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AMOR+DE+VERANEIO

Um romance muito importante para a minha arte e principalmente para muitas pessoas que vivenciaram essa história tão deslumbrante que muito nos ensinou em nossa adolescência. Mary e Ruan ensinaram muito e aprenderam muito sobre o amor.

Um romance muito importante para a minha arte e principalmente para muitas pessoas que vivenciaram essa história tão deslumbrante que muito nos ensinou em nossa adolescência. Mary e Ruan ensinaram muito e aprenderam muito sobre o amor.

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Depois, enquanto eu vinha caminhando pensava: como pode a Mary<br />

morar num lugar como aquele? Cheio de violência e drogas. Muita pobreza<br />

e coisas típicas de favela. Todo aquele cotidiano de privações e exclusão<br />

social.<br />

Capítulo 11<br />

Nos outros dias nós vivenciamos a calmaria de um relacionamento<br />

restrito, com muito diálogo. Eu me iludia com a promessa da Mary de<br />

passar o reveilon comigo.<br />

Passei no mercado que tem perto da escola, comprei várias comidas<br />

gostosas pra que pudéssemos fazer uma festa legal!<br />

Não nos arriscávamos em carícias pois Mary reclamava de dores,<br />

tomava remédios receitados pelo médico.<br />

Era 31 de dezembro de 2001.<br />

Acordei bem disposto e com um belo vigor para a vida!<br />

Fiz a barba e as unhas, arrumei o quarto, para passar o reveilon sem<br />

sujeira no meu quarto. O resto da casa já estava limpo, só meu quarto que<br />

era um dilema.<br />

No toca-fitas do meu aparelho de som repousava uma fita contendo<br />

algumas das canções mais bonitas de todos os tempos, só esperando a<br />

virada de ano e a Mary.<br />

Deixei uma garrafa de champanhe no congelador porque a geladeira<br />

não está gelando bem. Essa garrafa deve assistir a tudo de camarote, em<br />

cima do criado-mudo onde duas taças se esfregam de ansiedade.<br />

Todos saem. Vão passar a virada de ano na casa do Luciano, um<br />

amigo de minha irmã.<br />

Depois de tomar um banho demorado, passo um óleo de amêndoas<br />

que sempre gostei de passar.<br />

Então eu saio pra encontrar com Mary.<br />

A Mary disse que iria na igreja hoje, mas prometeu chegar à pracinha<br />

até as vinte e uma e trinta.<br />

O tempo vai passando e nada da Mary aparecer.<br />

Então depois de esperar muito eu fui embora, vendo meu reveilon ir<br />

por água abaixo.<br />

Cheguei em casa e abri o champanhe, tento esfriar a cabeça. Resolvo<br />

ligar pra casa dela.<br />

- Alô!<br />

- Quem fala?<br />

- É Nelzir.<br />

- Ela já foi.<br />

- Foi onde?<br />

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