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II Seminário de Flauta Doce da UFRJ - Caderno de Programação

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Concerto <strong>de</strong> Encerramento<br />

Música contemporânea brasileira para flauta doce<br />

10 <strong>de</strong> maio, 18h<br />

Sala <strong>da</strong> Congregação – Escola <strong>de</strong> Música <strong>da</strong> <strong>UFRJ</strong><br />

PROGRAMA<br />

(Os comentários são dos próprios compositores, com exceção <strong>da</strong>queles cujas autoras estão indica<strong>da</strong>s)<br />

Daniel Figueiredo (1995) Caxambu, São Paulo (2015)<br />

Esta peça para quatro flautas doces contralto, duas afina<strong>da</strong>s em 440Hz e duas em<br />

415Hz, foi elabora<strong>da</strong> <strong>de</strong> maneira a possibilitar dissonâncias constantes sem que se per<strong>de</strong>sse<br />

o brilho característico <strong>da</strong>s notas e tonali<strong>da</strong><strong>de</strong>s mais favoreci<strong>da</strong>s <strong>de</strong>stes instrumentos.<br />

19<br />

Osvaldo Lacer<strong>da</strong> (1927-2011) Três Duetos (1973)<br />

Mo<strong>de</strong>rado, sempre bem ritmado - Mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>mente movido - Vivaz<br />

Por Daniele Cruz Barros (2010): No primeiro duo, dois procedimentos opostos<br />

funcionam simultaneamente. Quando a flauta doce soprano apresenta o tema no modo<br />

<strong>de</strong> Ré dórico, a contralto faz um acompanhamento cromático que, muitas vezes "contamina"<br />

o diatonismo <strong>da</strong> primeira voz. O retorno do tema, <strong>de</strong>sta vez na contralto, é muito mais<br />

puro do ponto <strong>de</strong> vista do modo (dórico). Cabe então à soprano realizar os movimentos<br />

cromáticos ascen<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes que o acompanham. As articulações indica<strong>da</strong>s<br />

reforçam o contraste <strong>de</strong> caráter entre as vozes: quando uma tem uma melodia muito expressiva,<br />

a outra insiste em um segmento em staccato. O segundo movimento, muito rico<br />

do ponto <strong>de</strong> vista harmônico, é <strong>de</strong>senvolvido em Si menor, <strong>de</strong> forma ABA, e apresenta um<br />

belo êxito <strong>de</strong> contracanto entre as duas flautas. O terceiro movimento, também <strong>de</strong> forma<br />

ternária, apresenta um tema bem alegre nos modos mixolídio e lídio-mixolídio <strong>de</strong> Dó e<br />

uma seção B contrastante em Dó eólio com algumas incursões no modo frígio. A sonori<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

resultante <strong>de</strong>ste movimento, assim como a frequência <strong>de</strong> intervalos <strong>de</strong> terças, evoca<br />

os pífaros do Nor<strong>de</strong>ste brasileiro. Nestes duos, o compositor <strong>de</strong>senvolve um ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />

contraponto entre as duas flautas.<br />

Fabio Adour (1973) Pecinha nº3 (1993)*<br />

Esta obra, para flauta doce soprano e violão. faz parte <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> pequenas<br />

peças, para varia<strong>da</strong>s formações instrumentais, compostas em 1993 a partir <strong>da</strong>s<br />

propostas do livro Melos e Harmonia Acústica, <strong>de</strong> César Guerra-Peixe. A peça começa com<br />

uma série na região mais grave do violão, engendrando uma curta passacaglia. Após uma<br />

seção lírica central, a textura inicial retorna, segui<strong>da</strong> por sete variações. A peça conclui com<br />

o tema gerador em tutti.<br />

Liduíno Pitombeira (1962) Seresta (2004)<br />

Valsa - Samba<br />

Seresta é a <strong>de</strong>nominação brasileira <strong>de</strong> serenata, gênero presente na tradição portuguesa<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do século XIX. Consiste na prática noturna <strong>de</strong> interpretar canções

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