Revista ARAN Outubro 2018
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Revista</strong> da Associação Nacional<br />
do Ramo Automóvel<br />
CONTRATO Nº 594655<br />
<strong>ARAN</strong> em eventos<br />
de norte a sul<br />
• Associação reuniu com rebocadores,<br />
discutiu pós-venda no Salão de Braga<br />
e esteve presente no Autoclássico Porto<br />
• Estará agora na Mecânica, em Lisboa,<br />
e no Salão do Automóvel Híbrido<br />
e Elétrico do Porto<br />
Págs. 3, 4, 5, 10 e 11<br />
Esta revista faz parte integrante do Jornal Vida Económica e não pode ser vendida separadamente<br />
Mercado nacional caiu<br />
10,1% em setembro<br />
à “boleia” das homologações<br />
Pág. 6<br />
Paulo Areal, presidente da ANCIA, defende<br />
Inspeções a todos os veículos<br />
motorizados “é imperativo<br />
nacional e comunitário”<br />
Págs. 6, 7 e 8<br />
Na comparação com 2021<br />
Europa quer 35%<br />
de redução<br />
de emissões até 2030<br />
Págs. 10 e 11<br />
Já pode ser<br />
encomendado<br />
Porsche renova<br />
Macan<br />
Pág. 18
outubro <strong>2018</strong> 3<br />
Nelly Valkanova<br />
Secretária-geral<br />
da <strong>ARAN</strong><br />
Ficha técnica:<br />
<strong>Revista</strong> <strong>ARAN</strong> -<br />
Associação Nacional<br />
do Ramo Automóvel<br />
Diretor:<br />
Rui Gonçalves<br />
Redação:<br />
Aquiles Pinto,<br />
Ricardo Ferraz,<br />
Nelly Valkanova,<br />
Bárbara Coutinho,<br />
Tânia Sofia Mota,<br />
Kima Sayberdieva,<br />
Sónia Guerra,<br />
Paulo Spínola,<br />
Rita Leite<br />
Fátima Neto<br />
Arranjo Gráfico<br />
e Paginação:<br />
Célia César,<br />
Flávia Leitão<br />
Mário Almeida<br />
Propriedade,<br />
Edição, Produção<br />
e Administração:<br />
<strong>ARAN</strong> - Associação<br />
Nacional do Ramo<br />
Automóvel, em<br />
colaboração com<br />
o Jornal Vida<br />
Económica<br />
Contactos:<br />
Rua Faria Guimarães,<br />
631 • 4200-191 Porto<br />
Tel. 225 091 053<br />
Fax: 225 090 646<br />
geral@aran.pt<br />
www. aran.pt<br />
Periodicidade mensal<br />
Distribuição gratuita<br />
aos associados da<br />
<strong>ARAN</strong><br />
Editorial<br />
<strong>ARAN</strong> está onde os<br />
associados estiverem<br />
A<br />
<strong>ARAN</strong>, como sempre, está ao<br />
lado dos associados e a atividade<br />
da associação comprova-o.<br />
Foi nesse âmbito que a <strong>ARAN</strong><br />
realizou, no dia 29 de setembro,<br />
mais uma reunião de rebocadores<br />
na Mealhada. Ali foram debatidos<br />
os assuntos que preocupam os empresários<br />
de pronto-socorro e que<br />
exigem urgente resolução. Esta<br />
reunião contou com a presença de<br />
mais de 80 participantes.<br />
Preocupações como os tempos<br />
de condução e repouso, as<br />
autorizações especiais de trânsito,<br />
pesos, questões contratuais com as<br />
seguradoras, o acesso à atividade,<br />
a formação, e, principalmente, a<br />
segurança foram os temas mais<br />
discutidos e os que causaram mais<br />
dúvidas.<br />
A <strong>ARAN</strong> compromete-se a manter<br />
o contacto com estas entidades<br />
e com os grupos parlamentares da<br />
Assembleia da República para que<br />
seja possível resolução dos problemas.<br />
A<br />
<strong>ARAN</strong> irá realizar, de 6 a<br />
8 de novembro, em Fafe,<br />
uma formação profissional<br />
sobreveículos elétricos. A iniciativa<br />
ocorrerá nas instalações da<br />
Reuseval (Urbanização António<br />
Aleixo, 1, nº 190), entre as 19h00 e<br />
as 23h00 dos dias indicados.<br />
Outro exemplo da pró-atividade<br />
e da procura da <strong>ARAN</strong> de<br />
estar perto dos empresários do<br />
setor foi a conferência realizada,<br />
no dia 22 de setembro, em Braga.<br />
Ali foi discutida a atualidade do<br />
pós-venda automóvel, no âmbito<br />
do regressado salão automóvel<br />
daquela cidade. Em destaque na<br />
iniciativa da <strong>ARAN</strong> esteve a apresentação<br />
de uma visão prática<br />
sobre a regularização de sinistros,<br />
assim como um debate com as seguradoras.<br />
A associação irá, naturalmente,<br />
continuar atenta e a acompanhar<br />
a evolução do setor, promovendo<br />
o diálogo e o apoio aos seus associados.<br />
Já este mês, de 5 a 7 de outubro,<br />
no âmbito de uma outra parceria<br />
de longa data, a <strong>ARAN</strong> esteve<br />
na Exponor como parceira do XVI<br />
AutoClássico Porto. Como sempre,<br />
foi muito o público presente. O<br />
Motorshow, que este ano se realizou<br />
no exterior da Exponor, teve a<br />
presença do mítico piloto finlandês<br />
Ari Vatanen.<br />
Mas a <strong>ARAN</strong> não para e está em<br />
grande na oitava edição da MECÂ-<br />
Formação sobre veículos elétricos em Fafe<br />
A<br />
<strong>ARAN</strong> vai realizar, em Aveiro,<br />
uma formação de nível 2 de<br />
ar condicionado em Aveiro.<br />
A formação, com inscrições<br />
abertas até 28 de outubro, dará<br />
uma panorâmica sobre a eletrificação<br />
automóvel e os processos<br />
de manutenção e reparação deste<br />
tipo de viatura.<br />
Mais informações em www.<br />
aran.pt<br />
Formação sobre ar condicionado em Aveiro<br />
NICA, que decorre, novamente, em<br />
Lisboa (FIL) nos dias 26, 27 e 28 de<br />
outubro de <strong>2018</strong>. No âmbito da parceria<br />
com a Exposalão, a <strong>ARAN</strong> marcará<br />
presença mais um ano neste<br />
evento, onde terá um espaço para<br />
receber todos os visitantes do salão.<br />
Como atividades paralelas ao<br />
evento, a <strong>ARAN</strong> realiza duas iniciativas<br />
para os associados: uma em<br />
conjunto com o CEPRA (Centro de<br />
Formação Profissional de Reparação<br />
Automóvel) e um workshop.<br />
Outras presenças importantes<br />
da associação em eventos ligados<br />
ao setor são a EXPOCLÁSSICOS de<br />
Guimarães (27 e 28 de outubro) e o<br />
Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico,<br />
que acontece de 26 a 28 de<br />
outubro, no Edifício da Alfândega<br />
do Porto.<br />
A <strong>ARAN</strong> marcará a sua presença<br />
institucional e irá, além disso, participar<br />
numa das intervenções inseridas<br />
no ciclo de seminários do<br />
SAHE <strong>2018</strong>. O tema a apresentar<br />
será “Híbridos e Elétricos – a realidade<br />
e o futuro de utilização” e o<br />
orador será Pinho da Costa, administrador<br />
da Soc. Com. C. Santos e<br />
vice-presidente da <strong>ARAN</strong>.<br />
Ocorrerá de 27 a 30 de novembro.<br />
Com a duração de 14 horas, a<br />
Formação Profissional de Atestação<br />
de Técnicos para Intervenções<br />
em Sistemas de Ar Condicionado<br />
Instalados em Veículos a Motor<br />
– Nível 2 será pós-laboral (19h00<br />
às 23h00). A formação será ministrada<br />
nas instalações da Graçamotor<br />
(Zona Industrial Mota - Rua<br />
número 5, 3830-527 Gafanha da<br />
Encarnação). A data limite para a<br />
inscrição é 19 de novembro.<br />
Mais informações em www.<br />
aran.pt
4 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 5<br />
<strong>ARAN</strong> levou discussão do pós-venda automóvel ao Fórum Braga<br />
<strong>ARAN</strong> reuniu profissionais do pronto-socorro<br />
Aquiles Pinto<br />
aquilespinto<br />
@vidaeconomica.pt<br />
O evento decorreu no<br />
âmbito do regressado<br />
salão automóvel de<br />
Braga.<br />
A<br />
<strong>ARAN</strong> levou, no dia 22 de<br />
setembro, a atualidade do<br />
pós-venda automóvel à discussão<br />
em Braga, no âmbito do regressado<br />
salão automóvel daquela<br />
cidade. Em destaque na iniciativa<br />
da <strong>ARAN</strong> esteve a apresentação de<br />
uma visão prática sobre a regularização<br />
de sinistros, assim como um<br />
debate com as seguradoras.<br />
A sessão de abertura da conferência<br />
contou com a presença<br />
de Firmino Marques, vice-presidente<br />
da Câmara Municipal de<br />
Braga, a deputada Palmira Maciel,<br />
em representação do presidente<br />
do grupo parlamentar do Partido<br />
Socialista, José Carlos Coutinho,<br />
diretor-geral da InvestBraga, Rui<br />
Gonçalves, presidente da <strong>ARAN</strong>,<br />
Gualter Mota Santos, presidente<br />
da assembleia geral da <strong>ARAN</strong>, e<br />
Afonso Ferreira, membro da assembleia<br />
geral da <strong>ARAN</strong>.<br />
Estiveram ainda presentes na<br />
conferência três representantes<br />
da Câmara Nacional dos Peritos<br />
Reguladores: Rui de Almeida (presidente<br />
do conselho diretivo), Manuel<br />
da Silva Castro (presidente do<br />
colégio automóvel) e Alberto Osório<br />
(vice-presidente da comissão<br />
de formação).<br />
Bruno Pires Peres, Account<br />
Manager da GT Motive, iniciou<br />
o primeiro painel, fazendo uma<br />
abordagem global à nova realidade<br />
dos veículos conectados.<br />
De acordo com a <strong>ARAN</strong>, este é um<br />
“assunto da atualidade e que exige<br />
preparação e adaptação das empresas,<br />
para que consigam acompanhar<br />
as evoluções do setor”.<br />
No segundo painel, em que<br />
foram debatidas as diferentes<br />
perspetivas sobre a regularização<br />
de sinistros, estiveram presentes<br />
Bruno Militão Ferreira (direção<br />
gestão prestadores da Fidelidade)<br />
e Luís Gouveia (responsável de<br />
prestadores do grupo AGEAS<br />
Portugal) dos empresários e associados<br />
da <strong>ARAN</strong>, Afonso Ferreira<br />
(Auto Sete Fontes – Reparação<br />
Auto Lda) e João Carlos Oliveira<br />
(João Carlos & Oliveira Lda).<br />
Estiveram na mesa temas<br />
como o funcionamento dos “call<br />
centres” das seguradoras, o encaminhamento<br />
dos lesados para a<br />
rede de oficinas recomendadas<br />
pelas seguradoras, a colocação,<br />
nas reparações, de peças de origem<br />
vs. peças de qualidade equivalente.<br />
Gualter Mota Santos,<br />
presidente da assembleia geral da<br />
<strong>ARAN</strong> e administrador do grupo Filinto<br />
Mota, foi o moderador deste<br />
debate, que teve como objetivo<br />
apresentar casos práticos, diferentes<br />
pontos de vista e tentar encontrar<br />
soluções para o bem do setor<br />
automóvel e da sociedade.<br />
A <strong>ARAN</strong> garante que “irá continuar<br />
atenta e a acompanhar a<br />
evolução do setor, promovendo<br />
o diálogo e o apoio aos seus associados”.<br />
Salão Auto de Braga volta<br />
em setembro de 2019<br />
O Salão Auto de Braga já tem<br />
datas para 2019. Vai acontecer<br />
entre os dias 20 e 22 de setembro<br />
e trará novidades. A quarta edição,<br />
realizada no fim de setembro e<br />
que “terminou com sucesso”, de<br />
acordo com a organização, foi a<br />
primeira no novo Altice Fórum<br />
Braga, recentemente inaugurado.<br />
O Salão Auto de Braga é um dos<br />
principais eventos nacionais dedicados<br />
ao mundo automóvel.<br />
O Salão Auto de Braga fez a<br />
sua estreia no Altice Fórum Braga,<br />
inaugurando uma nova filosofia<br />
de salão e ocupando a totalidade<br />
do pavilhão e a zona exterior, num<br />
total de dez mil m2 de exposição.<br />
Para além das novidades relacionadas<br />
com as principais marcas,<br />
o evento permitiu aos milhares de<br />
visitantes acompanhar e partici-<br />
par num conjunto de atividades<br />
diversas, desde os “test drives” de<br />
viaturas elétricas aos simuladores<br />
automóveis.<br />
Destaque ainda para a maior<br />
representação de sempre do setor<br />
da mecânica auto (com 32 stands<br />
de empresas de referência), uma<br />
exposição de viaturas de competição<br />
e de clássicos, uma prova de<br />
slot cars de TT e uma conferência<br />
sobre a temática “Setor Automóvel<br />
– A atualidade do pós-venda”,<br />
organizada em conjunto com a<br />
Associação Nacional do Ramo Automóvel.<br />
Novidades à vista<br />
A edição de 2019 já tem data<br />
marcada, de 20 a 22 de setembro,<br />
e vai trazer algumas novidades,<br />
entre as quais a autonomização da<br />
vertente da mobilidade elétrica,<br />
com enfoque não só nas viaturas<br />
mas também nos equipamentos<br />
e serviços, o incremento das atividades<br />
paralelas, com seminários<br />
promovidos pelos parceiros e expositores,<br />
e o reforço do número<br />
de marcas presentes.<br />
A edição de <strong>2018</strong> teve lugar<br />
após um interregno de dois anos,<br />
motivado pelas obras de requalificação<br />
que transformaram o antigo<br />
Parque de Exposições de Braga<br />
no Altice Fórum Braga, um novo<br />
espaço de excelência no Norte do<br />
país para a realização de todo o<br />
tipo de feiras, espetáculos e eventos.<br />
Dotado da segunda maior sala<br />
de espetáculos do país e do maior<br />
auditório da região Norte, é um<br />
equipamento de última geração<br />
e equipado com tecnologia de<br />
ponta, inaugurado oficialmente<br />
pelo Presidente da República no<br />
dia 11 de setembro, num dia que<br />
culminou com um concerto da<br />
conceituada banda norte-americana<br />
“Thirty Seconds To Mars”, que<br />
juntou mais de dez mil pessoas.<br />
Depois de um investimento de<br />
nove milhões de euros, o Altice<br />
Fórum tem como objetivo posicionar<br />
Braga como uma referência no<br />
Turismo de Negócios e na realização<br />
de grandes eventos em Portugal<br />
e na Galiza.<br />
Estiveram presentes<br />
mais de 80 pessoas.<br />
A<br />
<strong>ARAN</strong> realizou mais uma<br />
reunião de rebocadores na<br />
Mealhada. O objetivo foi debater<br />
os assuntos que preocupam<br />
os empresários de pronto-socorro e<br />
que exigem urgente resolução. Esta<br />
reunião contou com a presença de<br />
mais de 80 participantes.<br />
Questões como os tempos de<br />
condução e repouso, as autorizações<br />
especiais de trânsito, pesos,<br />
questões contratuais com as seguradoras,<br />
o acesso à atividade,<br />
a formação, e, principalmente, a<br />
segurança foram os temas mais<br />
discutidos e os que causaram mais<br />
dúvidas.<br />
A <strong>ARAN</strong> compromete-se a<br />
manter o contacto com estas entidades<br />
e com os grupos parlamentares<br />
da Assembleia da República<br />
para que seja possível a resolução<br />
dos problemas, a melhoria das condições<br />
de trabalho e da forma como<br />
o serviço de pronto-socorro é visto<br />
pelas entidades reguladoras e por<br />
todos os utilizadores, um serviço de<br />
utilidade pública, de primeira intervenção<br />
e auxílio na estrada.<br />
Em breve, a <strong>ARAN</strong> divulgará informação<br />
sobre a continuidade dos<br />
temas abordados e resultados das<br />
reuniões que irão ser agendadas.<br />
Largas dezenas<br />
de participantes<br />
Na sessão de abertura, a secretária-geral<br />
da <strong>ARAN</strong>, Neli Valkanova,<br />
informou sobre as reuniões<br />
realizadas com a Comissão dos Assuntos<br />
Económicos da Assembleia<br />
da Republica, com o presidente<br />
do Instituto da Mobilidade e dos<br />
Transportes (IMT), com o secretário<br />
de Estado de Proteção Civil e o com<br />
secretário de Estado dos Assuntos<br />
Fiscais, com intuito de apresentar<br />
mais uma vez os assuntos pertinentes<br />
para o setor.<br />
Em representação da Autoridade<br />
para as Condições de Trabalho<br />
(ACT), estiveram na reunião<br />
Manuel Roxo, da direção de serviços<br />
de apoio à atividade inspetiva,<br />
e Isabel Vieira, subdiretora da Unidade<br />
Local de Penafiel. Em representação<br />
do IMT, esteve Manuel<br />
Góis, diretor regional do Centro, e o<br />
CEPRA foi representado por Marco<br />
Araújo, responsável da delegação<br />
Norte. Os moderadores do debate<br />
foram Jorge Jacob, presidente da<br />
Autoridade Nacional de Segurança<br />
Rodoviária, e Tânia Sofia Mota, advogada<br />
da <strong>ARAN</strong>.<br />
A reunião contou ainda com a<br />
presença da deputada da Assembleia<br />
da República Diana Ferreira,<br />
que mencionou mais uma vez a<br />
Resolução da Assembleia da República<br />
sobre classificação do serviço<br />
de pronto-socorro como prioritário<br />
e urgente e tomou nota das propostas<br />
que foram sugeridas no decorrer<br />
da reunião, com a promessa de que<br />
irão ser colocadas na Assembleia da<br />
República para discussão.
6 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 7<br />
Mercado nacional caiu 10,1% em setembro<br />
Aquiles Pinto<br />
aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />
O<br />
mercado português de automóveis<br />
ligeiros (veículos<br />
de passageiros e comerciais)<br />
caiu 10,9% em setembro<br />
em relação a igual mês de 2017,<br />
para 15 919 unidades. A descida<br />
em setembro tem com principal<br />
explicação uma normalização da<br />
procura, após um cenário de antecipações<br />
de decisões de compra<br />
ocorrido em agosto. Nesse mês, o<br />
crescimento superior à média em<br />
virtude do aumento que se chegou<br />
a temer que pudesse haver<br />
no PVP dos veículos com a entrada<br />
em vigor da homologação WLTP<br />
em substituição da NEDC. O Governo,<br />
recorde-se, adiou, no início<br />
de agosto, a mudança para janeiro<br />
próximo, mas o mercado reagiu,<br />
ainda assim. Também a indisponibilidade,<br />
na origem – ou seja, nas<br />
fábricas – em termos de modelos<br />
homologados nos outros países<br />
(na generalidade dos mercados<br />
a WLTP vigora desde setembro)<br />
poderá ter contribuído para este<br />
cenário.<br />
No acumulado de janeiro a setembro,<br />
a subida do mercado em<br />
relação ao período homólogo do<br />
ano passado foi de 6,1%. Foram<br />
matriculados 210 924 veículos ligeiros<br />
nos nove primeiros meses<br />
de <strong>2018</strong>.<br />
Por marcas, e também no acumulado<br />
do ano, a líder Renault<br />
manteve a posição de liderança,<br />
com a Peugeot e Fiat a manterem-se<br />
nos restantes lugares do<br />
“pódio”. Entre os construtores do<br />
“top” dez, os maiores crescimentos<br />
couberam, de novo, a Fiat, Citroën<br />
e Nissan. Em sentido contrário,<br />
Volkswagen continuou a ser, entre<br />
as dez marcas mais vendidas, a que<br />
registou uma perda mais acentuada<br />
em relação de 2017.<br />
Ligeiros de passageiros<br />
também sobem<br />
Por segmentos, em setembro<br />
foram vendidos em Portugal 12<br />
771 automóveis ligeiros de passageiros,<br />
ou seja, menos 14% do que<br />
no mês homólogo do ano anterior.<br />
Nos nove primeiros meses de<br />
<strong>2018</strong>, as vendas de veículos ligeiros<br />
de passageiros totalizaram 182<br />
677 unidades, o que se traduziu<br />
numa variação positiva de 6,5%<br />
relativamente a período homólogo<br />
de 2017.<br />
Quanto aos comerciais ligeiros,<br />
no mês passado venderam-<br />
-se no nosso país 3148 unidades,<br />
uma subida de 4,8% em relação<br />
ao mesmo mês de 2017. As vendas<br />
acumuladas do ano foram de 28<br />
247 veículos, o que representou<br />
um acréscimo de 3,9% em relação<br />
Quebra mensal<br />
setembro<br />
janeiro a setembro<br />
<strong>2018</strong> 2017 %Var <strong>2018</strong> 2017 %Var<br />
Lig. Passageiros 12.771 14.857 -14,0% 182.677 171.552 6,5%<br />
Lig. Mercadorias 3.148 3.005 4,8% 28.247 27.183 3,9%<br />
Total de Ligeiros 15.919 17.862 -10,9% 210.924 198.735 6,1%<br />
Total Pesados 615 524 17,4% 4.017 4.010 0,2%<br />
Pes. Mercadorias 570 505 12,9% 3.689 3.717 -0,8%<br />
Pes. Passageiros 45 19 136,8% 328 293 11,9%<br />
Total do Mercado 16.534 18.386 -10,1% 214.941 202.745 6,0%<br />
Fonte: ACAP – Associação Automóvel de Portugal<br />
Sem surpresa, a<br />
Renault (na foto o<br />
Kadjar) continua líder.<br />
Volkswagen continua em queda no “top” dez<br />
ao período homólogo do exercício<br />
anterior.<br />
Quanto aos veículos pesados<br />
de passageiros e de mercadorias,<br />
verificou-se em setembro uma subida<br />
de 17,4% em relação ao mês<br />
homólogo do ano anterior, tendo<br />
sido comercializados 615 veículos<br />
desta categoria. Nos primeiros<br />
nove meses do ano, aas vendas<br />
situaram-se nas 4017 unidades,<br />
menos 0,2,% face ao mesmo período<br />
do ano passado.<br />
TOTAL DE VEÍCULOS LIGEIROS * (Valores Provisórios)<br />
setembro<br />
janeiro a setembro<br />
Unidades % % no Mercado Unidades % % no Mercado<br />
<strong>2018</strong> 2017 Var. <strong>2018</strong> 2017 <strong>2018</strong> 2017 Var. <strong>2018</strong> 2017<br />
Renault 1.434 2.127 -32,6 9,09 11,91 31.873 28.657 11,2 15,12 14,42<br />
Peugeot 2.095 1.990 5,3 13,28 11,14 22.833 20.723 10,2 10,83 10,43<br />
Fiat 926 862 7,4 5,81 4,83 14.820 12.446 19,1 7,03 6,26<br />
Citroën 1.248 1.202 3,8 7,91 6,73 14.704 12.545 17,2 6,98 6,31<br />
Mercedes-Benz 1.360 1.461 -6,9 8,10 8,18 13.679 14.234 -3,9 6,45 7,16<br />
Opel 840 911 -7,8 5,32 5,10 12.001 11.569 3,7 5,69 5,82<br />
Nissan 797 863 -7,6 5,05 4,83 11.653 10.250 13,7 5,53 5,16<br />
Volkswagen 704 1.227 -42,6 4,46 6,87 11.126 14.097 -21,1 5,28 7,09<br />
BMW 1.068 1.069 -0,1 6,77 5,98 10.761 11.274 -4,6 5,11 5,67<br />
Ford 773 960 -19,5 5,07 5,37 9.536 9.066 5,2 4,54 4,56<br />
Toyota 841 810 3,8 5,03 4,53 9.187 7.811 17,6 4,34 3,93<br />
Seat 532 470 13,2 3,37 2,63 7.905 6.390 23,7 3,75 3,22<br />
Dacia 297 423 -29,8 1,88 2,37 5.127 5.030 1,9 2,43 2,53<br />
Kia 340 481 -29,3 2,15 2,69 4.699 4.355 7,9 2,23 2,19<br />
Audi 263 709 -62,9 1,60 3,97 4.236 6.903 -38,6 2,00 3,47<br />
Hyundai 359 234 53,4 2,18 1,31 3.828 2.864 33,7 1,81 1,44<br />
Volvo 368 273 34,8 2,33 1,53 3.570 3.356 6,4 1,69 1,69<br />
Mitsubishi 265 222 19,4 1,68 1,24 2.893 2.327 24,3 1,37 1,17<br />
Smart 197 225 -12,4 1,25 1,26 2.420 2.421 0,0 1,15 1,22<br />
MINI 237 227 4,4 1,50 1,27 2.258 2.151 5,0 1,07 1,08<br />
Mazda 187 177 5,6 1,19 0,99 1.906 2.157 -11,6 0,90 1,09<br />
Honda 150 179 -16,2 0,95 1,00 1.467 1.135 29,3 0,70 0,57<br />
Skoda 90 185 -51,4 0,57 1,04 1.347 1.744 -22,8 0,64 0,88<br />
Jeep 76 57 33,3 0,48 0,32 1.207 100 1107,0 0,57 0,05<br />
Iveco 95 84 13,1 0,60 0,47 1.010 853 18,4 0,48 0,43<br />
Alfa Romeo 46 47 -2,1 0,29 0,26 989 701 41,1 0,47 0,35<br />
Jaguar 58 43 34,9 0,37 0,24 681 558 22,0 0,32 0,28<br />
Land Rover 54 100 -46,0 0,34 0,56 596 851 -30,0 0,28 0,43<br />
DS 27 33 -18,2 0,17 0,18 590 473 24,7 0,28 0,24<br />
Isuzu 48 40 20,0 0,30 0,22 524 317 65,3 0,25 0,16<br />
FUSO 52 54 -3,7 0,33 0,30 454 469 -3,2 0,22 0,24<br />
Lexus 50 36 38,9 0,30 0,20 434 328 32,3 0,20 0,17<br />
Suzuki 26 52 -50,0 0,16 0,29 270 320 -15,6 0,13 0,16<br />
Porsche 1 23 -95,7 0,01 0,13 203 172 18,0 0,10 0,09<br />
MAN 8 0 --- 0,05 0,00 50 0 --- 0,02 0,00<br />
Maserati 3 3 0,0 0,02 0,02 34 47 -27,7 0,02 0,02<br />
Ferrari 1 0 --- 0,01 0,00 19 16 18,8 0,01 0,01<br />
Bentley 0 0 --- 0,00 0,00 13 6 116,7 0,01 0,00<br />
Alpine 0 0 --- 0,00 0,00 10 0 --- 0,00 0,00<br />
Aston Martin 3 1 200,0 0,02 0,01 6 11 -45,5 0,00 0,01<br />
Lamborghini 0 1 -100,0 0,00 0,01 5 2 150,0 0,00 0,00<br />
Piaggio 0 1 -100,0 0,00 0,01 0 4 -100,0 0,00 0,00<br />
Lancia 0 0 --- 0,00 0,00 0 2 -100,0 0,00 0,00<br />
Total 15.919 17.862 -10,9 100,00 100,00 210.924 198.735 6,1 100,00 100,00<br />
Fonte: ACAP - Associação Automóvel de Portugal<br />
PAULO AREAL, PRESIDENTE DA ANCIA, DEFENDE<br />
Inspeções a todos os veículos motorizados “<br />
é imperativo nacional e comunitário”<br />
A Associação Nacional de<br />
Centros de Inspeção Automóvel<br />
(ANCIA) defende o alargamento<br />
das inspeções periódicas<br />
obrigatórias a todos os veículos<br />
motorizados que circulem<br />
na via pública, como forma<br />
de diminuir a sinistralidade<br />
rodoviária e controlar as<br />
emissões de gases poluentes<br />
para a atmosfera. “A imposição<br />
de determinados requisitos<br />
técnicos a todos os veículos<br />
a motor que circulam na via<br />
pública e a verificação do seu<br />
cumprimento é um imperativo<br />
nacional e comunitário, que<br />
tem por objetivo a salvaguarda<br />
da segurança rodoviária e a<br />
promoção da sustentabilidade<br />
ambiental. Um veículo com<br />
inspeção é, decididamente,<br />
um veículo mais seguro e<br />
mais ecológico”, defende, em<br />
entrevista à “Vida Económica”,<br />
o presidente da ANCIA, Paulo<br />
Areal.<br />
Aquiles Pinto<br />
aquilespinto@vidaeconomica.pt<br />
Vida Económica – Quais os principais<br />
desafios para os centros de inspeção automóvel<br />
em Portugal?<br />
Paulo Areal – O setor depara-se<br />
atualmente com enormes desafios<br />
relacionados com a abertura dos<br />
novos centros de inspeção, a elevada<br />
comparticipação financeira<br />
para o IMT IP, cujo valor coloca<br />
em causa a sua sustentabilidade,<br />
assim como os elevados investimentos<br />
efetuados para o cumprimento<br />
da Portaria n.º 221/2012,<br />
designadamente na implementação<br />
de novas metodologias de<br />
inspeção ao nível da verificação<br />
das luzes, simulação de carga a<br />
pesados e registo fotográfico dos<br />
veículos na inspeção, assim como<br />
a obrigatoriedade na construção e<br />
apetrechamento de áreas específicas<br />
para inspeção aos motociclos,<br />
triciclos e quadriciclos. Apesar<br />
das exigências que foram impostas<br />
ao setor, os Centros de Inspeção<br />
reafirmam ter como objetivo<br />
principal manter o elevado rigor<br />
e qualidade no controlo técnico<br />
dos veículos, acompanhar a sua<br />
crescente evolução tecnológica,<br />
reforçar o seu contributo na diminuição<br />
da sinistralidade rodoviária<br />
e melhoria da qualidade ambiental,<br />
e verificação da conformidade<br />
dos veículos.<br />
VE – No âmbito do Dia Europeu sem<br />
uma Morte na Estrada, assinalado pela<br />
ANCIA, em parceria com a GNR, no dia 19<br />
de setembro, defenderam o alargamento<br />
das inspeções a todos veículos motorizados.<br />
Porquê?<br />
PA – O sistema de inspeção técnica<br />
de veículos em Portugal tem<br />
dado um elevado contributo para<br />
a diminuição da sinistralidade<br />
rodoviária no nosso país. Contudo,<br />
pode e deve ser melhorado<br />
através da extensão da obrigação<br />
de inspeção a todos os veículos a<br />
motor que circulam na via pública.<br />
Por outro lado, atendendo às notícias<br />
sobre práticas que atentam<br />
contra os valores ambientais, deveria<br />
avançar-se com a implementação<br />
de um ensaio extraordinário<br />
intercalar para controlo das emissões<br />
poluentes. A imposição de<br />
determinados requisitos técnicos<br />
a todos os veículos a motor que<br />
circulam na via pública e a verificação<br />
do seu cumprimento é um<br />
imperativo nacional e comunitário,<br />
que tem por objetivo a salvaguarda<br />
da segurança rodoviária e<br />
a promoção da sustentabilidade<br />
ambiental. Um veículo com inspeção<br />
é, decididamente, um veículo<br />
mais seguro e mais ecológico.<br />
VE – No caso dos tratores agrícolas, o<br />
aumento da sinistralidade que referem<br />
(358 mortes em Portugal entre 2013 e<br />
2017, das quais 61 no ano passado), foram<br />
preponderantes problemas nos veículos<br />
detetáveis em inspeções periódicas?<br />
PA – A sinistralidade associada<br />
aos tratores agrícolas tem constituído<br />
um fator de preocupação e a<br />
ANCIA defende a implementação<br />
da inspeção técnica obrigatória a<br />
esta categoria de veículos, tendo<br />
em 2015 elaborado um manual<br />
de procedimentos de inspeção,<br />
documento este que foi entregue<br />
à ANSR e ao IMT IP. De acordo com<br />
o relatório elaborado pelo Grupo<br />
de Trabalho constituído pela Autoridade<br />
Nacional de Segurança<br />
Rodoviária, Autoridade para as<br />
O presidente da<br />
ANCIA, Paulo Areal,<br />
salienta os ganhos em<br />
termos de segurança e<br />
de ambiente.<br />
“Esta categoria de veículos [tratores]<br />
já se encontra sujeita a controlo<br />
técnico na nossa vizinha Espanha, e<br />
nos Açores desde 2004 que também<br />
são sujeitos a inspeção periódica”
8 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 9<br />
Condições do Trabalho, Instituto<br />
da Mobilidade e dos Transportes,<br />
a GNR e a Direcção-Geral de Agricultura<br />
de Desenvolvimento Rural,<br />
“A segurança rodoviária é uma<br />
responsabilidade de todos, pelo que<br />
as associações, em função do setor<br />
que representam, devem trabalhar<br />
em conjunto em iniciativas que<br />
promovam a segurança nas nossas<br />
estradas”<br />
foram identificados os principais<br />
fatores de risco para os utilizadores<br />
destes veículos, designadamente,<br />
a inexistência do uso do<br />
arco de proteção ou cabina de<br />
proteção, um parque automóvel<br />
envelhecido e sem os necessários<br />
equipamentos de segurança e<br />
uma manutenção pouco regular<br />
e descuidada. O controlo técnico<br />
desta categoria de veículos pelos<br />
centros de inspeção iria, seguramente,<br />
contribuir para a redução<br />
da sinistralidade, na medida em<br />
que, numa inspeção técnica, são<br />
verificadas as condições de funcionamento<br />
e de segurança de todo<br />
o equipamento e das condições<br />
de segurança destes veículos, de<br />
acordo com as suas características<br />
originais homologadas ou as<br />
resultantes de transformação autorizada.<br />
É bom lembrar que esta<br />
categoria de veículos já se encontra<br />
sujeita a controlo técnico na<br />
nossa vizinha Espanha, e nos Açores<br />
desde 2004 que também são<br />
sujeitos a inspeção periódica.<br />
VE – Há alguns anos que se fala nas<br />
inspeções periódicas obrigatórias a motociclos.<br />
O que atrasa a implementação<br />
de legislação?<br />
PA – A inspeção técnica obrigatória<br />
aos motociclos foi, pela<br />
primeira vez, anunciada no Plano<br />
Nacional de Prevenção Rodoviária<br />
de 2003, onde se estabeleceu a<br />
necessidade de alargar as inspeções<br />
técnicas obrigatórias a estes<br />
veículos, assim como, posteriormente,<br />
na Estratégia Nacional de<br />
Segurança Rodoviária (2008-2015),<br />
designadamente, no Ponto 21 relativo<br />
à extensão das inspeções<br />
aos veículos de duas e três rodas<br />
com o objetivo de garantir uma<br />
maior segurança na sua circulação.<br />
A extensão da obrigatoriedade de<br />
inspeção a estes veículos veio a ser<br />
operacionalizada através da publicação<br />
do Decreto-Lei n.º 144/2012,<br />
de 11 de julho, que alargou o universo<br />
de veículos a sujeitar a inspeção<br />
aos motociclos, triciclos e<br />
quadriciclos com cilindrada superior<br />
a 250 cc. Neste enquadramento,<br />
foi publicada a Portaria n.º<br />
221/2012, de 20 de julho, que estabeleceu<br />
novos requisitos técnicos<br />
a que devem obedecer os centros<br />
de inspeção, facto este que obrigou<br />
as entidades a implementar<br />
áreas específicas para inspeção<br />
aos motociclos, triciclos e quadriciclos,<br />
assim como na aquisição<br />
de novos equipamentos e, consequentemente,<br />
a pesados investimentos.<br />
Em 31 de dezembro de<br />
2013 foi publicada a Portaria n.º<br />
378-A/2013, que introduziu a correspondente<br />
tarifa pela prestação<br />
deste serviço (no valor atual de<br />
12,74 euros), encontrando-se a generalidade<br />
dos centros de inspeção,<br />
nos termos da legislação em<br />
vigor, preparados para inspecionar<br />
estes veículos. Considerando<br />
que o Decreto-Lei n.º 144/2012,<br />
de 11 de julho, com as sucessivas<br />
alterações, estabelece que a obrigatoriedade<br />
do controlo técnico<br />
destes veículos só produz efeitos<br />
a partir da publicação de portaria<br />
do membro do Governo responsável<br />
pela área dos transportes,<br />
aguarda-se a sua publicação, assim<br />
como da regulamentação necessária,<br />
designadamente, a classificação<br />
das respetivas deficiências.<br />
VE – Como analista as críticas dos<br />
motociclistas a essa eventual obrigatoriedade?<br />
PA – É inegável que um motociclo<br />
sujeito a inspeção periódica<br />
é um veículo mais seguro e com<br />
menor risco de participar em<br />
acidentes, na medida em que o<br />
controlo técnico efetuado pelos<br />
centros de inspeção verifica, com<br />
regularidade, a manutenção das<br />
boas condições de funcionamento<br />
e de segurança de todo o equipamento<br />
e das suas condições de<br />
segurança. De referir, ainda, que<br />
estamos perante uma categoria de<br />
veículos sujeita a uma tarifa da inspeção<br />
de 12,74 euros e com uma<br />
periodicidade idêntica aos automóveis<br />
ligeiros de passageiros,<br />
pelo que, seguramente, não será<br />
pela receita derivada do reduzido<br />
valor da prestação deste serviço,<br />
num contexto em que 15% deste<br />
valor reverte para o IMT IP.<br />
VE – Que benefícios traria essa obrigatoriedade?<br />
PA – A inspeção técnica a estes<br />
veículos traduz-se, naturalmente,<br />
numa maior segurança na sua circulação,<br />
particularmente importante<br />
num momento em que se<br />
verifica um aumento da utilização<br />
dos veículos de duas rodas, e um<br />
aumento preocupante da sinistralidade<br />
associada a esta categoria<br />
de veículos. Importa referir que<br />
estamos perante um grupo de<br />
utentes da estrada com o mais elevado<br />
risco de segurança, pelo que<br />
a inspeção técnica destes veículos,<br />
ao detetar, atempadamente, as<br />
deficiências que afetem a sua aptidão<br />
para circular com segurança,<br />
assume elevada importância, quer<br />
na diminuição da sinistralidade<br />
rodoviária, quer do ponto de vista<br />
ambiental, contribuindo, em larga<br />
medida, para reduzir as emissões<br />
poluentes, de gases e de ruído, devendo<br />
esta medida ser estendida a<br />
todos os veículos a motor de duas<br />
e três rodas.<br />
“Com a abertura de novos centros de<br />
inspeção muito para além daquilo de<br />
que o utente necessita chegamos ao<br />
ponto em que a oferta deste serviço<br />
é largamente superior à procura”.<br />
VE – O número de centros de inspeção<br />
em Portugal é satisfatório?<br />
PA – O número de centros de<br />
inspeção atualmente existente<br />
em Portugal é demasiadamente<br />
elevado e constitui um potencial<br />
risco para a qualidade do serviço<br />
prestado. A procura deste serviço<br />
não é elástica, porque o número<br />
de veículos a inspecionar é, sensivelmente,<br />
o mesmo. O problema<br />
pode ser sério, como o próprio<br />
Estado o reconhece no diploma<br />
relativo ao regime jurídico desta<br />
atividade que vigorou até 2011<br />
(DL 550/99), e em cujo preâmbulo<br />
se refere que “…o elevado número<br />
de empresas a exercer esta atividade<br />
evidenciou algumas dificuldades<br />
de controlo do sistema,<br />
apesar de se ter assegurado, nos<br />
últimos anos, a sua estabilização,<br />
tendo sido certificados todos os<br />
centros”. Esta estabilização foi colocada<br />
em causa com a abertura<br />
de novos centros de inspeção<br />
muito para além daquilo de que<br />
o utente necessita deste setor de<br />
atividade e com o aumento da<br />
contrapartida financeira para o<br />
IMT, IP. Acresce a tudo isto, que já<br />
é muito, a situação dos elevados<br />
investimentos impostos aos centros<br />
de inspeção com a Portaria<br />
nº 221/2012, e sem dúvida que<br />
ficam em causa a sustentabilidade<br />
e solvabilidade das empresas que<br />
exercem esta atividade, pressuposto<br />
essencial para garantir a<br />
qualidade e rigor na prestação<br />
deste serviço.<br />
VE – O alargamento a todos os veículos<br />
motorizados ou, pelo menos, aos<br />
motociclos representaria mais procura.<br />
Os centros de inspeção têm capacidade<br />
de resposta?<br />
PA – Os centros de inspeção<br />
têm plena capacidade para dar<br />
resposta ao alargamento da inspeção<br />
técnica a todos os veículos<br />
a motor e seus reboques.<br />
Devo dizer que, até à publicação<br />
do atual regime jurídico, as<br />
entidades autorizadas a exercer<br />
esta atividade adequaram-se à<br />
procura deste serviço e, em consequência,<br />
efetuaram avultados<br />
investimentos e aumentaram a<br />
sua capacidade. Ou seja, as entidades<br />
tiveram que se adaptar às<br />
necessidades desta atividade, apetrecharam-se,<br />
contrataram mais<br />
inspetores, instalaram novas linhas<br />
de inspeção e adquiriram mais<br />
equipamentos. Com a abertura de<br />
novos centros de inspeção muito<br />
para além daquilo de que o utente<br />
necessita, chegamos ao ponto em<br />
que a oferta deste serviço é largamente<br />
superior à procura.<br />
VE – De que forma é que os centros de<br />
inspeção e as oficinas automóveis podem<br />
ser parceiros na promoção do bom estado<br />
do parque automóvel circulante?<br />
PA – Temos uma visão integradora<br />
do setor automóvel, acreditamos<br />
que cada atividade tem a<br />
sua lógica técnica e a sua utilidade<br />
social. A atividade desenvolvida<br />
pelos centros de inspeção enquadra-se<br />
no exercício do poder<br />
público que lhes foi delegado<br />
pelo Estado, certificando que um<br />
veículo está apto a circular na via<br />
pública e que cumpre as características<br />
exigidas e obrigatórias em<br />
termos ambientais e de segurança.<br />
VE – No evento promovido pela<br />
ANCIA a 19 de setembro, no Dia Europeu<br />
sem uma Morte na Estrada, as empresas<br />
de pronto-socorro, que ultimamente<br />
têm tido acidentes e mortos na estrada,<br />
estiveram em destaque. Preocupa-o essa<br />
situação?<br />
PA – Preocupam-me todas as<br />
situações que, em resultado de<br />
acidentes rodoviários, envolvam<br />
mortos ou feridos na estrada. A<br />
ANCIA, a GNR e a Associação Estrada<br />
Mais Segura promovem<br />
este evento desde 2016 com o<br />
objetivo encorajar todos os utentes<br />
da estrada a refletir sobre o<br />
seu comportamento, assim como<br />
promover a sensibilização para os<br />
riscos da condução e contribuir<br />
para a redução da sinistralidade<br />
rodoviária.<br />
VE – De que forma é que <strong>ARAN</strong> e<br />
ANCIA podem, em conjunto, trabalhar<br />
pela segurança rodoviária em Portugal?<br />
PA – A segurança rodoviária é<br />
uma responsabilidade de todos,<br />
pelo que as associações, em função<br />
do setor que representam,<br />
devem trabalhar em conjunto<br />
em iniciativas que promovam a<br />
segurança nas nossas estradas. O<br />
objetivo consensual é o de gerar<br />
na comunidade uma cultura de<br />
segurança rodoviária, sensibilizando<br />
sobretudo os mais jovens<br />
para uma utilização atenta e responsável<br />
dos veículos a motor.<br />
Neste contexto, assume particular<br />
relevância a necessidade de efetuar<br />
uma manutenção regular e<br />
de cumprir a obrigação legal de<br />
controlo técnico nos centros de<br />
inspeção dentro das periodicidades<br />
previstas na lei.
10 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 11<br />
Clássicos “invadem”<br />
Guimarães<br />
Trata-se da 11ª edição do evento.<br />
A<br />
EXPOCLÁSSICOS – Salão de<br />
Automóveis e Motos Antigos<br />
de Guimarães regressa<br />
ao Multiusos de Guimarães nos dias<br />
27 e 28 de outubro. Trata-se da 11ª<br />
edição do evento.<br />
No âmbito da parceria que já<br />
dura há vários anos, a <strong>ARAN</strong> estará<br />
presente institucionalmente, uma<br />
vez mais, neste evento.<br />
A EXPOCLÁSSICOS diferencia-<br />
-se de todas as outras exposições<br />
do género, uma vez que atribui um<br />
tema a cada edição que organiza,<br />
sendo que este ano a exposição<br />
terá como tema central “Carros no<br />
Cinema”.<br />
Para além da exposição central,<br />
este evento contará ainda com<br />
outras vertentes de interesse para<br />
todos os entusiastas, passando por<br />
assinalar efemérides de marcas e<br />
modelos, comércio de peças, automobilia,<br />
passeios e concentrações<br />
de clubes de automóveis e motos<br />
antigos.<br />
<strong>ARAN</strong> esteve<br />
com “motores” na Lousã<br />
Decorreu entre os dias 28 e<br />
30 de Setembro mais uma<br />
edição do LOUSÃMOTORES,<br />
com o apoio da Câmara Municipal<br />
da Lousã. A <strong>ARAN</strong> fez parte da cerimónia<br />
oficial de abertura deste<br />
certame, onde esteve presente a<br />
secretária-geral da associação, Neli<br />
Valkanova, a par com a responsável<br />
pela organização, Ana Cristina<br />
Neves, bem como Luís Antunes,<br />
presidente da Câmara da Lousã.<br />
“A LOUSÃMOTORES faz um balanço<br />
muito positivo, pelo que este<br />
êxito servirá de impulsionador para<br />
uma nova edição no próximo ano”,<br />
referem desde a organização.<br />
<strong>ARAN</strong> promove duas iniciativas na MECÂNICA<br />
A MECÂNICA volta a<br />
realizar-se em Lisboa.<br />
A<br />
oitava edição da MECÂNICA<br />
– Salão Profissional do Aftermarket,<br />
Equipamento Oficinal<br />
e Logística decorre novamente<br />
em Lisboa, na FIL, nos dias 26, 27<br />
e 28 de <strong>Outubro</strong> de <strong>2018</strong>. No âmbito<br />
da parceria com a Exposalão,<br />
a <strong>ARAN</strong> marcará presença mais<br />
um ano neste evento, onde terá<br />
um espaço para receber todos os<br />
visitantes do salão.<br />
Desta vez, e após o êxito que<br />
foi a última edição, o salão contará<br />
com mais uma área de exposição<br />
e com um novo setor: a Logística.<br />
Foram mais de 25 mil visitantes,<br />
e com uma tendência de crescimento,<br />
este ano a MECÂNICA<br />
conta com uma forte afluência<br />
e a expectativa será de superar<br />
o número anterior de visitantes<br />
ao salão. O perfil do expositor<br />
abrange fabricantes, importadores<br />
e representantes dos mais variados<br />
produtos e serviços para o setor<br />
automóvel.<br />
Como atividades paralelas ao<br />
evento a <strong>ARAN</strong> realiza duas iniciativas<br />
para os associados: uma em<br />
conjunto com o CEPRA (Centro de<br />
Formação Profissional de Reparação<br />
Automóvel), um workshop<br />
Eletrificados em exposição na Alfândega do Porto<br />
A<br />
<strong>ARAN</strong> vai estar presente na<br />
segunda edição do Salão<br />
do Automóvel Híbrido e<br />
Elétrico – Salão da Mobilidade<br />
Sustentável, nos dias 26, 27 e 28<br />
de <strong>Outubro</strong>, no Edifício da Alfândega<br />
do Porto. Este evento, focado<br />
na mobilidade sustentável, será<br />
constituído por uma exposição de<br />
automóveis híbridos, elétricos e de<br />
plug-in, mas não só. Serão realizadas<br />
em paralelo várias atividades,<br />
seminários e experiências de condução,<br />
assim como uma conferência<br />
internacional sobre o futuro da<br />
mobilidade.<br />
A <strong>ARAN</strong> marcará a sua presença<br />
institucional, tornando-se<br />
assim aliada de um dos mais importantes<br />
eventos ligados à ino-<br />
A <strong>ARAN</strong> também<br />
estará neste evento.<br />
no dia 27 de outubro, às 11h00,<br />
sob o tema “As novas competências<br />
dos reparadores do amanhã”,<br />
que terá a duração de uma hora<br />
e acontecerá no auditório do Pavilhão<br />
3 (acesso gratuito); a outra<br />
iniciativa, como tem sido hábito,<br />
é o workshop <strong>ARAN</strong> com o tema<br />
“Regulamentação do setor automóvel<br />
– Novidades legais”; este<br />
evento realiza-se, também, no dia<br />
27 de outubro, mas pelas 14h30,<br />
no Hotel Tryp Lisboa Oriente.<br />
Este workshop incide sobre as<br />
principais obrigações legais e ambientais<br />
que estão em destaque<br />
e que fazem parte da atualidade<br />
do setor automóvel. No final da<br />
reunião a <strong>ARAN</strong> organizam uma<br />
visita com todos os participantes<br />
à MECÂNICA. Para mais informações<br />
sobre as condições de participação<br />
no workshop, consulte a<br />
<strong>ARAN</strong>.<br />
Quanto à visita à MECÂNICA<br />
<strong>2018</strong>, a Exposalão disponibiliza<br />
novamente entradas gratuitas<br />
através do registo e credenciação<br />
no site, que dará acesso ao salão.<br />
O stand da <strong>ARAN</strong> situa-se no Pavilhão<br />
3 | G07, na FIL – Parque das<br />
Nações – Lisboa.<br />
Horário do Salão:<br />
26 <strong>Outubro</strong> | sexta | 10h às 20h<br />
27 <strong>Outubro</strong> | sáb. | 10h às 21h<br />
28 <strong>Outubro</strong> | dom. | 10h às 19h<br />
vação automóvel. Para além disso,<br />
a associação foi convidada pela<br />
organização a participar numa das<br />
intervenções inseridas no ciclo de<br />
seminários do SAHE <strong>2018</strong>. O tema<br />
a apresentar será “Híbridos e Elétricos<br />
– a realidade e o futuro de<br />
utilização” e o orador será Pinho<br />
da Costa, administrador da Soc.<br />
Com. C. Santos e vice-presidente<br />
da <strong>ARAN</strong>, no dia 27 de <strong>Outubro</strong> (sábado)<br />
às 11h00 (acesso gratuito).<br />
Horário do Salão:<br />
26 <strong>Outubro</strong> | sexta | 10h às 22h<br />
27 <strong>Outubro</strong> | sáb. | 10h às 22h<br />
28 <strong>Outubro</strong> | dom. | 10h às 20h<br />
Massimo Senatore é o novo diretor-geral<br />
da BMW Portugal<br />
O executivo assume<br />
o cargo em<br />
dezembro.<br />
A<br />
BMW Portugal nomeou<br />
Massimo Senatore<br />
como novo diretor-geral.<br />
O executivo italiano assumirá<br />
o cargo em dezembro.<br />
Senatore ocupará as funções<br />
que foram, até setembro,<br />
de Mário Fernandes, que decidiu<br />
abraçar um novo desafio<br />
profissional fora do BMW Group.<br />
Entretanto, Günter Seemann<br />
está a assegurar a liderança do<br />
BMW Group Portugal.<br />
Conselho da Europa quer 35%<br />
de redução de emissões até 2030<br />
A ACEA alerta<br />
para a potencial perda<br />
de empregos no setor<br />
O<br />
Conselho da Europa definiu,<br />
no dia 9, as metas de<br />
redução (em comparação<br />
com a média de 2021) das emissões<br />
médias de CO2 nos automóveis<br />
ligeiros de passageiros e de<br />
mercadorias novos: 15% em 2025<br />
e 35% em 2030 nos automóveis<br />
de passageiros novos registados<br />
na UE e de 15% em 2025 e 30% em<br />
2030 nos veículos de mercadorias.<br />
Os objetivos são, ainda assim,<br />
inferiores à proposta votada<br />
antes (no dia 3) pelo Parlamento<br />
Europeu, que<br />
definiu uma<br />
redução das<br />
emissões de<br />
CO2 dos automóveis<br />
de<br />
passageiros e<br />
de mercadorias<br />
novos em 40% até 2030. A votação<br />
do Conselho marca o início das negociações<br />
entre este organismo, o<br />
Parlamento Europeu e a Comissão<br />
Europeia.<br />
“O acordo de hoje [dias 9] é<br />
mais um passo em direção à nova<br />
legislação sobre emissões de CO2.<br />
Isso coloca a indústria automóvel<br />
europeia no caminho certo para<br />
construir veículos mais limpos, investir<br />
mais em inovação e reportar<br />
dados de emissões mais fiáveis.<br />
Até 2030, os carros novos emitirão,<br />
em média, 35% menos CO2, em<br />
Massimo Senatore, de 48 anos<br />
e de nacionalidade italiana, é licenciado<br />
em Engenharia Eletrónica<br />
pela Universidade de Pádua e<br />
conta com 20 anos de experiência<br />
no setor automóvel.<br />
Está no BMW Group Itália desde<br />
2002. Desde então, passou por várias<br />
posições na estrutura de vendas<br />
da filial do grupo alemão, até<br />
passar pela direção de vendas da<br />
BMW Itália, função que desempenha<br />
atualmente.<br />
comparação com os atuais limites<br />
padrão de emissões. Esta é uma<br />
base sólida para iniciar conversações<br />
com o Parlamento Europeu”,<br />
referiu a ministra de Sustentabilidade<br />
e Turismo austríaca, Elisabeth<br />
Köstinger.<br />
A Associação dos Construtores<br />
Europeus de Automóveis (ACEA)<br />
já reagiu e alerta para a potencial<br />
perda de empregos no setor.<br />
“Reduzir ainda mais as emissões<br />
de CO2 continua a ser uma<br />
das principais prioridades da indústria<br />
automóvel da UE. Todos<br />
os fabricantes estão a apostar nas<br />
gamas com combustível alternativo,<br />
particularmente os elétricos”,<br />
afirmou o secretário-geral da<br />
ACEA, Erik Jonnaert.<br />
“Pedimos agora às três instituições<br />
que trabalhem para chegar a<br />
um acordo final que estabeleça o<br />
equilíbrio certo entre proteger o<br />
ambiente e salvaguardar a base<br />
de produção da Europa – assegurando,<br />
ao mesmo tempo, mobilidade<br />
acessível e conveniente para<br />
todos os cidadãos”, acrescenta Jonnaert.<br />
Esta associação pretendia uma<br />
redução de 7% das emissões de<br />
CO2 até 2025 e 16% até 2030. A<br />
ACEA defende, além disso, uma<br />
revisão intermédia em 2022 para<br />
voltar a analisar as metas para<br />
2030.
12 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 13<br />
Seat liga Barcelona e Paris a GNC<br />
Um perito em gás natural<br />
comprimido (GNC) assumiu<br />
o desafio de percorrer<br />
os mais de mil km entre Barcelona<br />
e Paris num Seat Leon SEAT Leon<br />
1.5 TGI para avaliar o consumo e o<br />
custo. O valor total em combustível<br />
foi de 45 euros e foram duas as<br />
paragens para reabastecimento.<br />
O ponto de partida foi a Sagrada<br />
Família. António Calvo<br />
passa a fronteira com a França e<br />
percorre mais 400 km. Aproveitando<br />
a passagem por Toulouse,<br />
realiza a sua primeira paragem<br />
para reabastecimento. Enquanto<br />
enche o depósito, comenta “o<br />
processo é muito simples porque<br />
o bocal universal permite encher<br />
em qualquer posto com total normalidade”.<br />
Até agora, gastou 15<br />
euros em 14,4 kg de gás natural<br />
comprimido.<br />
A paragem seguinte foi Limoges.<br />
Enquanto circula pela<br />
paisagem campestre francesa, o<br />
perito relembra que “conduzir um<br />
automóvel impulsionado por gás<br />
natural permite reduzir as emissões<br />
de CO2 em 25% em comparação<br />
com um veículo a gasolina<br />
e em 75% os óxidos de nitrogénio<br />
face a um diesel”. Naquela cidade<br />
atesta novamente. “Até aqui percorri<br />
684 km e o custo de combustível<br />
foi de 25 euros para cerca<br />
de 24 kg de gás”, esclarece. Para<br />
completar o desafio, percorreu<br />
todo o trajeto com este combustível<br />
alternativo. O automóvel, por<br />
defeito, circula com GNC, embora<br />
também tenha um depósito para<br />
gasolina ao qual recorre quando<br />
se esgota o gás.<br />
Seguiram-se os últimos 392<br />
km até à Cidade-Luz. António<br />
Calvo iniciou a última etapa da<br />
sua viagem e quando estava<br />
prestes a entrar em Paris confrontou-se<br />
com engarrafamentos e a<br />
possibilidade de haver restrições<br />
de entrada no centro da cidade<br />
devido a episódios de elevados<br />
níveis de emissões. O especialista<br />
relembra que esta cidade,<br />
com mais de dois milhões de habitantes,<br />
está a limitar o acesso<br />
a veículos mais poluentes. “Mas<br />
ao circular com este carro a GNC,<br />
poderei entrar com toda normalidade<br />
mesmo que haja restrições<br />
devido às emissões. A mobilidade<br />
com gás natural para automóveis<br />
é considerada pela UE como ambientalmente<br />
eficiente devido às<br />
suas baixas emissões”, refere.<br />
Mais de 1,3 milhões<br />
de carros a GNC<br />
O desafio ficou cumprido na<br />
Torre Eiffel e, ao chegar aos Campos<br />
Elísios, António Calvo fez o<br />
balanço. “Finalmente. Percorri um<br />
total de 1076 km e gastei apenas<br />
45 euros, o que supõe uma<br />
média de 3,6 kg de gás para cada<br />
100 km. A poupança económica<br />
é, sem dúvida, uma das muitas<br />
vantagens dos veículos GNC. De<br />
facto, se tivesse percorrido este<br />
mesmo trajeto com um veículo<br />
a gasolina teria gasto mais 50% e<br />
ficaria 30% mais caro se o tivesse<br />
feito com um veículo diesel”, conclui.<br />
O especialista acrescenta que<br />
os veículos a GNC conhecem uma<br />
tendência crescente. Na Europa,<br />
mais de 1,3 milhões de veículos<br />
rodam com este tipo de combustível,<br />
sendo Itália o maior mercado.<br />
O desafio de António Calvo,<br />
realizado no fim de setembro,<br />
coincidiu com o Salão Internacional<br />
do Automóvel de Paris. Aí a<br />
Seat deu a conhecer o novo Arona<br />
TGI, o primeiro SUV do mundo a<br />
utilizar este combustível alternativo.<br />
Juntamente com o Leon, o<br />
Ibiza e o Mii, o construtor oferece<br />
uma das gamas mais completas<br />
de GNC.<br />
O valor total em<br />
combustível foi de 45<br />
euros e foram duas<br />
as paragens para<br />
reabastecimento.<br />
Volvo foi única marca automóvel em cimeira de oceanos<br />
A<br />
Volvo Cars participou, no fim<br />
de setembro, no G7 Ocean<br />
Partnership Summit, uma<br />
das conferências ambientais mais<br />
importantes do Mundo que teve<br />
lugar em Halifax, no Canadá, e juntou<br />
governos, empresas e ONG.<br />
A marca sueca foi mesmo o único<br />
construtor automóvel convidado.<br />
A Volvo Cars fez parte do G7<br />
Ocean Plastic Charter, onde apresentou<br />
em detalhe o seu programa<br />
de sustentabilidade, incluindo a sua<br />
vontade em eliminar a utilização do<br />
plástico e introduzir o uso de material<br />
reciclado na produção de novos<br />
automóveis Volvo.<br />
A Volvo Cars tem um dos programas<br />
de sustentabilidade mais<br />
ambiciosos da indústria automóvel,<br />
com o objetivo explicito de reduzir<br />
e minimizar o impacto mundial da<br />
sua pegada ambiental. Um passo<br />
importante nessa estratégia passa<br />
por reduzir a poluição do plástico e<br />
enveredar por uma estratégia capaz<br />
de reutilizar materiais no fabrico<br />
dos seus automóveis.<br />
O G7 Ocean Plastic Charter tem<br />
por missão criar compromissos<br />
entre os governos para que estes<br />
se comprometam e tomem passos<br />
concretos e objetivos com vista a<br />
enfrentar o problema mundial da<br />
poluição dos oceanos. Tais medidas<br />
passam pela eliminação dos plásticos<br />
das sociedades e pela reciclagem.<br />
A Volvo Cars é o primeiro e o<br />
único fabricante automóvel a fazer<br />
parte deste projeto:<br />
“O nosso apoio ao G7 Ocean<br />
Plastics Charter surge de forma<br />
natural pois faz parte de uma abordagem<br />
ativa do nosso programa<br />
de sustentabilidade”, refere Maria<br />
Hemberg, da direção de sustentabilidade<br />
da Volvo.<br />
Aumentar plásticos<br />
reciclados<br />
A marca espera que, em 2025,<br />
pelo menos 25% do plástico usado<br />
em novos modelos seja produzido<br />
a partir de material reciclado.<br />
Este ano apresentou mesmo um<br />
Eletrificação da gama<br />
Esta é, de acordo com a SIVA,<br />
“mais uma afirmação da estratégia<br />
da Volkswagen para a mobilidade<br />
do futuro, na qual o grupo alemão<br />
prevê não só investir perto de 70<br />
mil milhões de euros, em mais de 30<br />
novos modelos elétricos até 2025,<br />
como desenvolver um conjunto<br />
de serviços na área da digitalização<br />
com vista ao incremento da conectividade<br />
com os seus clientes”.<br />
O objetivo da Volkswagen é<br />
que, em meados da década, um<br />
XC60 T8 PHEV, com vários dos seus<br />
componentes de plástico substituídos<br />
por materiais reciclados, de<br />
forma a chamar a atenção para a<br />
importância e pertinência do desenvolvimento<br />
de componentes<br />
sustentáveis e plástico reciclado<br />
sem comprometer a segurança e a<br />
qualidade.<br />
A Volvo irá remover, até final<br />
de 2019, os plásticos de uso único<br />
nos escritórios, cantinas e eventos<br />
a nível mundial. A empresa vai<br />
substituir 20 milhões de unidades<br />
de copos, recipientes e talheres por<br />
A marca participou<br />
num “quadro”<br />
dedicado aos<br />
plásticos.<br />
Volkswagen patrocinou Greenfest com gama de elétricos e híbridos plug-in<br />
A<br />
Volkswagen voltou a apoiar<br />
o Greenfest, que este ano se<br />
realizou, no Estoril, de 11 a 14<br />
de outubro. Foi o terceiro ano consecutivo<br />
em que a marca apoiou o<br />
evento, no que a empresa diz ser<br />
uma “parceria orientada para a sustentabilidade<br />
e com o objetivo de<br />
promover a sua gama de veículos<br />
elétricos e híbridos plug-in”.<br />
Após ter marcado presença na<br />
primeira edição deste ano, que decorreu<br />
em Braga no passado mês de<br />
junho, a Volkswagen voltou a estar<br />
presente no maior evento de sustentabilidade<br />
do país. O Greenfest pretende<br />
celebrar o que de melhor se faz<br />
em termos ambientais, sociais e económicos<br />
no nosso país e no mundo.<br />
Nesta ocasião, a Volkswagen<br />
apresentou a sua gama de veículos<br />
100% elétricos, através do e-Golf, e<br />
híbridos plug-in, com o Passat GTE<br />
e o Golf GTE, que estiveram disponíveis<br />
para a realização de test-drives<br />
pelos visitantes.<br />
O Passat GTE (na<br />
foto a carrinha) foi<br />
um dos modelos em<br />
demonstração.<br />
quarto das suas vendas seja de veículos<br />
100% elétricos.<br />
Os novos modelos da ofensiva<br />
elétrica da Volkswagen – que se<br />
chamarão ID. – chegarão ao mercado<br />
europeu a partir de 2020,<br />
tendo sido já apresentados os primeiros<br />
quatro membros da família:<br />
ID, ID BUZZ, ID CROZZ e ID VIZZION.<br />
Festival de sustentabilidade<br />
O Greenfest é o maior festival<br />
de sustentabilidade do país, palco<br />
privilegiado para partilha das melhores<br />
práticas, ideias e projetos. Há<br />
10 anos que se realiza no Estoril e,<br />
este ano, chegou, pela primeira vez,<br />
também a Braga. Com uma programação<br />
multifacetada indoor e<br />
outdoor, que inclui área expositiva,<br />
conferências, tertúlias, workshops,<br />
demonstrações ao vivo, showcooking,<br />
mercados biológico e de<br />
artesanato, música, performances<br />
ao vivo e muitas outras atividades,<br />
alternativas sustentáveis, produtos<br />
biodegradáveis, papel reciclado<br />
e madeira. Só em <strong>2018</strong>, a medida<br />
resultará numa substituição de 140<br />
toneladas de plásticos por alternativas<br />
sustentáveis. Portugal foi pioneiro<br />
e já eliminou o uso de plástico<br />
nos escritórios da sede da filial portuguesa,<br />
em Oeiras.<br />
A nível global, a Volvo Cars está<br />
fortemente comprometida em<br />
reduzir o impacto da sua pegada<br />
ambiental dos seus produtos e<br />
operações. Em 2017, foi o primeiro<br />
construtor automóvel a assumir o<br />
compromisso com a eletrificação e<br />
já este ano reforçou esta estratégia<br />
ao afirmar que, pelo ano de 2025,<br />
deseja que 50% das suas vendas<br />
sejam de veículos eletrificados.<br />
Em Janeiro, a fábrica de Skövde<br />
tornou-se na primeira da Volvo Cars<br />
a atingir um impacto neutro nas<br />
suas operações, constituindo também<br />
uma das poucas, em toda a<br />
Europa, com esse estatuto. A Volvo<br />
Cars espera obter um nível climático<br />
neutro nas suas operações em 2025.<br />
reúne cidadãos, empresas, municípios,<br />
associações, comunidades<br />
educativas, numa reflexão aberta e<br />
partilha de experiências com vista a<br />
um mundo mais sustentável.<br />
Entre as muitas temáticas abordadas,<br />
destaque para a área da Mobilidade<br />
numa dupla perspetiva: as<br />
tendências de futuro e as soluções<br />
que, no presente, já estão ao serviço<br />
dos consumidores; permitindo<br />
tanto o desenvolvimento urbano<br />
quanto a melhoria sustentável da<br />
qualidade de vida das cidades e dos<br />
cidadãos.<br />
Desde a sua génese, participaram<br />
no Greenfest mais de mil empresas,<br />
organizações e municípios.<br />
Em termos de visitas, o evento recebeu<br />
mais de 50 mil estudantes e<br />
200 mil visitantes. A primeira edição<br />
do festival, em Braga, conta receber<br />
cerca de 20 mil visitantes e mais de<br />
100 empresas e players da região,<br />
do país e dos países convidados,<br />
Noruega e Suécia.
14 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 15<br />
Hyundai investe na navegação holográfica de realidade<br />
aumentada<br />
A<br />
Hyundai anunciou novo investimento<br />
estratégico na<br />
start-up "deep tech" suíça<br />
WayRay AG. O objetivo é acelerar<br />
o desenvolvimento do sistema de<br />
navegação holográfico de realidade<br />
aumentada (RA), de forma a<br />
implementá-lo nos futuros veículos<br />
da marca produzidos em série já a<br />
partir de 2020.<br />
Com esta parceria, a Hyundai<br />
dá mais um passo para a mobilidade<br />
do futuro, enquanto oferece<br />
aos condutores mais valor, combinando<br />
tecnologia de ponta com<br />
sistemas de infotainment integrados<br />
no veículo. “A WayRay possui<br />
conhecimentos excecionais no<br />
desenvolvimento de hardware e<br />
software para sistemas holográficos<br />
RA. A colaboração Hyundai-<br />
-WayRay vai ajudar-nos a criar um<br />
ecossistema completamente novo<br />
que aproveita a tecnologia RA para<br />
otimizar os sistemas de navegação,<br />
e estabelecer uma plataforma RA<br />
para a cidade e mobilidade inteligentes<br />
– são estes os novos interesses<br />
comerciais da Hyundai que<br />
vão proporcionar uma inovadora<br />
experiência ao cliente”, afirma You-<br />
A<br />
Renault-Nissan-Mitsubishi e<br />
a Google anunciaram uma<br />
parceria tecnológica para<br />
integrar o sistema operativo Android<br />
nos automóveis vendidos<br />
pela Aliança. O objetivo é fornecer<br />
tecnologia inteligente de infotainment<br />
e aplicações desenvolvidas<br />
na ótica do utilizador, nas diversas<br />
marcas e modelos da Aliança. A integração<br />
está prevista para 2021.<br />
Os membros da Aliança que,<br />
no ano passado, venderam 10,6<br />
milhões de veículos, em 200 mercados,<br />
vão integrar as aplicações e<br />
serviços de infotainment da Google,<br />
num sistema remoto baseado<br />
numa “cloud”, com o intuito de enriquecer<br />
a experiência dos clientes<br />
Renault, Nissan e Mitsubishi. Apesar<br />
das gamas de modelos da Aliança<br />
A marca pretende<br />
implementar a<br />
tecnologia a partir de<br />
2020.<br />
ngcho Chi, diretor de inovação e vice-presidente<br />
executivo da Hyundai<br />
Motor Group.<br />
As soluções holográficas RA da<br />
WayRay criam uma verdadeira experiência<br />
de realidade aumentada,<br />
na qual os objetos virtuais estão<br />
perfeitamente integrados no habitáculo.<br />
A tecnologia da WayRay<br />
apresenta um sistema de projeção<br />
mais pequeno do que os Head-Up<br />
Displays convencionais disponíveis<br />
no mercado, mas oferece uma<br />
imagem mais nítida e pode ser instalada<br />
em praticamente todos os<br />
automóveis.<br />
O campo de visão extremamente<br />
amplo permite visualizar<br />
mais objetos virtuais a uma distância<br />
confortável para o condutor.<br />
Não há limites para os parâmetros<br />
relativos às dimensões do display,<br />
sendo possível projetar uma imagem<br />
em todo o para-brisas dianteiro.<br />
Esta tecnologia pode também<br />
ser integrada nas janelas do veículo,<br />
de forma a oferecer aos ocupantes<br />
diversos serviços de infotainment.<br />
Atualmente, não há mais nenhuma<br />
tecnologia com estas capacidades.<br />
As possibilidades de utilização<br />
desta tecnologia nos automóveis<br />
são infinitas. As informações relativas<br />
ao trânsito podem ser apresentadas<br />
na estrada através do pára-brisas<br />
– assim, os condutores mantêm-se<br />
atentos à estrada, aumentando a<br />
segurança na condução. É possível<br />
obter itinerários otimizados com<br />
base na velocidade do automóvel,<br />
incluindo informações em tempo<br />
real relativas a passadeiras, peões,<br />
estradas e sinais de perigo.<br />
No futuro, esta tecnologia poderá<br />
apresentar ao condutor ainda<br />
mais informações relativas ao<br />
ambiente em seu redor, quando<br />
integrada com a tecnologia de condução<br />
autónoma hiperconectada à<br />
estrada e aos veículos circundantes.<br />
Renault-Nissan-Mitsubishi desenvolvem sistemas com Google<br />
irem partilhar a plataforma Android,<br />
cada marca vai ter flexibilidade para<br />
criar o seu próprio interface e funcionalidades<br />
específicas.<br />
O sistema vai também ser compatível<br />
com outros sistemas operativos<br />
como o Apple iOS.<br />
Esta parceria, com infotainment,<br />
integra-se na estratégia do<br />
plano Aliança 2022 de equipar<br />
mais automóveis com serviços integrados<br />
e conectados baseados<br />
em “clouds”. Este anúncio, que coincide<br />
com o primeiro aniversário do<br />
plano de médio prazo, simboliza<br />
o foco da Aliança nas tecnologias<br />
da nova geração. De acordo com o<br />
plano, a Renault-Nissan-Mitsubishi<br />
espera alcançar os 14 milhões de<br />
unidades vendidas no final do ano<br />
de 2022.<br />
O plano inclui, também, o lançamento<br />
de 12 novos automóveis<br />
elétricos zero emissões, novas tecnologias<br />
de condução autónoma<br />
e o desenvolvimento contínuo da<br />
“Inteligent Cloud” da Aliança.<br />
A integração está<br />
prevista para 2021.<br />
Sébastien Ogier regressa à Citroën<br />
A<br />
Citroën Total Abu Dhabi<br />
WRT anunciou o regresso, a<br />
partir de 2019, de Sébastien<br />
Ogier e Julien Ingrassia, quíntuplos<br />
campeões do mundo de ralis.<br />
“Estou muito entusiasmado<br />
com a perspetiva de atacar este<br />
novo desafio com a Citroën. Na<br />
verdade, mal posso esperar, principalmente<br />
porque não me esqueci<br />
de que esta é a equipa que, pela<br />
primeira vez, me deu a oportunidade<br />
de me estrear no Campeonato<br />
do Mundo”, afirmou o piloto.<br />
“Foram vários os fatores que<br />
influenciaram a minha decisão.<br />
Agrada-me a ideia de voltar a trabalhar<br />
com pessoas com as quais,<br />
há alguns anos atrás, tudo correu<br />
muito bem, e também me entusiasma<br />
a possibilidade de tentar<br />
ser Campeão do Mundo com um<br />
terceiro construtor diferente. E,<br />
embora não esteja a tomar nada<br />
por garantido, estou convencido<br />
de que o carro tem todo o potencial,<br />
e tenho fé nas pessoas que<br />
trabalham em Satory”, acrescentou<br />
Ogier.<br />
Há dez anos, por ocasião do<br />
Rali da Grã-Bretanha de 2008,<br />
Sébastien Ogier e Julien Ingrassia,<br />
então recém-coroados com<br />
o título de Campeões do Mundo<br />
Júnior, estreavam-se em grande<br />
ao volante C4 WRC, vencendo a<br />
primeira Especial – a sua primeira<br />
vitória em troços do WRC – e comandando<br />
a corrida até à ES5.<br />
Com a edição de <strong>2018</strong> da prova<br />
britânica já à espreita no calendário<br />
como a próxima ronda da temporada,<br />
o momento não podia ser<br />
melhor para anunciar o regresso<br />
dos quíntuplos campeões do<br />
mundo (2013 a 2017) ao Citroën<br />
Total Abu Dhabi WRT, a equipa<br />
onde tudo começou.<br />
Primeira vitória em Portugal<br />
Foi na marca que os dois franceses<br />
conquistaram o seu primeiro<br />
título mundial na categoria Júnior,<br />
com o C2 Super 1600, e a sua primeira<br />
vitória numa Especial do<br />
WRC. Foi também com a Citroën<br />
que conquistaram o seu primeiro<br />
pódio no WRC (segundo lugar no<br />
Rali da Acrópole de 2009 com o C4<br />
WRC), bem como a sua primeira<br />
vitória à geral (Rali de Portugal<br />
de 2010 com o C4 WRC). Após<br />
demonstrarem o seu excecional<br />
talento no Junior Team da marca,<br />
confirmaram rapidamente o seu<br />
A<br />
Iveco sagrou-se campeã da<br />
europa FIA de camiões <strong>2018</strong>,<br />
com um total de 14 vitórias<br />
em corridas. A marca italiana dominou<br />
o campeonato através da<br />
formação Die Bullen von IVECO<br />
Magirus Team, fruto das prestações<br />
de Jochen Hahn, piloto alemão que<br />
também alcançou o primeiro lugar<br />
no campeonato de pilotos, numa<br />
histórica quinta vez na sua carreira.<br />
Já Steffi Halm, a única mulher a<br />
competir no europeu de camiões e<br />
naquela que foi a sua temporada de<br />
estreia ao volante do camião Iveco<br />
com o número 44, assegurou o sexto<br />
lugar final campeonato, como chefe<br />
de fila do Schwabentruck Team.<br />
A marca participou no Campeonato<br />
da Europa FIA de Camiões <strong>2018</strong><br />
como patrocinador técnico da estrutura<br />
Die Bullen von IVECO Magirus,<br />
que resultou de uma parceria entre<br />
a Hahn Racing Team, que recorreu<br />
ao modelo Stralis de competição<br />
pelo segundo ano consecutivo, e a<br />
Schwabentruck Team, representante<br />
da marca ao longo dos últimos nove<br />
anos.<br />
A Iveco apoiou a equipa através<br />
do fornecimento de duas unidades<br />
Stralis 440 E 56 XP-R de 5,3 toneladas,<br />
de competição, ambas equipadas<br />
com blocos IVECO Cursor 13,<br />
que garantem uma impressionante<br />
potência de 1180 cv e mais de 5000<br />
Nm de binário. Estes veículos foram<br />
especificamente projetados e equipados<br />
para alcançar os 160 km/h de<br />
velocidade de ponta, o registo máximo<br />
permitido pelos regulamentos<br />
desportivos, sendo o resultado de<br />
O piloto francês havia<br />
saído da marca no fim<br />
de 2011.<br />
Iveco campeã europeia de camiões<br />
extensas evoluções realizadas pelas<br />
equipas.<br />
Para o corrente ano, entre os<br />
patrocinadores da equipa contava-<br />
-se a Fassi Gru, construtor italiano<br />
de gruas, líder de mercado entre os<br />
produtores italianos, exportando,<br />
distribuindo e garantindo apoio a<br />
uma ampla gama de guindastes, em<br />
todo o mundo.<br />
estatuto de dupla promissora ao<br />
integrarem a equipa de fábrica da<br />
Citroën (Rali da Finlândia de 2010),<br />
contribuindo ativamente para os<br />
títulos de construtores conquistados<br />
em 2010 e 2011.<br />
Entretanto, de 2012 a 2016,<br />
Ogier esteve na Volskwagen, onde<br />
colecionou títulos de campeão<br />
do mundo. Desde então e até ao<br />
presente, é na Ford que corre e foi<br />
campeão do mundo em 2017.<br />
A próxima temporada arranca<br />
com a realização do Rali de Monte-<br />
-Carlo de 2019 (22 a 27 de janeiro).<br />
A marca foi campeã<br />
por equipas e por<br />
pilotos, através de<br />
Jochen Hahn.
16 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 17<br />
e-tron é o primeiro Audi elétrico de raiz<br />
DS7 Crossback com híbrido plug-in<br />
A<br />
Audi apresentou o e-tron, o<br />
primeiro modelo da marca<br />
desenvolvido de raiz como<br />
modelo elétrico. De acordo com<br />
os responsáveis pela Ingolstadt, o<br />
e-tron assinala a eletrificação da<br />
emoção e a entrada dos modelos<br />
com padrões “normais” do setor<br />
automóvel nos veículos elétricos.<br />
A lançar nos vários mercados<br />
europeus no virar do ano, este<br />
SUV com 4,91 metros de comprimento<br />
tem um motor de 140 kW<br />
nas rodas traseiras e um outro de<br />
125 kW nas rodas da frente. Feita<br />
a soma, são 265 kW (365 cv) de<br />
potência. Como resultado, os 100<br />
km/h são atingidos em 6,6 segundos.<br />
A marca dos quatro anéis propõe<br />
ir ainda mais longe nesse capítulo<br />
com o modo Boost, em que<br />
a potência é aumentada para 200<br />
kW (400 cv). Neste caso, os zero aos<br />
100 km/h são cumpridos em 5,7<br />
A<br />
Mercedes deu o seu tiro de<br />
partida na “corrida” à eletrificação<br />
com o EQC. É o primeiro<br />
modelo a ser lançado pela<br />
casa de Estugarda sob a marca EQ,<br />
revelada ao mundo no Salão de<br />
Paris de 2016.<br />
O EQC, que começa a ser<br />
produzido a 2019, é um SUV do<br />
elétrico do segmento C. Os dois<br />
motores elétricos nos eixos dianteiro<br />
e traseiro têm uma potência<br />
combinada de 408 cv e um binário<br />
de 765 Nm. A energia é fornecida<br />
por uma bateria de iões de lítio de<br />
80 kWh.<br />
Com este conjunto propulsor, o<br />
Mercedes EQC acelera até aos 100<br />
km/h em apenas 5,1 segundos. A<br />
velocidade máxima está limitada<br />
eletronicamente a 180 km/h.<br />
A marca anuncia, ainda de<br />
acordo com a homologação<br />
NEDC, um consumo de 22,2 kWh<br />
aos 100 km e uma autonomia de<br />
450 km. O construtor não revelou<br />
ainda todas as informações sobre<br />
os tempos de carregamento, mas<br />
A marca afirma que o<br />
modelo “eletrifica” a<br />
emoção ao volante.<br />
segundos. Em ambos os modos a<br />
velocidade máxima está eletronicamente<br />
limitada a 220 km/h.<br />
A bateria de 95 kWh, com 36<br />
módulos, pesa 700 kg e está instalada<br />
debaixo do “chão” do modelo.<br />
A autonomia, em modo WLTP, é de<br />
400 km, segundo a Audi.<br />
No que se refere ao ao carregamento,<br />
numa tomada doméstica<br />
de 11 kW demora 8,5 horas<br />
até 100% (4,5 horas em tomadas<br />
de 22 kW). Uma das grande novidades<br />
do e-tron é que aguenta<br />
cargas de 150 Kw. No presente, os<br />
veículos elétricos que aguentam<br />
cargas mais fortes são os Tesla,<br />
que podem ser carregadas a 120<br />
kW. No cenário de carga a 150 Kw,<br />
o novo elétrico Audi carrega 80%<br />
da bateria em menos de 60 minutos.<br />
EQC é estrela que guia Mercedes nos 100% elétricos<br />
adiantou que, em estações de<br />
carga, a bateria pode ser carregada<br />
de 10% a 80% em 40 minutos.<br />
Assistência à poupança<br />
energética<br />
O consumo de energia e a<br />
autonomia dos veículos elétricos<br />
dependem muito do estilo de<br />
condução. O EQC admite cinco<br />
programas de condução, cada<br />
um com características diferentes:<br />
COMFORT, ECO, MAX RANGE,<br />
SPORT e ainda um programa adaptável<br />
individualmente. Nos modos<br />
de condução mais económicos, o<br />
EQC estimula o motorista a economizar<br />
energia. O condutor também<br />
é capaz de influenciar o nível<br />
de recuperação usando os comandos<br />
do volante.<br />
O sistema ECO Assist oferece<br />
ajuda ao condutor por exemplo,<br />
alertando quando é apropriado<br />
desacelerar (por exemplo, porque<br />
o veículo se aproxima do limite de<br />
velocidade), apresentando dados<br />
de navegação, reconhecimento<br />
de sinais de trânsito e informações<br />
dos assistentes de segurança inteligentes<br />
(radares e câmaras).<br />
O modelo começa<br />
a ser produzido no<br />
próximo ano.<br />
A<br />
DS revelou a versão híbrida<br />
plug-in (PHEV) do DS7 Crossback,<br />
que foi, recorde-se, o<br />
primeiro modelo desenvolvido de<br />
raiz para a marca “premium” da<br />
PSA. A DS pretende que até 2025<br />
os 100% elétricos e PHEV representem<br />
mais de um terço das suas<br />
vendas mundiais.<br />
É aqui que “encaixa” a variante<br />
PHEV do SUV. O DS7 Crossback<br />
E-Tense 4X4 chega aos vários mercados<br />
ao longo de 2019.<br />
Tem por base o motor turbo<br />
a gasolina de 1,6 litros e 200 cv.<br />
Adicionando dois motores elétricos<br />
de 110 cv (80 kW), um sobre o<br />
trem da frente e outro sobre o eixo<br />
traseiro, o DS 7 Crossback E-Tense<br />
4X4 desenvolve uma potência<br />
combinada de 300 cv e um binário<br />
de 450 Nm. Monta caixa automática<br />
de oito velocidades.<br />
A aceleração dos zero aos 100<br />
km/h é feita em 6,5 segundos, com<br />
uma velocidade máxima de 220<br />
km/h. O consumo médio de gasolina<br />
é, de acordo com a marca,<br />
de 2,2 l/100 km e as emissões de<br />
CO2 de 49 g/km (ambos os casos<br />
segundo a norma WLTP)<br />
O DS7 Crossback E-Tense 4X4<br />
tem uma autonomia em modo totalmente<br />
elétrico de 50 km (WLTP),<br />
graças a uma bateria de 13,2 kW/h,<br />
autonomia suficiente para os trajetos<br />
quotidianos em cidade, do tipo<br />
casa/trabalho, ou em autoestrada<br />
a uma velocidade máxima de 135<br />
km/h.<br />
Cinco modos de condução<br />
O modelo pode oferecer<br />
cinco diferentes modos de condução.<br />
O “Zero Emissões” é o<br />
modo por defeito, onde cada arranque<br />
é feito em modo elétrico<br />
O<br />
novo Ford Focus, que a<br />
marca da oval azul está a lançar<br />
em Portugal, promete,<br />
por ser um modelo de maior volume,<br />
generalizar a conectividade<br />
condutor-carro.<br />
Isso é possível devido à instalação<br />
do modem FordPass Connect,<br />
que já está disponível em alguns<br />
modelos Ford, sobretudo comerciais,<br />
e a sua utilização em conjunto<br />
com a mais recente versão da aplicação<br />
FordPass (que chegará no fim<br />
de <strong>2018</strong>).<br />
Quando emparelhado com o<br />
smartphone através da aplicação<br />
FordPass, o FordPass Connect é<br />
mais potenciado. Ligar o motor à<br />
distância (no caso da versões de<br />
caixa automática), trancar ou destrancar<br />
o carro à distância ou saber<br />
onde o carro ficou estacionado são<br />
algumas das funcionalidades.<br />
A monitorização remota do<br />
veículo é possível através da app<br />
FordPass também é possível. Além<br />
de informações como o nível do<br />
combustível, a quilometragem ou a<br />
pressão dos pneus, pode receber-se<br />
alertas no smartphone. A app pode,<br />
por exemplo, informar quando se<br />
deve mudar o óleo, se uma lâmpada<br />
não funciona ou se o motor está a<br />
sobreaquecer. Os alertas indicam o<br />
problema exato e recomendam um<br />
procedimento. Além disso, pode ligar-se<br />
para a assistência em viagem<br />
ou marcar uma visita ao concessionário<br />
a partir da aplicação.<br />
Voltando ao hardware, o<br />
O DS7 Crossback é<br />
um SUV premium do<br />
segmento C.<br />
modem é de<br />
série na maioria<br />
dos níveis de<br />
equipamento<br />
do novo Focus<br />
(é opcional somente<br />
no nível<br />
Business e tem<br />
um custo de<br />
305 euros). A<br />
primeira funcionalidade<br />
é<br />
que transforma<br />
o veículo num ponto de acesso wi-fi<br />
para até dez dispositivos (dados<br />
grátis durante nove meses), informações<br />
de trânsito Live Traffic (grátis<br />
por dois anos) e a funcionalidade<br />
eCall de emergência (aqui para toda<br />
a vida útil do veículo).<br />
para privilegiar o conforto de<br />
condução, o silêncio de operação<br />
e a ausência de emissões de<br />
COA e de poluentes. O “Sport” privilegia<br />
a potência e o prazer de<br />
condução. O “Híbrido” otimiza<br />
automaticamente a performance<br />
e os consumos, com emissões de<br />
CO2 médias inferiores a 50 g/km.<br />
O “4WD” acrescenta motricidade<br />
e aderência em trajetos molhados,<br />
com areia ou neve. A função<br />
“Brake” regenera a energia elétrica<br />
nas fases de desaceleração e travagem,<br />
prolongando a sua autonomia.<br />
Por fim, a função “E-SAVE”<br />
permite reservar energia suficiente<br />
para rolar em modo 100 % elétrico<br />
nos últimos dez ou 20 km do trajeto.<br />
De referir ainda que a cartografia<br />
disponível no ecrã tátil do DS<br />
7 Crossback E-Tense 4x4 indica ao<br />
condutor, em tempo real, o perímetro<br />
que pode ser percorrido em<br />
modo elétrico, bem como as estações<br />
de carregamento.<br />
Por falar nisso, o carregamento<br />
da bateria é assegurado em duas<br />
horas numa tomada de 32A (graças<br />
a um carregador de 6,6 Kw) ou<br />
em oito horas numa tomada clássica<br />
de 8A.<br />
Ford Focus leva interação homem-máquina para outro nível<br />
A FordPass foi<br />
atualizada no novo<br />
Focus.
18 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 19<br />
Porsche renova Macan<br />
A<br />
Porsche renovou o SUV<br />
Macan. O modelo foi apresentado<br />
no Salão de Paris<br />
e daí chegou aos stands da marca<br />
na Europa. Construído na fábrica<br />
da Porsche em Leipzig, o SUV compacto<br />
está disponível em Portugal<br />
a partir de 73 830 euros. A gama<br />
de equipamentos de série foi alargada<br />
para incluir os faróis LED, o<br />
novo PCM com navegação online<br />
e o Connect Plus, e um sistema de<br />
alarme antirroubo com monitorização<br />
do habitáculo.<br />
Com renovações em termos de<br />
design, novas funcionalidades e<br />
tecnologias, o modelo é proposto<br />
com motor 2.0 a gasolina sobrealimentado<br />
de quatro cilindros. Com<br />
geometria da câmara de combustão<br />
melhorada e filtro de partículas<br />
de gasolina, este bloco debita 245<br />
cv e disponibiliza um binário máximo<br />
de 370 Nm. Em combinação<br />
com a caixa de dupla embraiagem<br />
PDK de sete velocidades, o Macan<br />
pode ir dos zero aos 100 km/h em<br />
6,7 segundos e alcançar uma velocidade<br />
máxima de 225 km/h. O<br />
O modelo já pode ser<br />
encomendado.<br />
O Macan tem motor<br />
2.0 sobrealimentado<br />
a gasolina.<br />
O Macan equipa<br />
o novo Porsche<br />
Communication<br />
Management.<br />
consumo de combustível misto<br />
anunciado (norma NEDC) é de 8,1<br />
l/100 km.<br />
O comportamento dinâmico<br />
mantém-se como a principal característica<br />
do Macan, segundo<br />
a Porsche. A marca indica que o<br />
chassis foi renovado e que aumenta<br />
o conforto e a diversão de<br />
condução. O construtor realça<br />
ainda o sistema inteligente de tração<br />
integral Porsche Traction Management<br />
(PTM).<br />
Em termos de design, o novo<br />
Macan integra um painel de luzes<br />
LED tridimensionais na traseira<br />
e luzes de travagem com quatro<br />
pontos. A tecnologia LED é oferecida<br />
de série nos redesenhados<br />
faróis dianteiros, enquanto o<br />
opcional Porsche Dynamic Light<br />
System Plus (PDLS Plus) pode<br />
ser utilizado para controlar a distribuição<br />
da luz de forma adaptativa.<br />
A dianteira do Macan foi<br />
redesenhada e parece agora ainda<br />
mais larga. O modelo passa, além<br />
disso, a estar disponível em quatro<br />
cores exteriores adicionais:<br />
Verde Mamba Metalizado, Prata<br />
Dolomite Metalizado, Azul Miami<br />
e Crayon.<br />
Mais conectividade<br />
O Porsche Macan oferece uma<br />
gama de possibilidades digitais<br />
através da utilização do novo<br />
Porsche Communication Management<br />
(PCM). O ecrã tátil full-HD<br />
tem agora 10,9 polegadas (anteriormente,<br />
7,2 polegadas). Tal<br />
como no Panamera e no Cayenne,<br />
a interface do utilizador pode ser<br />
adaptada para encaixar nos seus<br />
requisitos pessoais via mosaicos<br />
pré-definidos. Conectado de série,<br />
o novo sistema oferece navegação<br />
online, preparação para telemóvel,<br />
duas interfaces áudio e controlo<br />
por voz inteligente. Outras funcionalidades<br />
propostas de série<br />
são o Porsche Connect Plus (com<br />
modulo de telefone LTE e leitor<br />
de cartões SIM), o hotspot WLAN<br />
e um conjunto de serviços Porsche<br />
Connect. A possibilidade de<br />
ligação ao Here Cloud, que é utilizada<br />
para efeitos de navegação,<br />
é essencial. A cloud possibilita ao<br />
condutor ter dados sempre atualizados,<br />
permitindo assim que as<br />
rotas sejam calculadas rapidamente.<br />
A app Porsche Connect e<br />
a app Porsche Car Connect oferecem<br />
ao condutor a possibilidade<br />
comunicar com o Macan através<br />
do seu smartphone. A app Offroad<br />
Precision pode ser utilizada para<br />
tornar a experiência em todo-o-<br />
-terreno no Macan ainda mais visceral<br />
e gravá-la.<br />
Departamento Técnico do CEPRA - Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel<br />
Discos de travão de cerâmica<br />
Os componentes principais de um<br />
sistema de travagem de disco<br />
são a pinça, as pastilhas e o disco<br />
de travão. O disco de travão está instalado<br />
no cubo da roda e roda à medida<br />
que o veículo se move. No processo<br />
de travagem, a pressão hidráulica na<br />
pinça de travão é convertida em força<br />
de aplicação mecânica que pressiona as<br />
pastilhas de travão contra o disco de travão,<br />
criando atrito que faz desacelerar o<br />
disco e, como consequência, a roda. O<br />
atrito entre o disco e as pastilhas converte<br />
a energia cinética do veículo em<br />
energia térmica, permitindo assim a<br />
redução da velocidade. O veículo deve<br />
desacelerar de forma segura e confortável<br />
para os seus ocupantes, em todos<br />
os momentos e condições de condução,<br />
ou imobilizar-se totalmente quando necessário.<br />
90% do calor gerado durante o<br />
processo de travagem é absorvido inicialmente<br />
no disco de travão, onde é armazenado.<br />
O calor é então transmitido<br />
para o ar ambiente, o que faz com que<br />
o disco de travão funcione como um<br />
permutador de calor. No entanto, a sua<br />
capacidade de absorver calor é limitada,<br />
pelo que o calor deve ser dissipado de<br />
forma rápida para o ar ambiente para<br />
evitar danos por sobreaquecimento e<br />
fenómenos de fading. As superfícies de<br />
fricção do disco podem atingir temperaturas<br />
de cerca de 700° C.<br />
O material do disco de travão deve<br />
ser capaz de suportar o esforço mecânico<br />
aplicado como resultado das forças<br />
e tensões aplicadas durante o processo<br />
de travagem, de suportar as forças centrífugas<br />
devido ao movimento de rotação,<br />
de suportar as cargas térmicas,<br />
nomeadamente temperaturas muito<br />
elevadas e também de resistir à corrosão.<br />
A maioria dos discos de travão utilizados<br />
nos veículos automóveis são feitos<br />
de ferro fundido cinzento especial,<br />
ao qual se aplicam elementos de liga,<br />
como o cromo e o molibdénio, que aumentam<br />
a resistência ao desgaste e melhoram<br />
as suas características. Para além<br />
disso, um alto teor de carbono aumenta<br />
as taxas de absorção de calor.<br />
Mas tem sido grande a evolução, nos<br />
materiais dos discos de travão, e atualmente,<br />
os materiais cerâmicos (cerâmica<br />
de fibra de carbono ou cerâmica de carbono)<br />
são cada vez mais usados no fabrico<br />
de discos de travão dos veículos<br />
automóveis. Antes da evolução para a<br />
cerâmica surgiram primeiro os discos<br />
de carbono.<br />
Foi na indústria aeronáutica que<br />
foram inicialmente utilizados discos de<br />
carbono em sistemas de travagem. Foi<br />
em meados dos anos setenta do século
20 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 21<br />
vinte, mais concretamente por volta de<br />
1976, que o consórcio formado pela<br />
fabricante aeronáutica inglesa British<br />
Aircraft Corporation e a francesa Aerospatiale<br />
usou discos de travão de carbono<br />
no avião comercial supersónico<br />
Concorde.<br />
Em 1979, os discos de carbono<br />
apareceram pela primeira vez no automobilismo,<br />
através da equipa inglesa<br />
Brabham do campeonato do mundo<br />
de F1. Os discos de carbono são essencialmente<br />
constituídos por compósitos<br />
de carbono-carbono ou compósitos de<br />
matriz de carbono reforçados com fibra<br />
à base de carbono.<br />
Materiais reforçados com fibra têm<br />
propriedades de materiais especiais que<br />
os tornam ideais para determinadas aplicações,<br />
como é o caso dos sistemas de<br />
travagem. Estas incluem, em particular,<br />
alta resistência a baixa massa por unidade<br />
de área, alta resistência à temperatura<br />
e excelentes propriedades de desgaste.<br />
As fibras de carbono são um material de<br />
elevado desempenho e são usadas em<br />
componentes que precisam de ser mecanicamente<br />
robustos, mas leves.<br />
Em relação aos discos metálicos de<br />
ferro fundido convencionais, os discos<br />
de travão de carbono apresentam vantagens<br />
significativas: em primeiro lugar,<br />
são mais leves, contribuindo para a diminuição<br />
das massas rotativas não suspensas<br />
do veículo, com todas as vantagens<br />
que daí advêm. Em segundo lugar, possuem<br />
uma elevada eficiência a altas<br />
temperaturas. A sua eficiência não diminui<br />
com o aumento da temperatura das<br />
suas superfícies de atrito, que acontece<br />
devido ao fenómeno de fading. O fading<br />
consiste na perda de eficiência de travagem<br />
devido a excesso de temperatura. A<br />
temperatura é gerada pelo próprio sistema<br />
de travagem, devido ao contacto<br />
entre as pastilhas e o disco de travão.<br />
Durante o processo de desaceleração<br />
na travagem, a energia cinética criada<br />
pela rotação do disco é transformada em<br />
energia térmica devido ao atrito entre<br />
as superfícies do disco e as patilhas. Mas<br />
a temperatura gerada tem um limite,<br />
que, quando ultrapassado, gera excesso<br />
de concentração de calor, o que reduz<br />
abruptamente o coeficiente de atrito e<br />
assim a capacidade de travagem. É o fenómeno<br />
de fading. Por isso, tão importante<br />
é a geração de calor na travagem<br />
como a dissipação do excesso de calor.<br />
Desde o seu aparecimento, os discos<br />
de carbono passaram a ser muito utilizados<br />
com sucesso no automobilismo.<br />
Em relação à utilização de travões<br />
de carbono nos veículos de estrada,<br />
existem, no entanto, algumas desvantagens:<br />
a eficiência dos discos de carbono<br />
é pequena quando a temperatura não é<br />
muito elevada. Enquanto no automobilismo<br />
a ênfase está no alto desempenho<br />
de travagem em altas temperaturas,<br />
critérios como resistência ao desgaste,<br />
controlabilidade, conforto e custo são fatores<br />
muito importantes no caso de veículos<br />
de estrada de produção em série.<br />
No automobilismo, os discos e pastilhas<br />
de travão de carbono precisam<br />
de atingir primeiro uma determinada<br />
temperatura, antes que possam produzir<br />
fricção suficiente para alcançar um<br />
desempenho de travagem satisfatório.<br />
Este tipo de comportamento seria inaceitável<br />
em veículos de estrada de produção<br />
em série. Por outro lado, a vida<br />
útil dos discos de carbono é relativamente<br />
reduzida.<br />
Estas questões podem ter uma importância<br />
menor num circuito de automobilismo,<br />
onde os travões podem<br />
atingir rapidamente temperaturas elevadas<br />
e o número de discos a utilizar<br />
numa época desportiva não é relevante,<br />
mas têm muito significado num veículo<br />
de estrada. Além disso, os discos de carbono<br />
são bastante mais caros, pois o<br />
seu processo de fabrico é bastante mais<br />
complexo do que o dos discos convencionais<br />
metálicos de ferro fundido. Por<br />
estes factos, os discos de carbono são<br />
desde há muito utilizados no automobilismo,<br />
mas não foram largamente usados<br />
em veículos de estrada, incluindo<br />
mesmo os veículos mais desportivos.<br />
No sentido de ultrapassar estas desvantagens<br />
na utilização em veículos<br />
de estrada, a engenharia de materiais<br />
empenhou-se no desenvolvimento de<br />
novos materiais para os discos de travão,<br />
que proporcionassem um desempenho<br />
de travagem superior em todas<br />
as condições de operação, dando origem<br />
ao surgimento de um material de<br />
alta tecnologia, mais concretamente,<br />
a cerâmica. Foi no Salão Automóvel<br />
de Frankfurt (IAA - Internationale Automobil-Ausstellung)<br />
em 1999, que<br />
foram pela primeira vez apresentados<br />
ao público travões de discos de carbono-cerâmica.<br />
Tratou-se do início de uma<br />
revolução na tecnologia de materiais<br />
dos sistemas de travagem de disco.<br />
Em sequência disto, a fabricante<br />
Porsche apresentou pela primeira vez,<br />
em 2001, discos de cerâmica no seu modelo<br />
911 GT2, baseado na linha 996 do<br />
modelo 911 Turbo. Estes travões de disco<br />
de cerâmica ficaram conhecidos pela<br />
sigla PCCB (Porsche Ceramic Composite<br />
Brake). Revelou-se desde logo como um<br />
salto tecnológico significativo ao nível<br />
dos travões de disco. A partir daqui, durante<br />
a década de 2000, várias marcas de<br />
topo, entre elas a Ferrari, Bentley, Lamborghini,<br />
Mercedes-Maclaren, Audi e<br />
Bugatti, começaram a introduzir travões<br />
de discos de carbono-cerâmica nos seus<br />
veículos superdesportivos.<br />
O Audi A8 de 2006 foi o primeiro<br />
veículo de produção em série da Audi<br />
a possuir como equipamento opcional<br />
um sistema de travagem de discos de<br />
cerâmica. Por volta de 2008, o Audi Q7<br />
V12 TDI foi o primeiro veículo da Audi<br />
a possuir um sistema de travagem de<br />
discos de cerâmica como equipamento<br />
de série.<br />
Devido às suas propriedades materiais,<br />
os sistemas de travagem de discos<br />
de cerâmica têm grandes vantagens<br />
sobre os sistemas de travagem de discos<br />
convencionais, particularmente<br />
quando usados em veículos de elevada<br />
performance e em veículos que fazem<br />
elevadas quilometragens.<br />
O carboneto de silício (SiC) reforçado<br />
com fibras de carbono (C) é um<br />
exemplo de material cerâmico, concebido<br />
para ser utilizado nos discos de travão<br />
de veículos de estrada de produção<br />
em série.<br />
O carboneto de silício tem propriedades<br />
semelhantes ao diamante. É um material<br />
muito duro e, consequentemente,<br />
tem uma resistência muito elevada ao<br />
desgaste, possuindo também uma resistência<br />
química e térmica muito boa.<br />
Tal como o diamante, o carboneto<br />
de silício é quebradiço, pelo que, para<br />
se utilizar este material quebradiço em<br />
discos de travão, são adicionadas fibras<br />
de carbono de reforço à matriz de carboneto<br />
de silício. O material resultante<br />
(C/SiC) é um material cerâmico que é<br />
muito mais forte e muito mais resistente<br />
à fratura, além de ter uma tolerância a<br />
danos significativamente maior devido<br />
ao seu comportamento pseudoplástico.<br />
Quando usados como material de<br />
disco de travão, os materiais cerâmicos,<br />
tal como o carboneto de silício reforçado<br />
com fibras de carbono (C/SiC),<br />
têm vantagens significativas em relação<br />
aos materiais metálicos convencionais<br />
de disco travão, como é o caso do ferro<br />
fundido. Têm, entre outras, as seguintes<br />
vantagens: possuem elevados níveis de<br />
desempenho no processo de travagem;<br />
são mais leves, o que reduz as massas<br />
rotativas não suspensas no veículo, reduzindo<br />
o peso por roda em cerca de<br />
50%; são altamente resistentes ao desgaste<br />
e duram quatro vezes mais que<br />
os discos de travão convencionais; possuem<br />
uma maior resistência a choques<br />
térmicos (mudanças rápidas de temperatura),<br />
fazendo com que praticamente<br />
não ocorra nenhuma deformação geométrica<br />
ou dimensional do disco de<br />
travão sob choques térmicos. Os discos<br />
possuem, assim, uma alta estabilidade<br />
dimensional em todas as faixas de temperatura.<br />
Possuem uma alta resistência<br />
térmica, que resulta em menos perda de<br />
atrito entre a pastilha e o disco de travão<br />
em temperaturas elevadas (fenómeno<br />
de fading). E possuem uma vida<br />
útil extremamente longa.<br />
Quanto a desvantagens, os discos<br />
de cerâmica possuem uma baixa condutividade<br />
térmica (que pode requerer<br />
materiais especiais para as pastilhas<br />
de travão) e preço muito alto. O preço<br />
elevado explica, em parte, a razão pela<br />
qual, atualmente, os discos de travão<br />
de cerâmica são usados sobretudo em<br />
veículos de segmentos altos, potências<br />
elevadas e desportivos.<br />
Discos de cerâmica<br />
Disco de ferro fundido<br />
O fabrico de um disco de travão de<br />
cerâmica é um processo extremamente<br />
complexo. Muitas das etapas de processamento<br />
são executadas manualmente<br />
e consomem muito tempo. Para atender<br />
aos altos padrões de qualidade exigidos,<br />
o disco de travão passa por várias etapas<br />
de acabamento tecnicamente complexas.<br />
No caso de um disco de travão de cerâmica<br />
de carboneto de silício reforçado<br />
com fibras de carbono (C/SiC), o material<br />
primário para a produção do disco<br />
é um composto de fibras de carbono de<br />
diferentes comprimentos e resina fenólica.<br />
Este composto é compactado sob<br />
pressão e temperatura e endurecido<br />
para produzir o que é conhecido como<br />
material de plástico reforçado com carbono<br />
(CRP). O disco é a seguir tratado<br />
termicamente a uma temperatura de<br />
aproximadamente 900°C num ambiente<br />
livre de oxigénio, num processo<br />
de carbonização, durante o qual a resina<br />
fenólica é convertida em carbono, produzindo<br />
um material de carbono reforçado<br />
com fibra de carbono (C/C).<br />
Após um estágio intermédio de maquinação<br />
mecânica, o silício fundido é<br />
infiltrado na placa (C/C), num processo<br />
de siliconização, em fornos a vácuo a<br />
temperaturas acima de 1500°C. A matriz<br />
de carbono reage com o silício fundido<br />
para produzir carboneto de silício<br />
enquanto preserva as fibras de carbono<br />
de reforço dentro da microestrutura.<br />
Este processo produz um disco de<br />
atrito cerâmico de carboneto de silício<br />
reforçado com fibras de carbono (C/SiC).<br />
Um disco de travão de cerâmica<br />
possui uma camada de fricção em<br />
cada lado, que são feitas de um material<br />
ligeiramente diferente do substrato<br />
que fica por baixo, que tem a tarefa de<br />
transmitir resistência ao componente e<br />
absorver energia da travagem. Geralmente,<br />
os discos de travão de cerâmica<br />
são ventilados por meio de condutas de<br />
arrefecimento, de forma a maximizar a<br />
eficiência de arrefecimento dos travões.
22 outubro <strong>2018</strong><br />
outubro <strong>2018</strong> 23<br />
O anel do disco de travão de cerâmica<br />
(C/SiC) consiste basicamente em<br />
três componentes de materiais diferentes.<br />
A matriz é composta de carboneto<br />
de silício e silício livre reforçado por<br />
fibras de carbono incorporadas. A proporção<br />
de cerâmica de carboneto de<br />
silício é muito maior nas camadas de<br />
fricção do que no substrato, uma vez<br />
que a dureza da superfície e a resistência<br />
ao desgaste são fatores-chave. No<br />
substrato, por outro lado, a proporção<br />
de fibras de carbono é correspondentemente<br />
maior, a fim de garantir uma<br />
resistência suficiente ao componente.<br />
Departamento Técnico<br />
Como o disco de travão de cerâmica<br />
e a pastilha de travão estão sujeitos a<br />
temperaturas mais altas do que nos sistemas<br />
de travagem convencionais, são<br />
necessárias pinças de travão especiais.<br />
É importante evitar a transferência de<br />
altas temperaturas da pastilha de travão<br />
e do êmbolo de travão para o fluido de<br />
travões. O fluido de travões em ebulição<br />
produziria bolhas de vapor e, portanto,<br />
ar no sistema de travagem. Para evitar<br />
isso, alguns fabricantes colocam isoladores<br />
cerâmicos de óxido de zircónio<br />
entre o êmbolo de travão e a pastilha<br />
de travão.<br />
Os discos de travão de cerâmica<br />
comportam-se diferentemente dos<br />
discos de travão convencionais no molhado,<br />
devido às suas propriedades<br />
materiais. Existe uma função integrada<br />
no sistema ESP (Electronic Stability Program)<br />
de alguns veículos com travões<br />
de cerâmica, conhecida por BDW (Brake<br />
Disc Wiper). Quando as pastilhas de travão<br />
são aplicadas em molhado, a superfície<br />
do disco de travão é ciclicamente<br />
seca e limpa.<br />
No entanto, em determinadas situações,<br />
em estradas salgadas e em<br />
condições de chuva e piso molhado, a<br />
potência de travagem pode ser semelhante<br />
à de um sistema de travagem<br />
com discos de travão convencionais. Um<br />
condutor acostumado ao alto desempenho<br />
de travagem de um sistema de travagem<br />
de disco de cerâmica pode por<br />
vezes sentir uma redução no desempenho<br />
da travagem.<br />
Atualmente, todas as marcas de<br />
topo que possuem veículos de alta performance<br />
têm na sua oferta veículos<br />
com sistemas de travagem com discos<br />
de cerâmica. Alguns veículos possuem<br />
este equipamento de série e outros<br />
como equipamento opcional. O preço<br />
continua a ser elevado, mas a cerâmica<br />
continua também a ser a melhor resposta<br />
tecnológica.<br />
Etiquetas em baterias automóveis | gestão do resíduo<br />
No seguimento das recentes alterações<br />
no que respeita à importação de veículos<br />
automóveis, designadamente no que respeita<br />
às obrigações impostas às empresas<br />
que importam viaturas, e que têm a obrigação<br />
de submeter alguns dos componentes<br />
destas a sistemas de gestão de resíduos,<br />
fomos alertados para a eventual necessidade<br />
de encarar as etiquetas apostas nas<br />
baterias automóveis como embalagem primária<br />
em produto para grande consumo<br />
(consumidor final).<br />
Essa eventualidade obrigaria a que as<br />
empresas que colocassem no mercado<br />
nacional os carros, que têm naturalmente<br />
incorporada a bateria, terem que aderir a<br />
sistema de gestão desses resíduos.<br />
Como tal, solicitámos junto da Agência<br />
Portuguesa do Ambiente (APA) entendimento<br />
sobre a situação em apreço.<br />
Explicando que as etiquetas existentes<br />
nas baterias não são retiradas em qualquer<br />
momento da vida útil da mesma, sendo<br />
isso feito pelo operador de gestão de resíduos<br />
quando o componente é desmantelado,<br />
foi-nos dado indicação pela APA que<br />
os rótulos não deverão ser considerados<br />
embalagem com obrigatoriedade de gestão<br />
de resíduo por parte do importador.<br />
Deixamos em seguida excerto do esclarecimento<br />
da APA, para melhor esclarecimento:<br />
“(…) o rótulo da bateria poderá enquadrar-se<br />
no Anexo II do Decreto-Lei n.º<br />
152-D/2017, de 11 de dezembro, alínea c),<br />
ponto iii), que refere que:<br />
“Os acessórios diretamente apensos<br />
ou apostos a um produto e que desempenhem<br />
uma função de embalagem,<br />
com exceção dos casos em que são parte<br />
integrante desse produto, destinando-se<br />
a ser consumidos ou eliminados em conjunto.”<br />
Assim, caso efetivamente o rótulo da<br />
bateria seja eliminado em conjunto com a<br />
própria, julga-se que não se enquadrará no<br />
Diploma Legal enquanto embalagem, não<br />
necessitando, por este motivo, o rótulo de<br />
cumprir as obrigações dos artigos 19º e 22º<br />
do diploma anteriormente referido. (…)”<br />
Formação Profissional - <strong>2018</strong><br />
DIAGNÓSTICO E REPARAÇÃO EM SISTEMAS ANTIPOLUIÇÃO /<br />
SOBREALIMENTAÇÃO<br />
<strong>ARAN</strong><br />
Curso Tip. Local Carga Datas Horário Valor<br />
MOD ALBUFEIRA 50H 09 A 25 OUT <strong>2018</strong> 19H – 23H 120,00G<br />
VEÍCULOS ELÉTRICOS CD FAFE 12H 06 A 08 NOV <strong>2018</strong> 19H – 23H 135,00G<br />
AR CONDICIONADO<br />
CD<br />
GAFANHA DA<br />
ENCARNAÇÃO<br />
14H 27 A 30 NOV <strong>2018</strong> 19H – 23H 150,00G<br />
VEÍCULOS COM PROPULSÃO HÍBRIDA CD BRAGA 16H A CONFIRMAR 19H – 23H 135,00G<br />
OBRIGAÇÕES LEGAIS DO EMPREGADOR NO DOMÍNIO LABORAL TRV BRAGA 35H 3 A 13 DEZ <strong>2018</strong> 19H – 23H 123,80G<br />
CEPRA _ NORTE<br />
GESTÃO ELETRÓNICA DE MOTORES CD MAIA 7H 29 – 30 OUT <strong>2018</strong> 19H – 23H 70,00G<br />
ALTERNADORES – REPARAÇÃO E VERIFICAÇÃO CD MAIA 16H 12 – 15 NOV <strong>2018</strong> 19H – 23H 105,00G<br />
RETOQUES DE PINTURA MOD MAIA 50H 28 NOV – 14 DEZ <strong>2018</strong> 19H – 23H 120,00G<br />
CEPRA _ SUL<br />
VEÍCULOS ELÉTRICOS CD PRIOR VELHO 12H 09 A 11 OUT <strong>2018</strong> 19H – 23H 135,00G<br />
NOTA INFORMATIVA 1<br />
Segundo o art.º 131º, nº 2, do Código do Trabalho, o empregador está obrigado a garantir a cada trabalhador o direito individual à formação profissional através de um nº mínimo de 35 horas anuais,<br />
sob pena de o seu incumprimento constituir uma contraordenação grave.<br />
NOTA INFORMATIVA 2<br />
De acordo com nº 1 e 6 do artigo 20º, da Lei nº. 102/2009, de 10 de Setembro, o trabalhador deve receber uma formação adequada no domínio da segurança e saúde no trabalho, tendo em atenção o<br />
posto de trabalho e o exercício de actividades de risco elevado (nº.1). Constitui contraordenação grave a violação do disposto no nº. 1 (nº. 6).<br />
ESTE PLANO PODERÁ SOFRER ALTERAÇÕES<br />
CONDIÇÕES DE PAGAMENTO ASSOCIADOS <strong>ARAN</strong> (QUOTAS EM DIA)<br />
Cursos Tipologia MOD 50h – 89,00€ | 25h – 45,00€<br />
Cursos Tipologia CD e PS desconto de 15% sobre o valor<br />
DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA CURSOS TIPOLOGIA MOD<br />
• Ficha de Inscrição (preenchida na sua totalidade e de forma legível)<br />
• Certificado de Habilitações Literárias<br />
• Situação Face ao Emprego (trabalhadores por conta d’outrém - declaração da entidade patronal<br />
trabalhadores por conta própria - declaração de início de actividade)<br />
• Pagamento (comprovativo de Transferência Bancária para o IBAN PT 50 0035 0442 0000 2848 9306 9)
24 outubro correia <strong>2018</strong> correia<br />
r<br />
. Gestao de Residuos lndustriais Especiais. S1Stema Nac1onal de Recolha, Acond1cionamento e Transporte de residuos industria1s espec1a1s no sedor Autom6vel e lndUstna em geral. Reoolha e Transporte de residuos liqutdos e lamas em<br />
Cisterna (Hidroaspiradores) • separadores de hidrocarbonetos e gorduras alimentares. Caraclerizac;ao, T,iagem, Acondic1onamento, Armazenamento temporario,Tralamento e Exportac;:ao de Residua. Estabilizao e Deposir;aCJ de Resfduos Estabilizados<br />
Tratamento ffs,co-qulm,co e blol6B1co de Aguas residuals.em ET/\Jll propna Conllolo Laboratorial de oleos usados e Aguas res,dua,s Umpeza de tanques<br />
I<br />
Sede.<br />
Ap.76, Zona Industrial, LI 45<br />
6104-909 Semi<br />
T 274 600 000 · f 274 600009<br />
E-mall lnfo@corre1&(:(Jfreia.com<br />
Del. Norte.<br />
Zooa lnd. Var'Ziela, Ru.a 6 1 LI 14<br />
44801;18 lwore . v," do Coodo<br />
T 252 637 410 · f 252 637 420<br />
E-mail geralnorte@c:arrela-corresa.com<br />
www.correia-correia.com