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MANUAL do TCC

Para garantir o diploma, a aprovação no Trabalho de Conclusão de Curso - TCC - é exigência de quase todas as Instituições de Ensino Superior no Brasil. Entretanto, devido ao seu grau de complexidade, alguns alunos encontram muitas dificuldades na estruturação de uma pesquisa científica. Diante desta problemática, este manual tem como objetivo auxiliar o graduando a elaborar, formatar e apresentar seu TCC. Esta segunda edição do livro vem mais completa, e busca oferecer ao discente dicas capazes de facilitar a compreensão e o desenvolvimento dos seus estudos de forma simples e objetiva.

Para garantir o diploma, a aprovação no Trabalho de Conclusão de Curso - TCC - é exigência de quase todas as Instituições de Ensino Superior no Brasil. Entretanto, devido ao seu grau de complexidade, alguns alunos encontram muitas dificuldades na estruturação de uma pesquisa científica. Diante desta problemática, este manual tem como objetivo auxiliar o graduando a elaborar, formatar e apresentar seu TCC.

Esta segunda edição do livro vem mais completa, e busca oferecer ao discente dicas capazes de facilitar a compreensão e o desenvolvimento dos seus estudos de forma simples e objetiva.

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Manuela Magalhães


Manuela Magalhães<br />

SALVADOR<br />

2018<br />

tccsalva<strong>do</strong>r.blogspot.com.br


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1<br />

Um <strong>TCC</strong> tem como objetivo avaliar o conhecimento adquiri<strong>do</strong> durante sua<br />

trajetória acadêmica. A conclusão desta etapa determinará se você terá direito a um<br />

diploma ou não. Entretanto, mesmo sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s momentos de maior expectativa e<br />

relevância acadêmica, não raro encontramos alunos frustra<strong>do</strong>s e desespera<strong>do</strong>s pelo<br />

sentimento de incapacidade que lhes toma na ocasião de construir os seus projetos de<br />

pesquisa. O <strong>TCC</strong> ganhou o estigma de vilão. Ao meu ver, além de uma inverdade, isso<br />

afasta o discente <strong>do</strong> ambiente acadêmico e limita to<strong>do</strong> o potencial que uma pesquisa<br />

científica alberga.<br />

Mas afinal, o que é uma pesquisa científica? De maneira bem simples, trata-se da<br />

aplicação de um méto<strong>do</strong> capaz de organizar os seus conhecimentos, dan<strong>do</strong> forma às suas<br />

ideias e auxilian<strong>do</strong> na estruturação de uma pesquisa coerente e devidamente embasada,<br />

seguin<strong>do</strong> os moldes exigi<strong>do</strong>s pela ciência. Para tanto, o acadêmico deve concentrar seus<br />

esforços na compreensão da meto<strong>do</strong>logia determinada para o desenvolvimento de seu<br />

trabalho, sem se descuidar da formatação exigida pela ABNT – Associação Brasileira de<br />

Normas Técnicas.<br />

Este manual tem como objetivo auxiliar você, graduan<strong>do</strong>, a elaborar e formatar o<br />

seu Trabalho de Conclusão de Curso – <strong>TCC</strong>. Com abordagens resumidas, mas eficientes,<br />

busca-se oferecer dicas simples que vão facilitar bastante a sua vida e o desenvolvimento de<br />

sua pesquisa. É só seguir o passo a passo. To<strong>do</strong>s os textos aqui dispostos foram construí<strong>do</strong>s<br />

a partir <strong>do</strong>s arquivos disponíveis no Blog <strong>TCC</strong> Salva<strong>do</strong>r. Espero que este pequeno guia<br />

possa te auxiliar na construção desta longa jornada, que se inicia com a conquista <strong>do</strong> seu<br />

Diploma.<br />

Espero que te ajude!<br />

Manuela Magalhães.<br />

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2<br />

A revolução cientifica <strong>do</strong> século XVII mu<strong>do</strong>u por completo as estruturas das<br />

sociedades modernas. O francês René Descartes (1596- 1650), em seu livro “O discurso<br />

<strong>do</strong> Méto<strong>do</strong>” - publica<strong>do</strong> em 1637 – inaugurava o méto<strong>do</strong> cartesiano. Sugiro este livro<br />

como leitura, não por obrigatoriedade, mas, por complementariedade.<br />

Este méto<strong>do</strong> se baseia nos fundamentos matemáticos adequa<strong>do</strong>s ao saber filosófico,<br />

possibilitan<strong>do</strong> ao estudioso uma condução segura para o desenvolvimento de uma linha de<br />

raciocínio que, quan<strong>do</strong> pautada nos ditames empírico/ racional, são capazes de consolidar,<br />

de fato, uma teoria cientifica.<br />

Ainda que este processo tenha sofri<strong>do</strong> influência de outros incontáveis eruditos no<br />

decorrer <strong>do</strong> tempo, seus pilares permanecem ainda hoje fundamenta<strong>do</strong>s pelos princípios<br />

<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> das partes para o to<strong>do</strong>, formula<strong>do</strong> por Descartes. Através da teoria cartesiana<br />

instituiu-se o princípio da dúvida, no que somente aquilo que pode ser comprova<strong>do</strong>,<br />

mediante minuciosa análise, pode ser admiti<strong>do</strong> como verdade.<br />

Assim, surgem os princípios elementares da meto<strong>do</strong>logia de pesquisa cientifica, que<br />

pode ser entendida como um conjunto estrutura<strong>do</strong> de normas utilizadas para padronizar e<br />

dar senti<strong>do</strong> a investigação científica, viabilizan<strong>do</strong> sua exposição e devida comprovação.<br />

A ciência tem como objetivo fundamental chegar à veracidade <strong>do</strong>s fatos.<br />

Neste senti<strong>do</strong> não se distingue de outras formas de conhecimento. O que<br />

torna, porém, o conhecimento científico distinto <strong>do</strong>s demais é que tem<br />

como característica fundamental a sua yerificabilidade. Para que um<br />

conhecimento possa ser considera<strong>do</strong> científico, torna-se necessário<br />

identificar as operações mentais e técnicas que possibilitam a sua<br />

verificação. Ou, em outras palavras, determinar o méto<strong>do</strong> que<br />

possibilitou chegar a esse conhecimento (GIL, 2008, p. 8).<br />

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3<br />

Assim, observa-se que como atributos o conhecimento cientifico é fatual e deve<br />

constituir um conhecimento contingente, pauta<strong>do</strong> na experiência; deve ser sistemático,<br />

organiza<strong>do</strong> logicamente e fundamenta<strong>do</strong> mediante uma teoria; deve ser verificável, já que<br />

somente o que pode ser corrobora<strong>do</strong> pertence ao âmbito da ciência. Entretanto, é de<br />

caráter falível, no que está suscetível às mudanças provenientes de novas proposições e<br />

técnicas capazes de reformular toda a teoria já existente (MARCONNI e LAKATOS,<br />

2003, p. 80).<br />

O processo de desenvolvimento de uma pesquisa científica caracteriza-se pela<br />

definição de uma, duas principais abordagens meto<strong>do</strong>lógicas utilizadas: a qualitativa e<br />

quantitativa. Alguns autores, entretanto, legitimam a possibilidade da junção entre estas<br />

duas abordagens distintas, o que produz como resulta<strong>do</strong> uma pesquisa mista.<br />

O processo de investigação científica busca explicar os fatos experimenta<strong>do</strong>s na<br />

natureza e na sociedade. Deste mo<strong>do</strong>, estes méto<strong>do</strong>s se desenvolvem a partir de bases que<br />

permitem ao pesquisa<strong>do</strong>r decidir sobre o alcance de sua pesquisa, das regras que irá a<strong>do</strong>tar<br />

para explicar <strong>do</strong>s fatos, bem como, a validade de suas abordagens.<br />

Assim, segun<strong>do</strong> Gil (2008, p. 9), tais méto<strong>do</strong>s são: indutivo, dedutivo, hipotéticodedutivo,<br />

fenomenológico e dialético, no que cada um destes está vincula<strong>do</strong> a uma<br />

determinada corrente filosófica, que visa encontrar explicação para a realidade<br />

experimentada.<br />

Diante desta assertiva, o méto<strong>do</strong> indutivo relaciona-se ao empirismo; o dedutivo<br />

está relaciona<strong>do</strong> à teoria racionalista; o hipotético-dedutivo à teoria neopositivista, o<br />

méto<strong>do</strong> fenomenológico, à fenomenologia e o dialético ao materialismo dialético <strong>do</strong>s fatos.<br />

Para Gil: “A a<strong>do</strong>ção de um ou outro méto<strong>do</strong> depende de muitos fatores: da natureza <strong>do</strong><br />

objeto que se pretende pesquisar, <strong>do</strong>s recursos materiais disponíveis, <strong>do</strong> nível de<br />

abrangência <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> e sobretu<strong>do</strong> da inspiração filosófica <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r”. (GIL, 2008,<br />

p. 9).<br />

Partin<strong>do</strong> deste pressuposto, o processo cientifico incorpora<strong>do</strong> num trabalho<br />

acadêmico deve acompanhar um tema que possibilite sua delimitação, estruturação e<br />

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4<br />

desenvolvimento dentro de um da<strong>do</strong> objeto de estu<strong>do</strong>, comprova<strong>do</strong> a partir de suas bases<br />

investigativas. A escolha da meto<strong>do</strong>logia deve constar como fundamentação <strong>do</strong> projeto<br />

científico e deve estar alinhada à área de atuação <strong>do</strong> discente.<br />

Marconni e Lakatos (2003, p. 26), define pesquisa como sen<strong>do</strong> “o processo formal<br />

e sistemático de desenvolvimento <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> científico. O objetivo fundamental da<br />

pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos<br />

científicos”. Segun<strong>do</strong> esta definição, a pesquisa social pode ser entendida como o processo<br />

de obtenção de maiores conhecimentos da realidade social, através <strong>do</strong> uso da meto<strong>do</strong>logia<br />

científica e podem ser utiliza<strong>do</strong>s nas mais diversas ciências sociais.<br />

A pesquisa aplicada, por sua vez, tem como maior característica o interesse que<br />

nutre na aplicação, no uso e nas consequências práticas <strong>do</strong> conhecimento. Seu foco está<br />

volta<strong>do</strong> para a aplicação imediata de uma realidade circunstancial. Segun<strong>do</strong> Marconni e<br />

Lakatos (2003, p. 27), “De mo<strong>do</strong> geral é este o tipo de pesquisa a que mais se dedicam os<br />

psicólogos, sociólogos, economistas, assistentes sociais e outros pesquisa<strong>do</strong>res sociais”.<br />

Já os méto<strong>do</strong>s de procedimento, configuram as etapas mais concretas da pesquisa<br />

científica. São geralmente utiliza<strong>do</strong>s em conjunto, e estão restritos ao campo das ciências<br />

sociais. Constituem-se por:<br />

• Méto<strong>do</strong> Histórico, que busca investigar os acontecimentos, instituições e processos<br />

passa<strong>do</strong>s com o intuito de compreender a sociedade atual;<br />

• Méto<strong>do</strong> Comparativo, que através de comparações, verifica as semelhanças para<br />

explicar<br />

divergências;<br />

• Méto<strong>do</strong> Monográfico, que consiste no estu<strong>do</strong> de um tema, observan<strong>do</strong>-se to<strong>do</strong>s os<br />

fatores nele envolvi<strong>do</strong>s e analisan<strong>do</strong>-o em to<strong>do</strong>s os seus possíveis aspectos;<br />

• Méto<strong>do</strong> Estatístico, que visa comprovar as relações <strong>do</strong>s fenômenos entre si, com a<br />

finalidade de obter generalizações acerca de sua natureza, significa<strong>do</strong> ou<br />

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5<br />

ocorrência;<br />

• Méto<strong>do</strong> Tipológico, semelhante ao méto<strong>do</strong> comparativo e consiste em comparar<br />

complexos fenômenos sociais, para criar tipos ou modelos ideais, construí<strong>do</strong>s<br />

mediante a análise de aspectos elementares <strong>do</strong> fenômeno;<br />

• Méto<strong>do</strong> Funcionalista, que estuda a sociedade <strong>do</strong> ponto de vista da função de suas<br />

unidades;<br />

• Méto<strong>do</strong> Estruturalista, que consiste na investigação de um fenômeno concreto, o<br />

qual em seguida é eleva<strong>do</strong> ao nível <strong>do</strong> abstrato através de um modelo que<br />

representa o objeto de estu<strong>do</strong> para, posteriormente, retomar à realidade concreta,<br />

de forma mais estruturada e relacionada com a experiência <strong>do</strong> sujeito social;<br />

• Méto<strong>do</strong>s e Quadro de Referência, consiste em méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s em conjunto,<br />

com a finalidade de obter vários enfoques acerca de um objeto de estu<strong>do</strong>.<br />

Cada pesquisa social, naturalmente, tem um objetivo específico e pode se distinguir<br />

em três níveis de pesquisa:<br />

• Pesquisa exploratória - De todas, este tipo de pesquisa é a que apresenta menor<br />

rigidez no planejamento. Consiste no processo de desenvolvimento, esclarecimento<br />

e modificação de conceitos e ideias, a partir da formulação de problemas precisos<br />

e pesquisáveis para estu<strong>do</strong>s futuros.<br />

• Pesquisa descritiva – São aquelas que se destacam por estudar as características de<br />

um grupo. De outro mo<strong>do</strong>, consiste em descrever as características principais de<br />

dada população ou fenômeno ou, ainda, estabelecer relações entre variáveis.<br />

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6<br />

• Pesquisa explicativa – É o tipo de pesquisa que mais se aprofunda na compreensão<br />

da realidade. Busca identificar os fatores que contribuem ou que determinam a<br />

ocorrência <strong>do</strong>s fenômenos.<br />

Uma abordagem importante consiste no delineamento da pesquisa, o procedimento<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para a coleta de da<strong>do</strong>s. Este processo deve ser flexível, uma vez que algumas<br />

pesquisas, em razão de suas características, não se enquadram facilmente num<br />

determina<strong>do</strong> modelo.<br />

Assim, podem ser defini<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is grandes grupos de delineamentos:<br />

aqueles que se valem das chamadas fontes de "papel" e aqueles cujos<br />

da<strong>do</strong>s são forneci<strong>do</strong>s por pessoas. No primeiro grupo estão a pesquisa<br />

bibliográfica e a pesquisa <strong>do</strong>cumental. No segun<strong>do</strong> estão a pesquisa<br />

experimental, a pesquisa ex-post-facto, o levantamento, o estu<strong>do</strong> de<br />

campo e o estu<strong>do</strong> de caso. (GIL, 2008, p. 50).<br />

Para a maioria <strong>do</strong>s estudantes a composição destas definições é a parte mais<br />

complicada, pois, neste ponto as diversas tipologias de pesquisa se ramificam, deven<strong>do</strong> ser<br />

analisadas em seus diferentes níveis, conforme podemos sintetizar:<br />

• Quanto à abordagem: Qualitativa ou Quantitativa;<br />

• Quanto à natureza: Básica ou Aplicada;<br />

• Quanto aos objetivos: Exploratória, Descritiva ou Explicativa;<br />

• Quanto aos procedimentos: Pesquisa Experimental: Pesquisa Bibliográfica;<br />

Pesquisa Documental; Pesquisa de campo; Estu<strong>do</strong> de Caso; Pesquisa Participante;<br />

Pesquisa Ação; Pesquisa etnográfica.<br />

Portanto, a pesquisa deve desenvolver-se com base em sua abordagem, natureza,<br />

objetivos e procedimentos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s, no que cada elemento seleciona<strong>do</strong> para compor a<br />

pesquisa deverá ser devidamente justifica<strong>do</strong> e embasa<strong>do</strong> durante a descrição da sua<br />

meto<strong>do</strong>logia.<br />

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7<br />

Como se pode perceber, a complexidade <strong>do</strong>s elementos que envolvem o processo<br />

de pesquisa dificulta a determinação precisa de cada passo a ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> ao longo da<br />

investigação. No entanto, a maior parte <strong>do</strong>s autores concorda que o processo de pesquisa<br />

social envolve as etapas de: planejamento, coleta de da<strong>do</strong>s, análise, interpretação e escrita.<br />

O esquema a ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> neste manual, acompanha as etapas<br />

apresentadas pelos autores Antônio Gil (2008), muito semelhante ao<br />

que sugere os autores Marconi e Lakatos (2011) e Boaventura (2004),<br />

conforme descrito abaixo:<br />

1. Identificação <strong>do</strong> objeto de investigação<br />

2. Definição <strong>do</strong> tema e <strong>do</strong> problema;<br />

3. Determinação <strong>do</strong>s objetivos;<br />

4. Exposição da justificativa;<br />

5. Meto<strong>do</strong>logia a<strong>do</strong>tada;<br />

6. Elaboração <strong>do</strong>s instrumentos de coleta de da<strong>do</strong>s;<br />

7. Coleta de da<strong>do</strong>s;<br />

8. Análise e interpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s;<br />

9. Revisão de literatura<br />

10. Delineamento da pesquisa:<br />

11. Contextualização e escrita <strong>do</strong> relatório<br />

Note que nem sempre você irá precisar percorrer todas as etapas acima descritas.<br />

Conforme foi dito, não existe um roteiro atalho preciso na construção de um trabalho<br />

cientifico.<br />

Na inexistência de um roteiro, a seguir eu descrevo um passo a passo que pode ser<br />

de grande ajuda no processo de construção e apresentação <strong>do</strong> seu trabalho de conclusão<br />

de curso. Os passos aqui descritos são: Fichar; Delimitar o tema; Definir o problema;<br />

Determinar os objetivos geral e específico; Elaborar a justificativa <strong>do</strong> tcc; Introdução da<br />

pesquisa; Definir se Monografia ou Artigo e a<strong>do</strong>tar as regras especificas de cada méto<strong>do</strong>,<br />

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8<br />

segun<strong>do</strong> a ABNT; Formatar no padrão ABNT; Referenciar devidamente suas fontes de<br />

pesquisa; Citar corretamente as fontes pesquisadas para evitar plágio; Conclusão <strong>do</strong> seu<br />

<strong>TCC</strong>; Resumo <strong>do</strong> <strong>TCC</strong>; Montar sua apresentação para a banca; Apresentar-se para a<br />

banca. Deste mo<strong>do</strong>, estas fases compõem um conjunto das ideias formuladas pelos autores<br />

que mais utilizo, mas seguem a minha linha de raciocínio.<br />

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9<br />

Define-se como técnica, o conjunto de<br />

normas ou processos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s em uma arte ou<br />

ciência, que se utilizam das inúmeras técnicas em<br />

busca da materialização de suas intenções<br />

(LAKATOS e MARCONI, 2011); (GIL, 2008).<br />

Num estu<strong>do</strong> cientifico, a coleta de da<strong>do</strong>s é<br />

essencial para a aplicação da técnica cientifica.<br />

Entretanto, é importante determinar em seu projeto as fontes de onde estes da<strong>do</strong>s se<br />

originam, as quais podem ser:<br />

1. Fontes Primárias – constituídas por da<strong>do</strong>s bibliográficos, históricos e estatísticos;<br />

pesquisas e material cartográfico; informações, arquivos oficiais e particulares, <strong>do</strong>cumentos<br />

pessoais; registros, correspondências, dentre outros.<br />

2. Fontes Secundárias – consiste em obras literárias e da imprensa em geral. Referem-se às<br />

pesquisas de campo ou laboratório e aos contatos diretos.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, a obtenção de da<strong>do</strong>s se dá de três procedimentos distintos: a pesquisa<br />

<strong>do</strong>cumental, a pesquisa bibliográfica e mediante contatos diretos. Na construção <strong>do</strong> seu<br />

projeto de pesquisa, estas técnicas poderão ser definidas enquanto:<br />

• Pesquisa Documental - Constituin<strong>do</strong> o que se denomina de fontes primárias. fonte<br />

de coleta de da<strong>do</strong>s que pode estar condicionada a <strong>do</strong>cumentos, sejam eles escritos<br />

ou não. ou de fontes secundárias. (LAKATOS e MARCONI, 2011). Segun<strong>do</strong> Gil<br />

(2008, p. 50): “Constituí<strong>do</strong> principalmente de livros e artigos científicos. Embora<br />

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10<br />

em quase to<strong>do</strong>s os estu<strong>do</strong>s seja exigi<strong>do</strong> algum tipo de trabalho desta natureza, há<br />

pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas”.<br />

• Pesquisa Bibliográfica – Assemelha-se à pesquisa bibliográfica, diferencian<strong>do</strong>-se<br />

pela natureza das fontes. Refere-se a toda bibliografia já publicada, seja em meios<br />

escritos ou áudio visuais, que viabilizem ao pesquisa<strong>do</strong>r o contato direto com uma<br />

determinada temática.<br />

• Pesquisa experimental - Consiste no processo de determinação <strong>do</strong> objeto de<br />

estu<strong>do</strong>, “selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as<br />

formas de controle e de observação <strong>do</strong>s efeitos que a variável produz no objeto”<br />

(GIL, 2008, p. 52).<br />

• Estu<strong>do</strong> de caso – Constitui o estu<strong>do</strong> aprofunda<strong>do</strong> de um determina<strong>do</strong> objeto, de<br />

mo<strong>do</strong> conhecê-lo detalhadamente em to<strong>do</strong>s os seus possíveis aspectos.<br />

• Pesquisa de Campo – consiste na técnica de observação de fatos e fenômenos tal<br />

como ocorrem espontaneamente, com a finalidade de coletar conhecimentos ou<br />

informações de uma determinada realidade ou problemática para posterior análise.<br />

Caracterizam-se pelo interrogatório direto <strong>do</strong>s indivíduos estuda<strong>do</strong>s. Deste mo<strong>do</strong>,<br />

segun<strong>do</strong> Gil (2008, p. 55): “Basicamente, procede-se à solicitação de informações<br />

a um grupo significativo de pessoas acerca <strong>do</strong> problema estuda<strong>do</strong> para em seguida,<br />

mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />

coleta<strong>do</strong>s”.<br />

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11<br />

O fichamento é uma valiosa ferramenta para seus estu<strong>do</strong>s. São uma síntese das<br />

fontes bibliográficas que viabilizam sua pesquisa. Servem para catalogar e organizar o seu<br />

material de leitura e pesquisa realiza<strong>do</strong> antes da contextualização <strong>do</strong> seu projeto.<br />

Para o pesquisa<strong>do</strong>r, a ficha é um instrumento de trabalho imprescindível.<br />

Como o investiga<strong>do</strong>r manipula o material bibliográfico, que em sua<br />

maior parte não lhe pertence, as fichas permitem: a) identificar as obras;<br />

b) conhecer seu conteú<strong>do</strong>; c) fazer citações; d) analisar o material; e)<br />

elaborar críticas (MARCONI e LAKATOS, 2003, p. 49).<br />

Dito isto, fazer um fichamento no seu computa<strong>do</strong>r é muito fácil: elabore um<br />

cabeçalho conten<strong>do</strong> a referência bibliográfica da parte <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento pesquisa<strong>do</strong>,<br />

referencie a obra e, por fim, copie e cole, transcreva ou sintetize os trechos de maior<br />

relevância acadêmica para sua pesquisa. A formatação que utilizada é a padrão (fonte:<br />

Times New Roman; tamanho 12, espaçamento entrelinhas de 1,5; justifica<strong>do</strong>).<br />

Abaixo, darei alguns exemplos. As "fichas" que elaborei não compõem um modelo<br />

oficial. Os fichamentos são um material de consulta que servem para o controle de nossos<br />

estu<strong>do</strong>s, no que inseri os da<strong>do</strong>s que acredito ser os mais relevantes.<br />

Caso não seja para apresentação de um trabalho formal ou para inserção obrigatória<br />

numa pesquisa com normas específicas a ser empregadas no fichamento, eu recomen<strong>do</strong><br />

que você os adeque às suas necessidades. Eu não costumo utilizar tabelas, apenas o<br />

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12<br />

cabeçalho e os trechos de meu interesse, embora as tenha coloca<strong>do</strong> nos exemplos que se<br />

seguem, por mera questão de estética.<br />

Você ainda tem a opção de baixar um o software específico<br />

para fichamentos. O Programa Fichamento não oferece uma<br />

versão gratuita, mas pode ser muito interessante para os seus<br />

estu<strong>do</strong>s.<br />

Ele permite cadastrar livros, citações e periódicos, que facilitam a organização de sua<br />

pesquisa, como também disponibiliza automaticamente a referência bibliográfica completa<br />

destes conteú<strong>do</strong>s, segun<strong>do</strong> a ABNT.<br />

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13<br />

FICHAMENTO TEMÁTICO OU DE CITAÇÃO:<br />

É a transcrição literal <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>, lembran<strong>do</strong> de colocar ao la<strong>do</strong> as<br />

páginas de cada parte extraída.<br />

Assunto/ Tema: Educação – Meto<strong>do</strong>logia de Pesquisa<br />

Referência Bibliográfica:<br />

BOAVENTURA, Edival<strong>do</strong> M. Meto<strong>do</strong>logia da pesquisa: monografia, dissertação,<br />

tese. São Paulo: Atlas, 2004. 160 p.<br />

“A dinâmica de citar e referenciar as obras da literatura concernente ao problema<br />

implica algumas questões práticas. Em primeiro lugar, não basta apenas ler; é<br />

preciso resumir e fichar. ” (p. 79)<br />

“O fichamento das obras consultadas e lidas deve tornar-se um habito desde o início<br />

da busca bibliográfica porque esse material constará da bibliografia” (p. 85)<br />

“Dois tipos de notação vão ajudar o aluno na revisão da literatura concernente ao<br />

tema, na elaboração da fundamentação teórica <strong>do</strong> problema pesquisa<strong>do</strong>: resumo e<br />

resenha.” (p.86)<br />

Local <strong>do</strong> Arquivo: Acervo pessoal.<br />

(Se extraí<strong>do</strong> da internet, inserir o endereço eletrônico)<br />

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14<br />

FICHAMENTO DE RESUMO OU TEXTUAL:<br />

Para os fichamentos de resumos que sintetizam as ideias primordiais de uma obra,<br />

é necessário que você irá usar suas próprias palavras para descrever o conteú<strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>.<br />

Assunto/ Tema: Educação – Meto<strong>do</strong>logia de Pesquisa<br />

Referência Bibliográfica:<br />

BOAVENTURA, Edival<strong>do</strong> M. Meto<strong>do</strong>logia da pesquisa: monografia, dissertação,<br />

tese. São Paulo: Atlas, 2004. 160 p.<br />

No segun<strong>do</strong> capítulo <strong>do</strong> livro, o autor aborda os processos de pesquisa, utilizan<strong>do</strong>-se<br />

de conteú<strong>do</strong>s de fácil compreensão para o acadêmico. São descritas formas e méto<strong>do</strong>s<br />

de citações em suas diversas classificações, no que o autor trata da relevância <strong>do</strong>s<br />

fichamentos no decorrer <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s, bem como, a importância das citações, resumos<br />

e resenha para uma pesquisa de cunho cientifico. (P. 79 -88)<br />

Local <strong>do</strong> Arquivo: Acervo pessoal.<br />

(Se extraí<strong>do</strong> da internet, inserir o endereço eletrônico)<br />

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15<br />

FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO<br />

partes.<br />

Trata-se da descrição comentada em tópicos seja em sua completude ou de suas<br />

Assunto/ Tema: Educação – Meto<strong>do</strong>logia de Pesquisa<br />

Referência Bibliográfica:<br />

BOAVENTURA, Edival<strong>do</strong> M. Meto<strong>do</strong>logia da pesquisa: monografia, dissertação,<br />

tese. São Paulo: Atlas, 2004. 160 p.<br />

Esta obra aborda os méto<strong>do</strong>s e técnicas da pesquisa cientifica em suas diversas<br />

tipologias e aplicações segun<strong>do</strong> as regras brasileiras de normas técnicas – ABNT.<br />

Oferece ao acadêmico uma leitura precisa e meto<strong>do</strong>lógica de como realizar um<br />

trabalho de cunho cientifico. Embora seja datada <strong>do</strong> ano de 2004, permanece atual e<br />

serve como excelente material de consulta e orientação.<br />

Local <strong>do</strong> Arquivo: Acervo pessoal.<br />

(Se da internet, inserir o endereço eletrônico)<br />

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16<br />

A este ponto faz-se necessário uma maior compreensão da proposta contida num<br />

trabalho científico, uma vez que são elabora<strong>do</strong>s metodicamente, segun<strong>do</strong> a aplicação de<br />

um conjunto de normas predeterminadas. Estes estu<strong>do</strong>s podem ser realiza<strong>do</strong>s a partir de<br />

fontes de informações primárias ou secundárias, seguin<strong>do</strong> a sempre a meto<strong>do</strong>logia<br />

delineada e os objetivos propostos na elaboração da pesquisa, o que dá origem a diversas<br />

tipologias de trabalhos científicos. Nos limitaremos a abordar apenas <strong>do</strong>is: a monografia e<br />

o artigo científico, por se tratar <strong>do</strong>s mais utiliza<strong>do</strong>s como trabalhos de conclusão de curso.<br />

• MONOGRAFIA – Trata-se da descrição sistemática, metódica e detalhada<br />

de uma determinada temática, seguin<strong>do</strong> uma meto<strong>do</strong>logia rigorosa e preestabelecida.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, é possível afirmar que:<br />

Tem como base a escolha de uma unidade ou elemento social, sob duas<br />

circunstâncias: 1) ser suficientemente representativo de um to<strong>do</strong> cujas<br />

características se analisa; 2) ser capaz de reunir os elementos constitutivos<br />

de um sistema social ou de refletir as incidências e fenômenos de caráter<br />

autenticamente coletivo (MARCONI e LAKATOS, 2011).<br />

• ARTIGOS CIENTÍFICOS – embora se trate de uma produção científica<br />

genuína, os artigos científicos não compõem matéria de um livro, como a monografia. De<br />

outro mo<strong>do</strong>, são concisos, de conteú<strong>do</strong> restrito, e tem como objetivo apresentar os<br />

resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em outras pesquisas ou estu<strong>do</strong>s. Usualmente são publica<strong>do</strong>s em<br />

periódicos ou revistas especializa<strong>do</strong>s e configuram a conclusão compilada de um trabalho<br />

de pesquisa, seja ele de campo, <strong>do</strong>cumental ou bibliográfico para posterior publicação.<br />

Segun<strong>do</strong> Lakatos e Marconi (2011): “Os artigos científicos, por serem completos,<br />

permitem ao leitor, mediante a descrição da meto<strong>do</strong>logia empregada, <strong>do</strong> processamento<br />

utiliza<strong>do</strong> e resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, repetir a experiência”.<br />

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17<br />

Assim como o artigo possui uma estrutura meto<strong>do</strong>lógica específica, a monografia<br />

também se distingue em alguns <strong>do</strong>s seus elementos estruturais.<br />

Observaremos que a estrutura interna <strong>do</strong> Trabalho Acadêmico se divide em três<br />

partes: elementos Pré-Textuais, elementos Textuais e elementos Pós-Textuais, conten<strong>do</strong>,<br />

cada uma, elementos específicos, conforme a imagem abaixo:<br />

Elementos Pré-textuais<br />

Conforme a imagem acima, aqui você deverá desenvolver alguns itens obrigatórios,<br />

ao passo que outros serão opcionais. A obrigatoriedade ou não destes elementos<br />

dependerá <strong>do</strong> seu curso, <strong>do</strong> seu orienta<strong>do</strong>r ou <strong>do</strong> Manual de Estilo Acadêmico da sua IES<br />

(Instituição de Ensino Superior). A estrutura meto<strong>do</strong>lógica <strong>do</strong> seu <strong>TCC</strong> também irá influir<br />

na inserção destes elementos. Em caso de dúvida, consulte sempre seu orienta<strong>do</strong>r.<br />

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18<br />

Elementos Textuais<br />

Compõem o conteú<strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong> a ser desenvolvi<strong>do</strong> em forma de texto e dividese<br />

em três partes obrigatórias, além de outros itens opcionais. Obrigatoriamente, sua<br />

monografia deverá conter:<br />

• Introdução<br />

Componente inicial <strong>do</strong> texto, necessária para introduzir o leitor acerca da sua<br />

proposta de pesquisa, onde deverá constar a delimitação descritiva da temática abordada e<br />

<strong>do</strong>s objetivos.<br />

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19<br />

• Desenvolvimento ou Referencial Teórico<br />

A contextualização da sua pesquisa científica. Ela deverá ser dividida em tópicos<br />

que partem de uma abordagem mais ampla para uma cada vez mais especifica. A<br />

monografia parte de um contexto mais amplo, deven<strong>do</strong> ser delimitada a um determina<strong>do</strong><br />

objeto, foco da sua pesquisa. É no desenvolvimento que você irá aplicar esta teoria com<br />

mais propriedade.<br />

• Conclusão<br />

O momento final <strong>do</strong> seu texto, onde deverão constar as considerações finais acerca<br />

da sua temática de pesquisa, determinan<strong>do</strong> se as hipóteses e os objetivos a que você se<br />

propôs a analisar foram alcança<strong>do</strong>s ou não, analisan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s e conclusões a que<br />

chegou.<br />

Elementos Pós-textuais<br />

Como o nome infere, os elementos pós textuais consistem na última etapa da sua<br />

pesquisa. Neste tópico, são itens opcionais o Glossário, o Apêndice, os Anexos e o Índice.<br />

A Referência Bibliográfica é o elemento obrigatório, e onde reside maior parte da<br />

dificuldade <strong>do</strong>s graduan<strong>do</strong>s, já que existe uma série de normas e regras específicas para sua<br />

formatação.<br />

Neste caso, independentemente <strong>do</strong> Manual de Estilo Acadêmico de sua<br />

universidade, a formatação que prevalece é a ABNT, que poderá vir em ordem alfabética,<br />

em caso <strong>do</strong> sistema utiliza<strong>do</strong> for o Autor-Data, ou na ordem em que surge no texto, quan<strong>do</strong><br />

o sistema Numérico tiver si<strong>do</strong> o a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> em sua formatação.<br />

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20<br />

Uma Dica Para você Poupar Tempo Com a Formatação:<br />

Sempre que você precisar usar Referências Bibliográficas em sua pesquisa, lembrese:<br />

as Referências de Legislação correspondem às de Jurisprudência, assim como as<br />

de Livros e Trabalhos Acadêmicos também possuem formatação semelhantes. O mesmo<br />

ocorre com as Referências de Revistas, Jornais, Boletins e Artigos da Internet, que possuem<br />

normas de formatação similares.<br />

Para maiores informações acerca de cada um <strong>do</strong>s itens que compõem o Trabalho<br />

Acadêmico, seja ele um elemento obrigatório ou opcional, eu sugiro que você consulte<br />

direto da fonte ABNT responsável pela descrição das normas NBR 14724, de 2011.<br />

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21<br />

A ABNT (NBR 6022, 2003, p.2), define artigo científico como sen<strong>do</strong> a “publicação<br />

com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, méto<strong>do</strong>s, técnicas, processos e<br />

resulta<strong>do</strong>s nas diversas áreas <strong>do</strong> conhecimento”.<br />

Assim como a monografia, o Artigo Científico é ofereci<strong>do</strong> pelas universidades<br />

como opção para o Trabalho de Conclusão de Curso - <strong>TCC</strong>. Por ter uma estrutura<br />

meto<strong>do</strong>lógica um pouco mais compacta que a monografia, acaba servin<strong>do</strong> de escolha para<br />

muitos graduan<strong>do</strong>s, embora sejam mais usuais nos cursos de especialização.<br />

Embora seja menos denso, o artigo científico possui a mesma estrutura intrínseca<br />

aos demais trabalhos científicos, sen<strong>do</strong> composto por partes preliminares (título e subtítulo;<br />

nome <strong>do</strong> autor e suas credenciais, local onde foi realiza<strong>do</strong>; sinopse e corpo <strong>do</strong> artigo<br />

(introdução, contextualização e conclusões e a parte referencial, composta pelas referências<br />

bibliográficas, apêndices e anexos (elementos opcionais), agradecimentos e data<br />

(MARCONI e LAKATOS, 2011).<br />

Os artigos científicos estão sujeitos às normas ABNT ‐ NBR 6022 (2003), que<br />

determinam os da<strong>do</strong>s elementares para sua elaboração, conforme veremos a seguir.<br />

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22<br />

COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO<br />

Feliciana Natalina*<br />

Manuela Magalhães **<br />

RESUMO<br />

Este blog tem por objetivo oferecer dicas sobre trabalhos de<br />

conclusão de curso, auxilian<strong>do</strong> graduan<strong>do</strong>s das mais diversas<br />

áreas <strong>do</strong> conhecimento. Nesta postagem, trataremos acerca da<br />

elaboração de artigos científicos basea<strong>do</strong>s nas normas NBR<br />

6022 de 2003.<br />

Palavras-chave: <strong>TCC</strong> Salva<strong>do</strong>r; Artigo científico. NBR 6022.<br />

ABSTRACT<br />

This blog aims to offer tips of academic works, helping students<br />

from various fields of knowledge. In this post, we will treat about<br />

the preparation of scientific articles based on the standards NBR<br />

6022 2003.<br />

Keywords: <strong>TCC</strong> Salva<strong>do</strong>r; Scientific article. NBR 6022.<br />

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23<br />

O Título e subtítulo (caso haja) devem constar na página de abertura.<br />

O (s) Autor (es) deve ter seu nome acompanha<strong>do</strong> de um breve currículo, além <strong>do</strong><br />

seu endereço postal e de e-mail, que devem vir após a indicação em asterisco (*), em nota<br />

de rodapé.<br />

No Resumo, você vai precisar apresentar uma síntese <strong>do</strong> seu artigo de forma clara<br />

e concisa, não deven<strong>do</strong> ultrapassar o montante de 250 palavras.<br />

Regras gerais de apresentação<br />

Palavras‐chave: são palavras ou termos retira<strong>do</strong>s <strong>do</strong> texto<br />

para representar o seu conteú<strong>do</strong>. Devem figurar logo abaixo <strong>do</strong><br />

resumo.<br />

Palavras‐chave em outro idioma: versão das palavras‐chave em outro idioma.<br />

Exemplo: em inglês Keywords, em espanhol Palabras claves, em francês Mots‐clés.<br />

As palavras‐chave designam os vocábulos e/ou termos extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> texto e devem<br />

ser capazes de orientar outros pesquisa<strong>do</strong>res acerca <strong>do</strong> assunto sobre o qual você se propôs<br />

a abordar. Servem para facilitar os mecanismos de busca.<br />

A introdução constitui um elemento textual, deven<strong>do</strong> apresentar ao leitor, os<br />

objetivos e a finalidade <strong>do</strong> trabalho seu trabalho, com o intuito de que o leitor possa ter<br />

uma visão geral <strong>do</strong> tema aborda<strong>do</strong>.<br />

Aqui, devem ser informa<strong>do</strong>s os objetos e perspectivas <strong>do</strong> seu estu<strong>do</strong>, bem como,<br />

as razões pelas quais o levaram a escolher esta temática como abordagem. Na introdução,<br />

você deverá informar resumidamente, a problemática da pesquisa, os seus objetivos, a<br />

meto<strong>do</strong>logia escolhida e uma breve analise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s.<br />

O Desenvolvimento concentra a parte mais densa <strong>do</strong> artigo cientifico, deven<strong>do</strong><br />

expressar de maneira detalhada a fundamentação teórica da sua pesquisa, a meto<strong>do</strong>logia<br />

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24<br />

aplicada, além da análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s e discussão. Segue as determinações da NBR 6024,<br />

2003, e deve ser dividi<strong>do</strong> em seções e subseções.<br />

Conclusões: a) as conclusões devem responder às questões da pesquisa,<br />

correspondentes aos objetivos e hipóteses; b) devem ser breves poden<strong>do</strong> apresentar<br />

recomendações e sugestões para trabalhos futuros.<br />

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25<br />

Embora não seja possível determinar a você que tema escolher para o seu Tcc,<br />

acredito que seja possível lhe ajudar a vislumbrar uma solução. O Tema está liga<strong>do</strong> ao<br />

problema da pesquisa e precisa apresentar uma proposta bem objetiva daquilo que você<br />

pretende apresentar. Eu vejo o tema como uma síntese <strong>do</strong> que será aborda<strong>do</strong> extensamente<br />

ao longo da contextualização. Em outras palavras, é a ideia resumida daquilo que será<br />

abrangi<strong>do</strong> no decorrer da sua análise.<br />

Dota<strong>do</strong> necessariamente de um sujeito e de um objeto, o tema<br />

passa por um processo de especificação. O processo de<br />

delimitação <strong>do</strong> tema só é da<strong>do</strong> por concluí<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se faz a sua<br />

limitação geográfica e espacial, com vistas na realização da<br />

pesquisa. Muitas vezes as verbas disponíveis determinam uma<br />

limitação maior <strong>do</strong> que o deseja<strong>do</strong> pelo coordena<strong>do</strong>r, mas, se se<br />

pretende um trabalho científico, é preferível o aprofundamento à<br />

extensão (MARCONI e LAKATOS, 2013, p. 218).<br />

Mas, afinal, como escolher um bom tema? Delimitan<strong>do</strong> o seu objeto de estu<strong>do</strong>.<br />

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26<br />

Para tanto, é preciso definir inicialmente, a área que se deseja tratar. Sua escolha<br />

deve se pautar em assuntos que se alinhem ao que você tenha uma boa relação de afinidade<br />

e interesse. Não há um tema melhor ou mais fácil que outro, mas, há um assunto que você<br />

goste mais <strong>do</strong> que de outros. A partir de uma temática mais ampla, você deverá segmentar<br />

a sua pesquisa.<br />

Lembre-se de que é necessário abordar aquilo que faça ou tenha feito parte da sua<br />

realidade acadêmica. Se esta é a sua primeira graduação, aproveite o ensejo para engajar,<br />

desde já, algo que permita a continuação <strong>do</strong>s seus estu<strong>do</strong>s posteriormente, seja através de<br />

um curso de especialização, seja em um mestra<strong>do</strong> ou no trabalho que você já executa.<br />

Verifique se a sua temática possui alguma relevância cientifica,<br />

oferecen<strong>do</strong> uma contribuição efetiva para o meio acadêmico, caso<br />

contrário, escolha outra abordagem. Nem to<strong>do</strong> assunto que é de seu<br />

interesse, cabe num Tcc.<br />

Finalmente, confirme a viabilidade da sua proposta de estu<strong>do</strong>s, observan<strong>do</strong> se há<br />

disponibilidade de material de investigação suficiente para atender as suas demandas.<br />

Consulte, além <strong>do</strong> Google, a biblioteca da sua universidade e outros mecanismos e fontes<br />

de pesquisa.<br />

Uma boa sugestão neste senti<strong>do</strong> é montar um esquema de perguntas e respostas<br />

que irão lhe ajudar a refletir melhor. Assim sen<strong>do</strong>, crie sua lista de perguntas e, a depender<br />

das respostas, você poderá decidir com mais segurança e clareza a possibilidade de<br />

nascimento - ou morte - da sua pesquisa científica.<br />

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27<br />

Numa pesquisa científica, antes de mais nada, você precisa indicar a si mesmo o<br />

que pretende, de fato, abordar. É necessário aprender a organizar suas ideias. Sem essa<br />

compreensão sua pesquisa empaca e o que é simples, torna-se complica<strong>do</strong>. Eu vejo um<br />

projeto de pesquisa como um quebra-cabeças, no qual o encaixe correto de cada peça em<br />

seu devi<strong>do</strong> lugar comporá a perfeita montagem <strong>do</strong> to<strong>do</strong>.<br />

Contu<strong>do</strong>, na acepção científica, problema é qualquer questão não solvida<br />

e que é objeto de discussão, em qualquer <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> conhecimento.<br />

Assim, podem ser consideradas como problemas científicos as<br />

indagações: Qual a composição da atmosfera de Vénus? Qual a causa da<br />

enxaqueca? Qual a origem <strong>do</strong> homem americano? Qual a probabilidade<br />

de êxito das operações para transplante de fíga<strong>do</strong>? (MARCONI e<br />

LAKATOS, 2003, p. 33).<br />

É possível afirmar que toda pesquisa cientifica tem início a partir de algum<br />

questionamento. Assim, a formulação <strong>do</strong> problema num trabalho de conclusão de curso,<br />

constitui a questão a que você se propõe a responder – e/ ou resolver - ao longo <strong>do</strong>s seus<br />

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28<br />

estu<strong>do</strong>s. Deste mo<strong>do</strong>, é possível depreender que este é um momento fundamental para<br />

um projeto cientifico.<br />

Concentre-se em formular uma problemática clara, em uníssono com o seu tema,<br />

objetivos, justificativa e hipóteses. Todas estas peças devem estar concatenadas para que,<br />

quan<strong>do</strong> “encaixadas” umas nas outras, resultem num composto coerente.<br />

Conforme Gil,<br />

(...) pode-se dizer que um problema é de natureza cientifica quan<strong>do</strong><br />

envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis: ‘Em que medida a<br />

escolaridade determina a preferência político partidária?’ ‘A desnutrição<br />

determina o rebaixamento intelectual?’ To<strong>do</strong>s esses problemas<br />

envolvem variáveis suscetíveis de observação ou de manipulação. É<br />

perfeitamente possível, por exemplo, verificar a preferência partidária de<br />

um determina<strong>do</strong> grupo, bem como seu nível de escolaridade, para<br />

depois determinar em que medida essas variáveis estão relacionadas<br />

entre si. (GIL, 2002, p. 24)<br />

Saben<strong>do</strong> disso, você conseguirá distinguir o que pode ser enquadra<strong>do</strong> como uma<br />

problemática cientifica e o que não pode, direcionan<strong>do</strong> sua pesquisa para um caminho<br />

factual. Ten<strong>do</strong> em mente o que deseja e o que é possível abordar, será mais fácil para você<br />

discernir também sobre quais os melhores materiais e fontes de estu<strong>do</strong> bibliográfico a<br />

pesquisar, tornan<strong>do</strong> cada vez mais claras as suas ideias. Seja paciente. Um tema bem<br />

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29<br />

delimita<strong>do</strong> e uma problemática bem definida, resultam <strong>do</strong> processo de amadurecimento e<br />

reflexão sobre um determina<strong>do</strong> assunto.<br />

Sob o ponto de vista meto<strong>do</strong>lógico, Gil (2002, p. 26), infere que um problema deve<br />

ser claro e preciso, empírico, delimita<strong>do</strong> e passível de solução. Em outras palavras, esses<br />

elementos devem ser utiliza<strong>do</strong>s como mecanismos de analise na consistência da<br />

problemática a que você se propôs a resolver. Transforme o seu tema em um<br />

questionamento, busque a resposta e verifique se ele é passível de solução. É preciso? É<br />

empírico? Está bem delimita<strong>do</strong>?<br />

Diante desta perspectiva, segun<strong>do</strong> Boaventura,<br />

O problema cientificamente considera<strong>do</strong> há de possibilitar tratamento<br />

meto<strong>do</strong>lógico, com verificação pelas técnicas e processos que<br />

possibilitem evidencias empíricas. Em síntese, o problema é uma<br />

questão ainda não resolvida ou resolvível que permite abordagem<br />

meto<strong>do</strong>lógica no encaminhamento da solução. (BOAVENTURA, 2004,<br />

p. 37).<br />

Resumin<strong>do</strong>, para formular um problema de pesquisa, considere o assunto de seu<br />

interesse acadêmico, levante as situações e principais dificuldades concernentes a este<br />

aspecto que você percebe como problemáticas. A complexidade <strong>do</strong> problema reside<br />

justamente na possibilidade de você explanar, investigar e propor soluções a esta questão.<br />

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30<br />

Os objetivos de um trabalho de conclusão de curso estão relaciona<strong>do</strong>s à finalidade<br />

da pesquisa, isto é, a reposta que você pretende dar à conclusão de sua pesquisa. Os<br />

autores Marconi e Lakatos (2003, p. 157) definem que: “O objetivo toma explícito o<br />

problema, aumentan<strong>do</strong> os conhecimentos sobre determina<strong>do</strong> assunto (...) A especificação<br />

<strong>do</strong> objetivo de uma pesquisa responde às questões para que? E para quem?”<br />

Por esta razão você deverá formular seus objetivos de forma clara e bem<br />

estruturada, utilizan<strong>do</strong> verbos que possam ser mensura<strong>do</strong>s, ou seja, conjuga<strong>do</strong>s no<br />

infinitivo.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, a escolha destes verbos não é aleatória, ten<strong>do</strong> em vista que também<br />

servem para indicar os tipos de pesquisa – se de campo, teórica, de experimentação – você<br />

pretende realizar para que estes objetivos sejam alcança<strong>do</strong>s, através <strong>do</strong> uso de verbos de<br />

aplicação, de análise, de síntese, de avaliação, de conhecimento, e/ ou de compreensão.<br />

São dividi<strong>do</strong>s em Geral e Específico e não é necessário explica-los, apenas descrevêlos.<br />

Segun<strong>do</strong> Boaventura (2004),<br />

Os objetivos guardam relação com a justificativa, expressan<strong>do</strong> os fins<br />

deseja<strong>do</strong>s. O problema investiga<strong>do</strong> deve permitir o alcance <strong>do</strong>s objetivos,<br />

isto é, a rota da investigação. Desse objetivo geral derivam os objetivos<br />

específicos <strong>do</strong> projeto com resulta<strong>do</strong>s observáveis. Enquanto o problema<br />

deve ser proposto de maneira interrogativa, os objetivos são previstos<br />

afirmativamente e devem ser expressos com verbos de ação, como por<br />

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31<br />

exemplo, identificar, avaliar, descrever, verificar (BOAVENTURA,<br />

2004, p. 63).<br />

Assim, o objetivo geral corresponde a uma resposta global à sua pergunta de<br />

pesquisa. Ele determina a intenção genérica <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r, sem a delimitação das<br />

estratégias a<strong>do</strong>tadas para este fim.<br />

Os objetivos específicos são mais detalha<strong>do</strong>s e são os responsáveis por definir as<br />

estratégias que você irá utilizar em seus estu<strong>do</strong>s. Relacionamse<br />

a meta traçada a ser alcançada ao longo da pesquisa<br />

científica, no que cada uma dessas metas deverá contribuir<br />

para atingir o seu objetivo geral, corresponden<strong>do</strong> aos itens<br />

presentes em sua fundamentação teórica. Devem vir lista<strong>do</strong>s,<br />

organiza<strong>do</strong>s em tópicos, devidamente separa<strong>do</strong>s por pontoe-vírgula<br />

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32<br />

A justificativa é um <strong>do</strong>s elementos textuais <strong>do</strong> seu projeto, é o momento em que<br />

você irá dar credibilidade à sua proposta. Tem por objetivo responder à razão pela qual<br />

você escolheu a sua temática como defesa. Segun<strong>do</strong> Marconi e Lakatos:<br />

Justificativa é o único item <strong>do</strong> projeto que apresenta respostas à questão<br />

por quê? De suma importância, geralmente é o elemento que contribui<br />

mais diretamente na aceitação da pesquisa pela(s) pessoa(s) ou entidades<br />

que vão financiá-la. Consiste numa exposição sucinta, porém completa,<br />

das razões de ordem teórica e <strong>do</strong>s motivos de ordem prática que tomam<br />

importante a realização da pesquisa (MARCONI e LAKATOS, 2003,<br />

p. 219).<br />

Deve ser genérica, mas não superficial, já que precisa explicar de maneira prática e<br />

resumida, os motivos pelos quais sua pesquisa contém relevância acadêmica suficiente para<br />

merecer aprofundamento científico. Entretanto, observe que:<br />

A justificativa difere da revisão da bibliografia e, por este motivo,<br />

não apresenta citações de outros autores. Difere, também, da<br />

teoria de base, que vai servir de elemento unifica<strong>do</strong>r entre o<br />

concreto da pesquisa e o conhecimento teórico da ciência na qual<br />

se insere. (MARCONI e LAKATOS, 2003, p. 219).<br />

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33<br />

Neste tópico, você deverá utilizar toda a sua capacidade<br />

argumentativa para convencer o leitor – e a banca – de que seu projeto<br />

vale a pena, e para isso, você vai precisar estar atento a alguns requisitos.<br />

Será necessário indicar os da<strong>do</strong>s teóricos que explicitam a sua<br />

temática, qual a sua importância de mo<strong>do</strong> geral e em relação ao meio<br />

ao qual você concentrou seus estu<strong>do</strong>s, além de sugerir variáveis que<br />

sirvam de contribuição para a melhoria da sociedade como um to<strong>do</strong>,<br />

ressaltan<strong>do</strong> a relevância <strong>do</strong> tema tanto em relação às suas conjunturas<br />

teóricas quanto práticas.<br />

A justificativa precisa destacar também a sua motivação pessoal na escolha <strong>do</strong> tema.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, esteja atento ao fato de que: "Trata-se de uma visão retrospectiva <strong>do</strong><br />

conhecimento <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r que o motiva a estudar com mais profundidade".<br />

(BOAVENTURA, 2004, p. 63).<br />

Embora não seja nenhuma regra, sugiro que você não exceda a sua justificativa em<br />

mais <strong>do</strong> que quatro parágrafos.<br />

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34<br />

Alguns autores acreditam que ela deve ser feita no início <strong>do</strong> projeto, enquanto<br />

outros determinam que ela deve ser escrita ao final, já que o estudante irá toman<strong>do</strong><br />

conhecimento <strong>do</strong>s elementos de sua pesquisa a medida em que ela vai se desenvolven<strong>do</strong>.<br />

Eu deixo a seu critério.<br />

Os aspectos realmente importantes a se concentrar numa boa introdução, é<br />

conseguir abordar em dez parágrafos, no máximo, os principais elementos conti<strong>do</strong>s no seu<br />

<strong>TCC</strong>, como por exemplo, a delimitação <strong>do</strong> tema, a questão problema, os objetivos geral e<br />

específicos levanta<strong>do</strong>s e a meto<strong>do</strong>logia a ser utilizada.<br />

forma:<br />

Numa síntese bem genérica, podemos estruturar a introdução de um tcc da seguinte<br />

Nos 1º e 2º parágrafo: Deixe claro a delimitação <strong>do</strong> seu tema, ou seja, apresente o<br />

tema dentro <strong>do</strong> contexto que você escolheu direcionar sua pesquisa de forma clara, sucinta<br />

e objetiva.<br />

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35<br />

No 3º parágrafo: Através da delimitação <strong>do</strong> seu tema, determine a questão<br />

problema que o motivou a esta investigação, e se quiser levante um questionamento<br />

dirigi<strong>do</strong> a sua problemática, reforçan<strong>do</strong> o seu objeto de pesquisa, concentran<strong>do</strong>-se em não<br />

se estender demais em suas considerações.<br />

No 4º parágrafo: Você irá levantar as hipóteses <strong>do</strong> seu <strong>TCC</strong>, em outras palavras,<br />

você apresentará possíveis respostas ao seu problema de pesquisa.<br />

No 5º parágrafo: Apresente resumidamente os objetivos geral e específicos.<br />

No 6º parágrafo: Justifique-se, determinan<strong>do</strong> ao leitor a relevância da temática<br />

enfatizada em seus estu<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong> universo científico/ acadêmico e em benefício da<br />

sociedade em geral.<br />

No 7º parágrafo: Em poucas palavras, você descreverá a meto<strong>do</strong>logia a ser utilizada<br />

em sua pesquisa, determina<strong>do</strong> os procedimentos e abordagens a<strong>do</strong>tadas.<br />

No 8º parágrafo: Caso o seu trabalho esteja dividi<strong>do</strong> em capítulos, relate de maneira<br />

concisa a estruturação destes. Determine objetivamente as intenções de sua pesquisa.<br />

FIQUE ATENTO:<br />

• To<strong>do</strong>s os parágrafos descritos acima podem ser estendi<strong>do</strong>s<br />

para mais de um, a depender da sua abordagem;<br />

• Mantenha o foco de sua pesquisa, não se alongue mais <strong>do</strong><br />

que o necessário. Uma introdução muito extensa pode te<br />

comprometer diante da banca, abrin<strong>do</strong> margem para<br />

questionamentos sobre conteú<strong>do</strong>s que foram introduzi<strong>do</strong>s, mas que não foram aborda<strong>do</strong>s<br />

ao longo <strong>do</strong> seu trabalho;<br />

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36<br />

• Algumas instituições não exigem to<strong>do</strong>s os elementos descritos acima. Consulte<br />

sempre o Manual <strong>do</strong> Estilo Acadêmico da sua universidade e, se ainda houver duvida,<br />

consulte seu orienta<strong>do</strong>r.<br />

• A introdução não deve conter tópicos;<br />

• Alguns parágrafos podem ser de autoria própria, mas o texto deve ser<br />

preferencialmente referencia<strong>do</strong>, apresentan<strong>do</strong> argumentos <strong>do</strong>s autores seleciona<strong>do</strong>s para<br />

enquadrar o referencial teórico da sua pesquisa.<br />

Após a introdução, vem a contextualização, ou seja, o desenvolvimento escrito de<br />

sua pesquisa. As formas mais usuais de um trabalho de conclusão de curso de graduação<br />

são a monografia e o artigo cientifico. A seguir, serão apresenta<strong>do</strong>s alguns aspectos destas<br />

duas estruturas de trabalho acadêmico. Escolha a sua e continue seguin<strong>do</strong> este roteiro. Um<br />

tcc nada mais é que uma ideia construída passo a passo.<br />

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37<br />

Conforme já abordamos, as normas ABNT servem para dar o ordenamento<br />

cientifico a uma pesquisa, mediante a aplicação de uma meto<strong>do</strong>logia específica e orientada.<br />

Embora ajam como recomendações normativas, estas regras costumam ser seguidas<br />

e, muitas vezes, sofrem pequenas alterações a<strong>do</strong>tadas pelas Instituições de Ensino Superior<br />

as quais devem ser consultadas no Manual <strong>do</strong> Estilo Acadêmico. Servem para manter a<br />

uniformidade e o padrão da pesquisa científica conforme as referências, facilitan<strong>do</strong> a vida<br />

de estudiosos e pesquisa<strong>do</strong>res de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>.<br />

As regras vigentes são determinadas pela Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas (ABNT), sen<strong>do</strong> que cada NBR possui uma função especifica e está sujeita a<br />

atualizações, conforme poderemos observar mais detalhadamente a seguir:<br />

• NBR 10520 / 2002 - Versa acerca das Citações, determinan<strong>do</strong> suas normas<br />

especificas.<br />

• NBR 6023/ 2002 – Trata das Referências e estabelece quais os elementos devem<br />

ser considera<strong>do</strong>s.<br />

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38<br />

• NBR 6022/ 2003 – Determina as normas a serem a<strong>do</strong>tadas aos Artigos em<br />

publicação periódica científica impressa<br />

• NBR 6024 / 2003 – Esta norma é responsável por determinar a numeração<br />

progressiva das seções de um determina<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, de mo<strong>do</strong> a permitir a<br />

exposição de uma sequência lógica que possibilitem a sua localização.<br />

• NBR 6027/ 2003 – Esta norma é responsável por estabelecer as normas de<br />

apresentação <strong>do</strong> Sumário.<br />

• NBR 6028 / 2003 – Aqui você irá encontrar a norma para elaborar a apresentação<br />

<strong>do</strong> seu RESUMO e <strong>do</strong> ABSTRACT.<br />

• NBR 6034 / 2004 - Norma que estabelece os requisitos necessários para a<br />

apresentação e elaboração de índices.<br />

• NBR 15287 / 2005 - Esta Norma serve para determinar os princípios gerais para<br />

a devida elaboração de projetos de pesquisa científica.<br />

• NBR 14724 / 2011 – Determina as regras que versam acerca <strong>do</strong> Trabalho<br />

Acadêmico, <strong>do</strong>s princípios gerais para a elaboração de teses, dissertações e outros<br />

trabalhos de cunho científico, com o intuito de orientar a sua apresentação à<br />

comissão examina<strong>do</strong>ra, ou, se você preferir, à banca.<br />

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39<br />

O que são?<br />

Por definição, pode-se determinar a norma como um conjunto pré-determina<strong>do</strong><br />

de regras que possibilitam a padronização de um da<strong>do</strong> objeto. Segun<strong>do</strong> especificação<br />

disponível no site oficial da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, trata-se<br />

de um <strong>do</strong>cumento organiza<strong>do</strong> mediante "consenso e aprova<strong>do</strong> por um organismo<br />

reconheci<strong>do</strong>, que fornece regras, diretrizes ou características mínimas para atividades ou<br />

para seus resulta<strong>do</strong>s, visan<strong>do</strong> à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um da<strong>do</strong><br />

contexto”.<br />

Em outras palavras, dentro <strong>do</strong> universo acadêmico, a ABNT é o órgão responsável<br />

pela normatização técnica a ser aplicada nos projetos de pesquisa, artigos e monografias de<br />

to<strong>do</strong> o país, determinan<strong>do</strong> desde o tipo de fonte <strong>do</strong> texto a ser utiliza<strong>do</strong> à forma como os<br />

autores pesquisa<strong>do</strong>s deverão ser referencia<strong>do</strong>s.<br />

Para que servem?<br />

No caso de um trabalho acadêmico, as normas servem para fornecer o<br />

ordenamento cientifico de uma produção textual, através <strong>do</strong> uso de uma meto<strong>do</strong>logia<br />

específica e orientada.<br />

As regras possuem grande relevância em um trabalho de pesquisa, tornan<strong>do</strong>-o<br />

uniforme e facilmente compreensível a estudiosos e pesquisa<strong>do</strong>res de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>.<br />

Embora não haja obrigatoriedade legal em sua aplicação, o uso da norma ABNT<br />

serve para auferir legitimidade a um trabalho escrito, já que o regimenta mediante um órgão<br />

reconheci<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o território nacional.<br />

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40<br />

Como aplicar?<br />

A aplicação da ABNT requer um estu<strong>do</strong> acura<strong>do</strong> <strong>do</strong> acadêmico, ten<strong>do</strong> em vista<br />

que, além <strong>do</strong> conhecimento de suas vias gerais, as quais são determinadas por este órgão<br />

regula<strong>do</strong>r, também é necessário o <strong>do</strong>mínio das regras especificas de sua instituição de<br />

ensino, geralmente disponíveis no Manual de estilo Acadêmico.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, as normas deverão ser aplicadas seguin<strong>do</strong> uma série de variáveis<br />

previamente estabelecidas, e servirão de material de apoio para o estudante <strong>do</strong> início ao<br />

fim de seu projeto de pesquisa.<br />

A seguir, observaremos algumas das regras ABNT vigentes. A saber:<br />

Os Elementos pré-textuais devem conter:<br />

• Capa<br />

• Folha de rosto<br />

• Sumário<br />

Os Elementos Textuais são dividi<strong>do</strong>s em:<br />

• Introdução<br />

• Desenvolvimento – Capítulos e Subcapítulos<br />

• Conclusões ou Considerações finais<br />

Os Elementos pós-textuais são caracteriza<strong>do</strong>s por:<br />

• Referências<br />

• Anexos/apêndices (opcional)<br />

As margens da folha devem seguir as seguintes especificações:<br />

• Superior e esquerda: 3,0 cm<br />

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41<br />

• Inferior e direita: 2,0 cm<br />

A formatação <strong>do</strong> texto deverá seguir as seguintes regras:<br />

• Deve vir em cor preta - exceto ilustrações;<br />

• Fonte preferencial: Arial ou Times New Roman;<br />

• A fonte <strong>do</strong> texto deve vir em tamanho 12<br />

• A fonte para as citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e<br />

legendas das ilustrações e tabelas deve ser preferencialmente em tamanho 10;<br />

• Para expressões estrangeiras, utilize Itálico ;<br />

• Para o alinhamento, utilizar o mo<strong>do</strong> Justifica<strong>do</strong>;<br />

• O espaçamento entrelinhas é de 1,5 para o texto;<br />

• Para as citações diretas longas, utilizar o espaçamento simples (1,0);<br />

• Para início de parágrafo, utilizar recuo de 1,25 cm.<br />

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42<br />

Paginação:<br />

A Numeração deve ser inserida no campo superior direito da folha, a partir da<br />

introdução (conta-se o número a partir da folha de rosto)<br />

• Deve aparecer a partir <strong>do</strong>s elementos “textuais”, ou seja, da introdução até<br />

o final <strong>do</strong> trabalho.<br />

• As páginas pré-textuais são contadas, mas não numeradas.<br />

• A posição da paginação deve ser à 2 cm da borda superior da folha.<br />

Fonte: Google Imagens<br />

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43<br />

As Referências servem para identificar os elementos descritivos que foram extraí<strong>do</strong>s<br />

de um da<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, permitin<strong>do</strong>, deste mo<strong>do</strong>, a identificação de sua autoria.<br />

Correspondem a última etapa <strong>do</strong> <strong>TCC</strong> e devem conter o índice de autores, livros,<br />

artigos, periódicos e demais fontes consultadas durante a elaboração <strong>do</strong> trabalho de<br />

pesquisa. Em outras palavras, equivalem a referência completa de todas as obras que estão<br />

sen<strong>do</strong> citadas no decorrer <strong>do</strong> seu projeto.<br />

Sempre que um texto ou partes dele são copia<strong>do</strong>s e inseri<strong>do</strong>s em nossa pesquisa, a<br />

fonte da qual decorre esta extração deverá ser devidamente referenciada, ou o seu texto<br />

correrá o risco de ser acusa<strong>do</strong> de plagio. A isto chamamos citações bibliográficas.<br />

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44<br />

Para mim, a maneira mais prática de realizar um bom trabalho de referência é<br />

inserir uma nota de rodapé a cada citação ou ideia retirada de uma determinada fonte.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, ao final <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s, to<strong>do</strong>s os autores pesquisa<strong>do</strong>s serão facilmente<br />

encontra<strong>do</strong>s, bem como o local onde suas citações foram utilizadas no texto. Reduz-se,<br />

portanto, a margem de erros e os possíveis esquecimentos.<br />

Depois é importante lembrar de retirá-las, já que, neste caso<br />

em específico, elas funcionam apenas para sua organização. Outra<br />

dica infalível é fazer o fichamento, que te obriga a referenciar<br />

corretamente e é uma forma organizada e prática de realizar sua<br />

pesquisa.<br />

É preciso atentar para o fato de que, assim como to<strong>do</strong> o processo que envolve a<br />

elaboração de um projeto de pesquisa, as Referências Bibliográficas devem seguir o padrão<br />

normatiza<strong>do</strong> pela ABNT, mais especificamente o conjunto de regras inseridas no<br />

manual ABNT NBR 6023/2002, suas atualizações, além das regras definidas no Manual<br />

<strong>do</strong> Estilo Acadêmico determinada por sua Instituição de Ensino.<br />

São algumas das principais regras de formatação:<br />

- Devem vir em ordem alfabética<br />

- São iniciadas pelo sobrenome <strong>do</strong> autor;<br />

- Deve conter fonte de tamanho 12;<br />

- O espaçamento é simples;<br />

- O alinhamento deve ser à esquerda da página;<br />

- Recomenda-se separar as referências com espaço maior.<br />

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45<br />

Para quem precisa de ajuda e não quer perder muito tempo nos livros, sugiro<br />

o Tutorial sobre o Mecanismo Online para Referências - More, que possibilita a<br />

automatização <strong>do</strong> processo de formatação das referências bibliográficas em trabalhos<br />

científicos. Outra boa opção é usar as ferramentas disponíveis no próprio Word.<br />

Aproveite, o Word é uma excelente ferramenta de formatação!<br />

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46<br />

As citações nada mais são <strong>do</strong> que as transcrições <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s literários<br />

pesquisa<strong>do</strong>s e seleciona<strong>do</strong>s para compor o seu projeto de pesquisa. Em outras palavras,<br />

servem para referenciar devidamente os autores que comporão o seu texto, respeitan<strong>do</strong> o<br />

rigor exigi<strong>do</strong> pela norma científica.<br />

Conforme já deixei aqui como dica, se você for disciplina<strong>do</strong> e realizar<br />

fichamentos e resumos durante o perío<strong>do</strong> de leitura e seleção <strong>do</strong> material que comporá a<br />

sua pesquisa, esta etapa será in<strong>do</strong>lor e natural. Você só terá o trabalho de encaixá-las<br />

durante a contextualização, toman<strong>do</strong> sempre o cuida<strong>do</strong> em manter a coerência textual.<br />

entre:<br />

Seguin<strong>do</strong> os ditames da ABNT, as citações bibliográficas podem ser divididas<br />

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47<br />

CITAÇÃO DIRETA:<br />

É a cópia literal das palavras descritas por um da<strong>do</strong> autor, tal qual você elaborou<br />

em seu fichamento. Segun<strong>do</strong> as normas ABNT, as citações diretas estão subdivididas em<br />

duas categorias:<br />

- Citação curta: São aquelas com até três linhas. São encaixadas no próprio texto,<br />

sem necessidade de alterações na formatação. Devem vir entre aspas e indicar entre<br />

parênteses o sobrenome <strong>do</strong> autor em caixa alta e o ano da publicação. (SOBRENOME<br />

DO AUTOR, ANO)<br />

- Citação Direta Longa: São utilizadas para transcrições de mais de três linhas.<br />

Contém uma formatação diferenciada <strong>do</strong> restante <strong>do</strong> texto, com normas específicas.<br />

Devem vir com recuo de parágrafo a 4 cm e espaçamento simples (1,0) e fonte 10. O<br />

sobrenome <strong>do</strong> autor deve ser cita<strong>do</strong> entre parênteses, segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ano da publicação e da<br />

página da qual o texto foi extraí<strong>do</strong>. (SOBRENOME DO AUTOR, ANO, p.)<br />

CITAÇÃO INDIRETA:<br />

As citações indiretas são uma adequação de um texto extraí<strong>do</strong> de uma dada fonte<br />

de pesquisa. Trocan<strong>do</strong> em miú<strong>do</strong>s, é quan<strong>do</strong> você reescreve o texto com suas próprias<br />

palavras, tal qual você elaborou em seu resumo.<br />

Neste caso, a citação está contida no texto escrito de maneira corrida. Mais<br />

especificamente, segun<strong>do</strong> as normas ABNT, deverá vir após esta síntese a referência, entre<br />

parênteses, <strong>do</strong> sobrenome <strong>do</strong> autor em caixa alta, seguida <strong>do</strong> ano da publicação citada<br />

(SOBRENOME DO AUTOR, ANO).<br />

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48<br />

CITAÇÃO DA CITAÇÃO:<br />

Trata-se da transcrição direta ou indireta de uma determinada obra <strong>do</strong> qual você<br />

não teve acesso à autoria, mas que está sen<strong>do</strong> citada por um autor que está fazen<strong>do</strong> parte<br />

da sua pesquisa. Nesse caso em especifico, deve ser empregada a expressão<br />

latina apud (cita<strong>do</strong> por) para identificar a fonte secundária consultada, da qual você teve<br />

acesso. (ANO DA PUBLICAÇÃO CITADA, apud, SOBRENOME DO AUTOR,<br />

ANO).<br />

CITAÇÃO COM TRÊS OU MAIS AUTORES<br />

Neste caso, deve-se citar o sobrenome <strong>do</strong> primeiro autor em caixa alta, segui<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

termo latim et al - e outros (SOBRE NOME DO PRIMEIRO AUTOR, et al, ANO).<br />

CITAÇÕES EXTRAÍDA S DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS - Web:<br />

Recebem o mesmo tratamento enquadra<strong>do</strong> nas citações diretas e indiretas. Quan<strong>do</strong><br />

não houver referencias <strong>do</strong> autor ou da instituição da qual o texto foi extraí<strong>do</strong>, a primeira<br />

palavra <strong>do</strong> título da citação deve vir em letra maiúscula.<br />

Os <strong>do</strong>cumentos retira<strong>do</strong>s da Internet devem ser inseri<strong>do</strong>s na seção “Referências”.<br />

Não se deve fazer menção <strong>do</strong> site pesquisa<strong>do</strong> no decorrer <strong>do</strong> texto ou em notas de rodapé.<br />

Se você for utilizar as notas como lembretes de suas referências, conforme eu sugeri<br />

aqui anteriormente, lembre-se de retirá-los antes de entregar o seu <strong>TCC</strong>.<br />

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49<br />

NOTAS DE RODAPÉ:<br />

As notas de rodapé também se classificam como uma forma de citação, ainda que<br />

conten<strong>do</strong> especificações próprias. Este é um elemento utiliza<strong>do</strong> para pontuar<br />

referencialmente elementos de relevância em sua pesquisa, tal como um complemento <strong>do</strong><br />

seu texto.<br />

As notas de rodapé podem ser bibliográficas, explicativas ou mistas, cada uma<br />

seguin<strong>do</strong> uma dinâmica especifica, das quais não me aprofundarei. São muito utilizadas<br />

em textos eruditos.<br />

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50<br />

A conclusão, ou as considerações finais, configuram última etapa <strong>do</strong> seu <strong>TCC</strong>.<br />

Trata-se de uma análise sintética da sua pesquisa, onde você deverá informar se a sua<br />

proposta de estu<strong>do</strong> foi alcançada, apresentan<strong>do</strong> ao leitor os resulta<strong>do</strong>s, analises, críticas e \<br />

ou sugestões elencadas ao longo <strong>do</strong> seu trabalho. Em outras palavras, toda a teoria<br />

embasada em seu discurso deverá ser corroborada aqui, em suas considerações finais.<br />

Escreva um texto objetivo, breve e claro. Esta etapa deve ser discursiva, um convite<br />

ao leitor para uma melhor compreensão <strong>do</strong> que você tinha em mente quan<strong>do</strong> escolheu o<br />

seu tema, objetivos, justificativa, etc. Para tanto, você deverá determinar qual foi a grande<br />

sacada <strong>do</strong> seu <strong>TCC</strong>.<br />

Uma boa sugestão para quem não sabe por onde começar é selecionar os autores<br />

mais utiliza<strong>do</strong>s ao longo de sua pesquisa, fazen<strong>do</strong> uma análise conclusiva entre as ideias<br />

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51<br />

dele e as suas. Informe se o seu objetivo geral foi alcança<strong>do</strong>, se sua pergunta de pesquisa<br />

foi respondida e se suas hipóteses se comprovaram verdadeiras ou não. Explique ao leitor<br />

qual a relevância acadêmica e cientifica <strong>do</strong> seu projeto, tal como você fez na sua<br />

justificativa.<br />

Determine quais foram os pontos mais relevantes da sua pesquisa, informe e avalie<br />

as maiores limitações e dificuldades encontradas no decorrer <strong>do</strong>s seus estu<strong>do</strong>s, e ofereça<br />

propostas capazes de auxiliar e contribuir para os estu<strong>do</strong>s de outros pesquisa<strong>do</strong>res acerca<br />

da sua temática.<br />

Embora não haja um limite defini<strong>do</strong> de laudas para as considerações finais, eu<br />

sugiro que você não exceda duas páginas. Lembre-se de que você não irá apresentar ao<br />

leitor novas descobertas. Neste tópico você se concentrará apenas em realizar o fechamento<br />

das suas ideias.<br />

Conclusão, em Suma:<br />

• Análise resumida <strong>do</strong> <strong>TCC</strong>;<br />

• Deve ser escrita com suas palavras;<br />

• Informe: Sua questão problema foi solucionada? Seus<br />

objetivos foram<br />

alcança<strong>do</strong>s? Suas hipóteses são verdadeiras?<br />

• Não gere novas dúvidas ou questionamentos;<br />

• Não insira citações, figuras ou imagens na conclusão;<br />

• Justifique a relevância e a contribuição de sua pesquisa ao universo acadêmico e à<br />

sociedade<br />

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52<br />

O Resumo é um elemento pré textual, normatiza<strong>do</strong> pela NBR6028 / 2003.<br />

Compõe o texto introdutório que deverá apresentar ao leitor uma síntese da ideia que você<br />

intenciona expressar em sua pesquisa.<br />

Este é o último elemento a ser escrito, porque nele deve conter uma parte da<br />

introdução <strong>do</strong> seu trabalho – questão problema; objetivos direto e indireto; justificativa e<br />

meto<strong>do</strong>logia de pesquisa – e outra parte que será extraída das suas considerações finais – a<br />

síntese <strong>do</strong>s principais resulta<strong>do</strong>s levanta<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> seu estu<strong>do</strong>.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, a NBR 6028:2003 determina que: “A ordem e a extensão destes itens<br />

dependem <strong>do</strong> tipo de resumo (informativo ou indicativo) e <strong>do</strong> tratamento que cada item<br />

recebe no <strong>do</strong>cumento original”. (ABNT, 2011, p. 2).<br />

Deve ser escrito em apenas um parágrafo, e conter entre 150 a 500<br />

palavras. Segun<strong>do</strong> a ABNT NBR 14724:2011, o Resumo deve ser entendi<strong>do</strong> como uma:<br />

“Apresentação concisa <strong>do</strong>s pontos relevantes de um texto, fornecen<strong>do</strong> uma visão<br />

rápida e clara <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> e das conclusões <strong>do</strong> trabalho. ” (ABNT, 2011, p. 4).<br />

Observe que não se trata de uma cópia <strong>do</strong>s trechos que deverão ser incorpora<strong>do</strong>s<br />

no resumo <strong>do</strong> seu Tcc, mas uma síntese da ideia global expressa por esses elementos.<br />

Vem acompanha<strong>do</strong> das palavras-chave, que deverão ser separadas por ponto.<br />

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53<br />

Já o resumo em língua estrangeira (ABSTRACT) além das palavras-chave<br />

(Keywords) também em língua estrangeira, não passa de uma versão <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> resumo<br />

converti<strong>do</strong> em outro idioma, com a finalidade de divulgação internacional. (ABNT, 2011,<br />

p. 3).<br />

FIQUE ATENTO:<br />

- O Resumo não deve conter citações<br />

bibliográficas!<br />

- Consulte sempre o Manual <strong>do</strong> Estilo<br />

Acadêmico da sua universidade.<br />

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54<br />

Plágio é a cópia de uma ideia, imagem ou texto de alguém sem atribuir-lhe a devida<br />

autoria. Muitos não sabem, mas a cópia parcial, conceitual ou completa de um trabalho<br />

sem a sua devida autorização considera-se Crime Contra a Propriedade Intelectual com<br />

pena prevista em lei, conforme descrito no Art. 184 <strong>do</strong> Código Penal.<br />

Entretanto, eu percebo que algumas pessoas tem uma dificuldade muito grande em<br />

conseguir diferenciar o que é plágio <strong>do</strong> que é uma citação. A diferença está na devida<br />

referência que deverá acompanhar a ideia <strong>do</strong> autor de onde você encontrou e extraiu<br />

aquelas informações.<br />

ABNT:<br />

Conforme já abordei aqui, acerca das citações e suas representações segun<strong>do</strong><br />

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55<br />

Citação direta é a cópia literal das palavras descritas por um da<strong>do</strong> autor,<br />

referenciadas conforme ABNT. As citações indiretas são uma<br />

adequação de um texto extraí<strong>do</strong> de uma dada fonte de pesquisa.<br />

Trocan<strong>do</strong> em miú<strong>do</strong>s, é quan<strong>do</strong> você reescreve o texto com suas<br />

próprias palavras, tal qual você elaborou em seu resumo.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, então, o que pose ser considera<strong>do</strong> como plágio? Confira abaixo<br />

alguns exemplos:<br />

· To<strong>do</strong> texto que é reproduzi<strong>do</strong> sem referência e assina<strong>do</strong> como texto original;<br />

· Transcrição literal de trechos extraí<strong>do</strong>s em livros, artigos e afins exatamente como aparece<br />

no livro e referencia<strong>do</strong>. Isso só é permiti<strong>do</strong> se você usar citações diretas, que podem ser<br />

empregadas em alguns momentos <strong>do</strong> texto, conforme regra específica da ABNT;<br />

· Descrição de um trecho de livro, artigo, revista etc., sem referenciar;<br />

· Cópia de trechos referencia<strong>do</strong>s <strong>do</strong> trabalho de alguém sem referenciá-lo como o autor<br />

original. Nesses casos, é necessário que você utilize o termo apud- que é utiliza<strong>do</strong> em<br />

citações indiretas nas referências bibliográficas.<br />

É possível que existam outras formas de plágio, entretanto, estas são as mais comuns<br />

e você pode e deve evitá-las. Se você já escreveu o seu trabalho e quer ter certeza de que<br />

não cometeu nenhuma imperícia e sem querer plagiou alguém, existem programas que<br />

conseguem detectar trechos plagia<strong>do</strong>s, como é o caso<br />

<strong>do</strong> Plagiarisma e o DupliChecker ambos online e com versões<br />

gratuitas<br />

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56<br />

Atualmente, softwares como o Word, Excel e o PowerPoint são utiliza<strong>do</strong>s<br />

densamente dentro e fora das universidades. Entretanto, durante a vida universitária os<br />

instantes seminários, palestras, congressos e demais atividades acadêmicas tornam o<br />

<strong>do</strong>mínio destas ferramentas imprescindíveis.<br />

O PowerPoint é um instrumento que serve para facilitar a comunicação de um<br />

determina<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>, possibilitan<strong>do</strong> ao palestrante ilustrar o que pretende ser exposto<br />

de uma maneira simples e eficaz. Em se tratan<strong>do</strong> de trabalhos acadêmicos e de onclusão<br />

de eurso este software é, portanto, um precioso alia<strong>do</strong>.<br />

O mais importante aqui é observar a forma que você irá utilizar esta ferramenta a<br />

seu favor, seguin<strong>do</strong> algumas regras elementares. É preciso salientar que não há uma<br />

formatação ABNT específica para uma apresentação de PowerPoint em trabalhos<br />

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57<br />

científicos. Atente apenas para a fonte, que deve ser preferencialmente Arial ou Times<br />

New Roman.<br />

O slide de abertura deve conter suas informações pessoais e o título <strong>do</strong> seu trabalho.<br />

O slide de fechamento deve acompanhar um cordial agradecimento àqueles que investiram<br />

o seu tempo assistin<strong>do</strong> a sua apresentação.<br />

Conforme sugeri anteriormente em “Apresentan<strong>do</strong>-se Para Banca”, divida a sua<br />

apresentação em tópicos, que podem ser delimita<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> seu sumário, deven<strong>do</strong> ser<br />

adequa<strong>do</strong>s para compor um texto coerente.<br />

Assim, tópicos designan<strong>do</strong> a introdução, a meto<strong>do</strong>logia, o desenvolvimento e as<br />

conclusões servem como base elementar para elencar o seu roteiro.<br />

O trabalho maior está na forma que você irá comunicar as informações que<br />

planejou inserir nos seus slides. Lembre-se que eles devem servir como um auxiliar para<br />

sua apresentação, não eximin<strong>do</strong> sua responsabilidade de <strong>do</strong>minar verbalmente o conteú<strong>do</strong><br />

a ser expressa<strong>do</strong>. Portanto, não estenda os textos.<br />

É importante utilizar imagens em seus slides. Dê preferência às disponibilizadas<br />

em bancos de imagens de <strong>do</strong>mínio público. Caso isso não seja possível, lembre-se de<br />

referenciá-las, designan<strong>do</strong> a fonte de onde você as retirou. Da<strong>do</strong>s como gráficos, quadros,<br />

fotografias etc., que não tenham si<strong>do</strong> feitos por você, devem ser referencia<strong>do</strong>s ou<br />

configuram plágio!<br />

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58<br />

A apresentação <strong>do</strong> tão temi<strong>do</strong> <strong>TCC</strong> caracteriza o último grande desafio <strong>do</strong><br />

estudante universitário. Entre pesquisas e formatações, o discente aprende a elaborar e<br />

apresentar um trabalho de cunho cientifico.<br />

Este é o teste final para atestar os conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> curso e<br />

isso muitas vezes pode causar insegurança, por mais prepara<strong>do</strong> que o aluno esteja. Para<br />

aqueles que têm certa dificuldade em se apresentar em público ou, simplesmente precisam<br />

de uma ajuda extra para enfrentar o nervosismo na hora de responder a sabatina <strong>do</strong>s<br />

avalia<strong>do</strong>res, listei algumas dicas salva<strong>do</strong>ras. Confira:<br />

1- CONTANDO O TEMPO<br />

Em geral, você tem cerca de 20 minutos para abordar to<strong>do</strong> o conteú<strong>do</strong> de sua<br />

pesquisa. Neste tempo está incluí<strong>do</strong> a sabatina que você terá de responder aos avalia<strong>do</strong>res<br />

presentes na banca. Mas, fique tranquilo: só poderá ser questiona<strong>do</strong> aquilo que está conti<strong>do</strong><br />

em seu trabalho escrito.<br />

Mesmo com o tempo conta<strong>do</strong>, não precisa ter pressa. Ensaie em casa, peça ajuda<br />

aos amigos e familiares, identifican<strong>do</strong> os momentos e abordagens em que você sente maior<br />

dificuldade.<br />

Fale de forma eloquente, com firmeza e coerência. Aja com formalidade. Evite<br />

piadas, gírias e termos chulos durante a sua apresentação.<br />

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59<br />

2- POSTURA<br />

Mantenha uma postura de neutralidade. Evite excessos, chaman<strong>do</strong> demasiada<br />

atenção para si. Vista-se com formalidade e profissionalismo, optan<strong>do</strong> por trajes com cores<br />

neutras e clássicas, a exemplo <strong>do</strong> preto e branco.<br />

E, por favor, tente não gesticular excessivamente.<br />

3- TENHA DOMÍNIO DO CONTEÚDO TRABALHADO<br />

espelho.<br />

Dominar o conteú<strong>do</strong> é fundamental. Evite o nervosismo confrontan<strong>do</strong>-se com o<br />

Sugiro que você elabore um roteiro conten<strong>do</strong> os itens de maior relevância em seu<br />

trabalho escrito – aconselho que estes itens sejam lista<strong>do</strong>s em conjunto com o seu<br />

orienta<strong>do</strong>r, ou, que você utilize o sumario como nortea<strong>do</strong>r, enfatizan<strong>do</strong> as abordagens<br />

dadas na conclusão de sua pesquisa.<br />

possível.<br />

Evite defesas muito apaixonadas. Este é um trabalho cientifico, seja o mais imparcial<br />

4 - RESPONDENDO AS PERGUNTAS DA BANCA<br />

Depois da apresentação <strong>do</strong> seu trabalho, chegou o momento de responder as<br />

perguntas elaboradas pelos avalia<strong>do</strong>res.<br />

Os membros da banca buscam, especialmente, avaliar o seu conhecimento diante<br />

da temática apresentada no trabalho escrito, além de afastar as possibilidades de plagio e<br />

levantar as falhas contidas em seu <strong>TCC</strong>, visan<strong>do</strong> o seu aperfeiçoamento acadêmico.<br />

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60<br />

Você não é uma vítima, evite agir como tal. Tenha em mente que, quanto mais você<br />

<strong>do</strong>minar o conteú<strong>do</strong> aborda<strong>do</strong> em seu projeto de pesquisa, mais prepara<strong>do</strong> você se sentirá<br />

durante a apresentação.<br />

Seja confiante, responda olhan<strong>do</strong> nos olhos <strong>do</strong> examina<strong>do</strong>r e mantenha a postura<br />

ao responder. Não há o que temer, você se preparou arduamente para este momento.<br />

5 - CONTEÚDO DOS SLIDES<br />

Pode-se dizer que a apresentação de um <strong>TCC</strong> se compara a uma palestra, na qual<br />

o palestrante é você. Os slides devem ser sucintos, conten<strong>do</strong> um breve roteiro daquilo que<br />

você pretende abordar.<br />

Por favor, não seja um leitor de slides.<br />

Aconselho que a apresentação se dê mediante o uso de palavras chave, servin<strong>do</strong>lhe<br />

essencialmente como um guia nortea<strong>do</strong>r. A depender <strong>do</strong> caso, use imagens e gráficos<br />

para ilustrar o conteú<strong>do</strong> a ser exposto durante a apresentação.<br />

6- PARA NÃO TER ERRO: Check list!<br />

• Chegue mais ce<strong>do</strong> e teste to<strong>do</strong>s os equipamentos que você utilizará,<br />

evitan<strong>do</strong> imprevistos.<br />

• Cronometre o tempo, garantin<strong>do</strong> o êxito da sua apresentação.<br />

• Desligue o celular, você não quer cometer o erro de ser interrompi<strong>do</strong><br />

por algo tão banal.<br />

• Lembre-se de deixar uma cópia <strong>do</strong> seu trabalho impresso para consulta durante a<br />

avaliação. Você vai precisar!<br />

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61<br />

O Trabalho de Conclusão de Curso pode ser de grande auxilio para o seu<br />

desenvolvimento intelectual. Tu<strong>do</strong> vai depender da forma como você o encare e de como<br />

se organize em prol de sua confecção. Durante este perío<strong>do</strong>, sugiro que você colha o<br />

máximo de informações que puder, converse com outros acadêmicos e professores que<br />

admire.<br />

Aproveite esta fase para aprender. É possível encontrar na internet muitas dicas<br />

sobre como escrever um bom <strong>TCC</strong>. Tu<strong>do</strong> é váli<strong>do</strong> e pode ser de grande valor,<br />

especialmente para aqueles que estão desenvolven<strong>do</strong> a sua primeira pesquisa científica.<br />

Quanto mais seguro você estiver <strong>do</strong> que está fazen<strong>do</strong>, mais fácil será escrever o seu<br />

projeto. As dicas que eu listei a seguir são bem pessoais, não fazem parte de um roteiro<br />

pré-determina<strong>do</strong> por outrem.<br />

Espero que te ajude!<br />

1 - DEFININDO A TEMÁTICA DA PESQUISA<br />

Escolha uma temática que você goste. Você terá que desenvolver uma pesquisa<br />

extensa. De nada valerá um tema atual e de interesse geral, se você não tiver afinidade o<br />

suficiente com ele. Quanto mais você gostar <strong>do</strong> que estuda, melhor será o seu trabalho e<br />

menos <strong>do</strong>loroso será o processo. Para mim, o peso <strong>do</strong> <strong>TCC</strong> se encontra na má escolha <strong>do</strong><br />

objeto de estu<strong>do</strong>, muitas vezes defini<strong>do</strong> pelo orienta<strong>do</strong>r, malgra<strong>do</strong> a resistência e<br />

inabilidade <strong>do</strong> acadêmico com esta imposição.<br />

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62<br />

Neste senti<strong>do</strong>, aja com autonomia e defenda seu tema e a responsabilidade para<br />

desenvolver um trabalho de qualidade. O orienta<strong>do</strong>r é seu parceiro, seu braço direito nesta<br />

jornada, mas, ele não poderá trilhá-la por você.<br />

Entretanto, seja coerente e considere com respeito a sua opinião. Escute-o.<br />

2- MONTANDO O ESQUELETO<br />

Definida a temática, monte um esqueleto. Estruture as bases elementares <strong>do</strong> seu<br />

projeto de pesquisa, as quais servirão de diretriz para aquilo que você pretende discursar.<br />

Você pode montar um esquema de perguntas e respostas, facilitan<strong>do</strong> a visualização da<br />

estrutura geral <strong>do</strong> texto a ser construí<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s assuntos a serem pesquisa<strong>do</strong>s.<br />

Por exemplo: sobre o que você quer falar? Por que razão? Que importância este<br />

tema teve em sua vida acadêmica? O que nele mais lhe chama a atenção? É possível<br />

trabalhá-lo num projeto de cunho cientifico? Existe material de pesquisa suficiente? Quais<br />

os objetivos da sua escolha?<br />

Estas são apenas sugestões. Crie você mesmo a sua lista de perguntas e, a depender<br />

das respostas, você poderá se decidir com mais segurança e visualizar com maior clareza a<br />

possibilidade de nascimento - ou morte - <strong>do</strong> seu projeto de pesquisa.<br />

Uma vez defini<strong>do</strong> o objeto de estu<strong>do</strong>s, você perceberá que este jogo de perguntas<br />

e respostas vão lhe fornecer as diretrizes<br />

elementares de um roteiro conten<strong>do</strong>:<br />

Resumo; Objetivos Gerais e<br />

Específicos; Justificativa e Hipóteses.<br />

O próximo passo é iniciar a pesquisa.<br />

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63<br />

3-ORGANIZANDO MATERIAL DE PESQUISA<br />

Esta é uma das partes mais importantes na elaboração <strong>do</strong> seu projeto. Aqui, você<br />

irá selecionar o conteú<strong>do</strong> literário que fará parte da estruturação textual <strong>do</strong> seu <strong>TCC</strong>.<br />

Identifique autores que demonstrem afinidade com a ideia a que você se propôs a<br />

defender, bem como aqueles que pensam de forma bem diversa.<br />

Crie tópicos <strong>do</strong>s assuntos que você julga elementares para sua abordagem.<br />

Catalogue o material que lhe despertar interesse. Faça fichamentos e resumos. Isso vai te<br />

ajudar a poupar tempo durante o perío<strong>do</strong> de contextualização.<br />

4- INICIANDO A ESCRITA<br />

Defini<strong>do</strong>s os elementos basilares <strong>do</strong> seu <strong>TCC</strong> e<br />

ten<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong> mais a fun<strong>do</strong> o seu objeto de pesquisa, é<br />

hora de começar a escrever. Um bom texto é aquele que<br />

consegue ser coeso e coerente. Como você já elaborou no<br />

passo anterior os fichamentos e os resumos <strong>do</strong>s principais autores que encabeçarão seu<br />

projeto, agora você só precisa adequá-los aos contextos específicos <strong>do</strong> seu trabalho,<br />

cuidan<strong>do</strong> para referenciá-los devidamente.<br />

Não copie e cole textos, faça este favor a si mesmo e àqueles que estudaram durante<br />

anos para elaborar os conteú<strong>do</strong>s que viabilizaram os seus estu<strong>do</strong>s até aqui. Cuida<strong>do</strong> com o<br />

plagio.<br />

Isto não significa que você não possa desenvolver ideias próprias. Mas,<br />

infelizmente, poucas são as instituições que admitem que você desenvolva um parágrafo<br />

que seja com bases na sua própria interpretação <strong>do</strong>s fatos, por mais que você tenha se<br />

aprofunda<strong>do</strong> em seus estu<strong>do</strong>s.<br />

Para não perder tempo, referencie todas as suas ideias e, se tiver dúvidas, prefira<br />

consultar seu orienta<strong>do</strong>r a arriscar.<br />

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64<br />

5- SEGURANDO A PRESSÃO SEM ESTOURAR<br />

A grande dificuldade em escrever um <strong>TCC</strong> é o tempo que você vai precisar investir<br />

em sua confecção. Aliar trabalho, estu<strong>do</strong>s, vida familiar e longas pesquisas pode ser muito<br />

complica<strong>do</strong>. Durante o processo de elaboração <strong>do</strong> seu trabalho, as críticas <strong>do</strong> seu<br />

orienta<strong>do</strong>r podem desmotivar bastante, já que você pode ter que refazer alguns tópicos<br />

mais de uma vez, até que ele se adeque aos parâmetros exigi<strong>do</strong>s em um trabalho cientifico.<br />

Por mais trabalhoso e cansativo que seja, isso é de extrema importância para o seu<br />

desenvolvimento intelectual. Siga alegremente todas as instruções <strong>do</strong> seu orienta<strong>do</strong>r. Se<br />

você conseguir aguentar bem as tensões - especialmente as geradas pelas críticas e pelo<br />

retrabalho - de maneira positiva, terá a oportunidade de criar algo de que realmente se<br />

orgulhe no final. Faça um favor a si mesmo e dê o seu melhor.<br />

6- APLICANDO A ABNT<br />

Estude as regras ABNT. Baixe o Manual <strong>do</strong> estilo Acadêmico da sua universidade.<br />

Ele será o seu fiel amigo ao longo deste último perío<strong>do</strong> de curso.<br />

Uma das coisas que mais me chamam a atenção nas instituições de ensino é que<br />

as normas ABNT são, muitas vezes, mais valorizadas que o próprio conteú<strong>do</strong> literário da<br />

pesquisa. Portanto, tenha em mente a necessidade de aplicar corretamente as regras ao<br />

longo <strong>do</strong> seu discurso. Muito pouco de você estará presente no trabalho, exceto as ideias<br />

que estarão brevemente contidas na introdução e na conclusão <strong>do</strong> seu <strong>TCC</strong>.<br />

A maior parte <strong>do</strong>s seus estu<strong>do</strong>s são, na verdade, um compila<strong>do</strong> de ideias de<br />

terceiros. Se você for esperto e fizer bons resumos e bons fichamentos, como detalha<strong>do</strong><br />

acima, irá garantir o êxito de realizar um bom trabalho de pesquisa cientifica.<br />

Esta é a melhor dica que eu posso lhe dar.<br />

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65<br />

Boa sorte e bons estu<strong>do</strong>s!<br />

Manuela Magalhães.<br />

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66<br />

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e<br />

<strong>do</strong>cumentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2002.<br />

_________. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724. Informação e<br />

<strong>do</strong>cumentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2002.<br />

_________. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6022. Informação e<br />

<strong>do</strong>cumentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2003.<br />

_________. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6024. Informação e<br />

<strong>do</strong>cumentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2003.<br />

_________. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6034 / 2004 . Informação e<br />

<strong>do</strong>cumentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2004.<br />

_________. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15287 / 2005. Informação e<br />

<strong>do</strong>cumentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2005.<br />

_________. Associação Brasileira de Normas Técnicas. .NBR 14724 / 2011. Informação<br />

e <strong>do</strong>cumentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2011.<br />

BOAVENTURA, Edival<strong>do</strong> M. Meto<strong>do</strong>logia da pesquisa: monografia, dissertação, tese.<br />

São Paulo: Atlas, 2004.<br />

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.<br />

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67<br />

_______. Méto<strong>do</strong>s e técnicas de pesquisa social. 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2008.<br />

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de meto<strong>do</strong>logia<br />

científica. 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003.<br />

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