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Texto, polissemia, dialogismo

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Leitura<br />

Formação de repertório<br />

↓<br />

Criação<br />

Formar-se para ler<br />

Ler para formar-se


“A leitura de mundo precede sempre a leitura da palavra e<br />

a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele.”<br />

Paulo Freire


Ler = des - cobrir<br />

des - vendar<br />

re -escrever<br />

<strong>Texto</strong> → contexto → formação de sentido


Bakhtin → Todo texto é, em essência, diálógico.<br />

“O conceito de <strong>dialogismo</strong> sustenta-se na noção<br />

de vozes que se enfrentam em um mesmo enunciado e<br />

que representam os diferentes elementos históricos,<br />

sociais, lingüísticos que atravessam a enunciação.<br />

Assim, as vozes são sempre vozes sociais que<br />

manifestam consciências valorativas que reagem a,<br />

isto é, que compreendem ativamente os enunciados.”


“A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos<br />

residentes neste país que podem ler; desses uns 9%<br />

não lêem letra de mão. 70% jazem em profunda<br />

ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles<br />

Queles; é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o<br />

que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar.<br />

70% dos cidadãos votam do mesmo modo que<br />

respiram: sem saber porque nem o quê. Votam como<br />

vão à festa da Penha, - por divertimento. A<br />

Constituição é para eles uma coisa inteiramente<br />

desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução<br />

ou um golpe de Estado.”<br />

Machado de Assis (crônica publicada em 15/09/1876)


“Ibope: apenas 26% dos brasileiros são capazes de<br />

ler e interpretar textos”<br />

(Último Segundo, 13/12/2001)<br />

“Números da vergonha: apenas 26% dos<br />

alfabetizados no Brasil sabem exatamente o que<br />

leram. Muitos universitários fazem parte do maior<br />

grupo”<br />

(Ensino Superior – fevereiro de 2002)


“[...] De acordo com a pesquisa do Instituto<br />

Paulo Montenegro, 8% dos brasileiros não sabem ler,<br />

são os analfabetos totais; 30%, os tais analfabetos<br />

funcionais, lêem, mas não entendem o conteúdo dos<br />

textos, incapazes que são de interpretar algo um<br />

pouco mais complexo do que um bilhete; 37%<br />

conseguem identificar informação numa notícia<br />

curta, mas não vão muito além disso.[...]<br />

Virão agora as eleições municipais e nós, da<br />

mídia, vamos ficar reclamando dos candidatos,<br />

exigindo racionalidade e combatendo o pensamento<br />

mágico de quem acredita em ilusões.Vamos mostrar<br />

que o somatório das promessas excede várias vezes o<br />

Orçamento, vamos mostrar também que um outro


compromisso não está na órbita de responsabilidade<br />

de um prefeito, por exemplo.<br />

Vamos falar quase exclusivamente para o Clube<br />

dos 20%, apresentando números, estatísticas,<br />

enquanto a maioria vai se encantar com os delírios<br />

embalados pelo marketing. Isso pela simples e óbvia<br />

razão de que, com baixa escolaridade, a democracia<br />

será sempre uma simulação de representatividade.”<br />

Gilberto Dimenstein, em “Você, caro leitor, faz parte do Clube dos 20%”<br />

(Folha de S. Paulo, 07/03/2004)


“No Brasil, 75% das pessoas entre 15 e 64 anos<br />

não conseguem ler, escrever e calcular plenamente.<br />

Esse número inclui os 68% considerados analfabetos<br />

funcionais e os 7% considerados analfabetos<br />

absolutos, sem qualquer habilidade de leitura ou<br />

escrita. Apenas 1 entre 4 brasileiros consegue ler,<br />

escrever e utilizar essas habilidades para continuar<br />

aprendendo.”<br />

Andréa Cristina Sória Prieto (Planeta Educação, julho de 2007)


Bakhtin → Todo texto é, em essência, diálógico.<br />

O texto dialoga com o leitor e é fruto de diálogo<br />

com outros textos.<br />

O texto quer influenciar (não há texto sem<br />

intenção) e é fruto de influências.


A <strong>polissemia</strong> permite o diálogo<br />

↓<br />

No mesmo significante, diferentes<br />

significados<br />

↓<br />

Criação

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