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O PASSAGEIRO<br />
Projecto de Arte e Design<br />
Sofia Périé de Barros<br />
Docentes:<br />
Nuno Chuva Vasco<br />
Pedro Bandeira Maia<br />
Escola Superior de Educação de Coimbra
Resumo<br />
No seguinte relatório é explorado o projeto desenvolvido no âmbito da<br />
unidade curricular Projeto de Arte e Design do curso de Arte e Design<br />
da Escola Superior de Educação de Coimbra.<br />
Num primeiro capítulo é feito um estudo sobre o local de intervenção,<br />
a rua da Sofia, bem como de alguns exemplos de arte urbana em<br />
espaços públicos. É concluído que a rua tem um ambiente muito<br />
pesado tornando-a uma rua de passagem, pelo que o projeto em<br />
causa pretende forcar-se nesta problemática.<br />
O segundo capítulo parte da pesquisa feita anteriormente e explora<br />
todo o processo criativo, analisa a criação do conceito de dividir o passeio<br />
em dois e acompanha todo o trabalho até à materialização.<br />
Por fim é apresentado o resultado <strong>final</strong> exposto na Escola Superior de<br />
Educação de Coimbra no dia 19 de junho de 2018.<br />
figura 1
índice<br />
VII<br />
1<br />
índice de Figuras<br />
Introdução<br />
2<br />
3<br />
5<br />
7<br />
8<br />
12<br />
14<br />
16<br />
19<br />
Capitulo 1<br />
Rua da Sofia<br />
Arte Urbana<br />
Pesquisa aplicada<br />
Capitulo 2<br />
Conceito<br />
Pontos de interesse<br />
Estudos<br />
Materialização<br />
Resultado Final<br />
Bibliografia
Índice de figuras<br />
Figura 1 (CAPA) - Rua da Sofia, http://gavetacomsaber.blogspot.com/2007/10/quem-passa-pela-rua-da-sofia-em- coimbra.html<br />
Figura 2 - Rua da Sofia, Colégio de São Pedro: fachada, http://www.patrimoniocultural.gov.pt/static/data/cache/3d/9-<br />
f/3d9f96128a21133dd99b679998cf73dc.jpg<br />
Figura 3 - Rua da Sofia, http://gavetacomsaber.blogspot.com/2007/10/quem-passa-pela-rua-da-sofia-em- coimbra.html<br />
Figura 4 - Desenho da Rua da Sofia (executado por Pedro Alves), https://dklimppedroalves.tumblr.com/post/173782136616/rua-da-<br />
-sofia-while-drinking-and-sketching-in<br />
Figura 6 - Glasses. (Pavel 183, 2009), http://www.183art.ru/ochki/ochki.htm<br />
Figura 7 - Hipérion. (Sam3), http://www.sam3.es/painting/1.html<br />
Figura 8 - ¿Y si te detienes a mirar? (Nuria Espinha, Xavi Pujol, Game Marc e Carlos Pesquera), http://www.europapress.es/sitemapdiario/2013/12/19/<br />
Figura 9 - Scratching the surface projeto. (Vhils, 2013), http://vhils.com/tag/walls/<br />
Figura 10 - Labirinto. (Eduardo Srur, 2012), http://www.eduardosrur.com.br/intervencoes/labirinto<br />
Figura 11 - Rua da Sofia, http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-<br />
-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/<br />
Figura 12 - Rua da Sofia, http://www.diariocoimbra.pt/noticia/7336<br />
Figura 13 - Rua da Sofia, http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/<br />
Figura 14 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 15 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 16 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 17 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 18 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 19 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 20 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 21 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 22 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 23 - Promenor da Rua da Sofia, Imagem da arutor 2018<br />
Figura 24 - Montagem sob imagem de autor 2018<br />
Figura 25 - Montagem sob imagem de autor 2018<br />
Figura 26 - Materialização do projeto, imagem de autor 2018<br />
Figura 27 - Materialização do projeto, imagem de autor 2018<br />
Figura 28 - Materialização do projeto, imagem de autor 2018<br />
Figura 29 - Materialização do projeto, imagem de autor 2018<br />
Figura 30 - Materialização do projeto, imagem de autor 2018<br />
Figura 31 - Materialização do projeto, imagem de autor 2018<br />
VII
Introdução<br />
No âmbito da unidade curricular de Projeto de Arte e<br />
Design do curso de Arte e Design da Escola Superior<br />
de Educação de Coimbra foi nos dada a oportunidade<br />
de desenvolver um projeto de <strong>final</strong> de curso que<br />
reunisse a vertente da Arte e do Design numa intervenção<br />
em espaço publico.<br />
O local de intervenção que nos foi proposto foi a rua<br />
da Sofia, na cidade de Coimbra, pelo que na primeira<br />
fase deste projeto foi feito um estudo sobre esta<br />
rua, e sobre arte e design em espaço público. Nesta<br />
fase são também estudados os objetivos e a problemática<br />
para o projeto a ser realizado bem como uma<br />
pesquisa de obras realizadas que abrangessem<br />
alguns dos mesmos temas.<br />
Na seguinte fase apresentam-se todas as opções que<br />
foram tomadas ao longo do desenvolvimento do projeto.<br />
Esta fase conta com a criação do conceito e os<br />
estudos da forma e dos materiais.<br />
Por fim são apresentadas algumas imagens do processo<br />
de materialização do projeto.<br />
Figura 2<br />
1
Os lotes são tendencialmente estreitos, com muitos edifícios<br />
abandonados e/ou em mau estado de conservação. Na proximidade<br />
imediata da Rua da Sofia destaca-se a Fonte Nova ou<br />
Fonte dos Judeus e o Mercado Municipal. Referidos os aspetos<br />
técnicos da rua é visível que rua da sofia encontra-se inserida<br />
na malha urbana da cidade de Coimbra segundo formas e<br />
lógicas que renegam a sua natureza potencialidade. Em prática<br />
a rua da Sofia devia albergar a Universidade contudo esta<br />
desempenhou sempre com eficácia um outro prepósito que<br />
influenciou a sua abertura: o descongestionamento do acesso<br />
norte da cidade que ocupa até aos dias um papel essencial no<br />
que diz respeito aos acessos e ao congestionamento da<br />
cidade de Coimbra. O sistema de circulação automóvel transformou<br />
a rua da Sofia numa zona meramente de passagem<br />
que resolve o problema de congestionamento da cidade mas<br />
prejudica a rua da Sofia, que não acompanha o restante<br />
desenvolvimento da baixa de Coimbra não conseguindo competir<br />
com o comércio e atração da zona baixinha em qualidade<br />
densidade e intensidade. E também na qualidade do ar,<br />
que em certas horas do dia chega quase a ser irrespirável, o<br />
que não é nada atrativo para quem passa pela rua.<br />
Rua da Sofia<br />
Figura 3<br />
Coimbra é uma das mais antigas cidades de Portugal, com origens romanas e visigóticas e influencia<br />
muçulmana, esta capital de distrito é um ponto de referência turístico e a sua privilegiada posição<br />
geográfica no centro de Portugal continental, entre Lisboa e Porto, torna-a uma das cidades<br />
mais importantes do país.<br />
A cidade de Coimbra possui uma mística muito própria, fruto da história que nela se viveu e ainda<br />
vive, transmitida pelos monumentos, arquitetura, conhecimentos e tradições que se preservaram<br />
até aos dias de hoje. Infelizmente, a atual realidade do centro histórico deixa muito a desejar, seja<br />
pela degradação dos imóveis ou pela supremacia dos grandes centros comerciais, na baixa de<br />
Coimbra, onde se localiza a Rua da Sofia, observou-se nos últimos anos um fenómeno designado<br />
desertificação da baixa que resulta num abandono desta zona, e cria um desequilíbrio tanto social<br />
como demográfico na cidade.<br />
Esta rua é de formação linear, estruturada por uma via larga e comprida retilínea, com 460 metros<br />
de comprimento e 12,5 metros de largura. Apresenta-se praticamente plana, com um declive não<br />
visível. A sua cota mais baixa situa-se nos 20 metros acima do nível médio das águas do mar e a<br />
mais alta, a 23 metros. A Rua da Sofia segue uma orientação SE./ NO. desde o seu elemento gerador,<br />
o Mosteiro de Santa Cruz até ao seu término, dando origem à Ladeira de Santa Cruz e à Rua<br />
da Figueira da Foz.<br />
No que toca ao ambiente vivido na rua da Sofia, este pode ser<br />
descrito como sombrio, não só pelo seu aspeto degradado,<br />
mas também pela falta de luz resultante da sua geografia e da<br />
altura das habitações. Para além disso, é importante referir que<br />
um dos fatores que afasta a população desta rua é a forte presença<br />
de toxicodependentes e mendigos, o que acaba por<br />
criar uma certa insegurança nos transeuntes.<br />
A movimentação na rua da Sofia gira muito em volta do<br />
comercio, «Nos dias úteis, o movimento começa assim que as<br />
lojas abrem, às 9h00 da manhã, as mesmas fecham às 13h00 e<br />
voltam a reabrir às 15h00, apesar do encerramento das lojas<br />
para almoço, é nesta hora que se verifica uma afluência maior<br />
de pessoas, pois as pessoas que trabalham nas lojas, nos escritórios<br />
e nos consultórios saem para almoçar. Existem alguns<br />
restaurantes na Rua e costumam ter bastante acesso, principalmente<br />
à hora de almoço. Após a hora de almoço observa-se<br />
maior escassez de transeuntes, que voltam a circular nas ruas<br />
por volta das 17h00. […] Com o encerramento das lojas às<br />
19h00, a circulação de pessoas estagna, e torna-se quase<br />
inexistente.» [1]. No verão é quando a rua vê a menor movimentação<br />
muito devido á ausência da comunidade estudantil.<br />
[1] SIMÕES,A.; ALMEIDA,C.; PINTO,C. MACHADO,L. MADEIRA, M. -<br />
Elementos de Expressão Artistica - Arte Publica Sociedade e Cidade,<br />
2018, pp.11<br />
2
Arte Urbana<br />
A partir da segunda metade do seculo XX, a arte começa a ganhar novas<br />
formas e deixa de estar confinada apenas a espaços fechados como museus e<br />
galerias, isto permite fazer com que a parte da população que não tem por<br />
hábito frequentar este tipo de espaços tenha também acesso ao mundo artístico.<br />
Ao utilizar as cidades como palco para os seus trabalhos, os artistas estão a<br />
criar uma nova forma de comunicação entre a obra, o recetor e seu ambiente.<br />
O espaço passa a ser visto como arte, tornando-se mais um elemento da obra.<br />
A arte urbana mais do que utilizar o espaço como meio de exposição, cresce<br />
dele, ou seja, «começa por ler-se a cidade existente para nela encontrar determinados<br />
aspetos ou elementos aos quais se impunha dar enfase» [2]. Por ter uma<br />
ligação muito forte com o quotidiano nas cidades este tipo de intervenções tem<br />
geralmente um forte caracter critico, introduzindo a arte como forma de questionar<br />
e transformar a vida urbana.<br />
[2] CAEIRO, Mário – Arte na cidade. 1ª ed. Lisboa: Temas e Debates, 2014. p.<br />
146.<br />
Figura 4 Figura 5<br />
3
Figura 8<br />
Figura 7 Figura 9<br />
4
Pesquisa Aplicada<br />
Partindo deste pressuposto de “dar enfase” a determinados<br />
aspetos do espaço, iniciei as minhas visitas à rua da Sofia com o<br />
propósito de perceber o que esta tem para oferecer e os seus<br />
problemas, rapidamente deparei-me com um local muito sombrio,<br />
em que grande parte da sua história se mistura com a paisagem<br />
e acaba por passar despercebida, e com um ritmo de vida<br />
muito acelerado, tendo até, numa das entrevistas que fiz a um<br />
dos comerciantes da rua, sido descrita como uma rua de passagem.<br />
Com estes temas em mente foquei a minha pesquisa em<br />
trabalhos, de cariz crítico, que tratassem o abandono dos espaços<br />
e o ritmo de vida dos dias de hoje.<br />
O projeto ¿Y si te detienes a mirar?, de Nuria Espinha, Xavi Pujol,<br />
Game Marc e Carlos Pesquera, mostra como que um espelho do<br />
que se vê todos os dias nas ruas, obrigando as pessoas a abrandar<br />
e refletir sobre a sua rotina de um novo ângulo. As obras de<br />
Vhils aproveitam-se da deterioração dos edifícios. E em Labirinto,<br />
Eduardo Srur torna o espetador parte integral da obra convidando-o<br />
a entrar e encontrar a saída entre os resíduos sólidos, colocando-o<br />
frente a frente com o lixo que produz.<br />
5
O Passageiro<br />
Figura 10 Figura 11<br />
6
Conceito<br />
Durante o processo de investigação deparei-me várias vezes com o conceito de “rua de<br />
passagem”, e quando estamos na rua é fácil perceber porquê. Está toda a gente tão<br />
focada em si e no seu destino que nem sequer levanta os olhos do chão. Isto é algo que<br />
acontece com muita frequência no nosso quotidiano: estamos tão focados em ir de A<br />
para B que acabamos por não apreciar nada na viagem.<br />
O meu projeto pretende alertar as pessoas para esta realidade, ao mesmo tempo que dá<br />
a conhecer um pouco da rua, que é património mundial, e que tem tanto para oferecer.<br />
Aproveitando-me desta posição “olhos no chão” quis trabalhar nesta superfície dividindo<br />
o passeio em duas faixas, a dos passageiros e a dos observadores.<br />
A dos passageiros é representada através de setas no chão enquanto a dos observadores<br />
contem vários ícones de detalhes discretos da rua.<br />
de dividir o passeio em dois, criando o lado do passageiro, e colocando os ícones na faixa<br />
do observador mas visíveis de ambos os lados, pretende fazer uma crítica social ao modo<br />
de vida do século XXI, colocando as pessoas face ao dilema de optar seguir pela faixa<br />
que as irá enriquecer cultural e artisticamente, mas onde necessariamente terão de<br />
abrandar o ritmo ou seguir pela outra, tomando consciência do que perdem com este<br />
ritmo apressado da vida, onde nos resta pouco tempo para apreciar a beleza.<br />
Figura 12<br />
7
Pontos de Interesse<br />
9.<br />
8.<br />
7.<br />
5.<br />
6.<br />
4.<br />
3.<br />
2.<br />
1.<br />
Depois de criado o conceito foi importante definir os detalhes que eu considerava<br />
mais importantes de representar. Para tal fui várias vezes à rua da<br />
Sofia para sentir a rua e observar quais os aspetos que mais me chamavam<br />
à atenção, que me diziam algo, que considerei interessante mostrar às pessoas.<br />
Confirmando a ideia que tinha, até eu que já estava predisposta a<br />
descobrir pormenores, de cada vez que voltava à rua da Sofia encontrava<br />
novos elementos nos quais, até então, não tinha reparado.<br />
Depois de recolhidos todos os elementos passíveis de utilizar neste trabalho<br />
foram escolhidos apenas 9 de modo tendo esta seleção tido também em<br />
conta a sua localização na rua e as suas características, de modo a que,<br />
por um lado, se encontrassem distribuídos por todo o percurso escolhido, e<br />
por outro representassem uma diversidade nas razões porque se podem<br />
considerar interessantes.<br />
Assim, entre os escolhidos temos elementos mais fáceis de encontrar, como<br />
a escultura da cara de uma mulher em cima da porta, e mais difíceis,<br />
como os desenhos nas telhas; elementos apenas visualmente apelativos,<br />
como as saliências em que as pombas estão pousadas, e elementos de<br />
cariz mais histórico, como os brasões; elementos curiosos, como a porta de<br />
uma casa com um pé direto muito mais baixo que o das restantes e<br />
também, com o objetivo de chamar os transeuntes a estenderem esta<br />
atividade de observação da beleza que nos rodeia, a todas as ruas por<br />
onde passam, um elemento, visível da rua da Sofia mas que não pertence<br />
à rua, o da casa do terreiro da erva.<br />
Figura 13<br />
8
Figura 14 Figura 15 Figura 16<br />
9
Figura 17 Figura 18 Figura 19<br />
10
Figura 21 Figura 22 Figura 23<br />
11
Estudos<br />
Passei então à fase de concretização do projeto,<br />
propriamente dita.<br />
Tendo em vista o ambiente onde o projeto se<br />
iria desenvolver (o passeio) e o facto de este<br />
ser em calçada portuguesa, com desenhos<br />
geométricos formando uma espécie de<br />
grelha com vários quadrados, optei por utilizar<br />
a forma redonda que se enquadraria nos referidos<br />
quadrados, acabando por criar como<br />
que uma moldura dos desenhos.<br />
Tirei fotografias dos elementos escolhidos e,<br />
com base nelas, criei imagens representativas<br />
desses mesmos elementos, simplificadas e<br />
passíveis de serem desenhadas em alto contraste.<br />
Uma vez que, este projeto carece da interação<br />
do público, senti necessidade de pensar em algo<br />
que pudesse orientar as pessoas para o objetivo<br />
previsto, sem, no entanto, lhes dizer diretamente<br />
o que se pretendia que fizessem. Para isso falei<br />
com professores, familiares e amigos, discutindo<br />
ideias, recolhendo opiniões, experiências e maneiras<br />
de sentir, e cheguei assim à frase “Vai<br />
observar ou ignorar?” a colocar no início do trajeto.<br />
A expressão “Vai” funciona como um desafio,<br />
ao mesmo tempo que sugere às pessoas que lhes<br />
é solicitado fazer algo e a alternativa “ou” pressupõe<br />
que lhes é pedido que façam uma escolha,<br />
explicando, implicitamente, a razão de o passeio<br />
estar dividido ao meio.<br />
A colocação das imagens também foi estudada<br />
de modo a, mais uma vez, não ser muito<br />
direta nem ter indicações muito precisas, levando<br />
o transeunte a ter de procurar o detalhe<br />
representado, sendo “obrigado” a observar<br />
tudo o resto e eventualmente descobrindo<br />
outros detalhes que considere interessantes,<br />
tornando-se, ele próprio, o guia desta viagem.<br />
Com este objetivo em mente, as imagens foram<br />
colocadas de modo a que quem está de frente<br />
para elas está de frente para o objeto representado,<br />
sendo fácil, mas não imediato, descobri-<br />
-lo.<br />
12
Figura 24<br />
Figura 25<br />
13
Teste com tinta em spay<br />
Teste com tinta acrílica<br />
Materialização<br />
Para a fase de materialização comecei por testar alguns materiais pois tinham de ser resistentes<br />
o suficiente para não se danificarem com os transeuntes a passarem por cima, mas<br />
delicados o suficiente para não deixarem marcas no passeio quando fossem removidos.<br />
Conclui que os materiais mais indicados eram fita adesiva para dividir o passeio, pelicula<br />
adesiva para criar o círculos, as setas e o fundo para a frase, e marcador permanente<br />
branco para fazer os desenhos.<br />
Com os materiais já escolhidos, comecei por criar um molde do círculo com 45 centímetros,<br />
em cartolina, e utilizei-o para recoltar 9 discos na pelicula adesiva. Utilizei o mesmo método<br />
para recortar as setas.<br />
Para fazer os desenhos utilizei stencil do traçado feito no Adobe Illustrator, e com o marcador<br />
permanente adicionei alguns pormenores. Repeti também este método para escrever a<br />
frase “Vai observar ou ignorar?”<br />
14
Teste com marcador de tinta multiusos<br />
Teste com marcador de tinta permanente<br />
15
Resultado <strong>final</strong><br />
Figura 26<br />
Figura 27<br />
Figura 28<br />
16
Figura 29<br />
Figura 30<br />
Figura 31<br />
17
18
Bibliografia<br />
Caeiro, M.; (2014), A arte na cidade Temas e Debates – círculo de<br />
Leitores, Lisboa<br />
Costa, P.; Guerra, P.; Neves, P.; (2017) Urban intervention, street art<br />
and public space. Consultado a 01-07-2018 em: file:///C:/Users/Sofia/Downloads/179301.pdf<br />
Dinis, T. (2017) A arte como intervenção. (tese de mestrado). Universidade<br />
de Lisboa, Lisboa<br />
Paiva, B. (2012) Design e urbanidade. (tese de doutoramento)<br />
Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa<br />
Srur, E. (2018) Labirinto. Consultado a 02-07-2018 em:<br />
http://www.eduardosrur.com.br/intervencoes/labirinto<br />
19
Coimbra<br />
2017/2018