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O jeito de consumir<br />
música mudou<br />
O século XXI trouxe muitas mudanças, a forma de consumir música é uma delas.<br />
As primeiras décadas do ano 2000 são marcadas por uma transformação gigantesca em<br />
todas as áreas, a cultura não ficaria de fora. Dos Lp’s, fitas k7, fitas vhs, aos CD’s, DVD’s, pen<br />
drive até os streaming, é a popularização da internet. São as décadas das diversidades de<br />
estilos, preferências e de dar voz a setores excluídos da sociedade.<br />
Spotify, Deezer, Youtube, Netflix são plataformas que hoje hospedam músicas, séries,<br />
filmes, documentários e disseminam a cultura pelo mundo. A época é para além dos filmes,<br />
séries, é a época do documentário amador, independente e de uma nova modalidade<br />
cinematográfica, a dos jogadores de jogos online transmitidos em tempo real ou gravados<br />
para consumo posterior.<br />
O ano é 2016 e manchetes nas páginas dos cadernos culturais dizem: “Mudança no critério<br />
do disco de ouro e platina”, “Discos de ouro e de platina passam a levar em conta streaming<br />
de música”. É que as premiações que selavam os artistas que mais vendiam já não funcionava<br />
mais, desde que a pirataria tomou conta do mercado fonográfico. O novo jeito de premiar<br />
deveria mudar, agora precisava levar em conta a quantidade de visualização, audição nas<br />
plataformas digitais.<br />
Desde 1º de fevereiro de 2016 a Associação da Indústria fonográfica dos Estados Unidos (RIAA)<br />
adotava o modelo que seria seguido pelo mundo como forma de avaliar a popularidade<br />
do artista. Apesar da mudança em 2016, desde 2013 a associação já analisava o streaming<br />
para certificar as vendas de um título, mas ficava de fora os álbums. A classificação para a<br />
semanal da “Billboard” já levava em consideração o streaming desde 2014.<br />
Com essa mudança, o lendário álbum “Thriller” de Michael Jackson já consagrado trinta<br />
vezes com um disco de ouro nos Estados Unidos, passou para 32 discos de ouro na inclusão<br />
de streaming no sistema de cálculo. Apesar da RIAA só levar em conta as vendas dos Estados<br />
Unidos, ela serve de base e inspira outras associações pelo mundo.<br />
Esta nova forma de consumir cultura muda tudo, o artista hoje, mais do antes, precisa<br />
investir em shows e outros produtos, já que a renda com vendas de discos minguaram. As<br />
gravadoras e os selos hojem repensam seus papéis e assumem novas funções. Assessorar<br />
os artistas e outras tarefas antes ignoradas pelas gravadoras, ganham lugar.<br />
Se estamos falando no streaming, na contabilização das exibições, precisamos falar de<br />
outro marco, o clipe do cantor sul-coreano Psy lançado em 2012, ultrapassou a marca de<br />
visualizações na plataforma Youtube e fez a Google, dono do site, pensar numa nova forma