GAZETA DIARIO 517
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02 Opinião<br />
Foz do Iguaçu, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018<br />
ÍNDICE<br />
Página 1 até 32<br />
EDITORIAL E COLUNA 2<br />
CIDADE 3<br />
SUBWAY 4<br />
POLÍTICA 5<br />
BICO DO CORVO 6<br />
CIDADE 7<br />
CAMPANA/GERAL 8<br />
GERAL 9<br />
CIDADE 10<br />
GERAL 11<br />
CIDADE 12<br />
TURISMO 13<br />
NACIONAL 14<br />
ÓTICAS CAROL 15<br />
NACIONAL 16<br />
COTIDIANO 17 A 24<br />
CLASSIFICADOS 25<br />
EDITAL 26 E 27<br />
PANORAMA 28<br />
POLÍCIA 29<br />
ESPORTE 30 A 32<br />
EDITORIAL<br />
A destruição criativa<br />
Os taxistas de Foz do Iguaçu foram às ruas ontem para protestar contra a chegada da<br />
Uber. Na defesa do ganha-pão, os profissionais querem que a União mantenha o direito de<br />
municípios legislarem sobre transportes e dizerem: neste município, Uber, por exemplo, é<br />
ilegal. Querem manter a posição do Foztrans de punir o exercício ilegal da profissão.<br />
Porém o "uberista" desponta no ar como uma nova categoria nascida de tecnologias<br />
"disruptivas" ou, se não "disruptivas", pelo menos com tendência a mudar as regras do<br />
jogo. A Uber — empresa multinacional — e os taxistas já se enfrentaram em todo o mundo.<br />
Na semana passada foi a vez de Assunção e Ciudad del Este. Ontem havia notícias de<br />
um iminente desembarque da Uber em Puerto Iguazú.<br />
Graças à revolução dos aplicativos, muitas outras grandes ideias começaram a mudar<br />
as regras dos negócios. O equivalente da Uber na hotelaria se chama Airbnb, pelo qual<br />
todo cidadão pode, se quiser, hospedar turistas em casa. Tentando fincar pé no mercado<br />
gastronômico estão aplicativos como o Eatwith, que incentiva experiências gastronômicas<br />
"imersivas" em mais de 130 países. O viajante pode reservar um jantar na casa de um<br />
chef que cozinhará para um grupo em Paris.<br />
O Couchsurfing concorre, mais ou menos, com o Airbnb na área da hospedagem alternativa<br />
em casas de família em qualquer lugar do mundo. Já o TourHQ permite que qualquer<br />
pessoa interessada possa oferecer-se como guia para viajantes. No lado mais ofensivo<br />
da "disrupção", muitas profissões precisam de reajustes para sobreviver. A lista inclui:<br />
agentes de viagem, tradutores, corretores de bolsas, taxistas tradicionais e até jornalistas.<br />
Não é um decreto. É antes um desafio à criatividade. Na competição com as máquinas, o<br />
lado humano sempre poderá surpreender.<br />
As crianças da virada do milênio podem não acreditar, mas já tivemos amolador de<br />
tesouras e facas, locadores de linha fixas de telefone, ascensoristas, operadores de central<br />
telefônica e telex, além de operadores de telefoto.<br />
extrapauta<br />
Ministro troca<br />
comando da PF<br />
Em seu primeiro dia à frente do<br />
novo Ministério Extraordinário da Segurança<br />
Pública, o ministro Raul<br />
Jungmann decidiu mexer no comando<br />
da Polícia Federal, substituindo<br />
Fernando Segovia por Rogério<br />
Galloro no cargo de diretor-geral da<br />
corporação. Ex-diretor-executivo da<br />
PF, Galloro é o atual secretário nacional<br />
de Segurança Pública.<br />
Antes mesmo de sua posse como<br />
ministro da Segurança Pública, ocorrida<br />
no final da manhã de ontem (27),<br />
Jungmann conversou sobre o assunto<br />
com Michel Temer. Na conversa, o<br />
ministro manifestou o desejo de fazer<br />
a troca no comando da PF e obteve<br />
a aprovação do presidente.<br />
Desde o início do mês, quando<br />
concedeu uma entrevista à Agência<br />
Reuters afirmando que, no inquérito<br />
em que Temer e outros acusados<br />
são investigados pela PF, os "indícios<br />
são muito frágeis", sugerindo que<br />
o inquérito "poderia até concluir que<br />
não houve crime", Segovia vinha<br />
sofrendo críticas e sendo alvo de<br />
questionamentos.<br />
Na segunda, a procuradora-geral<br />
da República, Raquel Dodge,<br />
pediu ao ministro do Supremo Tribunal<br />
Federal (STF) Luís Roberto Barroso<br />
uma medida judicial para que<br />
Segovia se abstivesse de "qualquer<br />
ato de ingerência sobre a persecução<br />
penal em curso".<br />
Na semana passada, Fernando<br />
Segovia disse ao ministro Barroso,<br />
que conduz o inquérito sobre Temer<br />
no STF, que não pretendeu "interferir,<br />
antecipar conclusões ou induzir o<br />
arquivamento" do inquérito sobre o<br />
presidente Michel Temer. Ao ministro,<br />
Segovia ressaltou que suas declarações<br />
foram "distorcidas e mal interpretadas",<br />
que não teve intenção de<br />
ameaçar com sanções o delegado<br />
responsável pelo caso e também se<br />
comprometeu a não dar mais declarações<br />
sobre a investigação.<br />
(Alex Rodrigues — repórter da<br />
Agência Brasil)