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GAZETA DIARIO 440

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06 Opinião<br />

Foz do Iguaçu, quinta-feira, 23 de novembro de 2017<br />

Epidemia<br />

A constatação de que há mais de<br />

800 cães com leishmaniose confirmada<br />

em Foz só neste ano é um dado muito<br />

temerário. Foi o CCZ quem divulgou a<br />

informação, que é "alarmante", conforme<br />

matéria publicada ontem neste jornal.<br />

285 desses pobres animais tiveram<br />

de enfrentar a eutanásia. Uma tristeza.<br />

Tantos animais nas ruas e doentes nos<br />

faz pensar no perigo de um surto de raiva.<br />

A população de cães e gatos espalhados<br />

nas ruas está fora de controle. A<br />

prefeitura precisa encampar urgentemente<br />

uma política para lidar com o tema,<br />

antes que ele fuja do controle. Segundo<br />

estudo divulgado na reportagem do Gazeta<br />

Diário, Foz tem cerca de 60 mil<br />

cães, e 12 mil estariam com a doença.<br />

Famintos<br />

E dá dó ver os cachorrinhos perdidos.<br />

É de chorar. Os pobrezinhos, desorientados,<br />

correm de um lado a outro,<br />

reviram sacos de lixo e, em muitos casos,<br />

são atropelados, pois não sabem o<br />

que é o trânsito; muitos foram criados<br />

dentro de casa, no conforto, até os donos<br />

se cansarem e praticarem essa crueldade<br />

que é abandonar os bichinhos.<br />

2,5 bilhões<br />

Muitas pessoas não possuem a dimensão<br />

da marca que foi atingida por<br />

Itaipu. É que os números lá são sempre<br />

tão grandes que a notícia sobre a produção<br />

acumulada de 2,5 bilhões parece<br />

coisa comum. Para se ter ideia, conforme<br />

a capa da edição de ontem, essa<br />

energia iluminaria o Brasil por mais de<br />

cinco anos; a Argentina, durante 19 anos;<br />

e o nosso afortunado sócio, por mais de<br />

176 anos! Entre outras, pelo fato de vender<br />

a energia é que se tem a dimensão<br />

do quanto foi bom o negócio para o<br />

Paraguai. Nossos parabéns ao parceiro,<br />

um país que está convertendo-se no<br />

centro dos negócios da América do Sul.<br />

O Paraguai é hoje um porto seguro para<br />

investimentos.<br />

Conciliação<br />

Tomara que o MPF e o município<br />

consigam entrar num acordo na audiência<br />

que acontecerá na Justiça Federal.<br />

O fato é que a prefeitura terá de<br />

apresentar pelo menos um projeto para<br />

acolher os dependentes químicos.<br />

Imagina a saia-justa, hein seu Chico!<br />

Mas é conversando que surgem as<br />

soluções e os entendimentos.<br />

Câmara quer<br />

saber...<br />

Enquanto pode ocorrer o<br />

armistício na Justiça entre MPF e prefeitura,<br />

o presidente do Legislativo,<br />

Rogério Quadros, entra no caldo e<br />

quer explicações. Pode ser uma forma<br />

de ajudar na solução do problema,<br />

ou pelo acompanhar a complexidade<br />

das coisas. Haja complexidade<br />

no gesso em que a prefeitura já está<br />

desde o início do governo. Se já é<br />

difícil administrar em períodos de normalidade,<br />

imagina agora depois do<br />

"furacão" Reni.<br />

Explicação<br />

Alguém andou usando "falsas"<br />

palavras e mencionou que elas foram<br />

proferidas por magistrados. Quer dizer,<br />

colocaram asneiras no ar, como<br />

fosse da boca de juízes. E há quem<br />

queira saber se isso é verdade. Segundo<br />

contaram para este Corvo, está<br />

para ser expedido, de ofício, um "pedido<br />

de explicações" muito duro de<br />

ser explicado. Oh dó do mancebo que<br />

causou a trapalhada! Que coisa, hein?<br />

Se houvesse um manicômio municipal,<br />

um leito já estaria antecipadamente<br />

ocupado.<br />

Loucuras<br />

Do mesmo jeito que o MPF está<br />

cobrando as unidades para tratar dependentes<br />

químicos, pode cobrar a construção<br />

de um manicômio, pois demanda<br />

é o que aparentemente não falta.<br />

Pesca entre casais<br />

Pois então Corvo, isso de marido dizer que vai sair para pescar e<br />

tentar escapar da esposa não cola mais. O ICLI inovou com o campeonato<br />

de "pesca entre casais". O cabra vai para a pescaria mas tem de levar a<br />

patroa. É a oitava edição do evento e acontece neste dia 26 de novembro.<br />

VAK<br />

O Corvo responde: pois então, acabou-se a mentira sobre pescaria<br />

também, porque o pescador que costuma chegar com peixe<br />

comprado vai ter de fisgar alguns de verdade.<br />

Lembranças<br />

Corvo, vi a manifestação do seu confrade Rogério<br />

Bonato no púlpito da Câmara. Achei a fala muito boa e<br />

interessante. Longe de ser um discurso, ele lembrou os<br />

amigos; entre eles o nosso querido e inesquecível<br />

"Dudu". Eu colocaria o Eduardo Constantinópolos, apesar<br />

da irreverência, como um boa-praça, um dos caras<br />

mais geniais e de humor elevado que eu conheci em<br />

toda a minha vida. Só não dava pra fazer negócio com<br />

ele, no mais era um bom papo, conhecedor da música<br />

e da vida. Bonato também lembrou o Antonio Cirillo e a<br />

dona Rosa. Para quem não sabe ou não se recorda,<br />

foi na noite em que recebeu o título de Cidadã Honorária<br />

de Foz que a dona Rosa sofreu um acidente ao<br />

voltar para casa. Não se recuperou e foi rápido até a<br />

sua despedida. Ao citar tanta gente, e com tanto carinho,<br />

Bonato mostra conhecimento sobre as raízes da<br />

cidade, das quais faz parte contemporaneamente. Boas<br />

e gentis palavras.<br />

Ronaldo B. W. Baptista<br />

O Corvo responde: sim, as palavras foram generosas,<br />

e ele fez questão de dividir a honraria com<br />

os amigos, o que foi muito bacana. E é verdade, tudo<br />

o que se faz é, de certa forma, dividido e assumido<br />

pelas pessoas; não haveria Feira do Livro sem público,<br />

nem jornais sem leitores; não existiria televisão<br />

sem telespectadores; e rádio, sem ouvintes; não haveria<br />

a Canja do Galo Inácio sem as entidades, nem<br />

o Festival do Humor caso os cartunistas de todo o<br />

mundo não abraçassem a ideia. De fato o Bonato<br />

tem razão em dividir a honraria com os amigos. Na<br />

foto, ele exibe o título de Cidadão Honorário com o<br />

amigo Elson Marques. Esses dois têm muitas histórias<br />

para serem contadas.<br />

Gasolina<br />

Prezado senhor Corvo, fui ao Paraguai e abasteci o meu<br />

carango. Enchi de gasolina até derramar porque o preço é muito<br />

atrativo. Saí do posto praguejando contra o governo brasileiro e os<br />

distribuidores de combustível. Não é possível que sejamos<br />

autossuficientes em petróleo e a nossa gasolina seja uma das mais<br />

caras do mundo. Mas Corvo, mal passei a ponte, o meu carro<br />

começou a dar umas "tossidas", "tossiu", "tossiu" até que parou.<br />

Não teve jeito, tive de colocar em cima de um guincho. O mecânico<br />

levou um dois dias para fazer o diagnóstico, e enquanto isso gastei<br />

com o táxi. Depois veio a conta e uma porção de peças substituídas.<br />

Corvo, sem brincadeira, ele me mostrou a maçaroca que a gasolina<br />

paraguaia causou no meu tanque e na injeção do automóvel.<br />

Nunca mais, que droga, não pensei que fosse tão complicado abastecer<br />

fora do país.<br />

Valter Durval Benício<br />

O Corvo responde: viu só? Certa ocasião o Corvo mencionou<br />

algo assim e quase apanhou na rua do povo que vai abastecer<br />

no Paraguai e Argentina. O que adianta a gasolina ser mais<br />

barata e mais forte, se os postos não fazem manutenção adequada<br />

nas bombas e tanques? E este Corvo teve um problema<br />

semelhante e também pagou caro. Economizamos na gasolina e<br />

gastamos no mecânico. E no caso do Corvo foi pior porque a<br />

confusão aconteceu na estrada, de madrugada. Imagina um<br />

carro parado na estrada, longe de tudo, de madrugada e num<br />

feriado? E foi por causa da gasolina paraguaia. O Corvo se<br />

sentiu o maior burro de todos os tempos. O negócio é abastecer<br />

do lado de cá da fronteira.<br />

Meme<br />

As redes sociais e a internet estão tomadas por sarrinhos, alguns<br />

geniais, sobre um recente caso de briga no centro da cidade.<br />

O tema se tornou tão interessante e curioso para os internautas que<br />

chegou a se formar uma fila em frente ao quiosque do qual o arranca-rabo<br />

aconteceu. O dono não entrega cópia nem pagando, mas<br />

se diverte revendo as imagens. Está, aliás, dando-se bem com o<br />

movimento, pois quem aparece para assistir ao fiasco pede um<br />

pastel e um refrigerante para adoçar o bico. Que feio isso de sair<br />

brigando e apanhando na rua!<br />

Queda nos empregos<br />

Que coisa, hein Corvo, enquanto há no Brasil um aquecimento<br />

no setor de empregos, em Foz eles caem em 28,3%? Vai explicar<br />

a situação, seu Corvo? Cadê o tal progresso na cidade? Não me<br />

venha com explicações sem nexo, por favor, mas o que acontece?<br />

Maurício Vargas<br />

O Corvo responde: no Brasil abriram-se 76 mil vagas de<br />

emprego apenas em outubro. A explicação é que a informalidade<br />

rouba muito dessa mão de obra disponível, ou as pessoas estão<br />

na maioria empregadas. Vá procurar um pedreiro para ver se<br />

encontra!<br />

Nota do Bonato<br />

Pois é, gostei da brincadeira. Minha nota de hoje é sobre a<br />

paulada no PMDB do Rio de Janeiro, com a prisão dos corruptos<br />

no setor de transporte e mobilidade. A Justiça Federal não brincou<br />

em serviço, mas onde se viu a Assembleia Legislativa mandar soltar<br />

preso? Pior, mandaram soltar bandidos, ao que consta. Mas segundo<br />

um blogue carioca, há desembargadores na cola dos que<br />

assinaram o pedido de soltura. Mais gente pode esquentar a cama<br />

de cimento no presídio.<br />

RB

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