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Paróquia São Francisco de Paula - Ordem dos Mínimos<br />
Praça Euvaldo Lodi, s/n - Barra da Tijuca - Cep.: 22640.010 - Tel.: 21 2493 - 8973<br />
www.paroquiasfp-mínimos.org.br<br />
Arquidiocese do Rio de Janeiro - Vicariato de Jacarepaguá - 1ª Região Pastoral<br />
Ano XIII - 221<br />
Dezembro / 2017<br />
MATÉRIA DE CAPA:<br />
NATAL:<br />
O SENTIDO<br />
PARA NÓS
SUMÁRIO<br />
Ed. Novembro / 17<br />
Diretor:<br />
Frei Evelio de Jesús Muñoz<br />
evelioscor@yahoo.com<br />
Conselheiros:<br />
Maria P. Moreno Vásquez<br />
Gilberto Rezende<br />
Haroldo da Costa S.<br />
Conselho de Marketing:<br />
Armênio Soares<br />
Maria Vitória Oliveira<br />
revistanossospassos@gmail.com<br />
Jornalista Responsável:<br />
Maria Vitória Oliveira<br />
ESPM: 8101/87<br />
AIRJ: 10059-82<br />
Diagramação e Artes<br />
Agência RHercos<br />
Tel.: 21 3576-5580<br />
rhercos@rhercos.com.br<br />
www.rhercos.com.br<br />
Tiragem e Periodicidade:<br />
2.000 Exemplares<br />
Mensal<br />
Expediente da Secretaria:<br />
De segunda a sexta-feira das 9h às 18h<br />
Telefones: Secretaria - 2493-8973 e 2486-0917<br />
Ambulatório - 2491-8509<br />
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA NOS PONTOS<br />
DIRIGIDOS. VENDA PROIBIDA.<br />
A <strong>Revista</strong> Nossos Passos é uma publicação da<br />
Paróquia São Francisco da Paula e respeita<br />
a liberdade de expressão. As matérias,<br />
reportagens e artigos e anúncios são de total<br />
responsabilidade de seus signatários.<br />
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E-mail: sfpcharitas@gmail.com<br />
NOSSA CAMINHADA MATÉRIA DE CAPA<br />
CLASSIFICADOS SAÚDE OPINIÃO PASTORAIS AVISOS<br />
NATAL: O SENTIDO PARA NÓS<br />
P. 06<br />
LITURGIA VIVA<br />
P. 09<br />
A ALEGRIA DOS JOVENS, AO ENCONTRO<br />
DO AMOR DE DEUS.<br />
P. 10<br />
ASSEMBLÉIA PAROQUIAL<br />
P. 12<br />
AVISOS PAROQUIAIS<br />
P. 13<br />
UMA TARDE NA ÓPERA<br />
P. 14<br />
ENCONTRO DOS COROINHAS DE<br />
NOSSO VICARIATO<br />
P. 15<br />
PASTORAL COM MULHERES MARGINALIZADAS<br />
P. 17<br />
CONSTRUINDO UMA CULTURA DE PAZ<br />
P. 16<br />
TRANSFORMAÇÃO E ADAPTAÇÃO<br />
P.18<br />
A MISSÃO DE APRENDER<br />
P. 21<br />
“YOGA E SEUS BENEFÍCIOS”<br />
P. 20<br />
O AVC: ACIDENTE VASCULARCEREBRAL<br />
P. 21<br />
IMPULSIVIDADE: COMO RECONHECER E COMO TRATAR<br />
P. 22<br />
CLASSIFICADOS <strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong><br />
P. 26
04<br />
<strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
EDITORIAL<br />
EXPEDIENTE<br />
PAROQUIAL<br />
ESQUIZOFRENIA SOCIAL<br />
Vivemos numa época onde querem que os padres se<br />
casem e que os casados se divorciem.<br />
Querem que os héteros tenham relacionamentos<br />
líquidos sem compromisso, mas que os gays se casem na<br />
Igreja.<br />
Que as mulheres tenham corpos masculinizados<br />
e se vistam como homens e assumam papéis masculinos.<br />
Querem que os homens se tornem “frágeis” e delicados e<br />
com trejeitos, como se fossem mulheres. Uma criança com<br />
apenas cinco ou seis anos de vida já tem o direito de decidir<br />
se será homem ou mulher pelo resto da vida, mas um menor<br />
de dezoito anos, não pode responder pelos seus crimes.<br />
Não há vagas para os doentes nos hospitais, mas<br />
há o incentivo e o patrocínio do SUS para quem quer fazer<br />
mudança de sexo.<br />
Há acompanhamento psicológico gratuito para<br />
quem deseja deixar a heterossexualidade e viver a<br />
homossexualidade, mas não existe nenhum apoio deste<br />
mesmo SUS para quem deseja sair da homossexualidade<br />
e viver a sua heterossexualidade e se o tentarem fazer, é<br />
crime.<br />
Ser à favor da família e religião é ditadura, mas urinar<br />
em cima dos crucifixos é liberdade de expressão.<br />
Se isso não for o Fim dos Tempos, deve ser o ensaio…<br />
>>Almir Favarin, Teólogo e Psicanalista<br />
Pároco:<br />
Frei Evelio de Jesús Muñoz<br />
Padres:<br />
Frei Zezinho - Vigário (Pe. José Antônio de Lima)<br />
Frei Dino (Pe. Costantino Mandarino)<br />
Igreja Santa Teresinha<br />
Praça Desembargador Araújo Jorge, s/nº<br />
Largo da Barra<br />
Capela São Pedro - Ilha da Gigóia<br />
Rua Dr. Sebastião de Aquino, nº 90 A<br />
HORÁRIOS DAS MISSAS<br />
• Paróquia São Francisco de Paula:<br />
De segunda a sexta-feira: 7h30m e 19h.<br />
Sábado: 17h (crianças) e 19h.<br />
Domingo: 7h30m; 10h; 18h e 20h (jovens).<br />
• Barramares:<br />
quarto domingo do mês, às 17h.<br />
• Capela São Pedro (Ilha da Gigóia):<br />
Domingo, às 9h.<br />
• Santa Teresinha:<br />
Domingo às 19:30h<br />
GRUPOS DE ORAÇÃO<br />
• Paróquia São Francisco de Paula:<br />
Quarta-feira, às 15h; quinta-feira, às 20h.<br />
TERÇO DOS HOMENS<br />
• Santa Teresinha:<br />
Toda terça-feira do mês, às 20h.<br />
ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO<br />
• Paróquia São Francisco de Paula:<br />
Quinta-feira, o dia todo.<br />
• Santa Teresinha:<br />
Primeira quinta-feira do mês, às 20h.<br />
NA PARÓQUIA<br />
• Confissões:<br />
De terça a sexta-feira, das 9 às 11h e das 15h às 17h;<br />
Domingo, antes das missas.<br />
• Hora Santa Vocacional:<br />
Primeira sexta-feira do mês, às 17h30m.<br />
• Inscrições para batizados:<br />
Segunda-feira, das 18h30m às 19h30m;<br />
quinta-feira, das 15 às 17h.<br />
• Ambulatório Médico:<br />
De seg a sexta-feira, das 8 às 12h e das 13 às 17h.<br />
• Assistência Jurídica:<br />
Quarta-feira, às 15h.<br />
• Assistência Psicológica:<br />
Quarta-feira, das 9 às 11h.<br />
• Mediação Comunitária:<br />
Terças e sextas-feiras das 9h às 12h e das 14h às 20h.
INFORME DA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DA PAULA<br />
É de máxima importância que os paroquianos tenham<br />
o conhecimento do grande serviço que prestamos as<br />
pessoas menos favorecidas diante do cenário da nossa<br />
cidade, na saúde e na educação:<br />
AMBULATÓRIO<br />
91 voluntários entre médicos , dentistas ,psicólogos<br />
enfermeiras, biomédicos .<br />
Atendem mensalmente uma média 633 atendimentos<br />
, desses atendimentos 440 exigiam medicação e muitas<br />
vezes , não disponibilizamos de amostras grátis dai vem a<br />
necessidade da compra dos medicamentos que é feito pela<br />
paróquia.<br />
Dos 633 atendimentos<br />
232 clinica dentária<br />
276 clinica médica<br />
125 atendimento psicólogos<br />
Paralelo ao ambulatório, temos a parte educacional onde<br />
através do voluntariado de professores atendemos em<br />
media 153 pessoas ,<br />
PRÉ VESTIBULAR<br />
58 jovens cursando o Pré vestibular<br />
90 pessoas entre jovens e adultos e com uma media de<br />
idade de 60 anos para alfabetização.<br />
Muitos só sabendo escrever seu próprio nome.<br />
5 alunos para reforço escolar<br />
É de maxima importância que os paroquianos tenham o<br />
conhecimento do atendimento
06 <strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
NATAL:<br />
O SENTIDO PARA NÓS<br />
O verdadeiro Natal nunca muda, pois não muda<br />
também a compreensão do que é o Natal na alma dos<br />
católicos de verdade.<br />
Nessas almas, mais do que o consumismo<br />
estúpido, mais do que a vermelha figura do Papai Noel,<br />
em seu trenó deslizante no verão brasileiro, mais do<br />
que a maçante Gingle Bells, exaustivamente tocada nas<br />
lojas com descartáveis produtos coloridos, ressoa o hino<br />
cantado pelos anjos “Glória in excelsis Deo”.<br />
Ressoam as puras notas do “Puer natus est<br />
nobis, et filium nobis est datum”. Porque, para nós que<br />
“habitávamos nas sombras da morte, nós brilhou uma<br />
grande luz”. O que se entende, hoje, o que é um “Feliz<br />
natal, para você?” No máximo da inocência, um banquete<br />
em família, com presentinhos, beijinhos e indigestão. E<br />
quando o Natal não é tão inocente... se realiza o canto<br />
pagão e naturalista; “Adeus ano velho. Feliz ano novo.<br />
Muito dinheiro no bolso. Saúde para dar e vender”. Eis a<br />
felicidade pagã: dinheiro, e prazer.<br />
Sem Deus, sem Redenção, sem alma.<br />
Que triste Natal esse! Que infeliz e decrépito ano<br />
novo, tão igual aos velhos anos do paganismo! Será que
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong> 07<br />
o povo que habitava nas sombras da morte já não vê a<br />
grande luz que brilhou para ele em Belém? Até a luz do<br />
Natal está ofuscada. E quão poucos compreendem essa<br />
luz!<br />
Tudo está lá bem resumido no presépio. Olha as<br />
pequenas figuras e compreende o que significa que um<br />
Menino nos foi dado, que um Filho nasceu para nós.<br />
No presépio se vê um Menino numa manjedoura,<br />
entre um boi e um burro... A Virgem Maria, Mãe de Deus<br />
adorando seu Filhinho que é o Verbo de Deus encarnado,<br />
envolto em panos. São José, contemplando o Deus<br />
Menino tiritante de frio, à luz de uma tosca luz.<br />
Um anjo esvoaçante sobre a cabana rústica. Uma<br />
estrela. Pastores com suas ovelhas, cabras e bodes. Um<br />
galo que canta na noite. Os Reis que chegam seguindo<br />
a estrela, para encontrar o Menino com sua Mãe. Tudo<br />
envolto no cântico celeste dos anjos;<br />
“Glória a Deus nas alturas! E paz, na terra, aos<br />
homens que têm boa vontade” (Luc. 2, 14)<br />
Isso aconteceu nos dias de Herodes, quando César<br />
Augusto decretou um recenseamento.<br />
E como não havia lugar para Maria e José na<br />
estalagem, em Bethlem, terra de Davi, eles tiveram que<br />
se refugiar numa cocheira, entre um boi e um burro.<br />
Porque assim se realizaram as profecias:<br />
* “E tu, Bethlem Efrata, tu és a mínima entre as<br />
milhares de Judá, mas de ti há de me sair Aquele que há<br />
de reinar em Israel, e cuja geração é desde o Princípio,<br />
desde os dias da eternidade”, como profetizou o Profeta<br />
Miquéias (Mi., 1).<br />
** ”O Senhor vos dará este sinal: uma Virgem<br />
conceberá, e dará a luz um filho, e seu nome será<br />
Emanuel” (Is. 7,14)<br />
*** “O Boi conhece o seu dono, e o burro conhece o<br />
presépio de seu senhor, mas Israel não me conheceu e o<br />
meu povo não teve inteligência” profetizou Isaías muitos<br />
séculos antes (Is. I,3).<br />
E Cristo, nos dias de Herodes, nasceu em Bethleem<br />
que quer dizer casa do pão (Beth = casa. Lêem = pão).<br />
Cristo devia nascer em Belém, casa do pão, porque Ele<br />
é o pão que desceu dos céus, para nos alimentar. Por isso<br />
foi posto numa manjedoura, para alimentar os homens.<br />
Devia nascer num estábulo, porque recebemos<br />
a Cristo como pão do Céu na Igreja, representada pelo<br />
estábulo, visto que nas cocheiras, os animais deixam a<br />
sujeira no chão, e comem no cocho. E na Igreja os católicos<br />
deixam a sujeira de seus pecados no confessionário, e,<br />
depois, comem o Corpo e bebem o Sangue de Jesus Cristo<br />
presente na Hóstia consagrada, na mesa da comunhão.<br />
Jesus devia nascer de uma mulher, Maria, para<br />
provar que era homem como nós. Mas devia nascer de<br />
uma Virgem — coisa impossível sem milagre — para<br />
provar que era Deus. Este era o sinal, isto é, o milagre<br />
que anunciaria a chegada do Redentor: uma Virgem<br />
seria Mãe. Nossa Senhora é Virgem Mãe. E para os<br />
protestantes, que não crêem na virgindade perpétua de<br />
Maria Santíssima, para eles Maria não foi dada por Mãe,<br />
no Calvário. Pois quem não tem a Maria por Mãe, não<br />
tem a Deus por Pai.<br />
E por que profetizou Isaías sobre o boi e o burro<br />
no presépio? Que significam o boi e o burro? O boi era o<br />
animal usado então, para puxar o arado na lavoura da<br />
terra. Terra é o homem. Adão foi feito de terra. Trabalhar<br />
a terra é símbolo de santificar o homem. Ora, os judeus<br />
tinham sido chamados por Deus para ser o sal da terra<br />
e a luz do mundo, isto é, para dar vida (sal) espiritual,<br />
santidade, aos homens, e ensinar-lhes a verdade (luz).<br />
O boi era então símbolo do judeu. O burro, animal que<br />
simboliza falta de sabedoria, era o símbolo do povo gentio,<br />
dos pagãos, homens sem sabedoria.<br />
Mas Deus veio salvar objetivamente a todos os<br />
homens, judeus e pagãos. Por isso, no presépio de Cristo,<br />
deviam estar o boi (o judeu) e o burro (o pagão).<br />
Foi também por isso que Jesus subiu ao Templo
08 <strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
montado num burrico que jamais havia sido montado,<br />
isto é, um povo pagão que não fora sujeito ao domínio de<br />
Deus. E os judeus não gostaram que o burro fosse levado<br />
ao Templo, isto é, que Cristo pretendesse levar também os<br />
pagãos à casa de Deus, à religião verdadeira. Por isso foi<br />
escrito: “mas Israel não me conheceu e o meu povo não<br />
teve inteligência”.<br />
Infelizmente muitos não são capazes de<br />
compreender pois “coisas espantosas e estranhas se tem<br />
feito nesta terra: os profetas profetizaram a mentira, e os<br />
sacerdotes do Senhor os aplaudiram com as suas mãos. E<br />
o meu povo amou essas coisas. Que castigo não virá, pois,<br />
sobre essa gente, no fim disso tudo?” (Jer. 5, 30-31).<br />
Pois se chegou a clamar: “Glória ao Homem, já rei<br />
da Terra e agora príncipe do céu”, só porque o homem<br />
fora até a Lua num foguete, única maneira do homem da<br />
modernidade subir ao céu.<br />
No Natal de Cristo, tudo mostra como Ele era<br />
Deus e homem ao mesmo tempo. Como já lembramos,<br />
Ele nasceu de uma mulher, para provar que era homem<br />
como nós. Nasceu de uma Virgem, para provar que era<br />
Deus.<br />
Como um bebê, Ele era incapaz de andar e de se<br />
mover sozinho. Como Deus, Ele movia as estrelas.<br />
Como criança recém nascida era incapaz de falar.<br />
Como Deus fazia os anjos cantarem. Ele veio salvar<br />
objetivamente a todos, mas nem todos o aceitaram. E<br />
Herodes quis matá-lo. Ele chamou para junto de si, no<br />
presépio, os pastores e os Reis, para condenar a Teologia<br />
da Libertação e os demagogos pauperistas que pregam<br />
que Cristo nasceu como que exclusivamente para os<br />
pobres. É falso!<br />
Assim como o sol brilha para todos, Deus quis<br />
salvar a todos sem acepção de pessoa. Por isso chamou<br />
os humildes e os poderosos junto à manjedoura de Belém.<br />
Deus tratou melhor aos pastores. Mas não porque<br />
eram pastores, e sim porque eram judeus. Sendo judeus,<br />
por terem a Fé verdadeira, então, mandou-lhes um sinal<br />
espiritual. Aos reis magos, porque pertenciam a um<br />
povo sem a religião verdadeira, mandou-lhes um sinal<br />
material: a estrela.<br />
No presépio havia ovelhas e bodes, porque Deus<br />
veio salvar os bons e os pecadores. E a Virgem envolveu<br />
o menino em panos. Fez isso, é claro, porque o pequeno<br />
tinha frio, e por pudor.<br />
Mas simbolicamente porque aquele Menino<br />
— o Verbo de Deus feito homem—, a palavra de Deus<br />
humanada, tinha que ser envolta em panos, pois que a<br />
palavra de Deus, na Sagrada Escritura, aparece envolta<br />
em mistério, pois não convém que a palavra de Deus seja<br />
profanada. Daí estar escrito: “A glória de Deus consiste em<br />
encobrir a palavra; e a glória dos reis está em investigar o<br />
discurso” (Prov, 25, 2).<br />
E “Um Menino nasceu para nós, um filho nos foi<br />
dado, e o império foi posto sobre os seus ombros, e seu<br />
nome será maravilhoso, Deus Poderoso, Conselheiro, o<br />
Deus eterno, o Príncipe da Paz” (Is. 9, 5).<br />
Porque todos os homens, em Adão, haviam<br />
adquirido uma dívida infinita para com Deus, já que toda<br />
culpa gera dívida conforme a pessoa ofendida. E a ofensa<br />
de Adão a Deus produzira dívida infinita, que nenhum<br />
homem poderia pagar, pois todo mérito humano é finito.<br />
Só Deus tem mérito infinito. Portanto, desde Adão,<br />
nenhum homem poderia salvar-se. Todos nasceriam,<br />
viveriam e iriam para o inferno. E a humanidade jazia<br />
então nas sombras da morte.<br />
Mas porque Deus misericordiosamente se fez<br />
homem, no seio de Maria, era um Homem que pagaria<br />
a dívida dos homens, porque esse Menino, sendo Deus,<br />
teria mérito infinito, podendo pagar a dívida do homem.<br />
Por isso, quando Ele morreu por nós, foi condenado<br />
por Pilatos, representando o maior poder humano — o<br />
Império — que O apresentou no tribunal dizendo: “Eis o<br />
Homem”. (Jo 19, 5)<br />
Ele era O Homem. Era um homem que pagava<br />
os pecados dos homens assumindo a nossa natureza<br />
e nossas culpas, mas sem o pecado. Era Deus-Menino<br />
sofrendo frio e fome por nossos confortos ilícitos e nossa<br />
gula, na pobreza e no desprezo, por nossa ambição e<br />
nosso orgulho.<br />
E os pastores e os Reis O encontraram com Maria<br />
sua Mãe, para mostrar que só encontra a Cristo quem<br />
O busca com sua Mãe. E para demonstrar que diante<br />
de Jesus, ainda que Menino, todo poder deve dobrar<br />
o joelho. E os pastores levaram ao Deus Menino suas<br />
melhores ovelhas, e seus melhores cabritos, enquanto<br />
os Reis Lhe levaram mirra, incenso e ouro. A mirra da<br />
penitência. O incenso da adoração. O ouro do poder. Tudo<br />
é de Cristo. Todos, levando esses dons, reconheciam que<br />
Ele era Deus, o Senhor de todas as coisas, Ele que dá todas<br />
as ovelhas e cabras aos pastores. Ele que dá aos Reis o<br />
poder e o ouro. Deus é o Supremo Senhor de todas as<br />
coisas. Ele é o Soberano Absoluto a quem devemos tudo.<br />
E para reconhecer que Ele é a fonte de todos os bens que<br />
temos é que devemos levar-Lhe em oferta o melhor do<br />
que temos.
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong> 09<br />
NOSSA<br />
CAMINHADA<br />
LITURGIA VIVA<br />
Se tivéssemos que responder com uma única<br />
palavra o que é Liturgia, o melhor termo seria memória.<br />
A Liturgia se apresenta como um conjunto de formas com<br />
as quais nós prestamos culto à Deus de modo sistemático.<br />
Ela também nos remete a memória do passado com o<br />
propósito de louvar no tempo presente o cumprimento das<br />
promessas do Senhor e a sua presença inquestionável na<br />
vida de sua Igreja e do seu povo.<br />
Na Liturgia existe “uma parte imutável, porque<br />
é de instituição divina”. Por outro lado, existe também<br />
“partes suscetíveis de transformações, que no decurso do<br />
tempo podem e até devem ocorrer” (SC, n. 21). No Novo<br />
Testamento não é possível encontrar uma descrição<br />
sistemática da Liturgia dos apostólica. Isso ocorre porque<br />
a Igreja nasce no interior das tradições judaicas e inicia<br />
aí seus primeiros passos. Ao longo dos anos, a Igreja<br />
apostólica foi paulatinamente se afastando das tradições<br />
litúrgicas judaicas sem, contudo, negar suas raízes. No<br />
início, as reuniões da comunidade cristã eram realizadas<br />
nas casas (At 2, 46). Durante todo o século I a Eucaristia<br />
era celebrada junto com uma refeição propriamente dita,<br />
especialmente nas comunidades de origem judaica (At 2,<br />
42.47; 4, 24-31; 12,5). Aos poucos o domingo vai adquirindo<br />
importância (I Cor 16, 2; At 20, 7; Ap 1, 10). Na Idade Média,<br />
com o Papa Gregório VII no século IX, foi promovida a<br />
unidade litúrgica.<br />
É fundamental observar que as ações litúrgicas não<br />
são obras de indivíduos privilegiados, mas obras de toda a<br />
Igreja (SC n, 26). A Igreja é uma comunidade fraterna com<br />
caráter sacerdotal, pelo fato de ser ela a Esposa de Cristo.<br />
Deste modo, o ministro é inconcebível fora da relação<br />
com a Igreja, com a fé da comunidade e com os laços de<br />
solidariedade com aqueles que servem o Senhor. Por este<br />
motivo, se pode dizer que a assembleia litúrgica manifesta<br />
toda a Igreja.<br />
O Concílio Vaticano II provocou grandes<br />
transformações na Liturgia, que passou a contar com a<br />
participação mais ampla dos fiéis que assumiam papeis<br />
específicos no ato litúrgico. Todavia, o próprio Concílio<br />
esclarece que cada um deve fazer “só aquilo que pela<br />
natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas lhe compete”<br />
(SC 28). Ninguém deve acumular funções na liturgia (SC<br />
28-29). Cada um tem uma função própria.<br />
Na celebração da Eucaristia, por exemplo, o<br />
sacerdote é aquele que preside a celebração e o único que<br />
tem o poder para consagrar o pão e o vinho. Ele recebe a<br />
comunidade no culto e é ele também quem despede a todos<br />
com a benção, enviando-os em missão. O diácono serve o<br />
altar e o prepara para a consagração do pão e do vinho.<br />
Ele lê o evangelho e, mais adiante, convoca a comunidade<br />
para o abraço fraterno. O ministro extraordinário da<br />
Eucaristia é o responsável por auxiliar os ministros<br />
ordenados, quando necessário, na distribuição da<br />
comunhão. O acólito é aquele que apresenta o missal,<br />
auxilia o diácono na preparação do altar; acompanhar o<br />
sacerdote, diácono e ministros extraordinários durante a<br />
distribuição da comunhão; organiza os vasos sagrados na<br />
credência depois da purificação. O leitor é o responsável<br />
por realizar as leituras do Antigo e Novo Testamentos.<br />
Além destas funções, há uma equipe litúrgica que elabora<br />
cuidadosamente a celebração: escolha das músicas,<br />
adequação dos instrumentos, avisos à comunidade e as<br />
instruções que devem ser dadas ao celebrante e aos demais<br />
para o bom andamento do ato litúrgico.<br />
>> Diacono Vicente de Paulo
10 <strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
A ALEGRIA DOS JOVENS<br />
AO ENCONTRO DO AMOR DE<br />
DEUS.<br />
O jovem na igreja significa renovação, tanto pessoal,<br />
quanto para a igreja, reascendendo o fervor da alegria<br />
verdadeira, que somente Cristo pode dar.<br />
O mundo nos oferece coisas agradáveis, “certezas”<br />
de alegria constante e proporciona grandes desejos de<br />
permanecer nele, mas somente Cristo pode dar o amor que<br />
contagia verdadeiramente. Somente estando em Cristo<br />
podemos ser quem realmente somos e mostrar a face d’Ele<br />
sem reservas. Viver a juventude de forma cristã não quer<br />
dizer que temos que ser ultrapassados, caretas e que não<br />
podemos viver ou experimentar das coisas boas que o<br />
mundo tem, pois estamos no mundo, mas não somos dele,<br />
somos de Cristo, somos chamados e guiados por Ele.<br />
Nessa certeza podemos afirmar que esse caminho é<br />
seguro,e que nos enche de alegria a cada passo dado. Isso<br />
não quer dizer que somos imunes aos problemas cotidianos,<br />
somos humanos e estamos diariamente expostos à<br />
situações do dia a dia, mas com toda certeza o fardo se<br />
torna muito mais leve quando nos deixamos ser guiados<br />
pelo Espírito Santo, temos a segurança que Ele cuida e zela<br />
pelos nossos passos; Jamais esquecendo de Maria, Nossa<br />
Mãe, que da mesma forma que amou e cuidou de Jesus, faz<br />
em nós maravilhas, nos protege dos males e nos ajuda nas<br />
decisões.<br />
Ser Jovem hoje é um desafio. Ser jovem que caminha<br />
com Cristo muitas vezes é ainda mais desafiador, mas quem<br />
de nós não gosta de desafios?<br />
Por isso convido a você jovem que está lendo esse<br />
texto a desafiar ainda mais, ser ainda mais audacioso e,<br />
dessa forma entregar todo seu caminho, toda sua vida<br />
Àquele que nos dá a certeza do amor sem fim, da alegria<br />
que não passa jamais, do caminho certo sem reservas, na<br />
esperança de ser na vida do outro aquele que anuncia a<br />
boa nova, que oferta o que seu coração está preenchido e<br />
que será capaz de arrastar tantos outros jovens para essa<br />
experiência única de amor profundo e fidelidade a Cristo<br />
Ressuscitado.<br />
Jovem, tenha coragem e confie de todo coração, sem<br />
medo, sem receios!<br />
Pelos jovens, pela humanidade, pela igreja, entregue<br />
seus passos, sua vida e verás as maravilhas se realizarem.<br />
Seja jovem, seja feliz, seja igreja.<br />
Acredite!<br />
O encontro dos Jovens da Paróquia São Francisco<br />
de Paula acontecem todos os domingos às 17:00 horas,<br />
finalizando com a missa dos Jovens às 20:00horas. E o<br />
nosso terço Jovem, as terças-feiras às 20:00 horas (exceto<br />
as terceiras terças do mês, onde acontece a missa do Pe.<br />
Alexandre Paccioli às 19:00hrs)<br />
>>Núcleo Jovem
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong> 11
12 <strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
ASSEMBLÉIA PAROQUIAL<br />
No dia quatro de novembro, na parte da manhã,<br />
os coordenadores das diversas pastorais da nossa paróquia<br />
reuniram com nosso pároco, Frei Evélio, para celebrar a<br />
Assembleia Paroquial de 2017. O planejamento, feito em<br />
conjunto com a Arquidiocese, consiste na revisão pastoral<br />
à luz da iniciação à vida cristã de inspiração catecumenal e<br />
deve ser elaborado para os próximos cinco anos.<br />
Essa nova caminhada deve estar marcada pela<br />
alegria, conforme palavra do Papa Francisco. Assim,<br />
contamos com a presença do grupo jovem que veio, com<br />
sua música, louvar o Senhor por estarmos ali e invocar o<br />
Espírito Santo para renovar e renascer nossas vidas.<br />
Em seguida rezamos a Hora Nona: “Inundai a nossa<br />
mente, nossa vida iluminai. Tudo posso. Irradiar o amor<br />
que em nós pusestes para aos outros inflamar”.<br />
Agradecemos ao Padre Abimar, teólogo da PUC-Rio<br />
e vigário da Paróquia Santa Rita. Ele fez, para nós, uma<br />
palestra que muito nos vai ajudar nesses novos caminhos<br />
que devemos trilhar.<br />
Antigamente a opção religiosa era uma tradição<br />
herdada no âmbito familiar. Houve uma grande<br />
mudança e a opção religiosa passou a ser uma escolha<br />
pessoal. A Igreja, então, precisa atrair para evangelizar. É<br />
necessário um novo paradigma que impõe<br />
perseverança,docilidade à voz do Espírito,<br />
sensibilidade aos sinais do tempo, escolhas<br />
corajosas e paciência.<br />
O Concílio Vaticano II convocou<br />
a Igreja à tarefa de assumir o desafio<br />
de uma nova evangelização, o caminho<br />
catecumenal, cujo contexto atual é<br />
transformá-la em uma casa da iniciação à<br />
vida cristã. O Evangelho não mudou, mas<br />
mudaram os valores que precisamos estar<br />
atentos. Essa inspiração catecumenal tem<br />
que ser assumida por todas as pastorais e<br />
reconhecer que é uma exigência atual de<br />
formar discípulos conscientes, atuantes e<br />
missionários.<br />
No século III, Tertuliano já dizia:<br />
“Ninguém nasce cristão, mas se torna<br />
cristão. A força evangelizadora da Igreja é<br />
a força da comunidade”.<br />
As pastorais se dividem em três dimensões<br />
conforme seu objetivo específico à vida cristã:<br />
1) Conhecimento. É necessário conhecer para poder<br />
crer.<br />
2) Experiência . A fé precisa ser vivenciada. As obras<br />
são necessárias<br />
3) Louvor. É necessário buscar a misericórdia de Deus<br />
As três dimensões se completam e são inseparáveis.<br />
Nenhuma pessoa, grupo ou pastoral consegue atingir a<br />
vida cristã sem passar pelas três dimensões. Assim todas<br />
devem se interagir e formar a pastoral de conjunto na<br />
paróquia.<br />
Foram formuladas as seguintes perguntas que<br />
foram respondidas pelos grupos que se formaram e servem<br />
para reflexão no serviço das pastorais:<br />
1) Em que dimensão o nosso grupo melhor se situa e<br />
como é que a estamos realizando?<br />
2) Entre as outras dimensões, quais os outros grupos<br />
com que nos identificamos?<br />
3) Quais ações em cooperação podemos realizar?<br />
>>Carmem Dora
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong><br />
PASTORAL FAMILIAR<br />
AVISOS<br />
PAROQUIAIS<br />
13<br />
MENSAGEM DA PASTORAL FAMILIAR<br />
Queridos Irmãos,<br />
O futuro da humanidade passa pela família.<br />
Como membros da comunidade católica, precisamos<br />
nos empenhar em fortalecer e promover os valores da<br />
família. Este é o objetivo maior do trabalho da nossa<br />
Pastoral Familiar!<br />
Natal é sinônimo de família.<br />
Oportuno lembrarmos as palavras do nosso<br />
querido Papa Francisco: “a família é o hospital mais<br />
próximo: quando alguém está doente é ali que encontra a<br />
cura. A família é a primeira escola das crianças, é o ponto<br />
de referência imprescindível para os jovens, é o melhor<br />
lar para os idosos. Acrescento que a família é também a<br />
primeira escola da misericórdia, porque ali se é amado e<br />
se aprende a amar, se é perdoado e aprende-se a perdoar.”<br />
Desejamos a todos um Santo Natal e que em 2018 a<br />
nossa maravilhosa comunidade de São Francisco de Paula<br />
esteja ainda mais unida, convivendo fraternalmente e<br />
compartilhando os caminhos da nossa fé católica.<br />
Um abraço afetuoso,<br />
>>Antonio Carlos e Sonia<br />
ANIVERSÁRIO FREI DINO<br />
Frei Dino<br />
Com certeza, o Senhor, marcou essa data com o seu<br />
nascimento.<br />
Bendito seja o Senhor por esta grande oportunidade<br />
de parabenizar alguém tão importante, você.<br />
Feliz aniversário e muitos anos de vida, é o que lhe<br />
desejamos, muita saúde, paz e sucesso na evangelização.<br />
Deus, por sua perfeição, justiça e bondade, sabia que<br />
nossa comunidade poderia crescer com a sua presença.<br />
Que o Senhor lhe abençoe, guarde e ilumine<br />
sempre a sua caminhada<br />
Parabéns! Rio 15/11/2017<br />
>>Elcio e Alice<br />
MENSAGEM DA PASTORAL DO DÍZIMO<br />
À Comunidade Paroquial de São Francisco de Paula<br />
Estamos agora em pleno tempo do Advento, quando<br />
nos preparamos para as celebrações do Natal. É tempo<br />
muito especial, de intensa vivência das virtudes cristãs: a<br />
fé, a esperança e a caridade.<br />
Neste tempo de renovação de esperanças, manifestase<br />
também o sentimento de gratidão. Assim, rendemos<br />
graças a Deus, Pai de todos nós, pelos êxitos alcançados.<br />
E quando se fala de dar graças ao Senhor, devemos<br />
ter em conta, também, todos aqueles que, voluntária<br />
HORÁRIO DAS MISSAS<br />
24/12/2017 - DOMINGO<br />
7:30 hs- Matriz SFP<br />
9:00 HS - Ilha da Gigoia<br />
10:00 hs - Matriz SFP<br />
19:00 HS - MISSA DA VIGÍLIA DE NATAL - MATRIZ SFP<br />
25/12/2017 - SEGUNDA FEIRA<br />
7:30 HS - MATRIZ SFP<br />
9:00 - ILHA DA GIGÓIA<br />
10:00 HS - MATRIZ SFP<br />
19:00 HS - MATRIZ SFP<br />
e responsavelmente, se fizeram agentes da sua Divina<br />
Providência, mediante a generosa partilha de talentos<br />
e recursos, pelo bem de nossa comunidade paroquial.<br />
Portanto, não nos falta profundo reconhecimento e gratidão<br />
pelas suas contribuições.<br />
A todos os paroquianos de São Francisco de Paula,<br />
indistintamente, nossos votos de um santo e abençoado<br />
Natal, e de muitas graças no decorrer do novo ano que se<br />
aproxima.<br />
>>Os Agentes da Pastoral do Dízimo<br />
19: 30 HS - STA TEREZINHA<br />
31/12/2017 - DOMINGO<br />
7:30 hs- Matriz SFP<br />
9:00 HS - Ilha da Gigoia<br />
10:00 hs - Matriz SFP<br />
19:00 HS - MATRIZ SFP<br />
01/01/2018 - SEGUNDA FEIRA<br />
7:30 HS - MATRIZ SFP<br />
9:00 - ILHA DA GIGÓIA<br />
10:00 HS - MATRIZ SFP<br />
19:00 HS - MATRIZ SFP<br />
19: 30 HS - STA TEREZINHA
14<br />
NOSSAS<br />
PASTORAIS<br />
<strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
UMA TARDE<br />
NA ÓPERA<br />
No dia 11 de novembro, um grupo de alunos do<br />
serviço Música para Todos da Pastoral da Promoção<br />
Humana de nossa paróquia participou de concerto de<br />
ópera para comemorar os 25 anos de existência do grupo<br />
André Vivante, a convite de sua regente Izabel Vivante. O<br />
concerto aconteceu na sala Leopoldo Miguez da Escola de<br />
Música da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro<br />
e Izabel ressaltou a importância de existir um serviço<br />
pastoral como o Música para Todos, se dispondo a colaborar<br />
conosco a partir de 2018 de forma a quem sabe transformar<br />
alguma dessas crianças e adolescentes num futuro cantor<br />
ou cantora de ópera no Rio de Janeiro. As crianças e<br />
adolescentes, acompanhados pelos professores Luan<br />
Tavares e Wender Silva abriram o evento comemorativo<br />
cantando Ave Maria de Franz Schubert e em seguida<br />
cantaram Louvada Sempre, música de autoria própria, em<br />
homenagem a Nossa Senhora pelo presente ano mariano<br />
que está concluindo. Suas vozes muito bonitas, sonoras<br />
e afinadas abrilhantaram o citado evento. Na sequência,<br />
acompanhadas pelos pais em sua maioria, sentaram-se<br />
na plateia para acompanhar atentamente a apresentação<br />
do Grupo André Vivante e de diversos cantores de ópera<br />
com participação de sopranos, contraltos, tenores e baixos.<br />
Foi uma tarde memorável, na qual os alunos e professores<br />
do Música para Todos dividiram os aplausos da plateia<br />
com expressões notáveis de nossa música lírica. Todos<br />
voltamos para casa mais leves, extasiados pelo banho de<br />
cultura que nos foi proporcionado e agradecemos a Deus<br />
pela oportunidade que nos foi dada de colaborar para o<br />
brilho da festa.<br />
>>Guimo – Coordenador do Música para Todos
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong> 15<br />
ENCONTRO DOS<br />
COROINHAS DE<br />
NOSSO VICARIATO<br />
No dia 25 de novembro,<br />
estiveram reunidos em nossa<br />
paróquia 230 coroinhas do<br />
Vicariato de Jacarepaguá. Foi<br />
uma manhã de muita alegria e<br />
partilha. O encontro começou<br />
com a Santa Missa, presidida<br />
pelo nosso Vigário Episcopal<br />
Padre Robert, da Igreja de<br />
Santa Luzia- Gardênia Azul.<br />
Todos os coroinhas entraram<br />
na procissão de entrada,<br />
devidamente paramentados e<br />
foram recepcionados pelo nosso<br />
pároco frei Evélio, que proferiu algumas palavras de<br />
agradecimento pela presença de todos.<br />
Após a missa todos foram para o salão paroquial<br />
para um delicioso lanche, com direito ao já tradicional<br />
cachorro quente. E onde tem crianças e jovens não pode<br />
faltar animação! Teve muita dança e cantoria para gastar a<br />
energia que eles têm de sobra, e deixá-los mais calmos para<br />
o momento dos testemunhos<br />
de alguns jovens que falaram<br />
sobre seus serviços em suas<br />
paróquias.<br />
Para finalizar, tivemos<br />
o teatro sobre os 300 anos da<br />
aparição de Nossa Senhora<br />
Aparecida, apresentado pelo<br />
grupo de teatro da Paróquia<br />
Santa Luzia e partimos<br />
o delicioso bolo que nossos coordenadores vicariais<br />
trouxeram.<br />
Que venham outros encontros abençoados como<br />
este!<br />
>> Jéssica Santos
16 <strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
OPINIÃO<br />
CONSTRUINDO UMA CULTURA DE PAZ<br />
(MEDIAÇÃO DE CONFLITOS)<br />
Vivemos num mundo globalizado cujo índice de violência se<br />
alastra gerando um sentimento de desamparo, vivenciado<br />
em todas as formas de convívio social: dinâmica familiar,<br />
ambiente escolar, entre vizinhos, grupo empresarial...<br />
Neste momento, o Brasil está atravessando uma<br />
grave crise política e financeira, cujo prejuízo recai no<br />
rebaixamento do nível de moral e ético do poder público,<br />
revelando um Estado enfraquecido, desacreditado,<br />
desvalorizado. O medo, tanto real quanto imaginário<br />
prevalece e com ele escala-se o conflito, num acréscimo de<br />
ações e reações de intolerância, agressividade, desamor e<br />
falta de respeito.<br />
Uma pessoa em conflito<br />
se apresenta em permanente<br />
estado de angústia. Esta angústia<br />
se converte em medo. Vale<br />
recordar que a grande paralisia<br />
de ações se dá em decorrência<br />
deste medo. O medo bloqueia<br />
o raciocínio, a afetividade, a<br />
criatividade que impede a tomada<br />
de decisão de forma adequada.<br />
Quando uma pessoa,<br />
diante de uma desavença, de<br />
uma briga ou de um conflito, grita ou agride o outro, está<br />
manifestando vários sentimentos dentre eles o medo. Sente<br />
que o seu equilíbrio está sendo ameaçado. Normalmente<br />
as pessoas entendem que a resolução destes conflitos só<br />
pode ser resolvida através das mãos de outras pessoas. Ou<br />
de um juíz. E delegam ao outro a solução almejada.<br />
Hoje, se entende que encontrar a melhor<br />
alternativa para a resolução dos conflitos está nas mãos<br />
das pessoas envolvidas, sem imposição de sentenças ou<br />
decisões arbitrais. O acordo estabelecido através de uma<br />
mediação, privilegia as duas pessoas, deixando de lado a<br />
relação binária “quem ganha” e “quem perde”.<br />
A Mediação tem demonstrado grande eficácia,<br />
não só no Brasil como no mundo, entendida como o mais<br />
adequado método de solucionar desavenças, auxiliados<br />
por um Mediador que é uma pessoa neutra ao conflito.<br />
Este auxiliará as pessoas envolvidas a negociarem a<br />
melhor alternativa para o<br />
conflito apresentado. Sua<br />
função não é a de um juíz. Não<br />
irá apontar quem está certo<br />
ou quem está errado. Mas irá<br />
facilitar a narrativa entre os<br />
envolvidos para restabelecer o<br />
diálogo, reforçando os princípios<br />
da Cultura de Paz, mantendo<br />
uma comunicação não violenta,<br />
respeitosa, colaborativa<br />
e cuidando sempre desta<br />
comunicação, mencionar que<br />
enquanto um fala o outro escuta para entender o que está<br />
sendo colocado em discussão.<br />
Escutar com atenção é a atitude permanente do<br />
mediador, sem dúvida, uma das regras básicas do sucesso<br />
de uma mediação, pois assegura aos participantes que<br />
todos estão sendo escutados. O mediador deve escutar
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong><br />
17<br />
cada pessoa com a sua “própria verdade” aceitando as<br />
percepções de cada uma, respeitando “suas realidades”.<br />
O mediador quando atua, se coloca como catalizador da<br />
percepção e discriminação das subjetividades. Escuta<br />
as palavras, os pensamentos, as expressões corporais e<br />
faciais, a linguagem verbal e não verbal,<br />
o que não foi dito mas simplesmente<br />
manifestado através de um choro, de<br />
um silêncio, atribui o mesmo grau de<br />
importância a todas as manifestações,<br />
entendendo que são representantes do<br />
conflito.<br />
Através da escuta ativa, como<br />
atitude e princípios éticos, o mediador<br />
conduz a mediação.<br />
Em 2000 presenciamos<br />
várias representações do mundo todo<br />
alertando aos povos do planeta que é da<br />
responsabilidade de cada ser humano<br />
traduzir os valores, atitudes e padrões de comportamento<br />
que inspiram Cultura de Paz em realidade de vida diária.<br />
Neste mesmo ano, um grupo de laureados do<br />
Premio Nobel da Paz, Norman Bourlag, Adolfo Perez<br />
Esquivel, Michael Gorbatchev, Mairead Maguire,<br />
Rigoberta Menchu Tum, Shimon Perez, Jose Ramos<br />
Horata, Joseph Rotbleat, David Trimble, Desmond Tutu,<br />
Elie Wiesel, Carlos F. Ximenes Belo, Nelson Mandela, Dalai<br />
Lama, se encontraram em Paris para o 50º aniversário<br />
da Declaração Universal dos Direitos Humanos e deste<br />
encontro resultou o<br />
III Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não<br />
Violência.<br />
Respeitar a vida<br />
Ouvir para comprender<br />
Rejeitar a violência<br />
Preservar o planeta<br />
Ser generoso<br />
Redescobrir a solidariedade<br />
Todos podem agir no espírito de<br />
Cultura de Paz dentro do contexto<br />
da própria família, da escola, do local<br />
de trabalho, do bairro, da cidade,<br />
da região, da própria comunidade,<br />
tornando-se um mensageiro da<br />
tolerância, da solidariedade e do<br />
diálogo.<br />
Na nossa Paróquia, funciona o<br />
Centro de Mediação Comunitária São<br />
Francisco de Paula que atende pessoas<br />
envolvidas nos seguintes conflitos :<br />
Relações de Vizinhança. Desavenças no convívio Familiar.<br />
Obrigação Alimentar.<br />
Disputa de bens móveis e imóveis. Relações de Locação.<br />
Relação de Consumo.<br />
Descumprimento de contratos. Renegociações de Dívida.<br />
Condutas que configurem injúria/ameaça.<br />
Deixar os nomes, os contatos,<br />
na secretaria da Paróquia.<br />
>>Marlei Gabriel Pereira<br />
Psicóloga .CRP: 05/33615<br />
Mediadora de Conflito<br />
Coordenadora do CMC São Francisco de Paula
18 <strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
TRANSFORMAÇÃO E ADAPTAÇÃO<br />
Em um tempo de interconectividade global,<br />
onde as discussões acontecem de forma abrangente,<br />
contando com a participação de praticamente todos os<br />
setores da sociedade, temos como maiores benefícios<br />
o engrandecimento das pautas, resultados plurais e<br />
enriquecimento cultural difuso.<br />
Nessa realidade um dos assuntos mais discutidos<br />
no momento é a mobilidade, seja ela social ou urbana. No<br />
entanto, um aspecto mais personalista desse tema carece<br />
de atenção.<br />
Trata-se da mobilidade individual adaptada. Mas<br />
não o seu caráter prático, amplamente discutido e quase<br />
que satisfatoriamente aplicado, pois não podemos negar<br />
que muito já foi feito no sentido de adaptar os grandes<br />
centros urbanos para o deslocamento de cadeirantes<br />
e deficientes visuais. O que se deseja abordar são as<br />
dificuldades do período de transição e adaptação à nova<br />
realidade de alguém que vê o seu corpo afetado por alguma<br />
enfermidade transitória ou crônica.<br />
Se uma leve frustração é lugar comum conforme<br />
envelhecemos e assistimos o vigor da juventude nos<br />
abandonar, pois nada mais humano do que associar a plena<br />
realização das vontades à felicidade, pensamento comum e<br />
corriqueiro durante a juventude. Nada mais justo do que o<br />
sentimento de que a vida será pouco frutífera e prazerosa<br />
ao não dispormos de pleno vigor para nos lançarmos em<br />
direção a todo e qualquer ensejo.<br />
Traumas físicos, doenças ortopédicas ou<br />
neurodegenerativas tem em comum a limitação física,<br />
temporária, crônica ou progressiva. Sendo as limitações<br />
articulares, fraqueza ou incapacidade muscular e o déficit<br />
de equilíbrio as suas sequelas mais frequentes.<br />
Passado o primeiro momento, onde o diagnóstico<br />
conduzirá o paciente a descoberta de sua limitação<br />
resultante e, por conseguinte sua nova realidade, seja ela<br />
momentânea ou permanente, é comum que se experimente<br />
uma sensação de que nada será como antes. Pois um dos<br />
traços mais peculiares da natureza humana é a crença no<br />
planejamento e controle de nossas vidas.<br />
Entretanto, paradoxalmente temos a incerteza<br />
como ponto constante em nossas vidas, nada é permanente<br />
e por fim nos cabe escolher como lidar com isso. Se não<br />
fácil em primeiro momento, também é verdade que na<br />
aceitação encontraremos o conforto necessário à todas as<br />
situações que não podemos modificar.<br />
Em meio a transformação da vida cotidiana,<br />
muletas, bengalas, andadores e cadeiras de roda passam a<br />
fazer parte dessa nova etapa, bem como formas adaptadas<br />
de interação com o mundo são aprendidas.<br />
É comum nesse momento um sentimento<br />
equivocado de inferioridade ou indignidade. Acredite,<br />
muitos pacientes compartilham esses sentimentos no<br />
primeiro momento, mas como você irá lidar com eles é a<br />
grande questão. Não se culpe por sentir-se assim, o orgulho<br />
também é um traço comum da personalidade humana,<br />
apenas não deixe que esses sentimentos se consolidem em<br />
um desejo de isolamento.<br />
Não há demérito algum em sua condição física, tão<br />
pouco na utilização de uma bengala ou cadeira de rodas.<br />
Da mesma forma, ter uma acompanhante não fará com<br />
que seu passeio seja menos prazeroso. É preciso coragem<br />
e obstinação para superar todas as dificuldades físicas e<br />
continuar um membro ativo e atuante em nossa sociedade.<br />
Há muita dignidade nisso.<br />
Afinal de contas, em um mundo onde a mudança<br />
ocorre tão somente pela mudança, em um ritmo cada vez<br />
mais acelerado, jovens e adultos não podem prescindir<br />
da sabedoria conquistada pelos nossos seniores, os<br />
verdadeiros fiéis da nossa balança social.<br />
Converse com o seu médico, procure entender<br />
a real extensão da sua limitação e peça a indicação<br />
de um bom Fisioterapeuta. As técnicas atuais podem<br />
minorar sintomas e sequelas, contornando limitações e<br />
promovendo a reintegração do paciente ao convívio em<br />
sociedade.<br />
>> André Luis - Fisioterapeuta<br />
Crefito 99941-F
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong> 19
20 <strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
SAÚDE<br />
“YOGA E SEUS<br />
BENEFÍCIOS”<br />
A prática do Yoga está sendo recomendada como<br />
uma das formas de manter o equilíbrio necessário<br />
para acompanhar o ritmo acelerado da vida moderna.<br />
Ele trabalha o corpo e a mente através de disciplinas<br />
tradicionais. Conforme essa rotina vai sendo implantada,<br />
a transformação vai ocorrendo também na consciência,<br />
como um meio de se chegar ao auto-conhecimento; seja<br />
pelo estudo (filosofia do yoga) ou pela prática (exercício),<br />
como sugere alguns mestres.<br />
Alguns relacionam essas transformações<br />
da consciência humana, ser geradora também da<br />
transformação da consciência Divina. “O Yoga é um<br />
caminho de auto-aperfeiçoamento que nos dá a<br />
oportunidade de nos observarmos, prestando atenção às<br />
nossas ações no mundo e também nas nossas relações.<br />
Nos textos sagrados da Índia antiga (Vedas), o Yoga<br />
é uno, integral, sem separação do ser, porém no Ocidente,<br />
o Yoga sofreu algumas adaptações, onde várias vertentes<br />
surgiram. O mais conhecido é o Hatha-yoga, onde trabalha<br />
o psicossomático utilizando como instrumento, conjunto<br />
de técnicas que ajudará na transformacão de todos<br />
os níveis do ser, tendo como ponto de partida o físico<br />
(posturas), podendo assim, atingir o mental e emocional.<br />
C o m o<br />
diz o Prof.<br />
Hermógenes,<br />
talvez o mais conhecido por nós: “Ter uma visão mais<br />
verdadeira das coisas é Yoga”. Por Isso, estar aberto para<br />
vivenciar essa prática com verdade é transformadora. Ela<br />
nos leva do ponto mais adormecido de nós para o nosso<br />
potencial de ser humano. Olhar e querer melhorar nossas<br />
imperfeições. Sermos fortes, equilibrados e de bem com a<br />
vida. Exercitar o amor conosco e com o outro.<br />
“Perceber Ele (Deus) em tudo que acontece<br />
Esse é o motivo pelo qual você existe”<br />
Todos da paróquia São Francisco de Paula estão<br />
convidados para fazer parte desse projeto que terá início<br />
em março de 2018. Maiores informações em breve, na<br />
secretaria.<br />
>>Juliana Cinelli<br />
Psicóloga Transpessoal, Instrutora de Yoga
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong> 21<br />
O AVC: ACIDENTE VASCULAR<br />
CEREBRAL<br />
O acidente vascular cerebral (AVC) figura entre<br />
as principais causas de morte no país. Os números são<br />
alarmantes: segundo dados do Ministério da Saúde, o AVC,<br />
só em 2015, ocasionou cerca de 100 mil óbitos no Brasil.<br />
O acidente vascular cerebral, também conhecido<br />
como derrame cerebral, poder ser desencadeado por um<br />
entupimento ou pelo rompimento dos vasos que levam<br />
sangue ao cérebro. Essas alterações podem provocar<br />
paralisia da região cerebral que ficou com circulação<br />
sanguínea comprometida.<br />
Os principais fatores de risco para o AVC são:<br />
• Hipertensão arterial<br />
• Tabagismo;<br />
• Colesterol elevado;<br />
• Diabetes;<br />
• Obesidade;<br />
• Sedentarismo;<br />
• Uso de anticoncepcionais hormonais;<br />
• Idade avançada;<br />
• Arritmias cardíacas, principalmente a Fibrilação<br />
Atrial.<br />
O reconhecimento rápido dos sintomas, como<br />
dificuldade em movimentar os braços e pernas, dificuldade<br />
para falar e se expressar, desmaios e alterações agudas<br />
da visão, devem alertar o paciente e familiares para<br />
procura imediata por atendimento hospitalar adequado.<br />
O tempo para o início do tratamento médico é essencial<br />
para diminuir a extensão da lesão cerebral e a sequela da<br />
doença.<br />
Algumas arritmias cardíacas, como a Fibrilação<br />
Atrial, aumentam o risco para AVC, principalmente o AVC<br />
isquêmico. Nesses pacientes o uso dos anticoagulantes<br />
orais para prevenção do AVC deve ser avaliado com<br />
agilidade. Essa arritmia ocorre por uma contração caótica<br />
e desorganizada dos átrios, que são as câmeras superiores<br />
do coração, podendo levar a formação de coágulos. Se esse<br />
coágulo se soltar pode levar ao entupimento arterial e<br />
provocar isquemia cerebral (AVC isquêmico). Nos pacientes<br />
com risco elevado de fenômenos tromboembólicos o uso<br />
de anticoagulantes orais é essencial.<br />
O diagnóstico precoce, o tratamento e a prevenção<br />
dos fatores de risco são muito importantes para reduzir o<br />
risco do acidente vascular cerebral.<br />
Não deixe de conversar com o médico da sua<br />
confiança para maiores esclarecimentos.<br />
>>>Bruno Heringer<br />
CRM: 5276173-7<br />
Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)<br />
Membro Habilitado em Estimulação Cardíaca Artificial<br />
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular<br />
(Deca/SBCCV)<br />
Especialização em Arritmias Cardíacas pelo Instituto<br />
Nacional de Cardiologia (INC).<br />
Acesse a página oficial da nossa<br />
paróquia no facebook o qrcode<br />
ao lado ou acessando:<br />
www.facebook.com/paroquiasaofranciscodepaulabarradatijuca
22 <strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
IMPULSIVIDADE: COMO RECONHECER<br />
E COMO TRATAR<br />
A Impulsividade é um padrão de comportamento<br />
caracterizado por reações rápidas e não planejadas.<br />
Frequentemente, a pessoa impulsiva diz que “quando<br />
viu, já fez”, “fez primeiro e pensou depois” e outras frases<br />
do gênero. As consequências não são devidamente<br />
avaliadas e a pessoa “age sem pensar”. Obviamente, este<br />
comportamento, quando recorrente, coloca a pessoa<br />
em situações complicadas e, muitas vezes, até mesmo<br />
arriscada, como: dirigir embriagada, ter episódios de<br />
compulsão alimentar, uso de drogas, brigas e agressões,<br />
tentativas de suicídio, conflitos conjugais, risco de perda<br />
do emprego – só para citar algumas.<br />
Impulsividade é um traço de personalidade e todos a<br />
possuem em menor ou maior grau. O problema é quando<br />
a impulsividade é excessiva e leva a pessoa a tomar atitudes<br />
das quais ela se arrepende depois. Para entender melhor a<br />
impulsividade, vamos analisar como é o processo normal<br />
de tomada de decisão.<br />
Quando precisamos agir, passamos por quatro fases:<br />
• Fase de intenção: é o momento em que<br />
percebemos que desejamos algo. Por exemplo: sentimos<br />
vontade de comer um chocolate.<br />
• Fase de deliberação: é o momento no qual<br />
pesamos os prós e os contras de ir atrás do nosso<br />
desejo. Exemplificando, a pessoa pode ter pensamentos<br />
contraditórios: “eu quero emagrecer e um chocolate<br />
engorda muito”, “ah, mas estou com muita vontade e um só<br />
não vai fazer mal” e daí por diante.<br />
• Fase de decisão: É o momento no qual decidimos,<br />
finalmente, agir. No nosso exemplo, seria o momento no<br />
qual resolvemos: “vou comer o chocolate”.<br />
• Fase de execução: é o momento da ação<br />
propriamente dita e os atos envolvidos em ir lá, pegar o<br />
chocolate e comê-lo.<br />
Pessoas muito impulsivas eliminam a fase de deliberação e<br />
“pulam” direto do desejo para a ação.<br />
Há uma série de transtornos psicológicos e psiquiátricos<br />
que estão intimamente ligados à dificuldade de controle<br />
dos impulsos. Alguns exemplos são:<br />
• Transtorno explosivo intermitente: fracasso<br />
frequente em frear os impulsos agressivos, o que leva a<br />
pessoa a se envolver em uma série de agressões, destruição<br />
de propriedade e às vezes até atos autodestrutivos;<br />
• Cleptomania: impulsos irresistíveis em roubar<br />
itens desnecessários;<br />
• Piromania: a pessoa fracassa em resistir ao<br />
impulso de incendiar objetos e outros bens;<br />
• Jogo patológico: a pessoa se torna “dependente”<br />
de jogos de azar ou apostas;<br />
• Tricotilomania: impulso irresistível de arrancar<br />
fios do próprio cabelo, o que muitas vezes causa uma área<br />
de “careca” visível na cabeça ou em outras áreas do corpo<br />
onde antes havia pelos;<br />
• E a dependência química, também estão muito<br />
relacionadas à dificuldade no controle dos impulsos.<br />
Algumas pessoas, por uma variedade de motivos, parecem<br />
não conseguir frear alguns comportamentos impulsivos,<br />
sejam eles frequentes ou não. Quando nos deparamos com<br />
alguma tentação, é possível que tomemos alguma atitude<br />
sem pensar, por impulso, e que vai gerar arrependimentos<br />
futuros.<br />
Mas como saber quando um comportamento impulsivo<br />
precisa ser analisado com mais atenção? Além disso, como<br />
saber quando o comportamento impulsivo pode causar<br />
consequências negativas?<br />
Como lidar com o comportamento impulsivo<br />
O primeiro passo para contornar problemas gerados<br />
pelas ações impulsivas é identificar em que situações elas
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong> 23<br />
tendem a acontecer. Para isso, vale analisar o próprio<br />
comportamento procurando descobrir:<br />
• Qual sentimento aciona o comportamento<br />
impulsivo?<br />
• As atitudes são premeditadas ou decididas no<br />
momento?<br />
• Há alguma pessoa que costuma motivar esse<br />
comportamento?<br />
• Em que estado você está quando age dessa<br />
forma? (sob efeito de álcool, com medo, raiva, etc.)<br />
O autoconhecimento é uma excelente forma de identificar<br />
aquilo que motiva suas ações impulsivas. Ao conhecer seu<br />
próprio comportamento, fica mais fácil antever algumas<br />
situações e tentar frear atitudes impensadas. Além disso,<br />
conhecendo seus impulsos fica mais fácil tomar riscos<br />
calculados e, assim, diminuir os danos de alguma atitude<br />
precipitada.<br />
Comportamentos comuns na vida de quem age por impulso<br />
e não domina as próprias emoções podem ser amenizados<br />
com algumas dicas importantes como criar estratégias<br />
para se controlar nas situações em que costuma perder o<br />
rumo e se apropriar das suas reações.<br />
Para reduzir o stress você pode, por exemplo:<br />
• Limitar as demandas e compromissos que<br />
assume;<br />
• Dormir o suficiente para relaxar;<br />
• Praticar meditação, exercícios físicos e de<br />
respiração.<br />
Aliás, assim que perceber que as coisas vão sair de<br />
controle, você deve respirar profundamente - isso altera<br />
de imediato as suas emoções - e conforme se acalma, você<br />
toma consciência do seu estado e passa a administrar as<br />
reações.<br />
O exercício físico regular reduz o excesso de energia e<br />
agressividade, acalma a mente e é um excelente repositor<br />
de hormônios e neuroquímicos. Muitas vezes até fazer<br />
uma caminhada ou dar uma volta a pé no quarteirão já<br />
reduz a ansiedade.<br />
E por falar em ansiedade, se ela vier junto com depressão,<br />
busque ajuda profissional, porque nem tudo você pode<br />
resolver sem apoio. Reserve um tempo para você, tenha<br />
um hobby, leve o cachorro para passear na praça, dance<br />
(nem que seja sozinho e com sua música preferida), vá ao<br />
jogo de futebol, tenha sempre uma conversa boa com os<br />
amigos. Tudo isso contribui para reduzir o stress e assim<br />
você aprende a assumir o controle de suas emoções.<br />
Entre as estratégias, você pode:<br />
• Evitar as situações que possam provocar um<br />
descontrole,<br />
• Ensaiar previamente como pretende reagir, se já<br />
sabe com o que vai ter que lidar.<br />
Mas se for inevitável e você sentir que a emoção vai<br />
dominar as suas palavras e atitudes, simplesmente saia de<br />
perto e se dê um tempo para retomar a conversa. Nesse<br />
intervalo, respirar fundo sempre ajuda a acalmar a mente.<br />
Quando recuperar o controle, se for o caso, admita que<br />
você se excedeu e mostre o que pensa racionalmente.<br />
Contar com o apoio dos amigos e familiares pode ser de<br />
grande ajuda: pedindo que interfiram de forma positiva<br />
nos momentos mais críticos e apresentando a situação<br />
sob outras perspectivas. Eles também precisam estar<br />
conscientes de que a sua reação imediata pode ser mais<br />
forte do que o normal.<br />
Ser dono das próprias reações não é tão simples assim, mas<br />
elas podem ser moderadas se você estiver consciente de<br />
que os sentimentos mudam, tanto os bons como os ruins.<br />
Os nossos relacionamentos familiares e sociais podem ser<br />
bem melhores se você estiver mais atento ao sentimento<br />
do outro e o impacto que suas reações podem causar na<br />
vida de todos à sua volta.<br />
Enfim, procure separar seus sentimentos das suas ações e,<br />
se for preciso, busque um treinamento Mindfulness para<br />
obter uma ajuda mais efetiva. O Mindfulness é um estado<br />
de atenção plena, no qual a consciência é direcionada<br />
ao momento presente, de maneira intencional e sem<br />
julgamento. Estudos científicos comprovam os resultados<br />
positivos dessa prática, que inclui a meditação e atividades<br />
que estimulam sair do piloto automático.<br />
Quando você descobre as estratégias para contornar os<br />
sintomas da impulsividade e consequente descontrole<br />
emocional, a vida pode se tornar bem melhor em todos os<br />
aspectos. Quanto mais você ficar atento às suas reações e<br />
mais exercitar as estratégias de estar presente e consciente,<br />
mais apto estará para reagir com equilíbrio. Então, poderá<br />
experimentar uma vida com menos conflitos e mais<br />
tranquilidade em todos os campos de relacionamento.<br />
E caso perceba que não consegue elaborar sozinho uma<br />
estratégia para vencer essas barreiras, busque ajuda<br />
psicológica, que pode ser de grande valia para estabelecer<br />
um plano de ação mais positivo.<br />
Até o nosso próximo encontro.<br />
>>Psicóloga Claudia Siqueira de Albuquerque Costa<br />
CRP: 05/52487
<strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
com: Paulo Melo<br />
CANDIDATO AO DIACONATO<br />
PERMANENTE<br />
NOME: Paulo Roberto de Mello<br />
Nacionalidade : Brasileira - Rio de Janeiro<br />
Cidade preferida : New York<br />
Comida Preferida : Cozinha Italiana<br />
Local RJ : Barra da Tijuca<br />
Música : Inexplicável Amor (Ilmar Quintanilha)<br />
Filme : Paixão de Cristo (Mel Gibson)<br />
Cor : Azul<br />
Praia ou Montanha : Roça<br />
Futebol: Flamengo<br />
Hobby : Motocicleta<br />
Acredita no mundo melhor? Sim. Desde o momento<br />
em que os homens tiverem a consciência de que é<br />
impossível viver longe do Evangelho.<br />
Mensagem: Deus em momento algum disse que iria<br />
ser fácil. Erga a cabeça e siga confiando, comece a<br />
viver o céu nesta terra.
<strong>NOSSOS</strong> <strong>PASSOS</strong> 25<br />
1 - Marta Itajacy Almeida Santos<br />
2 - Luisa Mannarino Mantuano<br />
3 - Cláudia Regina Teixeira Rodrigues<br />
4 - Vera Joana Gabriel Gussen<br />
5 - Carolina do Val Ferreira<br />
5 - Gislaine Secco Mathias<br />
7 - Paulo Antonio de Souza Cruz<br />
7 - Teresinha Ferreira<br />
9 - Edmundo Pereira Teles<br />
9 - Rubinaldo Evaristo de Souza<br />
10 - Maria Letícia Pompeu Sá<br />
11 - Gabriella Pellizzi Tostes<br />
11 - Sidney Fernandes Eiras<br />
13 - Antonio Eleilson de Sousa Carvalho<br />
13 - Jarbas Borges Alves<br />
13 - Regina Maria de Sousa Cunha<br />
16 - Abigail Cardoso de Sá<br />
17 - Manuel Antonio Gonçalves Filho<br />
17 - Pompéa Dutra Brazil<br />
19 - Ana Lucia Garcia Schatsbarg<br />
19 - Fortunato Esperato Feijóo<br />
22 - Maria Teresa M. Alexandre<br />
22 - Ney Medeiros Pinto<br />
23 - João Batista Martins<br />
23 - Mauri Simões de Almeida<br />
24 - Mônica Duffles Andrade Donato<br />
25 - Maria Pereira dos Santos de Lima<br />
27 - Abdalla Akil Filho<br />
27 - Lina Maria Habib<br />
28 - Carlos Alberto Santanna<br />
28 - Maria do Carmo Abreu de Souza<br />
29 - Ana Person Rocha e Pinho<br />
29 - Maria de Lourdes Leal Mattos<br />
31 - Natália Sampaio Santos Dias<br />
ORAÇÃO DO DIZIMISTA<br />
Recebei, Senhor, a minha oferta.<br />
Ela não é uma esmola, porque não sois mendigo.<br />
Não é apenas uma contribuição porque não precisais dela.<br />
Não é o resto que me sobra que vos ofereço.<br />
Esta importância, Senhor, representa a minha gratidão<br />
e o meu reconhecimento, pois se tenho algo,<br />
é porque Vós me destes.<br />
Amém!
26 <strong>DEZEMBRO</strong> / 17<br />
CLASSIFICADOS
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