Usina

[Edição 1, Volume 1]
~ USINA DE TRANSFORMAÇÃO ~
ESPAÇO DE FORMAÇÃO, CULTURA E TRANSFORMAÇÃO
Um novo olhar sobre a instituição que é única no Brasil
A partir do momento em que se adentra o
espaço da Usina de Arte João Donato, qualquer
pessoa logo percebe que já não sairá dali a mesma.
Assim também se pode falar a respeito dos alunos que
frequentam os cursos técnicos e de formação inicial e
continuada oferecidos na instituição desde o ano de
2012.
Um dos pioneiros na Usina, o curso de
Audiovisual vem formando profissionais preparados
para atuar na área de cinema e vídeo desde a
implantação do PRONATEC, resultado da parceria
com o Instituto Dom Moacyr que integrou a
instituição como Centro de Educação Profissional e
Tecnológica.
Com o intuito de firmar seu papel, não só
formador, mas de integração artística e social, a Usina
de Arte apresenta a primeira edição do Usina de
(Trans)Formação, informativo de distribuição mensal
em formato digital, que visa compartilhar com a
sociedade mais do que os acontecimentos cotidianos,
servindo o público com as histórias de professores,
alunos e colaboradores do universo artístico, do
universo local ao internacional.
Nesta primeira edição, apresentamos um rapaz cuja
história, bastante peculiar, se confunde com a história
de formação e especialização da Usina de Arte.
Seu nome é Madson Oliveira, integrante do
quadro de estagiários que, no último mês de janeiro,
ministrou a oficina mais procurada de todos os
tempos. Mas sua peculiaridade não é pela oficina de
Videomaker. Madson é o primeiro e único aluno
certificado duas vezes como Técnico Audiovisual.
Sim, nosso querido estagiário qualificou-se no Curso
Técnico de Audiovisual com as duas primeiras turmas
formadas pela Usina de Arte, em 2012 e 2013. E aqui
você vai pode conferir mais dessa história.
DE ONDE VEIO O JACARÉ?
No pátio da Usina de Arte João Donato, ao lado de uma enorme Paxiúba, dividindo o espaço com duas
bicicletas que trafegam de cabeça para baixo, sob a sombra de __________ reside um jacaré. Talvez nem
aqueles que já visitaram o espaço tenham percebido sua presença. Hoje professor, Alexandre(?) fez parte
da turma que esculpiu a obra e hoje dá aula no curso de Artes Visuais. Conversamos um pouquinho com
ele e aqui você confere o que essa galera está preparando para os últimos meses do curso.

QUANDO O FIM SE JUSTIFICA PELO MEIO
A história do aluno que não queria ser aluno e agora quer ser professor
NO COMEÇO, NEM
SABIA O QUE ERA
AUDIOVISUAL.
MEU SONHO
ERA CONHECER
O MUNDO
Madson Oliveira
Ele queria fazer um curso técnico na área
de Turismo, convicto de que, assim, realizaria o
sonho de viajar para conhecer o mundo. Ficou
sabendo que a Usina de Artes estava oferecendo
alguns cursos técnicos e decidiu seguir a dica de
um amigo para cursar o Curso Técnico de
Audiovisual, que o Instituto Dom Moacyr, por
meio do Pronatec, estava abrindo a primeira
turma na instituição. Com quinze anos de idade,
aquele tímido estudante de ensino médio resolveu
arriscar a experiência sem saber do que
aconteceria com ele desde o primeiro dia de aula.
Hoje com 21 anos, Madson Oliveira faz
parte do núcleo de estagiários da Usina de Arte,
auxiliando os profissionais que ministram o
Curso Técnico de Cinema na instituição.
“Estávamos todos no teatro da Usina, onde
seríamos apresentados à equipe de servidores,
mediadores e professores. Aí perguntaram para
os alunos de quais cursos eles eram, pedindo para
levantar a mão. O de áudio e vídeo foi o último.
As mãos ainda levantadas, eles perguntam quem
gostaria de falar sobre o que esperava do curso”.
O jovem rapaz não baixou a mão tão rápido
quanto seus colegas de classe e acabou sendo
notado pela coordenadora. “Eu nem sabia o que
era áudio e vídeo. Eu queria fazer Turismo. Meu
sonho era conhecer o mundo. Além disso, eu era
muito tímido. Não falava na frente de duas
pessoas, quanto mais uma multidão”.
Muito diferente do adolescente tímido
que fez parte da primeira turma de áudio e vídeo
formada na Usina de Arte, Madson diz que, um
mês e meio depois daquele primeiro dia de aula,
ao participar de uma das produções
desenvolvidas em sala, ele deu-se conta que
estava realizando o sonho que tinha, de uma outra
maneira. “Sem perceber, eu estava viajando pelo
mundo. E por outros mundos além da Terra. O
cinema é algo tão incrível que ainda me permite
criar meu próprio mundo, o que eu jamais
conseguiria só fazendo Turismo” diverte-se ele.
Em 2013, já certificado como Técnico em
Áudio e Vídeo, o já não tão tímido estudante
estava no último ano do ensino médio e,
preenchidos os pré-requisitos, deu início uma
nova empreitada: decidido a aprimorar ainda mais
os conhecimentos adquiridos, tentou uma vaga
na segunda turma do curso no qual havia se
formado. “Eu queria, nem que fosse como
ouvinte, participar das aulas novamente. Mas a
coordenação buscou se informar sobre a questão
e, como na época não havia nenhum
impedimento, eu posso dizer que sou o único
aluno da Usina de Arte que formou duas vezes no
mesmo curso”, conta ele que já leva na bagagem
mais de dez cursos realizados na instituição,
dentre Técnico, FIC e oficinas.

m o barro do canteiro, onde escolheram para ser
sua morada lá num daqueles doze meses do ano
de 2012.
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