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Teorias Freudianas sobre a feminilidade

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<strong>Teorias</strong> <strong>Freudianas</strong> <strong>sobre</strong> a <strong>feminilidade</strong><br />

O papel da mulher na sociedade e seu desenvolvimento já foi alvo de<br />

muitos estudiosos, dentre eles o médico neurologista e criador da psicanálise,<br />

Sigmund Freud, que escreveu alguns estudos <strong>sobre</strong> a <strong>feminilidade</strong>, elaborando<br />

algumas teorias <strong>sobre</strong> a formação e o desenvolvimento da mulher. Uma dessas<br />

teorias baseia-se no complexo de castração, que está diretamente ligado ao<br />

complexo de Édipo.<br />

Segundo Freud, em torno dos três anos, a criança entra na fase fálica, na<br />

qual o foco primário da libido é <strong>sobre</strong> os órgãos genitais. É nessa fase que ocorre<br />

o complexo de Édipo, a criança começa a perceber que existem limites, nem<br />

tudo lhe é permitido, pois existem normas e restrições impostas pela sociedade<br />

e pelos pais. O Édipo caracteriza-se através de uma forte atração pelo progenitor<br />

do sexo oposto, concomitantemente há uma rejeição em relação ao progenitor<br />

do mesmo sexo.<br />

O fim do complexo de Édipo ocorre de forma diferente entre os dois sexos.<br />

No sexo masculino, o medo da castração faz com que o menino abandone o<br />

instinto edipiano, ele troca o desejo concentrado na mãe pelo narcisismo dirigido<br />

ao seu pênis. Em contrapartida, na menina, o Édipo é substituído pelo complexo<br />

de castração, ela constata a falta do pênis, o que provoca uma sensação de<br />

inferioridade, e assim, começa a nutrir uma inveja pelo órgão masculino. Dessa<br />

forma, a partir disso, existem três caminhos básicos para a autoafirmação da<br />

mulher como um ser social: “Inibição da Sexualidade”, “Complexo de<br />

Masculinidade” e “Desenvolvimento Normal”.<br />

A “Inibição da Sexualidade” ocorre logo depois à constatação da ausência<br />

do pênis, que mexe com a autoestima feminina, fazendo com que a menina se<br />

sinta diminuída com o seu clitóris, e assim, abdique de sua sexualidade e entre<br />

numa espécie de neurose. Desse modo, surge também uma intensa rivalidade<br />

em relação à mãe, pois esta, na visão da criança, é a responsável pela falta do<br />

pênis.<br />

No segundo caminho ocorre um intenso desenvolvimento do complexo de<br />

masculinidade baseado no sentimento da negação. A mulher recusa-se a aceitar<br />

a sua diferença diante do sexo oposto, dessa forma, ela busca uma forma de


conseguir um pênis para si e começa a se portar de forma semelhante ao<br />

homem, exagerando na masculinidade.<br />

Por fim, no terceiro caminho, a sua inveja do pênis tem um novo efeito: o<br />

reconhecimento da <strong>feminilidade</strong>. Tornar-se mulher através da maternidade, o<br />

desejo de “possuir um pênis” é substituído pelo o de ter um bebê. Além disso, a<br />

mulher passar a nutrir uma grande vaidade, enaltecendo os seus atributos<br />

físicos, como forma de compensar a sua inferioridade sexual.

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