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GAZETA DIARIO 618

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Foz do Iguaçu, sábado, 30 de junho, e domingo, 1 de julho de 2018<br />

ECONOMIA<br />

Política<br />

Abertura de lojas francas em Foz<br />

esbarra em reuniões e discussões<br />

"Se demorar demais, Foz vai acabar perdendo investimento, porque existem outras cidades que<br />

estão na disputa e estão indo atrás destes investidores ", disse o secretário de Planejamento<br />

Ronildo Pimentel<br />

Freelancer<br />

A abertura das lojas<br />

francas (free shops) em Foz<br />

do Iguaçu esbarra em reuniões<br />

e discussões. Mais<br />

órgãos ainda devem pronunciar-se,<br />

informou o secretário<br />

municipal de Planejamento<br />

e Captação de Recursos,<br />

Elsídio Cavalcanti.<br />

Entre eles, o grupo técnico<br />

que estuda o regime tributário<br />

diferenciado previsto<br />

para cidades gêmeas da<br />

fronteira do Brasil com Paraguai,<br />

Uruguai e Argentina.<br />

As primeiras unidades<br />

deverão ser autorizadas em<br />

meados de julho.<br />

Antes restrito a estabelecimentos<br />

sob concessão<br />

em aeroportos internacionais,<br />

o regime de lojas francas<br />

foi estendido para fronteira<br />

terrestre pela Portaria<br />

307, de 17 de julho de 2014.<br />

Além de Foz do Iguaçu, outras<br />

31 cidades do Paraná,<br />

Santa Catarina, Rio Grande<br />

do Sul e Mato Grosso do<br />

Sul, em região de fronteira<br />

terrestre, estão autorizadas<br />

a instalar as lojas.<br />

"Já temos pedidos de grupos<br />

que solicitaram autorização<br />

para abrir lojas francas<br />

e estão aguardando apenas<br />

a decisão final do grupo<br />

técnico, que está ouvindo<br />

todas as partes", disse<br />

Cavalcanti. Nos últimos<br />

meses, o tema já foi abordado<br />

em várias audiências<br />

e seminários com a participação<br />

de técnicos da Receita<br />

Federal (RF), empresários<br />

e lideranças políticas e<br />

sociais.<br />

De acordo com a instrução<br />

normativa da RF de<br />

março último, para concluir<br />

o procedimento é necessária<br />

a regulamentação em legislação<br />

municipal. Em meados<br />

de junho, a governadora<br />

Cida Borghetti (PP) enviou<br />

à Assembleia Legislativa<br />

projeto de lei isentando o<br />

Imposto Sobre Mercadorias<br />

e Serviços (ICMS) das mercadorias<br />

comercializadas<br />

nestes estabelecimentos.<br />

De acordo com Cavalcanti,<br />

na próxima sexta-feira<br />

(6 de julho), haverá uma<br />

reunião do Concidades<br />

(Conselho das Cidades),<br />

que vai definir sobre as<br />

questões urbanísticas. "Depois<br />

desta conversa, teremos<br />

que esperar a plenária<br />

do Codefoz [Conselho de<br />

Desenvolvimento Econômico<br />

e Social], que vai passar<br />

o entendimento deles sobre<br />

as lojas francas", ressaltou.<br />

Após vencidas estas etapas,<br />

o grupo técnico, que<br />

tem como presidente o viceprefeito<br />

Nilton Bobato, irá<br />

tomar a decisão final. "Estamos<br />

nos finalmente e pretendemos<br />

que ainda em julho<br />

tudo se resolva", reforçou o<br />

secretário de Planejamento<br />

e Captação de Recursos.<br />

Cavalcanti: "Já temos pedidos de grupos que solicitaram<br />

autorização para abrir lojas francas e estão aguardando<br />

apenas a decisão final do grupo técnico"<br />

Preocupação<br />

De acordo com Elsídio<br />

Cavalcanti, existe uma preocupação<br />

em acelerar o processo.<br />

"Mesmo porque temos<br />

alguns interessados disputando<br />

espaço, e a cidade<br />

toda está correndo atrás. Se<br />

demorar demais, Foz do<br />

Iguaçu vai acabar perdendo<br />

investimento, porque existem<br />

outras cidades que estão<br />

na disputa e estão indo<br />

atrás destes investidores<br />

também", frisou.<br />

Apesar de todas as discussões,<br />

segundo ele, ainda<br />

existem pontos de vista divergentes.<br />

"Tem gente que<br />

acha que tem que abrir na<br />

cidade inteira, e outros que<br />

não. O grupo técnico quer<br />

ouvir a maioria, mas hoje a<br />

tendência é que as lojas<br />

francas possam ser instaladas<br />

em todas as regiões de<br />

Foz do Iguaçu", informou<br />

Cavalcanti.<br />

"É provável que o grupo<br />

atenda esta orientação,<br />

daí só vamos avaliar os<br />

problemas que ainda possam<br />

existir", disse. Segundo<br />

Cavalcanti, também há<br />

uma parte da cidade preocupada<br />

com os pequenos<br />

comerciantes, que poderão<br />

enfrentar uma concorrência<br />

desleal.<br />

03<br />

Procedimento<br />

A abertura de uma loja franca não é<br />

tão simples. De acordo com a<br />

instrução normativa da RF, é<br />

necessário comprovar um capital<br />

inicial de R$ 2 milhões, que é o seguro<br />

das mercadorias que serão postas à<br />

venda. Além disto, é necessário ter<br />

estoque de R$ 1 milhão e dispor de<br />

aproximadamente mais R$ 500 mil<br />

para softwares que serão conectados<br />

com o Serpro e a contabilidade.<br />

"Não vai ser para qualquer um<br />

porque, para abrir, precisa dispor de<br />

um capital de pelo menos R$ 3,5<br />

milhões", disse. Além disto, segundo<br />

ele, existem outros complicadores,<br />

como a aquisição dos produtos, que<br />

não poderá ser de atravessador. O<br />

grupo técnico também enfrenta<br />

outra questão com relação às<br />

dúvidas de quem poderá comprar.<br />

"Existe uma falsa expectativa, na<br />

minha opinião pode vender para<br />

todo mundo. A RF diz que não tem<br />

como fiscalizar se vai comprar só<br />

quem está viajando. Existem muitos<br />

detalhes ainda." Para Cavalcanti, o<br />

mais indicado é ter cautela. "As<br />

pessoas que querem investir têm que<br />

estar bem cercadas de técnicos com<br />

conhecimento", alertou.<br />

Além de Cavalcanti e do presidente<br />

Bobato, o grupo técnico é integrado<br />

pelos secretários Salete Horst<br />

(Governo) e Gilmar Piolla (Turismo,<br />

Indústria, Comércio e Projetos<br />

Estratégicos), o superintendente do<br />

Foztrans, Fernando Castro da Silva<br />

Maraninchi, e o economista e<br />

consultor José Borges Bomfim.<br />

Autoeste, sua concessionária Ford em Foz do Iguaçu. Ligue (45)3520-9900.

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