Viagem á Alemanha

1 VIAGEM À ALEMANHA

Índice
DIRCEU BOMBONATTI
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Pra Começar
Desde 2010 que eu não via
o meu filho Paulo Augusto. Ele é designer
e trabalha como gestor de produtos
e projetos. Saiu de São Paulo,
associado com amigos para trabalhar
na Itália, em Torino, junto à fábrica da
Fiat Automóveis.
Depois, em 2013, ainda
como sócio, mudou-se para a Alemanha,
na cidade de Kitzingen, no
Estado da Baviera. Em 2015 deixou
a empresa para assumir a cogestão
de um Centro de Eventos: Hotel, restaurante,
prédio com apartamentos
para alugar, fitness, baias e cavalariças
para treinamento equestre. Tudo
numa mesma área cercada por floresta,
a 2,5 Km do centro da cidade.
O nome do empreendimento: “Richthofen
Circle”
Richthofen não
lembra nada?
A cidade de Kitzingen é banhada pelo Rio Meno (Mein).
Na pesquisa, os dados dos
sites centravam-se mais no Estado da
Baviera (o maior estado), ao sul do
país. E que, na Baviera está localizada
a região geográfica e histórica da
Francônia.
A Francônia é dividida em
três regiões administrativas: Alta
Francônia, Francônia Central e a Baixa
Francônia. Kitzingen é um dos distritos
da Baixa Francônia. Continuei
pesquisando...
3 VIAGEM À ALEMANHA
Em 2016 quase embarquei,
mas a cotação do dólar não ajudou.
Aí me programei, com ele, para viajar,
em 2017, no final da primavera
ou início do verão de lá. Foi o que
aconteceu: embarquei de Navegantes
para São Paulo. E dali direto para
Frankfurt.
Essa é a história, com muitas
imagens lindas, vistas e conferidas,
que eu passo para você, aos familiares
e aos amigos mais próximos.
Espero que gostem!

Kitzingen | Baviera | Alemanha
Kitzingen é uma encantadora
cidade alemã, na região
da Baixa Francônia, com cerca de
22.000 habitantes. Cercada por vinhedos
é a maior produtora de vinhos
da Baviera. Por ser pequena
é ótima para ser explorada a pé.
A sua história tem seu
início oficial marcada no ano de
745, quando a abadessa Hadeloga,
juntamente com o capelão Kitz
fundou um mosteiro beneditino,
em torno do qual surgiu a cidade
de Kitzingen, cujo nome é uma homenagem
ao religioso Kitz.
Mais tarde, Hadeloga foi canonizada
na religião Católica de Roma.
Cidade tranquila. Friozinho suportável.
Vista do centro da cidade.
Igreja Luterana
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Passeios
Muito nevoeiro e chuva quase todos os dias, desde a chegada
em Frankfurt. Fomos, de carro, diretos do aeroporto para Kitzingen, no
condomínio “Richthofen Circle”, onde o Paulo mora e trabalha.
Numa das poucas estiadas saímos do Hotel (anexo ao condomínio),
para eu conhecer Kitzingen.
Caminhamos a pé por
uma estrada paralela, beirando
plantações de tulipas, ainda sem
florescerem. Na época da colheita,
pode-se comprar no local. É ver
o preço, colocar o dinheiro numa
caixa própria e escolhere levar as
flores cortadas expostas. Não há
vendedores
É só sair o sol que as ruas se
transformam em biergatens.
Rio Meno
Beira Rio: Vista maravilhosa da ponte;
Igreja Luterana ao fundo.
Kitzingen cidade velha sobre o rio Main, (Meno), que corta a cidade e é
navegável por 388 km. No seu percurso até o rio Reno passa pelos estados
da Baviera, Baden-Württemberg e Hessen. A maior cidade ao longo
do rio Meno é Frankfurt am Main. Verdadeiro Cartão Postal!
5 VIAGEM À ALEMANHA

Falterturm
(Torre torta)
construída entre 1469 e
1496, feita para ser observatório
de segurança da cidade - sentinela
e parte do muro da cidade medieval.
A torre tem 52 metros de altura
e está dividida em sete níveis.
O que chama atenção da torre é a
sua cobertura que ficou inclinada.
Dizem que Falterturm é
a “Torre inclinada” da cidade, aludindo-se
à Torre de Pisa. O efeito
do inclinado surgiu pelo trabalho
da madeira. Mas, lendas locais
contam que foi a mistura da argamassa
com o vinho.
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Tudo muito tranquilo, tudo muito organizado. Eu me senti bem
ao caminhar pelas ruas arborizadas de Kitzingen, com o Paulo. Calçadas
bem cuidadas, limpeza por toda parte.
As torres das igrejas católica,
luterana e da sinagoga são
bem destacadas no cenário. Muitos
comerciantes, seguindo seus
preceitos religiosos, abrem ou fecham
suas lojas em horários alternativos.
Ruas estreitas ou largas
com seus casarios e prédios lembram
bem a arquitetura barroca,
que é predominante.
O fast food americano invadiu também a gastronomia da região.
Comidas tradicionais alemãs como marreco recheado, einsbein
com chucrute, só em poucos restaurantes. Falei de Blumenau e os pratos
típicos daqui. E eles me disseram: Oh! Das war eine lange Zeit! (Ôh,
isso já foi há muito tempo!).
Essa mudança de hábito e comportamento pode ser explicada pela influência
econômica, social e cultural por parte do Exército dos Estados
Unidos que invadiram e ocuparam as Bases Militares Alemãs, em Kitzingen.
Mais de 10 mil soldados norte-americanos permaneceram na
cidade por 61 anos! (1945/2007).
E isso podemos ver mais à frente.
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Kitzingen | Base Militar
Em 1917, a dois quilômetros e meio do centro da cidade de Kitzingen,
foram construídas instalações militares para servir como Escola
de Treinamento para pilotos alemães na Primeira Guerra Mundial.
Em 1936 o exército nazista reocupou e ampliou a base para a
Luftwaffe (aviação alemã) treinar pilotos de bombardeiros de mergulho
e aviões de perseguição durante a Segunda Guerra Mundial.
O prédio foi construído por Adolf Hitler, em
1936 e serviu como antiga sede dos oficiais
alemães.
Essa Base Militar nazista
foi denominada de “Richthofen”
em homenagem ao temido Barão
Vermelho Manfred Albrecht
Freiherr von Richthofen, o mais
eficiente piloto de caça da Primeira
Guerra Mundial.
Por ser ponto estratégico
na região, uma Vila Militar foi
erguida para abrigar 15 mil soldados,
ao longo da estrada e próximo
ao aeródromo militar e das
linhas de trem (hoje desativados),
que serviram para deslocamentos
das tropas. Nessa época passava
por Kitzingen a rodovia B8 e a linha
principal da ferrovia que ligava
de Frankfurt/Main – trecho
principal – até Nuremberg.
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Vitoriosos, em abril de 1945, os americanos confiscaram todas
essas instalações e montaram, em Richthofen, a sua Base Militar Operacional
de Reconhecimento e Mapeamento. Cerca de 10 mil soldados
vieram para ocupar a Vila Militar, que era dos nazistas. Durante a Guerra
Fria (1945-1991), Kitzingen foi uma base territorial americana - área de
prática para o comando das defesas aéreas (USAREUR) contra possíveis
ataques nucleares soviéticos. Eles permaneceram ali até 29 de março de
2007, quando devolveram as instalações ao Governo Alemão.
A população de Kitzingen sofreu
tanto na entrada dos americanos
como na sua retirada total. Foram
61 anos de intervenção, domínio
e autoridade. A desocupação da
Base Militar, dos grandes quarteis,
do aeroporto militar e da área
de assentamento (Vila Militar),
deixou a cidade, de repente, desprovida
de numerosos postos de
trabalho e da enorme perda do
poder de compra em muitos setores
como a indústria, comércio,
restauração e imobiliário. A presença
de até 10.000 cidadãos norte-americanos,
durante este período
significativo de tempo moveu
a roda da economia na região. A
Prefeitura e a comunidade passaram
a se reorganizar na destinação
dos espaços para residências, comércio
e indústria a fim de reestimular
a economia e o emprego.
Em 2011 começaram as restaurações
dos prédios da Base Militar
de Richthofen para exploração comercial.
Prédio foi construído por Adolf
Hitler, em 1936, que serviu como
antiga sede dos oficiais alemães
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Atualmente Richthofen é
um centro de eventos: Hotel, restaurante,
pub, biergarten, prédio
com apartamentos para alugar,
fitness, baias e cavalariças para
treinamento equestre.
Esse empreendimento denomina-se “Richthofen Circle”.
Foi totalmente restaurado pelo casal Andrea e Manfred Maier,
empresários do ramo imobiliário e sócios proprietários do Condomínio.
Vista aérea
Cavallestro Hotel: remodelação detalhada, preservação da arquitetura e com o conforto
da modernidade. Eu fiquei hospedado neste hotel. Muito bom!
Sol, início de Verão. As famílias vão chegando...
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Biergarten, Restaurante e Salão de Festas
Restaurado, o antigo alojamento
dos oficiais, hoje, tem apartamentos
alugados, inclusive para
funcionários do empreendimento.
O prédio foi construído pelos
americanos.
Tem projeto de expansão para
2018.
Apartamento do Paulo localiza-se no último
andar, lado direito (3 janelas).
Rua de acesso às mansões dos generais da
antiga Base Militar Americana. Hoje todas
estão alugadas.
A propriedade é toda circundada por uma floresta (Woodland) de preservação permanente
11 VIAGEM À ALEMANHA

Um pequeno paraíso
para os amantes de cavalos
São 6.500 metros quadrados
de área ao ar livre
Aqui, os cavalos podem
se mover livres na região interna
do Haras.
Os donos dos cavalos
(a maioria mulheres), alugam as
baias e cuidam deles diariamente
como animais de estimação, ou
pets.
Treinam, montam ou simplesmente
passeiam pelas ruas do
condomínio ou pelas trilhas da
floresta ao lado, puxando-os pelas
rédeas. Não há competição no Haras.
O cavalo recebe rações e forragem
ao longo do dia (e não apenas na
parte da manhã ou à noite). Um
pequeno chip colocado na crina
do pescoço identifica o animal
através de um aparelho emissor
“transponder” que libera, ou não,
a sua entrada nos cochos de comida.
A quantidade e a frequência
adequadas são controladas por
um computador. O período de
adaptação é acompanhado com
atenção pela equipe de especialistas.
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Paulo: - Aqui tudo é muito organizado!
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Entrada do complexo Richthofen Circle. Ao lado da rodovia encontramse
a pista iluminada (70 x 40m), com aspersão e o Centro de Equitação.
Foto feita de um Balão; para ver detalhes amplie a imagem.
Vista aérea dos antigos Alojamentos dos soldados nazistas. No subterrâneo
de um deles ainda existem resquícios das instalações do Hospital e
do Centro Cirúrgico para os soldados feridos na 2ª. Guerra. Hoje servem
como Centro Esportivo, Fitness e Cavalariças
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Woodland Inn
O porão anteriormente
servindo como bunker de resistência
antiaérea, hoje funciona o
Woodland Inn, um charmoso bar
(pub) com decorações da época.
Era um abrigo subterrâneo
que continha tudo o que
alguém precisa para sobreviver.
Salas e escadas internas de fuga
e uma concretagem de mais de
40 cm de espessura entre o piso
térreo e o porão. Para aguentar o
tranco, todas as grossas paredes
são de concreto armado reforçado
com uma malha de vergalhões de
aço.
A primeira pedra no porão
ainda carrega o entalhe “AH
1936”. E durante o trabalho de renovação
(2012/2013), uma inscrição
foi encontrada sob um velho
gesso: “abrigo para 23 pessoas.”
Com os americanos, o Bunker nazista
virou bar, com caça níquel na
entrada. O Dólar era a moeda.
“Woodland Inn Der” (Restaurante
na Caverna da Terra da Floresta,
em tradução livre) foi o nome batizado
pelos americanos.
Woodland Inn é o nome
que foi escolhido, há cerca de dois
anos, já com o Paulo na Direção,
fazendo carreira.
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Festejando o encontro com o filho
Paulo, depois de 7 anos. Ele é agora
um dos sócios que administra o
Woodland Inn. Parabéns, filho!
Linguiça, batata frita com queijo e pimenta
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Richthofen Circle à noite
Instalações totalmente
restauradas, renovadas e equipadas,
unindo o estilo tradicional ao
conforto da modernidade.
Vários espaços: grandes
e pequenos; hall, sala com lareira,
bar, jardim de inverno, um terraço
com pérgola...
Além dessas mudanças visíveis no
térreo, no andar superior (quartos
e apartamentos), também foi investida
uma infraestrutura de proteção
contra incêndios e o aquecimento
do edifício.
Eu gostei de todo o ambiente: o espaço amplo do condomínio,
incluindo a disposição dos edifícios, muito verde, com árvores plantadas
incorporadas à área imediata da Floresta. Show!
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Sportschulle
Escola Esportiva
A facilidade de se praticar esportes. Instalações desportivas
recém-montadas incluindo vestiários espaçosos e chuveiros. Fitness e
Tae-kwon-do.
Ampliação de espaços
Biergarten 2 | Um novo espaço de convivência.
A lateral esquerda do Hotel está quase pronta para a inauguração,
com o calçamento e a implantação de 6 gazebos (espécie de
quiosque), de madeira para vinte lugares cada. Serão construídos sobre
tablados espalhados pela vegetação e incorporados à floresta que faz
divisa.
O material usado está sendo a madeira de lei, com esteios nas
laterais e treliças na cobertura vazada.
Plantas e trepadeiras vão recobrir os 6 quiosques. Ao longo do calçamento
de acesso, também serão colocadas mesas e cadeiras. Presenciei
a conversa do Paulo com a arquiteta urbanista.
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Woodland Inn
Ao lado da entrada do
pub Woodland Inn, um novo ambiente
concluído para abrigar mais
pessoas.
A ampliação segue o estilo
e a arquitetura do Hotel e conta
com toda a infraestrutura de concretagem,
desumidificação e calefação
do ambiente.
19 VIAGEM À ALEMANHA

Tropeçando sobre o passado.
“Aqui vivia Otto Kemmer assassinado em
27/6/1941 | Sanatório / Linz – Ação T4”.
A memória ao holocausto
está presente na paisagem urbana
da Alemanha. Em várias cidades
importantes, ou não. Em Kitzingen
também!
Começou em Colônia,
em 1990, um desses “pequenos”
projetos que mantém viva a lembrança
dos horrores da Guerra.
Trata-se de placas de 10 x 12 cm,
espalhadas pelas cidades, onde
estão gravados o nome e os dados
sobre diversas vítimas do nazismo.
Como eu gosto de História
e já fiz muitos trabalhos de
escola sobre a 2ª. Guerra Mundial,
eu pesquisei na Internet. Só em
Colônia tem mais de 1.200 “pontos
de memória”, como eles chamam.
Geralmente estão em frente
às residências de onde os judeus
foram “arrancados” e levados para
as câmaras de torturas..
“Não são lápides de túmulos,
sobre as quais não se pode
pisar, mas sim placas sobre as
quais corre-se o risco de tropeçar,
parar para ver e, acima de tudo,
para lembrar”. O responsável por
essas “placas do tropeço” (que ultrapassaram
fronteiras), é Gunter
Demnig, um artista gráfico, de Colônia.
Passei com o Paulo numa
calçada dessas e fotografamos em
frente de uma casa. “Aqui vivia
Otto Kemmer – assassinado no
Sanatório de Extermínio em Linz
(Áustria) 27.06.1941”, Ação T4 era
a designação de matança sistemática
na câmara de gás.
“Discretas, porém inevitáveis,
as placas estão encaixadas
em várias calçadas da cidade.
Quanto mais as pessoas caminham
sobre essas placas, mais
polidas elas se tornam e mais fácil
se torna a leitura do texto aí gravado”.
O passado é eloquentemente
lembrado e sentido. Em tom baixo
e não estrondoso como as edificações
monumentais, que são gigantes,
sim, porém, muitas vezes,
anônimas.
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Designer
Os móveis do Bar (Woodland Inn) foram concebidos pelo Paulo que é
designer. Tudo bem! Os do novo biergarten também estão sendo.
O que me surpreendeu foi que ele pôs as mãos na “massa” e deu uma
de marceneiro e ferreiro e fabricou essas mesas, aproveitando o antigo
madeiramento e estruturas de ferro que estavam sendo descartados, na
reforma do prédio.
Veio à minha mente o espírito dos “Bombonatti” e as boas lembranças
da Oficina de marcenaria e serralheria de Vinhedo (SP).
21 VIAGEM À ALEMANHA

Viajar de trem na Alemanha
é uma das melhores opções!
Kitzingen está na linha
ferroviária Nuremberg – Würzburg.
Os trens Deutsche Bahn
são rápidos, confortáveis, e oferecem
uma série de opções de
conexões. Quase todas as cidades
de grande e médio porte possuem
suas estações centrais, de onde os
trens partem durante todo o dia
para outras cidades, e até outros
países.
Fizemos duas viagens de
trem. A primeira de Kitzingen até
Würzburg, para compras e a outra
de Kitzingen até o aeroporto de
Frankfurt, para o meu embarque
de volta.
Até Würzburg, rápidos
20 minutos. Até Frankfurt mais
1h20min, parando diretamente no
aeroporto.
Uma experiência inconteste da
organização, limpeza, horário e
segurança.
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Paulo - caras e caretas. Todo o tempo do mundo para colocar a
conversa em dia, depois de muitos anos... Pena que ele é avesso a sair
em fotos.
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Würzburg
Construída em 1720, na
época medieval, Würzburg fica a
20 minutos de Kitzingen. É cidade
polo para compras e um centro
universitário (a universidade foi
fundada em 1402). A localização
da cidade não podia ser mais elegante:
nos dois lados do Maine em
meio a vinhedos, uma paisagem
que por si já é uma razão válida
para visitar Würzburg. O vinho cultivado
na região é outro atrativo.
Durante a Segunda Guerra Mundial,
em 1945, cerca de 85% da
cidade foram destruídas por cerca
de 225 bombardeiros. A maior
parte das igrejas, catedrais e outros
monumentos não sobreviveu.
Nos 20 anos seguintes, os edifícios
de importância histórica foram
cuidadosamente reconstruídos.
De longe, já é possível ver as duas
torres da catedral de St. Kilian indicando
o caminho para a cidade.
Com uma extensão total de 105
metros, a igreja foi erguida pelo
bispo Bruno em 1040 e é a quarta
maior igreja romana da Alemanha.
O seu estilo é românico.
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Passear pelo centro antigo
e pela praça, permite ver igrejas
e muitas construções e monumentos
em estilo gótico e barroco.
Grandes lojas e magazines. Muita
moda jovem acompanhando o estilo
do público universitário.
A Residência de Würzburg
é considerada, de um modo
geral, o castelo barroco de estilo
mais puro e, ao mesmo tempo, o
mais fora do comum entre todos
na Alemanha. Construído entre
1720 e 1744 e decorado com o
magnífico jardim real entre 1765
e 1780, ele representa uma época
gloriosa e uma das cortes mais brilhantes
da Europa.
Residentz Würzburg
25 VIAGEM À ALEMANHA

Frankfurt
Tanto na chegada como
no retorno ao Brasil, eu não tive
tempo para vislumbrar bem essa
cidade mais internacional da Alemanha.
A chuva forte, com certeza
foi a grande vilã. Atrasou mais
de uma hora e meia no meu desembarque
e em seguida, o trânsito
complicado do aeroporto para
Kitzingen, com pouca visibilidade
no trajeto todo (146 km).
Mas, valeu para comprovar a importância financeira e as atrações
da arquitetura, cultura, beleza e história.
Frankfurt é a cidade alemã mais cara e a 10ª cidade mais cara
do mundo! Imagens externas? Só as de cartão postal, pois não dava para
ver nada de dentro do carro. Na volta, muita correria, pois se perde pelo
menos, 3 horas dentro do aeroporto. É também o centro de transportes
da Alemanha. A Frankfurter Kreuz é um dos trevos rodoviários mais utilizados
na Europa. E a Estação Central da cidade é um dos maiores terminais
de trens da Europa. Isso eu pude constatar no meu embarque de
volta! O trem entra no terminal do aeroporto. Muita gente, mas muito
organizado.
DIRCEU BOMBONATTI
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O Aeroporto de Frankfurt
é de longe o mais movimentado
pelo tráfego de passageiros na
Alemanha, e um dos mais movimentados
da Europa, com mais
de 65 milhões de passageiros por
ano. Serve 293 destinos, ligando a
Alemanha com o resto do mundo
através de voos sem escalas. Ali se
concentra todas as operações da
Lufthansa, a maior empresa aérea
do país. Quantidade enorme de
guichês, salas e departamentos.
Ela é a empresa âncora que administra
o complexo todo, incluindo
o de cargas. No aeroporto trabalham
cerca de 75 mil funcionários.
A conexão entre terminais
é realizada com o Skyline, um
trem automático, que sai a cada
2 a 3 minutos, ou por um monotrilho.
O aeroporto é imenso e se
anda bastante, de esteira ou a pé.
Os funcionários usam bicicletas.
Fiquei impressionado!
27 VIAGEM À ALEMANHA

Fechando
Foi corrido e passou tudo
muito depressa.
Valeu a pena, com certeza,
pelo reencontro com o Paulo
e poder ter um tempo só nosso!
Não me importei, desde o primeiro
momento, em conhecer e visitar
lugares turísticos. Queria estar
junto dele.
Foram 7 anos de ausência
física, mas não espiritual. O
que faltava era justamente sintonizar
as nossas ideias, os propósitos
e a missão. Essa era a importância,
a maior valia, o significado
da viagem!
Fui muito bem recepcionado
e atendido por todos da
equipe do Richthofen Circle. Desde
os proprietários Andréa e Manfred,
até as simpáticas camareiras
e os rapazes dos serviços gerais.
Reparei no desempenho de todos
e no relacionamento entre eles.
Uma grande equipe comprometida
e atuante.
Constatei, também, o
empenho do Paulo e a sua alegria
em trabalhar numa atividade que
gosta e ver que a sua empreitada
está dando bons resultados.
De vê-lo falar o inglês, o italiano,
o espanhol e mais o português (4
idiomas) fluentemente, me deixou
maravilhado.
Registro, com alegria, os
depoimentos de vários funcionários
e dos donos, a respeito do
caráter do meu filho. Fui muitas
vezes - em momentos diferentes -,
cumprimentado e saudado por ser
seu pai. Uma dessas demonstrações
de carinho me deixou orgulhoso:
“Você tem um bom filho!”.
E olha, que para um alemão falar
isso é de deixar qualquer um bem
envaidecido, inflado, mesmo!!!
Senti no Paulo o desenvolvimento
de várias aptidões e
preparo, que só a coragem e a ousadia
de se lançar ao “escuro”, às
incertezas dos mundos, - podem
forjar caráteres assim. Abração,
filho! Deus que te abençõe e guarde!
Quero voltar!
DIRCEU BOMBONATTI
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