Público Imobiliário
Desafio do Facility Management é ajudar empresas a superarem constantes desafios
Desafio do Facility Management é ajudar empresas a superarem constantes desafios
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06 | Atualidade | imobiliário | Quarta-feira, 17 de Outubro, 2018<br />
Novas exigências do<br />
imobiliário esperam<br />
“standardização”<br />
para serem a regra<br />
A sustentabilidade e a internet of things são alguns dos novos requisitos cada vez<br />
mais procurados e mais desafiantes para o setor imobiliário. Mas os profissionais<br />
acreditam que é necessária “uma standardização da construção, para que estas<br />
tecnologias sejam um plus e não mais um custo”.<br />
Jornadas<br />
de Facility<br />
Management<br />
arrancam<br />
hoje<br />
A 17 e 18 de outubro,<br />
o Fórum Tecnológico<br />
de Lisboa recebe a 12.ª<br />
edição das Jornadas de<br />
Facility Management,<br />
uma iniciativa da APFM<br />
este ano organizada em<br />
conjunto com a EuroFM.<br />
DR<br />
As palavras são de José Almeida<br />
Guerra, vice-presidente da APPII,<br />
que falava na mais recente Executive<br />
Breakfast Session organizada<br />
pela associação em Lisboa, no Hotel<br />
Tivoli, e que convidou Nuno Ribeiro,<br />
Portugal Country Manager<br />
da Fabernovel para partilhar a sua<br />
experiência sobre o tema “As Casas<br />
do Futuro”. A empresa é uma agência<br />
de consultoria de negócio, e trabalha<br />
para vários setores.<br />
Numa smart home, a eficiência<br />
energética é um dos principais requisitos,<br />
e há cada vez mais procura<br />
por equipamentos que tornem<br />
uma casa autossuficiente,<br />
como painéis solares, telhas solares<br />
ou baterias de grande capacidade,<br />
para evitar a compra<br />
de energia elétrica à rede pública.<br />
Mas todos estes materiais e<br />
tecnologias são ainda um grande<br />
custo acrescido num mercado<br />
que precisas de casas “não tão caras,<br />
até porque temos pouca mão-<br />
-de-obra”, lembra Almeida Guerra.<br />
Por isso, impõe-se uma baixa<br />
dos preços.<br />
Com o avanço da tecnologia, “os<br />
custos vão baixar e, em algum ponto<br />
no tempo, esta será rentável”,<br />
acredita Nuno Ribeiro. “Sabemos<br />
que as coisas vão acontecer, só não<br />
sabemos quando. Mas o imobiliário<br />
tem de pensar à frente, tendo<br />
em conta que o mercado vai mudar,<br />
para não ficar para trás”.<br />
Por outro lado, a domótica vai estar<br />
cada vez mais presente, nomeadamente<br />
através de câmaras ou fechaduras<br />
e eletrodomésticos, conectados<br />
com os smartphones, o<br />
que “levanta grandes questões de<br />
segurança, que são o grande desafio<br />
dos objetos conectados”.<br />
Smart Cities são<br />
o grande objetivo<br />
Recentemente, a Fabernovel elaborou<br />
um estudo extensivo sobre a<br />
Tesla, empresa que começou a ser<br />
conhecida pela indústria automóvel,<br />
mas um dos seus grandes objetivos<br />
é”construir uma rede e uma<br />
plataforma que liga os painéis solares<br />
aos carros e às casas, e posicionar-se<br />
como um orquestrador<br />
da rede elétrica privada das várias<br />
empresas. A vantagem competitiva<br />
passa, por exemplo, pelos custos<br />
de produção, especialmente em relação<br />
a empresas. O primeiro passo<br />
é o armazenamento, e cada vez<br />
mais vão surgir novas empresas<br />
nesta área”.<br />
Nestas cidades, a propriedade do<br />
carro deixará de ser regra: ”da mesma<br />
forma que temos hoje investidores<br />
imobiliários que compram<br />
um imóvel e o arrendam, teremos<br />
compradores de carros num modelo<br />
semelhante”, num modelo circular<br />
que “cria valor para a procura<br />
e para a oferta, tal como plataformas<br />
como a Uber ou a Airbnb que<br />
não detêm os bens”, exemplifica.<br />
Nesta transição, a primeira<br />
preocupação será com o carregamento<br />
do carro elétrico, pois<br />
os imóveis terão de o permitir de<br />
origem. A questão seguinte, considera<br />
Nuno Ribeiro, será o custo<br />
do carregamento, que “pode mesmo<br />
vir a ser mais caro que um carro<br />
a diesel”.<br />
Ana Tavares<br />
DR<br />
Lisboa será palco para o encontro,<br />
este ano denominado “A New Life<br />
Inside: How Our Needs Shape The<br />
Future of the Built Environment”.<br />
Os temas centrais debatidos serão,<br />
entre outros, a evolução dos espaços<br />
e ambientes de colaboração e de<br />
retalho, o uso crescente da IoT como<br />
essencial para entender e antecipar<br />
as necessidades dos utilizadores<br />
finais e de que forma esta<br />
pode tornar os espaços mais humanos,<br />
o foco no trabalhador e a<br />
forma como se pode influenciar a<br />
qualidade de vida e o futuro das<br />
cidades.<br />
Pedro Ló, presidente da APFM, comenta<br />
que “pretendemos com estas<br />
jornadas juntar num mesmo espaço,<br />
num mesmo período, o conhecimento<br />
e os profissionais, promovendo<br />
a partilha das suas ideias,<br />
soluções e problemas num mundo<br />
que se encontra em constante<br />
mudança. A IoT, as novas tecnologias<br />
e os novos paradigmas, são hoje<br />
uma realidade nas nossas atividades,<br />
e urge o seu debate”.
Quarta-feira, 17 de Outubro, 2018 | imobiliário | Cozinhas & Inovação | 07<br />
Desafio do Facility Management é ajudar<br />
empresas a superarem constantes desafios<br />
As empresas têm que responder aos exigentes requisitos de mercado, à elevada competitividade<br />
e guerra de preços versus a luta pelos melhores assets, em recursos humanos e em tecnologias<br />
e infraestruturas. E, aqui, a APFM tem aqui um papel importante.<br />
Hoje, o Facility Management (FM)<br />
tem uma orientação “user centered”,<br />
ou seja, focada no utilizador,<br />
que reflete a sua atividade no ciclo<br />
de movimentos diários dos utilizadores<br />
– “user journey”, disse ao<br />
<strong>Público</strong> <strong>Imobiliário</strong> Pedro Ló, presidente<br />
da APFM - Associação Portuguesa<br />
de Facility Management<br />
Por outro lado, o conceito de Facility<br />
Management tem uma missão<br />
de sustentabilidade dos edifícios<br />
através da tecnologia, BMS – Building<br />
Management Systems – com<br />
recurso intensivo da IoT – Internet<br />
of Things, estando os edifícios cada<br />
vez mais monitorados com a utilização<br />
massiva de sensores para a<br />
automação e controlo de sistemas.<br />
“A conceção dos espaços de trabalho<br />
e a forma como as pessoas devem<br />
ser consideradas e estar inseridas<br />
no mesmo é um dos grandes<br />
desafios”, considerou o presidente.<br />
“O nosso paradigma muda dia-para-dia,<br />
com as novas tendências de<br />
comunicação, como o IoT, a Inteligência<br />
artificial e a realidade virtual<br />
e aumentada, sendo que estes<br />
têm um impacto direto nos nossos<br />
ambientes de trabalho e tornarão<br />
os escritórios irreconhecíveis”.<br />
Diz Pedro Ló que o plano físico sofrerá<br />
com o plano virtual, e as experiências<br />
de usabilidade do espaço<br />
físico versus o virtual são em si<br />
um dos maiores desafios. “A tecnologia<br />
é hoje e continuará a ser<br />
no futuro o fator que mais impacta<br />
o trabalho e as formas de trabalhar,<br />
logo, o que mais impacto<br />
exerce sobre este setor de Facility<br />
Management”.<br />
Pedro Ló admite que as empresas<br />
têm que responder aos exigentes<br />
requisitos de mercado, à elevada<br />
competitividade e guerra de preços<br />
versus a luta pelos melhores assets,<br />
em recursos humanos e em tecnologias<br />
e infraestruturas. E, aqui, a<br />
APFM tem aqui um papel importante<br />
“e muito desafiante, de formar,<br />
informar e estar um passo à<br />
frente de todas estas tendências,<br />
algumas delas que são já parte do<br />
nosso presente e não só do nosso<br />
futuro”.<br />
A atuação da Associação tem vindo,<br />
para Pedro Ló, a alinhar-se com<br />
o mercado em resultado do impacto<br />
direto do FM na utilização eficaz<br />
dos espaços e na eficiência da operação<br />
dos edifícios, sendo determinante<br />
na gestão de ativos imobiliários.<br />
“Por esta razão, cada vez mais<br />
o FM está intrinsecamente ligado<br />
ao Real Estate Corporativo, à valorização<br />
dos ativos e à rentabilidade<br />
da sua exploração”.<br />
Esta realidade, assume o presidente,<br />
“tem vindo assim a dirigir<br />
o FM para um papel preponderante<br />
nos resultados operacionais das<br />
empresas, obrigando os C-suites a<br />
compreender os efeitos da gestão<br />
de espaços e instalações na melhor<br />
utilização de recursos, físicos, financeiros<br />
e humanos”.<br />
Não se restringindo a Portugal<br />
– “somos responsáveis por criar<br />
sinergias com outros países, nomeadamente<br />
o Brasil e Angola” –<br />
a APFM conseguiu crescer, “como<br />
novos e mais diversos associados:<br />
Empresas e Profissionais”.<br />
Para 2019, o desafio nos próximos<br />
anos é “sensibilizar todas as áreas<br />
dentro da empresa – Recursos Humanos,<br />
Financeira, Tecnologias de<br />
Informação, Logística – mas também<br />
as áreas de negócio, para a Racionalização<br />
do Espaço e melhoria<br />
da experiência do cliente, com incidência<br />
nos colaboradores da organização”.<br />
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O novo Serviço da ALP aposta numa lógica de projecto chave-na-mão, estando habilitado<br />
a assumir projectos de reabilitação e decoração de um imóvel para colocação da fracção no<br />
mercado de arrendamento a estudantes, bem como a selecção de candidatos, tramitação<br />
legal e submissão dos contratos, acrescentando ainda toda a componente de gestão do<br />
arrendamento (emissão de certificados energéticos, cobrança de rendas, emissão de<br />
recibos, limpezas, e outros serviços complementares), com a experiência e rigor de uma<br />
associação centenária ao serviço dos proprietários imobiliários.<br />
WWW.STUDENTHOUSING.ALP.PT<br />
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ALP - Associação Lisbonense de Proprietários<br />
Carlos Almeida<br />
T: 914 322 999<br />
E: studenthousing@alp.pt<br />
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