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O imóvel onde funciona, hoje, a Prefeitura Municipal de Pirapora já foi escritórios de uma companhia<br />

de navegação do rio São Francisco, Cooperativa dos Fluviários, e o ‘’Carrancas Hotel’’<br />

Antônio Nascimento,<br />

que faleceu em meados da<br />

terceira década do século<br />

passado, era comerciante<br />

atacadista em Pirapora, e foi o<br />

proprietário de um dos grandes<br />

vapores que navegaram<br />

no rio São Francisco, e que<br />

tinha o mesmo nome do comerciante<br />

atacadista.<br />

A rua Antônio Nascimento,<br />

durante muitos anos,<br />

era uma das ruas onde a<br />

maioria de seus imóveis eram<br />

residências. No ínício da rua,<br />

do lado esquerdo, existia um<br />

barracão onde funcionava<br />

uma ferraria, cujo proprietário<br />

era conhecido como ‘’Seô Senhorinho’’,<br />

um ferreiro que<br />

veio trabalhar na construção<br />

da ponte Marechal Hermes, e,<br />

depois que a ponte ficou pronta,<br />

decidiu fixar residência em<br />

Pirapora, instalando a sua ferraria<br />

na esquina das antigas<br />

ruas Pernambuco com a rua<br />

Minas Gerais.<br />

A ferraria do Seô Senhorinho,<br />

um celibatário convicto,<br />

era um tosco barracão<br />

coberto de zinco, tendo a<br />

frente um portão de madeira,<br />

e o seu proprietário tinha um<br />

cômodo nos fundos da ferraria,<br />

que servia de dormitório,<br />

cozinha e banheiro. Todo<br />

o terreno era cercado com<br />

arame farpado.<br />

No final da década de<br />

70, o seu Senhorinho faleceu.<br />

Por morar sozinho, ninguém<br />

deu conta da morte do<br />

ferreiro, até que um de seus<br />

vizinhos, João Medeiros, notou<br />

que o ferreiro, certa manhã,<br />

não abrira o seu estabelecimento,<br />

e os vizinhos, diante<br />

do grande mau cheiro,<br />

decidiram arrombar o portão<br />

da ferraria, e, lá dentro, encontraram<br />

o ferreiro morto, já<br />

em adiantado estado de decomposição.<br />

Após a ferraria do seô<br />

Senhorinho, até a esquina da<br />

21<br />

rua São Paulo (hoje Teófilo<br />

Barbosa) ficava um conjuto<br />

de prédios que pertencia aos<br />

irmãos Nascimento. Era o antigo<br />

Trapiche dos Nascimento,<br />

onde funcionava um armazém<br />

atacadista e uma beneficiadora<br />

de algodão.<br />

No lado direito do primeiro<br />

quarteirão da rua Antônio<br />

Nascimento havia um<br />

grande lote vago, onde o sr.<br />

João Medeiros plantava horta.<br />

Logo após esse lote vago,<br />

já no final dos anos cinquenta,<br />

o advogado Carlos Aquino<br />

construiu a sua moradia, e,<br />

depois dela, já na esquina<br />

com a rua São Paulo, havia<br />

outra residência onde morava<br />

Lourival Brasil e dona Rita,<br />

pais de Danuza e Vaneza.<br />

Nessa esquina, foi construído<br />

um prédio onde, atualmente,<br />

funciona a Cemig.<br />

Na época das chuvas,<br />

aquele trecho do primeiro<br />

quarteirão da rua Antônio

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