sua sala. Ela tinha olhos azuis, cabelo<br />
castanho e pele morena. Como James era um robô, seu coração era <strong>de</strong> lata, porém sentia<br />
alguma coisa especial por Annie.<br />
70<br />
Esse <strong>ano</strong>, eles iriam se formar, e como é tradição da escola, após a formatura<br />
ocorrerá o baile. James está muito ansioso, pois vai convidar Annie para ser seu par para<br />
o baile. Ele convida Annie e ela aceita. Quan<strong>do</strong> ele a vê pronta, se apaixona mais ainda.<br />
Ela estava encanta<strong>do</strong>ra. Depois <strong>de</strong> várias danças, James e Annie se aproximam ainda<br />
mais, e se beijam. Os <strong>do</strong>is continuam dançan<strong>do</strong>, e começam a se <strong>de</strong>clarar um para o<br />
outro. Após muitos <strong>ano</strong>s juntos, James pe<strong>de</strong> Annie em casamento, e logo após eles irão<br />
morar na Islândia. Mesmo ten<strong>do</strong> um coração <strong>de</strong> lata e ser um menino robô, James<br />
conseguiu seu final feliz
Bárbara Hoewell<br />
BEM-VINDO A VIDA REAL...OU NÃO<br />
Hoje, ele acor<strong>do</strong>u <strong>do</strong> mesmo jeito que ontem, e antes <strong>de</strong> ontem, como acorda<br />
to<strong>do</strong>s os dias. Foi para a escola e fez tu<strong>do</strong> como sempre faz. Ele, é um menino <strong>de</strong> treze<br />
<strong>ano</strong>s, está na sétima série. Breaking Bad! Sim, sério <strong>de</strong> seria<strong>do</strong>, pois para Barnar<strong>do</strong> é só<br />
isso que importa.<br />
Eu sou o Miguel. Irmão <strong>de</strong>sse maníaco, e estou cansa<strong>do</strong> <strong>de</strong> ver ele <strong>de</strong>screver o dia <strong>de</strong>le<br />
assim:<br />
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- Hoje foi um dia incrível! O Carl levou um tiro no olho, foi o <strong>de</strong>sgraça<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ron. Se eu<br />
chegasse perto <strong>de</strong>le...o matava <strong>de</strong> novo!<br />
-Bê, mas tu não viu esse episódio outras vezes? Tu já viu The Walking Dead?<br />
-Sim! Demora a lançar episódios novos, sabia? Então estou reven<strong>do</strong> a série toda pela<br />
quarta vez.<br />
No início não <strong>de</strong>i bola, pois assim ele não me enchia o saco, mas não dá mais. A<br />
verda<strong>de</strong> é que o meu irmãozinho tem me<strong>do</strong> <strong>de</strong> viver. O Bernar<strong>do</strong> como a maioria <strong>do</strong>s<br />
meninos da sua ida<strong>de</strong>, se priva da vida, é infantil <strong>de</strong>mais para enfrentar o que a vida tem<br />
pela frente. Na verda<strong>de</strong>, acho que quase todas as pessoas são assim, minha vó vive as<br />
novelas da Globo, meu pai vive seu trabalho e minha mãe os romances da Jojo Moyes.<br />
A pergunta é:"O que será <strong>de</strong> mim?".<br />
Então gente, esse foi o ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong> hoje. Não esqueça <strong>de</strong> se inscrever no canal e <strong>de</strong>ixar o<br />
seu gostei. Tchau!
Laura Martins<br />
Caroline acor<strong>do</strong>u e olhou para o relógio, viu que ainda era ce<strong>do</strong> e <strong>de</strong>cidiu ler as<br />
notícias em seu computa<strong>do</strong>r. Ela sempre foi uma menina alegre e positiva, com seus<br />
cabelos longos e escuros, espalha sorrisos por on<strong>de</strong> passa. Com uma inteligência e um<br />
raciocínio <strong>de</strong> dar inveja, com seu um metro e sessenta <strong>de</strong> muita valentia e sensibilida<strong>de</strong><br />
ao mesmo tempo não <strong>de</strong>ixava "barato", <strong>de</strong>volvia tu<strong>do</strong> na "mesma moeda". Tinha tanta<br />
graciosida<strong>de</strong> e tanta força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> que levantava o mun<strong>do</strong> sem "per<strong>de</strong>r a pose".<br />
Maria Cristina, sua mãe, estava na cozinha, preparan<strong>do</strong> o café da manhã, quan<strong>do</strong><br />
ouve passos rápi<strong>do</strong>s na escada e sua filha gritan<strong>do</strong>:<br />
72<br />
-Mãe! Estão sortean<strong>do</strong> uma bolsa para a nova E.F.I (Escola Futurística Internacional)<br />
que inaugurou na cida<strong>de</strong>, o teste é em duas semanas, quem tirar a melhor nota fica com<br />
a bolsa!<br />
- Que legal filha! É bom começar a estudar logo - disse a mãe sem criar muita<br />
expectativa - Mas se arrume logo para não se atrasar para sua atual escola.<br />
Caroline se arrumou, tomou café e saiu. Quan<strong>do</strong> chegou em casa foi direto para<br />
o quarto, estudar, e <strong>de</strong> lá só saía para ir ao banheiro, jantar e ir para escola. E pelos<br />
próximos 14 dias fez apenas isso, com exceção <strong>do</strong>s finais <strong>de</strong> semana em que ela tirava o<br />
dia para pesquisar mais sobre as matérias e a prova, assistir ví<strong>de</strong>o aulas e <strong>do</strong>rmir o<br />
mínimo necessário para sua ida<strong>de</strong>.<br />
Vinte dias se passaram e Caroline <strong>de</strong>scobriu que foi aprovada e ganhou a bolsa<br />
integral. Toda empolgada, ela foi para o seu primeiro dia <strong>de</strong> aula na nova escola. Já nos<br />
corre<strong>do</strong>res to<strong>do</strong>s a encaravam e comentavam sobre ela ser a ganha<strong>do</strong>ra da bolsa, alguns<br />
apenas sentem inveja <strong>de</strong> sua inteligência, outros a inferiorizavam por não ter condições<br />
financeiras para pagar os altos custos da escola. Na sala <strong>de</strong> aula, sentou na terceira<br />
classe da segunda fila. Quan<strong>do</strong> a professora chegou apresentou Caroline aos colegas,<br />
alguns lhe receberam bem, outros nem tanto.
Quan<strong>do</strong> chegou em casa disse á sua mãe:<br />
- A escola é muito legal, tem laboratórios enormes e super-atualiza<strong>do</strong>s e tecnológicos <strong>de</strong><br />
química, informática, biologia, física e robótica, na sala <strong>de</strong> aula a gente usa um Ipad<br />
conecta<strong>do</strong> a uma mesa com tecla<strong>do</strong> e <strong>de</strong>pois po<strong>de</strong>mos leva-lo para casa para fazer as<br />
lições, o único problema foi que algumas pessoas ficaram me olhan<strong>do</strong> estranho, mas eu<br />
amei a escola!<br />
-Que legal filha, mas não se esqueça: nunca ligue para a opinião <strong>do</strong>s outros, faça o que<br />
quiser e apenas seja você mesma, seja feliz e aproveite bem essa oportunida<strong>de</strong><br />
maravilhosa que você está ten<strong>do</strong>!<br />
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Kiani Gill<br />
NOITE DE FESTA<br />
Era noite <strong>de</strong> festa, estávamos eu e minha melhor amiga nos arruman<strong>do</strong> para o tão<br />
espera<strong>do</strong> evento. Embora, muito atrasa<strong>do</strong>s, ainda nos arrumávamos, o quarto estava<br />
uma ''zona''... Vesti<strong>do</strong> preto, lin<strong>do</strong>s sapatos, joias, maquiagem impecável que<br />
prepon<strong>de</strong>rava traços <strong>de</strong> cor preta: rímel, lápis, <strong>de</strong>linea<strong>do</strong>r. Na boca, um batom vermelho.<br />
Fomos para a festa e to<strong>do</strong>s estavam lá. nos divertimos muito, as fotos<br />
comprovam tamanha alegria. porém, na saída, tar<strong>de</strong> da noite, optamos por retornarmos<br />
caminhan<strong>do</strong> e o meio <strong>do</strong> caminho... um dilúvio. Entre a calçada e a rua, contornan<strong>do</strong> o<br />
cordão da calçada, uma poça d'água e um caminhão em nossa direção e...<br />
74<br />
Já imaginam o que aconteceu não é mesmo!? Sim, <strong>de</strong> princesas viramos panda.
Luiza Becker Martini<br />
UM GATO FELIZ, OU QUASE<br />
Era uma vez um gato feliz. Aos finais <strong>de</strong> semana, como os hum<strong>ano</strong>s chamam,<br />
ele tinha acesso à natureza, na fazenda <strong>do</strong> seu Antunes (tio <strong>de</strong> sua “<strong>do</strong>na”). Durante o<br />
resto da semana sua “<strong>do</strong>na” trabalhava parte da manhã e toda a tar<strong>de</strong>, mas os momentos<br />
que passavam juntos eram esplêndi<strong>do</strong>s. Eles liam juntos, assistiam Animal Planet,<br />
observavam pássaros e borboletas. A relação <strong>de</strong>les era diferente <strong>do</strong> convencional em<br />
vários aspectos. No quesito <strong>do</strong>no/<strong>do</strong>na, eles tinham um acor<strong>do</strong>: <strong>de</strong> que para os hum<strong>ano</strong>s<br />
ela era <strong>do</strong>na <strong>de</strong>le, já para os gatos, ele era <strong>do</strong>no <strong>de</strong>la. Eles viviam juntos em uma relação<br />
fraterna e respeitosa, realmente invejável.<br />
75<br />
No entanto, uma vez aconteceu algo muito estranho. Da noite para o dia, ela<br />
havia <strong>de</strong>sapareci<strong>do</strong>. Ele se sentia sozinho e estranhava aquela solidão repentina. Algo<br />
peculiar era o fato <strong>de</strong>la ter <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> mais comida e água <strong>do</strong> que o normal, e brinque<strong>do</strong>s<br />
espalha<strong>do</strong>s por aí, dan<strong>do</strong> a enten<strong>de</strong>r que <strong>de</strong> alguma forma ela tinha planeja<strong>do</strong> aquilo. Ele<br />
olhava pela janela e se sentia sozinho no universo. Parecia que ninguém além <strong>do</strong>s<br />
insetos se importava com sua existência. Porém, <strong>de</strong> repente, algo surpreen<strong>de</strong>nte<br />
aconteceu: ele ouviu um som que parecia ser o <strong>do</strong> carro <strong>de</strong> sua <strong>do</strong>na chegan<strong>do</strong>, na<br />
quadra <strong>de</strong> cima. Ele correu para a janela e a alegria foi instantânea ao constatar que era<br />
realmente o carro <strong>de</strong>la. Ela voltou com uma bagagem enorme: malas, sacolas, cestas,<br />
bugigangas <strong>de</strong> toda espécie.<br />
Foi quan<strong>do</strong> um cheiro chamou sua atenção. Era um o<strong>do</strong>r pareci<strong>do</strong> com o <strong>de</strong>le,<br />
mas, ao mesmo tempo, muito diferente. Sua <strong>do</strong>na havia trazi<strong>do</strong> alguém para dividir to<strong>do</strong><br />
o seu império. Era um gato siamês <strong>de</strong> olhos azuis brilhantes, bebê.
Giulia B. Wal<strong>de</strong>marin<br />
A PERGUNTA IMORTAL<br />
Em uma época passada ou futura, existia uma fênix, que sem a possibilida<strong>de</strong> da<br />
morte, era visto como o ser mais belo e sábio que já existiu. A fênix, compa<strong>de</strong>cida pela<br />
ignorância <strong>do</strong>s hum<strong>ano</strong>s – e sua própria- espalhou o boato <strong>de</strong> que respon<strong>de</strong>ria uma<br />
pergunta em troca <strong>de</strong> uma resposta.<br />
76<br />
E assim foi, por muito tempo. A maioria das pessoas duvidava <strong>de</strong> que ela fosse<br />
real. Como um ser tão gran<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>roso po<strong>de</strong>ria dar alguma importância para os<br />
insetos? Aqueles que a procuravam eram tacha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> loucos, mas em sua gran<strong>de</strong> parte<br />
eram <strong>de</strong>sespera<strong>do</strong>s, incompreendi<strong>do</strong>s que não compreendiam das mais variadas coisas.<br />
No entanto, claro, ainda havia aqueles que a veneravam, aqueles que a temiam, quem a<br />
odiasse e quem só queria vê-la para provar um ponto – geralmente para si mesmo.<br />
As perguntas eram tão variadas quanto as próprias pessoas, mas a da fênix era<br />
sempre a mesma. Porém, um dia, houve uma pequena mudança. Em um lugar e tempo<br />
distantes, em um monte razoavelmente alto, aparentemente sem algo especial – se é que<br />
algo po<strong>de</strong> não ser especial -, <strong>de</strong>scansava a fênix. E uma pessoa, não importa quem,<br />
assolada pela dúvida, procurou-a, a achan<strong>do</strong> naquele momento em sua frente, e lhe<br />
pediu uma resposta:<br />
- O que há, quan<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> acabar?<br />
- O fim. – respon<strong>de</strong>u a fênix – Porque espera que eu saiba?<br />
- É o ser mais grandioso que existe. Nós não sabemos, e queremos uma resposta.<br />
- Se tem em tão alta conta assim? – perguntou, zombeteira e pensativa – Gostaria <strong>de</strong><br />
saber tanto quanto você, gostaria <strong>de</strong> saber muitas coisas. Mas para viver, não po<strong>de</strong>mos<br />
saber sobre a morte.
- Então, o que temos <strong>de</strong> fazer, ao viver?<br />
- Viver. _ respon<strong>de</strong>u a fênix.<br />
- Não, já estamos vivos! Sempre estamos <strong>de</strong>sejan<strong>do</strong> a morte, sempre estamos sen<strong>do</strong><br />
castiga<strong>do</strong>s pela severida<strong>de</strong> da vida, ou sua própria bonda<strong>de</strong>, então, o que temos para<br />
fazer aqui além <strong>de</strong> viver? Morrer? – indagou-lhe a pessoa.<br />
- Enquanto vivemos, <strong>de</strong>vemos achar um senti<strong>do</strong> para viver, ou seremos totalmente...<br />
nada. Seremos, um dia, apenas um cadáver sem consciência, mas até lá, precisamos ser<br />
apenas algo para nós. – a fênix parou, observan<strong>do</strong> cautelosamente a pessoa – Porque as<br />
perguntas? Não é mais simples você achar uma resposta? - perguntou-lhe a fênix sem a<br />
menor curiosida<strong>de</strong>. Já não se impressionava facilmente.<br />
A pessoa suspirou, cansada, olhou para os olhos da fênix e disse:<br />
- Porque percebi, duramente, que não sou nada.<br />
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Pedro Gentil<br />
UMA HISTÓRIA FORA DO PADRÃO<br />
Em uma escola, na rocinha <strong>do</strong> Acre, haviam <strong>do</strong>is dinossauros. Eles eram muito espertos<br />
e gostavam também <strong>de</strong> saber sobre as coisas além <strong>de</strong> jogarem frisbee. Uma das coisas<br />
que eles mais queriam saber, era o porquê eles eram os últimos da sua espécie a habitar<br />
o planeta Terra. Richard, o Dilofossauro, é muito curioso então, perguntou a seu<br />
professor:<br />
- Quero saber por que, nós somos os últimos da nossa espécie? Disse com os olhos<br />
lacrimejan<strong>do</strong>.<br />
Porém, Rex um Triceratopo muito esperto e valente retrucou:<br />
- É porque somos espertos e mais resistentes que os dinossauros normais. Meus pais<br />
eram um T-rex e uma Triceratopa.<br />
78<br />
O professor era um hum<strong>ano</strong> e seu nome era Douglas, ele era tão esperto quanto<br />
os dinossauros e meio curioso, geralmente, perguntava o que havia aconteci<strong>do</strong> com os<br />
parentes <strong>de</strong> seus alunos e como eles se sentiam saben<strong>do</strong> que era os últimos <strong>de</strong> sua<br />
espécie. Às vezes, parecia que ele estava fazen<strong>do</strong> um trabalho científico.<br />
Um dia o professor chegou para os dinossauros virou-se e falou:<br />
- Hoje eu irei contar o que aconteceu com o resto <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, mas, antes<br />
prometam-me que não ficarão ira<strong>do</strong>s e por consequência, <strong>de</strong>struirão o resto da rocinha.<br />
Eles disseram:<br />
- Prometemos isso a você, pois, tu foi quem nos criou, <strong>de</strong>u valores, e nos ensinou como<br />
se fossemos hum<strong>ano</strong>s. Você nos uniformizou com o resto da humanida<strong>de</strong> que avistaram<br />
a cesta <strong>de</strong> ovos gigante que queriam fazer <strong>de</strong> nós omelete. Assim, po<strong>de</strong>mos concluir que<br />
você é como um pai para nós, mesmo saben<strong>do</strong> que nós éramos dinossauros.<br />
O homem olhou para seu bebês dinossauros e falou:<br />
- Nunca escutei algo tão bonito. Bom, mas voltan<strong>do</strong> ao assunto, naquela época caiu um<br />
meteoro tão gran<strong>de</strong> que extinguiu to<strong>do</strong>s os dinossauros.<br />
De repente luzes saíam <strong>do</strong> céu, e eram círculos que flutuavam em cima das suas<br />
cabeças. Mas, aí um <strong>de</strong>sses discos pousou e a porta abriu-se, e começou a sair fumaças.<br />
O povo da rocinha <strong>de</strong>slocou-se aglomeran<strong>do</strong>, mais ou menos, umas mil pessoas para ver<br />
o que estava acontecen<strong>do</strong>. De repente, abre-se uma porta, uma luz forte está sain<strong>do</strong> <strong>do</strong>
objeto voa<strong>do</strong>r, saíram seres pareci<strong>do</strong>s com os dinossauros mas eles tinham uma roupa<br />
“mo<strong>de</strong>rna” cheia <strong>de</strong> luzes piscan<strong>do</strong>, parecia com o Darth Va<strong>de</strong>r, mas era para eles<br />
respirarem, pois, quan<strong>do</strong> perceberam que era oxigênio e não gás toxico a máscara que<br />
os tampava saiu e eram dinossauros espaciais quan<strong>do</strong> viram os <strong>do</strong>is bebês dinossauros<br />
falaram:<br />
- Não posso acreditar o que meus olhos estão ven<strong>do</strong>. Falou choran<strong>do</strong>.<br />
Para nossa surpresa era um T-Rex e uma Triceratopa, os pais <strong>do</strong>s bebês, eles<br />
entraram em uma espaço nave e perceberam que haviam vários dinossauros lá, então os<br />
pequenos perguntaram:<br />
- Como vocês sobreviveram ao meteoro?<br />
Seu pai respon<strong>de</strong>u:<br />
- Nós já sabíamos que vinha um meteoro, assim que soubemos pegamos toda nossa<br />
tecnologia e fugimos em naves divididas por setores <strong>de</strong> 1 a 30. Cada setor tem seu<br />
“planeta base”, on<strong>de</strong> lá são estabelecidas espécies que seguem suas vidas.<br />
Caso queiram, po<strong>de</strong>rão visitar cada setor em questões <strong>de</strong> segun<strong>do</strong>s, pois, nós<br />
fomos a primeira raça <strong>de</strong> seres vivos a <strong>de</strong>scobrir o tele transporte, essa maravilha.<br />
79<br />
O filho caçula perguntou:<br />
- Como assim “primeira raça”? Mais seres vivos que não sejam os hum<strong>ano</strong>s e<br />
dinossauros?<br />
A mãe retrucou:<br />
- Se existisse só essas raças, nós, seriamos os impera<strong>do</strong>res <strong>do</strong> universo inteiro! Mas,<br />
uma pergunta que não quer calar, vocês querem ficar ou ir conosco?<br />
Disseram os <strong>do</strong>is bebes:<br />
- Queremos ir com vocês, mas, só com uma condição... se eu po<strong>de</strong>r levar o Douglas e<br />
sua esposa?! Está tu<strong>do</strong> bem para vocês?<br />
- Claro! Respon<strong>de</strong>ram os pais.<br />
Douglas falou:<br />
- E, se eu precisar <strong>de</strong> algo na Terra?<br />
- Você usa o tele transporte. Respon<strong>de</strong>u os pais <strong>do</strong>s bebês.<br />
Assim que aconteceu. Douglas <strong>de</strong>u aula para dinossauros e hum<strong>ano</strong>s, os bebês<br />
agora tem <strong>do</strong>is pais, e to<strong>do</strong>s ficaram felizes.
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