Jornal do Servidor - Praia Grande | Ed. 4 | Setembro 2018
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HISTÓRIA<br />
Nos basti<strong>do</strong>res<br />
da Independência<br />
O 7 de setembro de<br />
1822 entrou para a<br />
história permea<strong>do</strong><br />
de várias passagens<br />
curiosas.<br />
<strong>Ed</strong>uca<strong>do</strong>res da<br />
Prefeitura contam<br />
algumas delas.<br />
Em 7 de setembro de 1822 ocorreu a Independência <strong>do</strong> Brasil.<br />
O País deixou de ser uma colônia de Portugal a partir desta data.<br />
A proclamação foi feita por D. Pedro I às margens <strong>do</strong> riacho <strong>do</strong><br />
Ipiranga, após uma viagem que durou <strong>do</strong>is dias de Santos à São<br />
Paulo. Mas o grito “Independência ou Morte”, dito por D. Pedro,<br />
em reação à carta da Coroa Portuguesa que exigia seu retorno à<br />
Portugal, vai além <strong>do</strong> famoso ato que entrou para a história. Sobre<br />
esse contexto, historia<strong>do</strong>res que atuam nas unidades de ensino da<br />
Prefeitura relembram passagens que foram determinantes para o êxito<br />
da independência <strong>do</strong> Brasil Colônia em relação ao império português.<br />
ANDERSON MANOEL CALEFFI RAFAEL DA SILVA E SILVA MÔNICA SOLANGE RODRIGUES E SILVA<br />
“O grito da independência foi<br />
apenas um fato. O processo foi<br />
construí<strong>do</strong> a partir de 1808, com a<br />
vinda da família real para o Brasil<br />
e a abertura <strong>do</strong>s portos brasileiros<br />
para as nações amigas. Com<br />
isso, Portugal deixa de ser a única<br />
parceria comercial e surge a independência<br />
econômica. O fico de D.<br />
Pedro era um caminho sem volta<br />
para a independência <strong>do</strong> Brasil”,<br />
explica Anderson Manoel Caleffi –<br />
Assistente Técnico Pedagógico na<br />
E.M. Lions Clube Ocian.<br />
“Pouca gente cita esse episódio,<br />
mas o caminho <strong>do</strong> príncipe D. Pedro<br />
de Santos à São Paulo foi feito pela<br />
Calçada <strong>do</strong> Lorena, uma estrada<br />
que havia si<strong>do</strong> construída trinta e<br />
<strong>do</strong>is anos antes da viagem que culminaria<br />
com a Independência <strong>do</strong><br />
Brasil. Esse caminho era o único<br />
que ligava o litoral paulista à São<br />
Paulo”, ressalta Rafael da Silva e<br />
Silva - <strong>do</strong>utor em História e trabalha<br />
no Centro de Memória e <strong>Ed</strong>ucação<br />
no Porto Aprendiz.<br />
“Quem proclamou a Independência<br />
não foi D. Pedro, mas a Maria<br />
Leopoldina, sua esposa. D. João<br />
havia aberto os portos <strong>do</strong> Brasil para<br />
o exterior, mas existia dentro <strong>do</strong> País<br />
uma forte pressão <strong>do</strong>s portugueses<br />
para que o Brasil continuasse a<br />
ser colônia. Em contrapartida, os<br />
comerciantes e fazendeiros queriam<br />
o Brasil independente. Nessa<br />
situação, D. João enviou uma carta<br />
a D. Pedro, para que governasse o<br />
Brasil desde Portugal. Só que Maria<br />
Leopoldina, certamente influenciada<br />
por José Bonifácio, que era<br />
um conselheiro e amigo, escreveu<br />
outra carta pedin<strong>do</strong> justamente o<br />
contrário, a independência. Foi a<br />
primeira intervenção importante<br />
das mulheres na história <strong>do</strong> Brasil”,<br />
destaca Mônica Solange Rodrigues<br />
e Silva - historia<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Centro de<br />
Memória e <strong>Ed</strong>ucação <strong>do</strong> Porto<br />
Aprendiz.<br />
edição 04 | setembro <strong>2018</strong> 11<br />
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