RELATORIO FINAL - AS CIRANDAS DE MARIA

Terminamos essa apresentação já no Terminal Rodoviário, coberto da
chuva que ainda persistia na baixada santista, onde tomamos outro coletivo rumo à
Zona Noroeste da cidade. Assim, ziguezagueando por rotas alternativas e
inusitadas, fomos cumprindo um circuito até retornarmos ao mesmo terminal,
estrategicamente situado ao lado da Rodoviária de Santos, igualmente protegidos da
chuva que persistia, ponto de confluência dos que chegam ou partem da cidade.
Dado a sua ampla dimensão, e potencial público presente em vista à
temporada de férias, a Rodoviária ofereceu-se como espaço perfeito para novas
apresentações. Foi só iniciarmos as cantorias e apontarmos ao local da encenação
que em meio círculo as pessoas foram se posicionando, acomodando-se em
sorrisos de curiosidade e consentimento. Na seqüência, silêncios de aprovação
eram quebrados em momentos de comicidade por risadas uníssonas; pequenos
aplausos vez que outra a desprenderem-se em manifestações de reciprocidade;
uma lágrima contida, um gesto de devoção, e a essência do natal, neste dia de
quase de Reis, a assentar-se ao momento dos aplausos e àquela despedida.
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