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Jornal do Rebouças

Edição XXXV - Fevereiro/2018

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Página 2 | Fevereiro 2018 www.jornal<strong>do</strong>reboucas.com.br JORNAL <strong>do</strong> REBOUÇAS<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>do</strong> <strong>Rebouças</strong><br />

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As matérias assinadas não refletem<br />

necessariamente a opinião <strong>do</strong> jornal.<br />

Merca<strong>do</strong>rama <strong>Rebouças</strong>: Rua 24 de maio,<br />

762 - <strong>Rebouças</strong> | Lotérica Sorte Mania: Rua<br />

24 de maio, 762 - <strong>Rebouças</strong> - F: 3359-<br />

1645 | Confeitaria Wing: Av. Silva Jardim,<br />

1219 - <strong>Rebouças</strong> - F: 3233-5878 | Açougue e<br />

Panifica<strong>do</strong>ra Tobias: Rua Lamenha Lins, 1628<br />

- <strong>Rebouças</strong> - F: 3013-6041 | Auto Posto das<br />

Tartarugas: Av. Sena<strong>do</strong>r Salga<strong>do</strong> Filho, 405 -<br />

Pra<strong>do</strong> Velho - F: 3019-6366 | Bebidas Kamel:<br />

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- F: 3332-9498 | Confeitaria Gênova: Rua 24<br />

de Maio, 1333 - <strong>Rebouças</strong> - F: 3333-4434<br />

Contabilista Papelaria e Informática: Av. Sena<strong>do</strong>r<br />

Salga<strong>do</strong> Filho, 424 - Pra<strong>do</strong> Velho - F: 3330-<br />

8000 | Lotérica Go<strong>do</strong>i: Av. Presidente Kennedy,<br />

106 - <strong>Rebouças</strong> - F: 3332-7310 | Lotérica<br />

Pirâmida da Sorte: Av. Marechal Floriano<br />

Peixoto, 30131 (Carrefour) - F: 3333-6401 |<br />

Armazém Seu Luiz: Av. Iguaçu, 481 - <strong>Rebouças</strong> -<br />

F: 3078-9470 | Manah Panifica<strong>do</strong>ra e Confeitaria:<br />

Av. Iguaçu, 481 - Água Verde - F: 3057-4994 |<br />

Panifica<strong>do</strong>ra Pão da Vovó: Rua Guabirotuba, 312<br />

- Pra<strong>do</strong> Velho - F: 3022-6520 | Panifica<strong>do</strong>ra<br />

Pão e Arte: Av. Silva Jardim, 1785 - <strong>Rebouças</strong><br />

- F: 3024-1645 | Panifica<strong>do</strong>ra Casarão Pães: Av.<br />

Iguaçu, 1260 - <strong>Rebouças</strong> - F: 3779-8585 |<br />

Padaria América: Rua Coronel Dulcídio, 2371<br />

- Água Verde - F: 3342-3531 | Panifica<strong>do</strong>ra<br />

Bom Pão: Rua Almirante Gonçalves, 1255<br />

- <strong>Rebouças</strong> - F: 3013-5535 | Panifica<strong>do</strong>ra<br />

Pan<strong>do</strong>ca: Rua Desembarga<strong>do</strong>r Westphalen,<br />

1377 - <strong>Rebouças</strong> - F: 3015-7299 |<br />

Panifica<strong>do</strong>ra Pão <strong>do</strong> Norte: Rua Francisco Nunes,<br />

296 - <strong>Rebouças</strong> - F: 3319-2741 | Panifica<strong>do</strong>ra<br />

AKIPÃO: Av. Sena<strong>do</strong>r Salga<strong>do</strong> Filho, 1229 -<br />

Guabirotuba - F: 3501-4991| Supermerca<strong>do</strong><br />

Con<strong>do</strong>r: Av. Água Verde, 860 - Água Verde<br />

- F: 3888-2229 | Pães e Doces Sensações: Rua<br />

Santana, 754 - Jardim Botânico - F: 3362-<br />

8532<br />

A Ferrovia Curitiba/Paranaguá completa 133 anos.<br />

Saiba como tu<strong>do</strong> começou...<br />

Tu<strong>do</strong> começou com os irmãos <strong>Rebouças</strong><br />

eles eram filhos de pai autodidata e<br />

netos de escrava alforriada casada com<br />

alfaiate da corte portuguesa. Assim tiveram<br />

a oportunidade de estudar engenharia<br />

na Europa e se especializar-se no Rio<br />

de Janeiro em pleno tempo de escravidão.<br />

Em 1865 André Pinto <strong>Rebouças</strong><br />

olhan<strong>do</strong> em um mapa percebeu que a cidade<br />

de Antonina no litoral paranaense,<br />

ficava na mesma linha que a cidade de<br />

Assunção no Paraguai, e ele conversou<br />

com o seu pai e seu irmão a possibilidade<br />

de construir uma estrada que ligasse as<br />

duas cidades.<br />

Infelizmente, nesta época, o Brasil<br />

estava em guerra contra Paraguai, a famosa<br />

guerra da Tríplice Aliança estava<br />

em andamento. (Brasil, Argentina, Uruguai<br />

versus Paraguai)<br />

Esta foi a razão que este projeto nunca<br />

foi leva<strong>do</strong> adiante. Mesmo assim em<br />

1871, senhores <strong>do</strong> Mate discutiam na cidade<br />

de Curitiba, a grande necessidade<br />

de levar a erva mate para o litoral paranaense.<br />

Os principais países consumi<strong>do</strong>res<br />

da erva eram Inglaterra, Chile, Uruguai<br />

e França.<br />

O transporte terrestre era limita<strong>do</strong><br />

aos muares, não existia nenhuma estrada<br />

que ligasse o litoral a Curitiba, o transporte<br />

era feito sobre trilhas indígenas.<br />

Embora a estrada da Graciosa já estivesse<br />

sen<strong>do</strong> construída, sobre uma dessas<br />

trilhas indígenas, ficaria pronta somente<br />

<strong>do</strong>is anos mais tarde. Mesmo com a<br />

estrada construída, o transporte ainda<br />

ficaria limita<strong>do</strong>, pois o mesmo era feito<br />

com mulas, cavalos e bois, principalmente<br />

mulas pela sua capacidade de carregar<br />

até duas vezes o seu peso e de andar aproximadamente<br />

28km sem descanso.<br />

Em 1873 Antonio Pereira <strong>Rebouças</strong><br />

Filho, irmão de André <strong>Rebouças</strong>, entrega<br />

ao então presidente da província <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, o projeto de construção<br />

da Estrada de Ferro Dona Isabel. Uma<br />

ferrovia que ligaria a cidade de Antonina<br />

a cidade de Curitiba. Este projeto foi basea<strong>do</strong><br />

no traça<strong>do</strong> original feito por André<br />

<strong>Rebouças</strong> em 1865.<br />

Infelizmente Antonio <strong>Rebouças</strong> foi<br />

a óbito em 1874, ao contrair malária na<br />

construção de uma ponte sobre o rio Piracicaba<br />

em São Paulo. Então o projeto<br />

de construção da ferrovia, ficou nas mãos<br />

de Irineu Evangelista de Souza, mais conheci<strong>do</strong><br />

como Barão <strong>do</strong> Mauá. Ele foi o<br />

Painel no interior <strong>do</strong> Museu no qual a figura central chama logo a atenção.Vemos o eng. Antônio <strong>Rebouças</strong><br />

ladea<strong>do</strong> por D. Pedro II e pelo eng. Teixeira Soares.<br />

empreende<strong>do</strong>r brasileiro que construiu<br />

a primeira ferrovia brasileira, a ferrovia<br />

Mauá, uma ferrovia que ligava a cidade<br />

de Rio de Janeiro a cidade de Formiga.<br />

Em 1875 houve uma disputa de local<br />

entre Paranaguá e Antonina, então por<br />

decreto imperial a ferrovia não partiria,<br />

mas de Antonina e sim de Paranaguá.<br />

Suspeita-se que a razão principal foi que<br />

o trecho entre Paranaguá e Morretes já<br />

estivesse parcialmente construí<strong>do</strong> pela<br />

iniciativa privada.<br />

Em 1879 uma companhia belga-francesa,<br />

a Compagnie Générale de fer Brésiliens,<br />

assumiu a obra de construção da<br />

ferrovia. Antonio Ferucci é o engenheiro<br />

chefe e mestre de obras, tinha apenas<br />

50 anos de idade e vasta experiência em<br />

construção de ferrovia, ele foi o responsável<br />

pela construção da ferrovia egípcia<br />

<strong>do</strong> Canal de Suez.<br />

No dia 05 de fevereiro de 1880, o<br />

impera<strong>do</strong>r Dom Pedro II, lança a pedra<br />

fundamental de construção da ferrovia,<br />

onde hoje é a estação ferroviária de Paranaguá.<br />

As obras iniciam-se com três<br />

trechos: Paranaguá - Morretes 42 km,<br />

Morretes-Roça Nova 38 Km e Roça Nova<br />

- Curitiba 30 km. A construção de cada<br />

trecho foi feita simultaneamente, dan<strong>do</strong><br />

assim uma conclusão surpreendente de<br />

apenas 5 anos para to<strong>do</strong> o projeto.<br />

Entre o fim de 1881 e o começo de<br />

1882 houve uma epidemia de malária e<br />

tifo nas obras da estrada de ferro. Alguns<br />

trabalha<strong>do</strong>res morreram, mas o número<br />

de trabalha<strong>do</strong>res que vieram a óbito pela<br />

epidemia e acidentes fatais, foi relativamente<br />

baixo.<br />

Em 1882 houve uma mudança na<br />

direção geral da Compagnie Générale<br />

de fer Brésiliens, Antonio Ferucci foi<br />

substituí<strong>do</strong> por João Teixeira Soares, um<br />

Brasileiro, mineiro, da cidade de Formiga,<br />

possuía apenas 34 anos de idade e recebeu<br />

críticas ao assumir o projeto, ele<br />

era considera<strong>do</strong> inexperiente para obras<br />

deste porte. Mesmo assim, ele assumiu o<br />

projeto e<br />

amplificou o número de trabalha<strong>do</strong>res<br />

de 4 mil para 9 mil homens nos trechos<br />

entre Morretes e Curitiba, este aumento<br />

no contingente <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res<br />

fez com que a obra não parasse, enquanto<br />

os acama<strong>do</strong>s e feri<strong>do</strong>s eram cura<strong>do</strong>s os<br />

outros trabalha<strong>do</strong>res davam continuidade<br />

no trabalho.<br />

Vale apena aqui mencionar o nome<br />

<strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r Dom Pedro II, que atendeu<br />

um pedi<strong>do</strong> especial <strong>do</strong>s irmãos <strong>Rebouças</strong>,<br />

nenhum trabalho escravo foi utiliza<strong>do</strong><br />

na construção da ferrovia, se teve algum,<br />

foram pagos pelos serviços presta<strong>do</strong>s. Os<br />

principais trabalhares eram imigrantes<br />

Poloneses, Alemães e Italianos.<br />

Em 1883 o trecho que liga Morretes<br />

a Paranaguá foi totalmente concluída e<br />

inaugura<strong>do</strong>.<br />

Em 1884 a ponte São João foi montada<br />

e inaugurada, e a Princesa Isabel junto<br />

com sua comitiva realizaram a primeira<br />

viagem completa de Paranaguá a Curitiba<br />

no dia 16 de novembro.<br />

No dia 02 de fevereiro de 1885 a ferrovia<br />

finalmente fui inaugurada e o tráfego<br />

aberto a to<strong>do</strong>s os trens no dia 05 de<br />

fevereiro.•<br />

Texto :Patrick Santos

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