aula14-tratamentosbiolgicos-27-10-120814184109-phpapp02
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Tratamento de<br />
Água e Efluentes<br />
2º. Sem./20<strong>10</strong><br />
Eng.Ambiental
2
Métodos de<br />
Tratamento<br />
Biológicos
Retorno sobrenadante<br />
Sistema Convencional<br />
Entrada<br />
ETE<br />
grades<br />
Destino final do<br />
efluente tratado (lago,<br />
rio, corpo d´água)<br />
Caixa de<br />
areia<br />
Legenda:<br />
• Fase liquida sendo clarificada<br />
• Sobrenadante retorno a ETE<br />
• Lodo (sólido) remoção e<br />
tratamento<br />
Destino final do<br />
lodo desidratado<br />
(aterro sanitário)<br />
Decantador<br />
primário<br />
Remoção<br />
especial<br />
Reator<br />
biológico<br />
Recirculação de lodo<br />
Espessador<br />
de lodo<br />
Decantador<br />
secundário<br />
Flotador<br />
Bomba<br />
de lodo<br />
Condicionamento e<br />
secagem de lodos<br />
Digestor de lodo
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
5
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Processos Biológicos<br />
Biomassa suspensa<br />
Biomassa aderida<br />
6
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Qual a finalidade dos Tratamentos Biológicos?<br />
Remoção da MO biodegradável contida nos<br />
sólidos dissolvidos, ou finamente particulados<br />
e, eventualmente ...<br />
... de nutrientes (nitrogênio e fósforo), através<br />
de processos biológicos aeróbios (oxidação) ou<br />
anaeróbios seguidos de sedimentação final<br />
(secundária).<br />
7
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Qual a eficiência dos Tratamentos Biológicos?<br />
Eficiência de Remoção<br />
DBO<br />
Coliformes<br />
Nutrientes<br />
60 a<br />
99%<br />
60 a<br />
99%<br />
<strong>10</strong> a<br />
50%<br />
8
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Como é feita a remoção ?<br />
Através de reações bioquímicas, realizadas por<br />
microrganismos aeróbios (tanque de aeração),<br />
ou por microrganismos anaeróbios<br />
... nas condições operacionais desejáveis<br />
(regra dos 3 T´s), pH de 6 a 8, DBO:N:P =<br />
<strong>10</strong>0:5:1 (processos aeróbios);<br />
... Processos anaeróbios: DQO:N:P = 350:7:1<br />
9
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Reações bioquímicas (aeróbio):<br />
MO + Microrganismos + O 2 CO 2 + H 2 O + LODO<br />
Substrato<br />
• Bactérias<br />
• Fungos<br />
• Protozoários<br />
Material<br />
celular<br />
Produção sólidos ≈ descarte sólidos<br />
<strong>10</strong>
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Para que servem os decantadores secundários ?<br />
São responsáveis pela separação dos sólidos<br />
em suspensão presentes no tanque de<br />
aeração, permitindo a saída de um efluente<br />
clarificado e ...<br />
... um aumento do teor de sólidos em<br />
suspensão no fundo do decantador.<br />
É gerado o “lodo ativado” (parte recirculado e<br />
outra descartado)<br />
11
Tratamentos Biológicos<br />
Métodos<br />
Processos Aeróbios<br />
Processos Anaeróbios<br />
Lodos ativados<br />
Lagoas de estabilização<br />
Filtros biológicos<br />
Contactores biológicos<br />
rotativos (biodiscos)<br />
RAFA<br />
FAFA (doméstico)<br />
Fossas sépticas<br />
(doméstico)<br />
12
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Como escolher o método mais adequado ?<br />
Vai depender dos objetivos ou a qualidade<br />
pretendida do efluente, ...<br />
Deve-se considerar:<br />
A vazão e a carga orgânica do efluente;<br />
A qualidade final a ser alcançada;<br />
A área disponível para implantação do projeto;<br />
Disponibilidade econômica (viabilidade técnica<br />
econômica).<br />
13
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Vazão x Carga orgânica<br />
Efluente DBO 5,20 (mg/L)<br />
Esgoto sanitário 200 a 600<br />
Alimentos enlatados 500 a 2.000<br />
Alimentos óleo comestível 15.000 a 20.000<br />
Destilaria álcool (vinhaça) 15.000 a 20.000<br />
Aterro sanitário (chorume) 15.000 a 20.000<br />
Laticínio 30.000<br />
Matadouro 30.000<br />
Carga Orgânica = DBO x Vazão do Efluentes<br />
14
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Vazão x Carga orgânica - Exemplo<br />
Um efluente de uma Refinaria de açúcar chega<br />
a ter uma DBO (demanda bioquímica de<br />
oxigênio) de 6.000 mg/L, o que significa que a<br />
cada litro despejado num rio, fará com que<br />
6.000 mg, ou seja, 6 g do OD (oxigênio<br />
dissolvido) na água do rio seja consumido ou<br />
desapareçam.<br />
15
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Vazão x Carga orgânica - Exemplo<br />
Exemplo:<br />
• DBO5,20 = 6.000 mg/L<br />
• Vazão efluente = 5.000 L/s<br />
• Carga Orgânica = 6.000 mg/L x 5.000 L/s<br />
• Carga Orgânica = 30.000.000 mg/s = 2.592.000<br />
Kg/dia ou 2.592 ton/dia<br />
16
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Limites legais para o OD nos corpos d’água<br />
Parâmetros<br />
Padrão de qualidade dos corpos d’água<br />
conforme suas classes (Conama 357/2005)<br />
Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4<br />
OD (mg/L) ≥ 6 ≥ 5 ≥ 4 ≥ 2<br />
Para águas de classe especial não é permitido lançamento<br />
de efluentes mesmo tratado<br />
Nas águas naturais de superfície o índice OD varia de 0 a<br />
19 mg/L, mas um teor de 5 a 6 mg/L já é o suficiente para<br />
suportar uma população variada de peixes<br />
17
Tratamento de Efluente<br />
Tratamentos Biológicos<br />
Conhecendo um pouco mais sobre os<br />
microrganismos (vídeo CETESB – 7 min)<br />
18
Tratamentos Biológicos<br />
Processos Aeróbicos<br />
Quando são adequados ?<br />
a quase todos os tipos de efluentes, e dentre os<br />
tipos de sistemas aeróbios podemos citar:<br />
Lodos ativados<br />
Filtros Biológicos<br />
Lagoa de estabilização<br />
Biodiscos<br />
19
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
O que ?<br />
É o método mais utilizado mundialmente para<br />
remoção de carga orgânica dos efluentes.<br />
Foi desenvolvido na Inglaterra por Arden e<br />
Lockett em 1914 sendo composto basicamente<br />
por duas unidades: tanque de aeração e<br />
decantador.<br />
20
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
21
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
22
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Quais os tipos de tratamento ?<br />
Quanto a idade do lodo<br />
• Lodo ativado convencional<br />
• Aeração prolongada<br />
Quanto ao fluxo<br />
• Fluxo contínuo<br />
• Fluxo intermitente<br />
Quanto ao afluente<br />
• Efluente bruto<br />
• Efluente de decantador primário<br />
• Efluente de reator anaeróbico<br />
23
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Classificação dos sistemas em<br />
função da idade do lodo:<br />
Aeração modificada: inferior a 3 dias<br />
Convencional: 4 a <strong>10</strong> dias<br />
Intermediária: 11 a 17 dias<br />
Aeração prolongada: 18 a 30 dias<br />
24
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Sistema Convencional - O que ?<br />
Possuem decantador primário para que a MO<br />
sedimentável seja retirada antes do tanque de<br />
aeração (economia de energia)<br />
Tempo de detenção hidráulico baixo (6 a 8 horas)<br />
Idade do lodo em torno de 4 a <strong>10</strong> dias<br />
Remoção contínua do lodo biológico excedente<br />
Lodo não é estabilizado no processo<br />
Fornecimento de O 2 (aeradores mecânicos ou ar<br />
difuso)<br />
25
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Sistema Convencional - O que ?<br />
Decantador primário: remove os SS<br />
sedimentáveis e MO suspensa<br />
Decantador secundário: sedimenta a biomassa e<br />
o efluente sai clarificado<br />
Lodo secundário (parte) retorna para o tanque de<br />
aeração – aumento de eficiência do processo<br />
26
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
<strong>27</strong>
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Decantadores Primários<br />
Circulares<br />
Retangulares<br />
28
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Aeração Prolongada - O que ?<br />
A diferença para o sistema convencional é que a<br />
biomassa permanece mais tempo no reator (18 a 30<br />
dias – idade do lodo)<br />
Bactérias consumem toda MO, gerando lodo<br />
estabilizado não necessita do digestor de lodo e<br />
decantador primário)<br />
Maior consumo de energia, porém maior eficiência de<br />
remoção de DBO<br />
Mais eficiente na remoção de MO (muito utilizado em<br />
tratamento de despejos industriais)<br />
29
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Aeração Prolongada<br />
tanque de<br />
aeração<br />
decantador<br />
secundário<br />
linha de recirculação<br />
lodo secundário<br />
adaptado de VON SPERLING, 1996<br />
30
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
31
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
32
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Reator Aeróbico<br />
Aeração Mecânica<br />
Ar Difuso<br />
33
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Decantador Secundário<br />
Retangular (manual)<br />
Circular (mecanizado)<br />
34
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Fluxo intermitente - O que ?<br />
Todas as etapas do tratamento ocorrem dentro do reator<br />
Ciclos definidos: enchimento com ou sem aeração,<br />
aeração, sedimentação, drenagem do lodo tratado e<br />
repouso;<br />
A biomassa permanece no reator não havendo<br />
necessidade do sistema de recirculação de lodo;<br />
Exige a construção de mais de uma unidade do reator<br />
principal (uso intercalado / manutenção)<br />
É considerado um sistema de aeração prolongada (lodo já<br />
sai estabilizado)<br />
35
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
Fluxo intermitente - O que ?<br />
tanque de<br />
aeração<br />
decantador<br />
secundário<br />
adaptado de VON SPERLING, 1996<br />
36
Tratamentos Biológicos<br />
Lodos Ativados<br />
37
Tratamentos Biológicos<br />
Filtros Biológicos<br />
O que ?<br />
Trata-se de um leito de percolação onde a biomassa<br />
permanece aderida no material de enchimento<br />
Eficiência em torno de 75 a 90% de remoção de DBO;<br />
São tanques circulares de diâmetros compatíveis com a<br />
vazão a ser tratada;<br />
Meio filtrante: pedra de brita ou material plástico;<br />
No meio filtrante forma-se uma película de biomassa<br />
aderida, de forma que ao passar o efluente pelo leito em<br />
direção ao dreno de fundo, essa biomassa adsorve a MO e<br />
as bactérias promovem sua digestão<br />
38
Tratamentos Biológicos<br />
Filtros Biológicos<br />
Ilustração<br />
adaptado de VON SPERLING, 1996<br />
39
Tratamentos Biológicos<br />
Lagoa Estabilização<br />
O que ?<br />
São reservatórios escavados diretamente no solo,<br />
com a proteção de taludes e do fundo variando de<br />
acordo com o tipo de terreno<br />
É recomendado para tratar esgoto de pequenas<br />
comunidades ou efluentes de pequena vazões<br />
É considerado um sistema de tratamento biológico<br />
muito eficiente;<br />
40
Tratamentos Biológicos<br />
Lagoa Estabilização<br />
bactérias<br />
CO 2<br />
O 2<br />
algas<br />
zona aeróbia<br />
Reação aeróbica,<br />
presença:<br />
O 2 + MO Lodo<br />
+ CO 2<br />
zona facultativa (fotossíntese)<br />
zona anaeróbia<br />
Reação anaeróbica,<br />
quase ausência:<br />
O 2 e produz:<br />
Pouco lodo + energia<br />
41
Tratamentos Biológicos<br />
Lagoa Estabilização<br />
Tipos de lagoas<br />
Geralmente o sistema é compostos de vários tipos<br />
de lagoas: lagoas facultativas, sistema de lagoas<br />
anaeróbias seguidas de lagoas facultativas, lagoas<br />
aeradas facultativas, sistema de lagoas aeradas de<br />
mistura completa seguida por lagoas de<br />
sedimentação; e lagoas de maturação<br />
42
Tratamentos Biológicos<br />
Lagoa Estabilização<br />
Lagoas Facultativas<br />
DBO particulada se sedimenta – lodo de fundo<br />
(decomposto anaerobiamente)<br />
DBO solúvel – permanece dispersa na massa líquida<br />
(decomposição se dá por bactérias facultativas)<br />
TDH > 20 dias<br />
Fotossíntese – O 2 para as bactérias – requer<br />
elevada área de exposição<br />
Retirada do lodo de fundo > 20 anos<br />
Simplicidade operacional<br />
43
Tratamentos Biológicos<br />
Lagoa Estabilização<br />
Lagoas Aeradas<br />
Funcionamento – lagoa<br />
facultativa<br />
Fornecimento de O 2 – artificial<br />
(aeradores mecânicos)<br />
TDH entre 5 e <strong>10</strong> dias<br />
Menor requisito de área<br />
Requerimento de energia<br />
elétrica<br />
Retirada do lodo de fundo < 5<br />
anos<br />
44
Tratamentos Biológicos<br />
Lagoa Estabilização<br />
Lagoas Aeradas de mistura completa<br />
seguidas por lagoas de sedimentação<br />
Elevado nível de aeração – biomassa em suspensão na<br />
massa líquida<br />
Maior eficiência do sistema<br />
TDH – 2 a 4 dias<br />
Biomassa sai com o efluente líquido – necessidade de uma<br />
lagoa de decantação (sedimentação dos sólidos – TDH de 2<br />
dias)<br />
Requer menor área entre as lagoas de estabilização<br />
Retirada do lodo – 2 a 5 anos<br />
45
Tratamentos Biológicos<br />
Lagoa Estabilização<br />
Lagoa com macrófitas -<br />
Wetlands<br />
46
Tratamentos Biológicos<br />
Lagoa Estabilização<br />
Principais Vantagens<br />
Baixo custo de implantação, operação e manutenção;<br />
Baixo gasto energético;<br />
Eficientes na remoção de matéria orgânica (70% -<br />
90%);<br />
Melhor adequação ao meio natural;<br />
Maior diversidade biológica -melhor ciclagem;<br />
Excelente remoção de patógenos;<br />
Produção de biomassa algal, a qual pode ser utilizada<br />
para a produção de proteína para consumo humano -<br />
reúso na psicultura<br />
47
Tratamentos Biológicos<br />
Lagoa Estabilização<br />
Elevados requisitos de área;<br />
Principais Desvantagens<br />
Performance variável com as condições climáticas;<br />
Efluentes com elevadas concentrações de nutrientes e<br />
sólidos em suspensão (algas);<br />
Possibilidade de geração de maus odores e<br />
proliferação de insetos;<br />
Possibilidade de produção de toxinas (algas)<br />
48
Tratamentos Biológicos<br />
Biodiscos<br />
O que é ?<br />
Neste sistema um conjunto de discos (plástico)<br />
gira em torno de eixo horizontal, metade do disco<br />
é imerso no efluente a ser tratado e a outra fica<br />
exposta ao ar;<br />
Similar ao filtro biológico (biomassa cresce<br />
aderida ao meio suporte)<br />
Bactérias formam uma película aderida a disco<br />
que, quando exposta ao ar, é oxigenada e depois<br />
quando novamente entra em contato com o<br />
efluente contribui para a oxigenação deste<br />
49
Tratamentos Biológicos<br />
Biodiscos<br />
Ilustração<br />
50
Tratamentos Biológicos<br />
Processos Anaeróbicos<br />
Quando são adequados ?<br />
Nas industrias que geram efluentes sem grandes<br />
variações em suas características, ex:<br />
Cervejeiras<br />
Molho de Tomate<br />
Refrigerantes<br />
Em geral, no que diz respeito a remoção de carga<br />
orgânica, tem eficiência média e devem ser<br />
complementados.<br />
Tem custos de implantação e operação inferiores<br />
aos sistemas aeróbios<br />
51
Tratamentos Biológicos<br />
Processos Anaeróbicos<br />
Como é a bioquímica do processo?<br />
A digestão anaeróbia é um processo bioquímico complexo<br />
composto por várias reações sequenciais, cada uma com sua<br />
população bacteriana específica;<br />
Os microrganismos, que atuam na ausência de oxigênio<br />
molecular, promovem a transformação de compostos orgânicos<br />
complexos (carboidratos, proteínas e lipídios) em produtos mais<br />
simples como o metano e gás carbônico;<br />
Grande parte dos produtos da digestão anaeróbia é constituída<br />
por gases, que se desprendem da água residuária, formando<br />
uma fase gasosa = o Biogás.<br />
Fases: Hidrólise; Acidogênese; Acetogênese e Metanogênese<br />
52
Tratamentos Biológicos<br />
Processos Anaeróbicos<br />
Quais os tipos?<br />
Efluentes Industriais<br />
RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente)<br />
Efluentes Domésticos<br />
FAFA (Filtros Anaeróbios de Fluxo Ascendente)<br />
Fossa séptica<br />
53
Tratamentos Biológicos<br />
O que é?<br />
RAFA / UASB<br />
RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente) ou<br />
UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket)<br />
Também chamado de reator anaeróbio de manta de<br />
lodo (conc. de bactérias elevadas)<br />
No reator a biomassa cresce dispersa no meio,<br />
formando pequenos grânulos<br />
O efluente entra por baixo em fluxo ascendente<br />
No topo há uma estrutura cônica que possibilita a<br />
separação dos gases (CO 2 e metano) da biomassa<br />
54
Tratamentos Biológicos<br />
RAFA / UASB<br />
Considerações<br />
Área requerida para instalação é reduzida : 0,05 a<br />
0,<strong>10</strong> m 2 /hab<br />
Baixa produção de lodo e já sai estabilizado;<br />
Maior controle sobre os maus odores<br />
Custos de implantação: 30,00 a 40,00 R$/hab.<br />
Custos operacionais: 1,50 a 2,00 R$/hab x ano<br />
Apesar das grandes vantagens, encontram<br />
dificuldades em produzir efluentes que se enquadrem<br />
aos padrões ambientais (pós-tratamento)<br />
55
Tratamentos Biológicos<br />
RAFA / UASB<br />
56
Tratamentos Biológicos<br />
RAFA e Biogás<br />
57
Tratamentos Anaeróbio<br />
Sistemas Anaeróbios<br />
Há necessidade de Pós-Tratamento ?<br />
Esgoto Bruto<br />
(Afluente)<br />
Eficiências Típicas p/<br />
Remoção de Poluentes<br />
Esgoto Tratado<br />
(Efluente)<br />
Legislação Ambiental<br />
(Padrão de Lançamento)<br />
Matéria Orgânica<br />
350 mg DBO/L<br />
40 a 85%<br />
Matéria Orgânica<br />
40~160 mg DBO/L<br />
60 mg DBO/L ou<br />
Eficiência > 60%<br />
Nutrientes<br />
30 mg NH 3 /L<br />
Baixa ou Nula<br />
Nutrientes<br />
30 mg NH 3 /L<br />
5 mg NH 3 /L<br />
Microrganismos<br />
<strong>10</strong> 5 ~ <strong>10</strong> 8<br />
Baixa ( 1 log)<br />
Microrganismos<br />
<strong>10</strong> 4 ~ <strong>10</strong> 7<br />
Não existe<br />
CF /<strong>10</strong>0mL<br />
CF /<strong>10</strong>0mL<br />
58
Tratamentos Biológicos<br />
Anaeróbio + Aeróbio<br />
Aeróbios:<br />
Oxigênio é o aceptor final dos elétrons;<br />
Gera CO 2 , água e biomassa,<br />
Anaeróbios:<br />
Compostos químicos atuam como aceptor final dos<br />
elétrons<br />
Gera CH 4 , álcool, ácidos orgânicos e biomassa<br />
Obs: Em decorrência da alta quantidade de energia<br />
dos produtos finais dos processos anaeróbios,<br />
geralmente é necessário um posterior tratamento<br />
aeróbio<br />
59
Tratamentos Biológicos<br />
Anaeróbio + Aeróbio<br />
60
Tratamentos Biológicos<br />
Anaeróbio + Aeróbio<br />
Reator RAFA + lodos ativados<br />
Vantagens:<br />
Substancial redução da produção de lodo<br />
Substancial redução no consumo de energia<br />
Pequena redução no volume total das unidades<br />
Redução no consumo de produtos químicos para desidratação<br />
Menor número de unidades diferentes a serem implementadas<br />
Menor necessidade de equipamentos<br />
Maior simplicidade operacional<br />
Desvantagem:<br />
Menor capacitação para remoção biológica de nutrientes (N e P)<br />
61
Tratamentos Biológicos<br />
Comparação<br />
Item Parâmetros /<br />
Unidades<br />
Convencional<br />
Aeração<br />
prolongada<br />
RAFA +<br />
lodo<br />
Idade do lodo Dias 4 a <strong>10</strong> 18 a 30 6 a <strong>10</strong><br />
Eficiência de<br />
remoção<br />
DBO<br />
DQO<br />
SS(%)<br />
Amônia(%)<br />
N (%)<br />
P (%)<br />
Coliformes (%)<br />
85 – 95<br />
85 – 90<br />
85 – 95<br />
85 – 95<br />
25 – 30<br />
25 – 30<br />
60 – 90<br />
93 – 98<br />
90 – 95<br />
85 – 95<br />
90 – 95<br />
15 – 25<br />
<strong>10</strong> – 20<br />
70 – 95<br />
85 – 95<br />
83 – 90<br />
85 – 95<br />
75 – 90<br />
15 – 25<br />
<strong>10</strong> – 20<br />
70 – 95<br />
Área requerida Área (m 2 /hab) 0,2 – 0,3 0,25 – 0,35 0,2 – 0,3<br />
Massa do lodo<br />
Custo<br />
(g ST/hab.dia) - antes<br />
(g ST/hab.dia) - depois<br />
Implantação (R$/hab)<br />
Operação (R$/hab.ano)<br />
60 – 80<br />
30 – 45<br />
80 – 150<br />
<strong>10</strong> – 18<br />
40 – 45<br />
40 – 45<br />
70 – 120<br />
<strong>10</strong> – 18<br />
20 – 30<br />
20 – 30<br />
60 – <strong>10</strong>0<br />
7 – 12<br />
62
Tratamentos Biológicos<br />
Anaeróbio + Aeróbio<br />
Sistemas combinados: Reator RAFA + lagoas<br />
de Polimento<br />
63
Tratamentos Biológicos<br />
Anaeróbio + Aeróbio<br />
Sistemas combinados: Reator RAFA +<br />
aplicação no solo<br />
64
Onde Estudar a Aula de Hoje<br />
Nos Livros<br />
• Cavalcanti, José Eduardo W. de A. – Manual de<br />
Tratamento de Efluentes Industriais – ABES –<br />
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e<br />
Ambiental ( Cap. 12 – Tratamento Biológicos)<br />
• Telles, Dirceu D´Alkmin & Costa, Regina Hellena<br />
Pacca Guimarães – Reúso da Água – Conceitos,<br />
Teorias e Práticas – Cap 6 (Tratamento de<br />
Efluentes)
Contato<br />
66