JOAO E O PE DE FEIJAO

CONSULTORIA LINGUÍSTICA

CAROS PAIS/RESPONSÁVEIS E EDUCADORES
Usar a literatura como eixo norteador dos conteúdos é uma excelente
estratégia, uma vez que o lúdico é o aspecto mais valorizado. Também, é
necessário que as obras escolhidas sejam adequadas à faixa etária
indicada, no caso, crianças de 6/7 anos de idade. Pensando nisso,
elegemos o conto: JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO, porque as crianças menores
apreciam histórias com aventuras e magia, e porque os textos são simples
e com poucos personagens. Além disso, a obra caracteriza-se como contos
de valor moral, isto é, foram criados não só para entreter, mas também
para passar ensinamentos de vida. Por meio delas, é possível refletir sobre
o cotidiano e entrar em contato com diversos conselhos morais, que
colaboram para que os pequenos se tornem pessoas mais justas e éticas.

Ana Lúcia Maestrello
JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO
Produção: MAESTRELLO CONSULTORIA LINGUÍSTICA
Idealização, metodologia, preparação e revisão: Ana Lúcia Maestrello
Diretor do projeto: Douglas Montanher
Ilustração: Talita Trivelato
Textos e revisão: Maria de Fátima Silvério
1ª. Edição
Todos os direitos reservados à
MAESTRELLO CONSULTORIA LINGUÍSTICA
www.maestrelloconsultoria.com
e-mail: maestrelloconsultoria@gmail.com
L ince
Editora Lince
Campinas - SP - 2018

RELATÓRIO DE APRENDIZAGEM
É necessário que a obra escolhida seja adequada à faixa etária indicada, no
caso, o leitor iniciante, de 6/7 anos de idade. Essa criança começa a apropriar-se da
decodificação dos símbolos gráficos, mas como ainda se encontra no início do
processo, necessita do adulto como “agente estimulador”. Os livros adequados para
essa fase devem ter uma história de fácil compreensão, com poucos personagens e linguagem
simples com começo, meio e fim. As ilustrações continuam indispensáveis para esse período,
porém podem diminuir em relação aos anos escolares anteriores, pois a escrita precisa ser o
foco principal.
Pensando nisso, elegemos o conto JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO, que apresenta as
características citadas. Também, os Contos de Fadas são atrativos, pois possuem poucas
páginas, os textos são ampliados e espaçados, e, apesar dos livros serem mais lúdicos, contam
sempre uma boa história.
A conhecida história JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO começa mostrando uma situação triste, em
que uma mãe e seu filho estão passando por momentos difíceis e precisam abrir mão de seu
único bem, uma vaquinha, para poder comprar alimentos. Dois temas importantes: a pobreza
e a composição familiar (João vive só com a mãe, que é viúva) podem gerar discussões
produtivas, numa roda de conversa com as crianças, pois ambos fazem parte do universo
infantil.
Depois, quando João vai vender a vaca, encontra um homem que lhe oferece feijões
mágicos em troca do animal... É nesse ponto que a história fica encantada, repleta de magia e
conteúdos simbólicos, capazes de exercer grande fascínio em crianças e adultos.
Um punhado de feijões geram uma planta gigantesca, que ultrapassa as nuvens do céu;
o castelo habitado por um gigante devorador de criancinhas; a galinha que bota ovos de ouro;
uma harpa que toca sozinha lindas melodias... Esses elementos, automaticamente, transporta
o leitor para o mundo dos contos de fadas, onde tudo é possível, onde a fantasia e o mundo real
se misturam.
Por fim, o menino descobre que, no passado, o gigante matou seu pai e se apossou de
seus tesouros, fato que culminou na situação atual dele e de sua mãe. Essa descoberta acaba
por servir como justificativa para os roubos do garoto e a morte do gigante.
Foram trabalhados alguns temas, a partir do conto que ensinaram às crianças:
a) Perseverança: perseguir os sonhos, acreditar em si mesmo, apesar das
dificuldades;
b) O menino viu nos grãos de feijão uma oportunidade de resolver os
problemas de sua família, buscando justiça, ousando pensar diferente do óbvio;
c) Apesar das dificuldades, João mostrou coragem e inteligência.
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MEU CONTO DE FADAS “JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO”
FOTO DA
CRIANÇA
ANO:_________
MEU NOME É:_____________________________________________
ESTUDEI NA ESCOLA INTEGRADA EDUCATIVA
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ERA UMA VEZ UM MENINO CHAMADO JOÃO, QUE VIVIA COM SUA
MÃE NUM PEQUENO CASEBRE, NO BOSQUE, PERTO DO VILAREJO.
A POBRE VIÚVA SE ESFORÇAVA MUITO PARA CRIAR O FILHO, MAS
ELES NÃO TINHAM DINHEIRO E, QUASE TODAS AS NOITES, DORMIAM
SEM JANTAR.
POR CAUSA DISSO, APESAR DE MUITO TRISTE, A MÃE DECIDIU
VENDER O ÚNICO BEM QUE POSSUÍAM: UMA VACA. AFINAL, ESSA
COITADINHA JÁ ESTAVA VELHA E NÃO DAVA MAIS TANTO LEITE, E, ALÉM
DISSO, ERA MAIS UMA BOCA PARA SUSTENTAR...
COM OLHAR PERDIDO, A MULHER SE LEMBROU DE UMA ÉPOCA EM
QUE ELA E O FILHO TINHAM OUTRA VIDA. SEU MARIDO, UM HOMEM
TRABALHADOR E HONESTO, NUNCA DEIXOU FALTAR ABSOLUTAMENTE
NADA EM CASA. A MESA SEMPRE FORA MUITO FARTA, E, POR ISSO, JOÃO
E SUA MÃE, NAQUELA ÉPOCA, NÃO SABIAM O QUE ERA PASSAR FOME.
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CONTA-SE QUE O PAI DE JOÃO ERA UM DOS LÍDERES DO
VILAREJO, HOMEM MUITO RESPEITADO E ADMIRADO POR TODOS. SUA
FAMA DE BOM PERCORRIA TODAS AS VILAS. MAS ELE ERA FAMOSO
TAMBÉM POR SER DONO DA HARPA MÁGICA E DA GALINHA DOS OVOS DE
OURO, AMBAS, HERANÇA DE FAMÍLIA.
POR POSSUÍ-LAS, DIZIAM QUE ELE ERA UM HOMEM ABENÇOADO,
POIS A HARPA MÁGICA, QUE TOCAVA MELODIAS ENCANTADAS, TRAZIA
PROSPERIDADE A QUEM A OUVISSE E A GALINHA DOS OVOS DE OURO,
QUE BOTAVA TODOS OS DIAS, ENRIQUECIAM A FAMÍLIA DE JOÃO.
ALÉM DISSO, O PAI DE JOÃO AJUDAVA TODAS AS PESSOAS QUE
PRECISAVAM DE AUXÍLIO. NUNCA FORA EGOÍSTA, ASSIM, ELE TINHA
MUITOS AMIGOS. ATÉ QUE UMA TRAGÉDIA ACONTECEU: O ROUBARAM E
O ASSASSINARAM. SIM, LEVARAM A HARPA E A GALINHA. ISSO FOI UMA
TRAGÉDIA.
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PORÉM, A VIÚVA DEDUZIU QUE, EMBORA O PAI DE
JOÃO FOSSE QUERIDO POR MUITOS, ELE TAMBÉM ERA INVEJADO
POR OUTROS.
ESSE FATO TORTUROU A POBRE VIÚVA PORQUE NINGUÉM SABIA
QUEM FORA O CRIMINOSO. E, SEM O MARIDO, SEM A HARPA E SEM A
GALINHA, JOÃO E A MÃE COMEÇARAM A EMPOBRECER, E A EMPOBRECER
E A EMPOBRECER...
– JOÃO, NÃO TEMOS OUTRA SAÍDA. AMANHÃ, VOCÊ IRÁ À FEIRA DA
CIDADE VENDER NOSSA VAQUINHA. ACHO QUE CONSEGUIRÁ UMA BOA
QUANTIA POR ELA. O DINHEIRO ARRECADADO NOS AJUDARÁ POR
ALGUM TEMPO. NÃO PODEMOS MORRER DE FOME, MEU FILHO!
E ASSIM FOI. BEM CEDINHO, JOÃO AMARROU UMA CORDA NO
PESCOÇO DO ANIMAL E FOI PUXANDO EM DIREÇÃO À CIDADE. OS
OLHARES TANTO DA VAQUINHA QUANTO DE JOÃO REVELAVAM
TRISTEZA, POIS AMBOS SE CONSIDERAVAM UMA FAMÍLIA. A SEPARAÇÃO
NÃO SERIA NADA FÁCIL. JOÃO SENTIRIA MUITA FALTA DE SUA
COMPANHEIRA.
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ENTÃO, O SILÊNCIO E A TRISTEZA TOMARAM CONTA DA
CAMINHADA.
NO CAMINHO, O MENINO, SURPREENDENTEMENTE, ENCONTROU
UM HOMEM IDOSO QUE PARECIA CONFIÁVEL, COM O OLHAR SERENO DE
AVÔ QUE CUIDA DO NETO, ESSA FOI A PERCEPÇÃO DE JOÃO SOBRE O
HOMEM.
ESSE SENHOR OLHOU PROFUNDAMENTE PARA O MENINO,
APROXIMOU-SE DELE E LHE OFERECEU UM SAQUINHO DE FEIJÕES EM
TROCA DA VAQUINHA. CLARO QUE O MENINO NÃO ACEITOU, PORQUE
ELES NÃO TINHAM O QUE COMER, E PRECISAVAM DE DINHEIRO, E A MÃE
IA FICAR LOUCA DA VIDA... TUDO ISSO PASSOU PELOS PENSAMENTOS
DE JOÃO.
– ESSES GRÃOS SÃO MÁGICOS! VOCÊS NUNCA MAIS PASSARÃO
FOME NA VIDA, PORQUE LHES TRARÃO DE VOLTA UM GRANDE TESOURO,
QUE FOI ROUBADO DE SEU PAI HÁ MUITO TEMPO. PODE CONFIAR EM
MIM, SEI DO QUE ESTOU FALANDO. ESTOU AQUI PARA LHE AJUDAR.
EU ERA MUITO AMIGO DE SEU PAI. DEVO ISSO A ELE.
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O GAROTO RELUTOU, PENSOU, PENSOU E PENSOU, PORÉM,
LEMBROU-SE DE SUA MÃE QUE SOFRIA MUITO POR PASSAR FOME E POR
SENTIR FALTA DO MARIDO FALECIDO, PAI DE JOÃO. ENTÃO, ESSAS
CENAS DE SOFRIMENTO FORAM DECISIVAS.
CONVENCIDO DE QUE ESTAVA FAZENDO UM BOM NEGÓCIO, JOÃO
ENTREGOU A VACA PARA O HOMEM E VOLTOU PARA CASA, TODO FELIZ,
COM OS FEIJÕES NO SAQUINHO, COM UMA TREMENDA ESPERANÇA NO
CORAÇÃO DE PODER MUDAR DE VIDA E CUIDAR DE SUA MÃE.
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QUANDO VIU AS SEMENTES E SOUBE DO QUE TINHA
ACONTECIDO, A MÃE FICOU FURIOSA E ATIROU OS FEIJÕES PELA
JANELA, DIZENDO QUE O FILHO TINHA SIDO ENGANADO, QUE AGORA OS
DOIS NÃO TINHAM MAIS NADA NA VIDA, E MANDOU-O PARA O QUARTO
DE CASTIGO. A MÃE CHOROU MUITO POR PENSAR QUE O FILHO TINHA
SIDO ENGANADO.
O MEDO E A ANGÚSTIA TOMARAM CONTA DO CORAÇÃO DA MULHER.
E JOÃO, DE SEU QUARTO, OUVIA OS SOLUÇOS DE DESESPERO DELA.
– JOÃO, VOCÊ FOI UM TOLO!!! – E AOS PRANTOS, A MULHER
SOLUÇAVA. – COMO VAMOS SOBREVIVER AGORA? NÃO TEMOS
ABSOLUTAMENTE MAIS NADA! COMO CUIDAREI DO MEU FILHO? AH MEU
DEUS! O QUE SERÁ DE NÓS SEM COMIDA?
CANSADA DE TANTO CHORAR, A MULHER ADORMECEU DEBRUÇADA
NA MESA. ENQUANTO ISSO, ALGO MÁGICO ACONTECIA.
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NO DIA SEGUINTE, JOÃO ACORDOU MUITO ABORRECIDO
E COM MUITA FOME. OLHOU PELA JANELA E LEVOU UM SUSTO! NO
LUGAR ONDE A MÃE ATIRARA AS SEMENTES, TINHA CRESCIDO UM PÉ DE
FEIJÃO TÃO ALTO, MAS TÃO ALTO QUE NÃO DAVA PARA VER ONDE
TERMINAVA, POIS ULTRAPASSAVA AS NUVENS NO CÉU.
JOÃO FICOU TÃO ADMIRADO QUE NEM ESPEROU A MÃE ACORDAR.
RAPIDAMENTE, SUBIU PELO PÉ DE FEIJÃO PARA VER ONDE IRIA DAR.
A SUBIDA NÃO FOI NADA FÁCIL, POIS JOÃO NÃO TINHA SE
PREPARADO EFETIVAMENTE, NÃO LEVOU NEM ÁGUA E NEM UM PEDAÇO
DE PÃO. O ESFORÇO FEITO CONTRIBUÍA CADA VEZ MAIS PARA
AUMENTAR SUA FOME E SEDE. ALÉM DISSO, O MEDO DE ALTURA
CRESCIA A CADA PASSO DE ESCALADA, JOÃO SE ESFORÇAVA PARA NÃO
OLHAR PARA BAIXO E PARA NÃO GRITAR POR SOCORRO.
TODAVIA, POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, ELE ESTAVA ACOMETIDO
POR UMA FÉ INEXPLICÁVEL, PORQUE ELE TINHA CERTEZA DE QUE HAVIA
UM DESTINO DIFERENTE PARA ELE NAQUELE PÉ DE FEIJÃO.
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ENTÃO, A MISTURA DE FOME E DE MEDO NÃO IMPEDIRAM QUE O
GAROTO DESISTISSE DE SEU OBJETIVO. ELE QUERIA SALVAR SUA MÃE
DA MISÉRIA.
ASSIM, SUA DETERMINAÇÃO E SEU AMOR PELA MÃE ERAM
ADMIRÁVEIS. O JOVEM SUBIU, SUBIU, SUBIU, SUBIU... UFA, E SUBIU.
HOUVE MOMENTOS DE CANSAÇO QUE JOÃO PENSOU EM DESISTIR,
PORÉM, ELE SABIA QUE ESSA SITUAÇÃO INUSITADA PODERIA AJUDÁ-LO
MUITO.
FÉ ERA O SENTIMENTO QUE O MOVIA.
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QUANDO CHEGOU AO TOPO, JOÃO VIU, AO LONGE, UM
IMENSO CASTELO QUE POR ALGUNS SEGUNDOS, PENSOU ESTAR
SONHANDO. MARAVILHADO POR ENCONTRAR UM CASTELO ENTRE AS
NUVENS, QUIS VÊ-LO DE PERTO E SEGUIU NAQUELA DIREÇÃO. PELO
CAMINHO, ENCONTROU UMA VELHINHA COM APARÊNCIA DE FEITICEIRA
QUE LHE CONTOU UM SEGREDO INESPERADO:
– QUEM MATOU SEU PAI E ROUBOU SUA FORTUNA VIVE NAQUELE
CASTELO. É POR ISSO QUE VOCÊ E SUA MÃE PASSAM NECESSIDADES.
JOÃO, MEU CARO MENINO, VOCÊ SABIA DISSO? LUTE PELA JUSTIÇA
PORQUE TANTO SUA MÃE QUANTO VOCÊ MERECEM ISSO.
FURIOSO E CONFUSO DIANTE DESSA INFORMAÇÃO QUE ACABARA
DE RECEBER, JOÃO, DETERMINADO, BATEU NA PORTA E UMA MULHER
MUITO GRANDE, A MAIOR QUE ELE JÁ TINHA VISTO NA VIDA, APARECEU.
COM A VOZ TRÊMULA DE MEDO, O MENINO PEDIU:
– POR FAVOR, ESTOU COM FOME. A SENHORA PODE ME DAR ALGO
PARA COMER?
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A MULHER, ACHANDO QUE ELE TREMIA POR CAUSA DA
FOME, FICOU COM DÓ E O DEIXOU ENTRAR, MAS, ENQUANTO
TRAZIA PÃO E ALGUMAS FRUTAS, DISSE, NERVOSA:
– COMA DEPRESSA, GAROTO, E VÁ EMBORA CORRENDO. MEU
MARIDO É UM GIGANTE TERRÍVEL, QUE ADORA DEVORAR CRIANÇAS.
ELE É IMPLACÁVEL E EGOÍSTA. NÃO TEM UM PINGO DE PIEDADE DE
NINGUÉM.
MAL O MENINO COMEU OS PRIMEIROS BOCADOS, O MONSTRO
APARECEU, SEUS PASSOS BARULHENTOS, FAZENDO ESTREMECER O
CHÃO. JOÃO CORREU PARA DENTRO DE UM ARMÁRIO, SE ENCOLHEU E
FICOU QUIETINHO, SÓ ESPERANDO PELO PIOR.
O GIGANTE CHEGOU GRITANDO QUE ESTAVA SENTINDO CHEIRO DE
CARNE DE CRIANÇA, DISSE QUE QUERIA COMÊ-LA, E COMEÇOU A
PROCURAR POR TODOS OS LADOS E SEU OLFATO ERA MUITO REFINADO,
SERIA POSSÍVEL SIM ELE ENCONTRAR JOÃO.
– FI-FEU-FO-FUM, FAREJO CARNE E SANGUE DE CRIANÇA. ESTEJA
VIVO OU MORTO, DOENTE OU SÃO, VOU RASPAR-LHE OS OSSOS E
COMER COM PÃO – DIZIA O GIGANTE.
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FELIZMENTE, A ESPOSA CONSEGUIU ACALMÁ-LO, ABARROTANDO
A MESA COM COMIDA, CARNES SUCULENTAS, PÃES SABOROSOS E
MUITO VINHO.
SATISFEITO, DEPOIS DE DEVORAR TUDO, ELE PEDIU À MULHER QUE
TROUXESSE SUA GALINHA. PARA SURPRESA DE JOÃO, QUE ESPIAVA POR
UMA FRESTA DO ARMÁRIO, A GALINHA BOTOU UM RELUZENTE OVO DE
OURO. E SE JÁ NÃO BASTASSE, EM SEGUIDA, A ESPOSA TROUXE UMA
HARPA MÁGICA, QUE TOCAVA SOZINHA. UAU! JOÃO FICOU OLHANDO DE
BOCA ABERTA, SEM ACREDITAR NO QUE VIA, POIS TANTO A GALINHA
QUANTO A HARPA PERTENCIAM AO SEU PAI. JOÃO SE LEMBROU DO SOM
DA HARPA, ELE A ESCUTAVA QUANDO ERA MUITO PEQUENO, MAS...
BEM... NÃO DEU PARA VER E OUVIR MUITO, POIS, DEPOIS DE COMER
TANTO, O GIGANTE ESTAVA SONOLENTO, LOGO ADORMECEU E
COMEÇOU A RONCAR ALTO.
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APROVEITANDO A CHANCE E QUERENDO A JUSTIÇA PARA
ELE E PARA SUA MÃE, JOÃO SAIU DE SEU ESCONDERIJO E, SEM FAZER
BARULHO, AGARROU A GALINHA E A HARPA E SAIU CORRENDO. NÃO FOI
MUITO FÁCIL CARREGAR AS DUAS. JÁ ESTAVA QUASE CHEGANDO AO PÉ
DE FEIJÃO, QUANDO A GALINHA CACAREJOU ALTO E A HARPA COMEÇOU
A GRITAR: “MEU AMO, ESTÃO ME LEVANDO! PEGA LADRÃO!!!”
TANTO BARULHO ACORDOU O GIGANTE, QUE VEIO A PASSOS
LARGOS ATRÁS DO MENINO, GRITANDO:
–FI-FEU-FO-FUM, FAREJO SANGUE DE CRIANÇA. ESTEJA VIVO OU
MORTO, DOENTE OU SÃO, VOU RASPAR-LHE OS OSSOS E COMER COM
PÃO.
AO ALCANÇAR O TOPO DO FEIJOEIRO, JOÃO JÁ TINHA VENCIDO
METADE DO CAMINHO. E JOÃO DESCEU, DESCEU, DESCEU
DESESPERADAMENTE COM TODO MALABARISMO DO MUNDO PARA
SEGURAR TANTO A GALINHA QUE CACAREJAVA FEITO LOUCA QUANTO A
HARPA QUE TINTILHAVA SUAS NOTAS MUSICAIS SEM HARMONIA
ALGUMA.
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E PARA AJUDAR, NO MEIO DE TODO ESSE BARULHO, O GIGANTE, AO
DESCER O PÉ DE FEIJÃO, GRITAVA INCANSAVELMENTE:
– FI-FEU-FO-FUM, FAREJO SANGUE DE CRIANÇA. ESTEJA VIVO OU
MORTO, DOENTE OU SÃO, VOU RASPAR-LHE OS OSSOS E COMER COM
PÃO.
ESPERTAMENTE, ASSIM QUE AVISTOU O CHÃO, O GAROTO GRITOU
PARA SUA MÃE TRAZER O MACHADO. LÓGICO QUE A MÃE FICOU
CONFUSA E ASSUSTADA, MAS AO VER O DESESPERO DO FILHO, NÃO
RELUTOU EM AJUDÁ-LO. ENTÃO, ALGUNS GOLPES CERTEIROS DO
MACHADO NO TRONCO... FOI O FIM DO GIGANTE, POIS, QUANDO A
PLANTA CAIU, ELE FOI LANÇADO AO CHÃO.
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EMOCIONADA, A MÃE DE JOÃO RECONHECEU TANTO A GALINHA
QUANTO A HARPA, QUE PERTENCERA AO SEU MARIDO. POR ISSO, A
MULHER FOI TOMADA POR UMA VASTA ESPERANÇA DE VIDA DIGNA
JUNTO AO FILHO. TEVE A SENSAÇÃO DE QUE A JUSTIÇA FORA FEITA.
ENTÃO, ELA ABRAÇOU O GAROTO E, A PARTIR DAQUELE DIA, FORAM
FELIZES PARA SEMPRE, POIS NUNCA MAIS PASSARAM FOME, GRAÇAS
AOS OVOS DE OURO. ALÉM DISSO, ELES AGORA TINHAM A HARPA
MÁGICA, QUE ALEGRAVA SEUS DIAS, TOCANDO LINDAS CANÇÕES. E A
PAZ REINOU NOVAMENTE NA CASA DELES, TRAZENDO A ALEGRIA DE
VIVER.
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SOU ESCRITOR
AO CUMPRIR O CURSO DE LINGUAGEM, EU ME TORNEI UM GRANDE LEITOR E
UM EXCELENTE ESCRITOR.
ISSO ACONTECEU PORQUE PRECISEI PRATICAR MUITO, TANTO A LEITURA
QUANTO A ESCRITA, COM A AJUDA DO PROFESSOR.
MINHA FORMAÇÃO EM LITERATURA FOI CONSTITUÍDA DE FORMA LÚDICA, POIS
EU SEMPRE TIVE QUE ME IMAGINAR PARTICIPANDO DAS HISTÓRIAS
SELECIONADAS: ORA ASSUMINDO PAPÉIS DOS PERSONAGENS, ORA CONVERSANDO
COM ELES POR MEIO DOS TEXTOS QUE PRODUZI.
A LITERATURA PRECISA DE MIM PARA MANTER-SE VIVA COMO ARTE DA
PALAVRA. SENDO ASSIM, MINHA DEDICAÇÃO FOI FUNDAMENTAL.
ENFRENTEI SETE PASSOS RECHEADOS DE DESAFIOS DE LEITURA E DE
PRODUÇÃO DE TEXTO:
DESAFIO 1: CONHECER PALAVRAS E EXPRESSÕES NOVAS.
DESAFIO 2: ESTUDAR OS GÊNEROS TEXTUAIS (TEXTOS QUE CIRCULAM NA
SOCIEDADE E O ESTUDO DA OBRA).
DESAFIO 3: PRODUZIR TEXTOS EM QUE EU PARTICIPEI DA HISTÓRIA ORA
COMO PERSONAGEM, ORA COMO AMIGO(A) DOS PERSONAGENS DA OBRA.
DESAFIO 4: CONHECER O PROCESSO DE ESCRITA COM CRITÉRIOS.
EU PRECISEI SER MUITO CRIATIVO E PRESTAR MUITA ATENÇÃO NAS
PROPOSTAS DE REDAÇÃO, POR ISSO, POSSO SER CHAMADO DE ESCRITOR
LITERÁRIO QUE TEM HABILIDADES E LICENÇA POÉTICA PARA PUBLICAR TEXTOS
JUNTO COM OS GRANDES OUTROS LITERATOS FAMOSOS DA LITERATURA
UNIVERSAL.
POR FIM, SEGUEM MINHAS PRODUÇÕES LITERÁRIAS PARA QUE OS MEUS
LEITORES APRECIEM O TRABALHO.
___________________________________________
ASSINATURA DO AUTOR
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NARRATIVA:
HISTÓRIA DE COMO OS FEIJÕES FICARAM MÁGICOS
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MANUAL DE COMO SUBIR NO PÉ DE FEIJÃO
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BIOGRAFIA DO AUTOR
JOSEPH JACOBS (1854-1916) FOI FOLCLORISTA E HISTORIADOR
NASCIDO NA AUSTRÁLIA, EDITOR DA RENOMADA REVISTA FOLKLORE
ENTRE 1899 E 1900, LANÇOU COLETÂNEAS DE FÁBULAS E CONTOS DE
FADAS DO MUNDO TODO. COMO CHARLES PERRAULT FIZERA NA FRANÇA E
OS IRMÃOS GRIMM NA ALEMANHA, JACOBS REUNIU CONTOS DE FADA
BRITÂNICOS, COM VISTAS A RECUPERAR ESSE RICO LEGADO
FOLCLÓRICO. PARA ISSO, INCLUSIVE, CONTOU COM OS PRÓPRIOS
LEITORES, A QUEM PEDIU QUE LHE ENVIASSEM CONTOS. TODO ESSE
ESFORÇO RESULTOU EM QUATRO VOLUMES, SEM DO PRIMEIRO ENGLISH
FAIRY TALES (1890). ENTRE OS CONTOS MAIS CONHECIDOS REGISTRADOS
POR JACOBS ESTÃO JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO E OS TRÊS PORQUINHOS.
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Para a trajetória da criança no universo escolar, a Maestrello
desenvolveu um sistema de ensino de leitura que visa aprimorar
a linguagem de forma organizada e promover a aquisição de
habilidades mais assertivas de comunicação. Esse sistema tem
como base científica a Neurolinguística.
Nosso curso utiliza os Contos de Fada como ferramenta
norteadora das atividades pedagógicas, visto que é na interação
da criança com a obra literária que está a riqueza dos aspectos
formativos neles apresentados de maneira fantástica, lúdica e
simbólica. A intensificação da interação, através de
procedimentos pedagógicos adequados, leva a criança a uma
maior compreensão do texto e do mundo ao seu redor.
CONSULTORIA LINGUÍSTICA