ArautoMaio_2018
Informativo do Núcleo Alta das Cordilheiras
Informativo do Núcleo Alta das Cordilheiras
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2<br />
Melissa Curi (CDC)<br />
Por<br />
do DMC<br />
Monitora<br />
projeto gráfico: sofia masgrau. fotografias: péricles lima e acervo dmc-núcleo alto das cordilheiras.<br />
E D I T O R I A L<br />
É PRECISO UMA ALDEIA INTEIRA PARA EDUCAR UMA CRIANÇA<br />
Esse provérbio africano nos traz de volta ao tempo em que o coletivo construía as relações, os afetos e as prioridades.<br />
Nossa memória ancestral nos ancora em experiências nas quais as vidas, do nascimento à morte, eram trançadas por<br />
fios invisíveis de generosidade e bem comum. Uma época em que a família era algo mais parecido com as tradições<br />
indígenas de família extensa, na qual os cuidados com o desenvolvimento das crianças são compartilhados com o<br />
grupo, não ficando restritos ao núcleo familiar.<br />
No caminhar da nossa ocidentalidade fomos nos tornando mais individualistas, materialistas, tecnológicos e,<br />
consequentemente, menos afetuosos em nossas relações sociais. De modo geral, as crianças dessa era estão crescendo<br />
sem referência sólida de comunidade e de convívio construtivo.<br />
Mas o Mestre, que sempre é o Mestre, vem nos dando dia a dia a oportunidade de reviver algo singular e essencial da<br />
nossa humanidade – a nossa capacidade de nos reconhecermos no outro e de praticarmos a nossa essência fraterna. Um<br />
movimento construtivo de resgatar/adquirir valores espirituais de respeito e cooperação.<br />
Na casa do Mestre nossos filhos estão voltando para a aldeia. Para o lugar onde o significado de educar se aproxima da<br />
proposta de auxiliar aquele pequeno Ser a revelar ao mundo o seu mistério e as suas potencialidades. Um ambiente<br />
onde as crianças podem estabelecer vínculos afetivos com todos e podem se desenvolver em segurança. Certamente,<br />
como aldeia somos mais fortes e afortunados.<br />
Que possamos sempre reconhecer esse lugar como espaço sagrado, onde as portas e as janelas estão<br />
permanentemente abertas para a felicidade entrar.<br />
Expediente:<br />
mestre representante: fernando boin, presidente: klaus wiemer, monitoria do departamento de memória e comunicação: melissa curi. organização e revisão: melissa curi e sofia masgrau. edição, diagramação e<br />
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