GAZETA DIARIO 730

10 Geral Foz do Iguaçu, sexta, sábado e domingo, 16, 17 e 18 de novembro de 2018
Idgar Dias Junior
Olá, caro leitor. Bom dia!
'Carpe diem!'
- Hoje, quinta-feira, dia 16 de novembro, é celebrado o 'Dia
Internacional da Tolerância';
- Também hoje é o 'Dia Nacional de Atenção à Dislexia'.
Tragédia anunciada
"Entre atos de resistência e frentes democráticas, parte dos dirigentes
do PT reconhece que a derrota do partido na eleição abre uma era
inédita de adversidades. Com a vitória de Jair Bolsonaro, a prisão
prolongada de Lula e o desgaste da imagem da sigla, os petistas se
armam para uma batalha duradoura.
O diagnóstico já foi feito por quadros considerados mais combativos,
como José Dirceu, Gilberto Carvalho e Gleisi Hoffmann. A maioria
prevê um trabalho duro de reconstrução política, enquanto os mais
pessimistas temem uma tentativa de asfixia da legenda nos
próximos anos.
'É uma luta de longo prazo. Não nos iludamos', alertou Dirceu, que
presidiu o PT nos anos que antecederam a eleição de Lula. Em
lançamento de suas memórias, na segunda (12), o ex-ministro disse
que Bolsonaro tem uma base social forte que deve mantê-lo no
poder por anos.
Alguns petistas enxergam na eleição de Bolsonaro a cristalização de
um ambiente desfavorável à sigla também nas instituições do país. Os
esforços pela libertação de Lula, por exemplo, tenderiam a perder força.
'Nós morremos de medo. Quando [Bolsonaro] tomar posse com Lula
preso, não sabemos o que vai acontecer. Tudo que ele fala é no sentido
de que o Lula morra de podre na cadeia', disse Gilberto Carvalho, que
foi braço direito do ex-presidente, em entrevista à BBC Brasil.
A escolha de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça e a
manutenção do discurso anticorrupção com as cores do partido
ampliam esse receio. Dirigentes temem ainda que a Justiça Eleitoral
obrigue o PT a pagar R$ 20 milhões para devolver o dinheiro gasto
com a candidatura de Lula ou reabra processos que pedem a
cassação do registro da sigla.
Para Gilberto Carvalho, a legenda também precisará enfrentar seus
erros e apagar as manchas de corrupção que devastaram o partido.
'Isso, sim, a gente tem que encarar, que eu chamo de a gente visitar os
nossos demônios', declarou. Alguns petistas já arrumam as malas para
uma temporada nas trevas".
Do jornalista Bruno Boghossian, na Folha de São Paulo.
Tragédia anunciada (2)
O signatário já tratou do assunto neste espaço e acha que o articulista
da Folha tem razão. O Partido dos Trabalhadores perdeu para sempre a
oportunidade histórica de ser o protagonista da tão sonhada e pretendida
redenção nacional. E há alguns agravantes: a insistência em narrativas
descabidas como 'Lula Livre', os ataques quase que diários a
instituições como o Exército e o Judiciário e iniciativas como a de
resistência (não seria melhor reconhecer a derrota?) ao novo governo
só fazem piorar a já combalida situação do capital político da
agremiação. O partido corre o sério risco de perder a hora 'de enfrentar
seus erros' (Gilberto Carvalho talvez quisesse dizer 'autocrítica', né?) e
acelerar o processo de irrelevância que se avizinha.
Contato: idgar_dias@hotmail.com
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Chegou a sexta-feira e com ela o fim de semana! Boa jornada!
Sorte e saúde sempre!
FERIADÃO
Mesmo com o dólar alto, movimento
foi bom em Ciudad del Este
Turistas aproveitam para conhecer as belezas naturais da
fronteira e fazer compras no Paraguai; dólar chegou a R$ 3,90
Da redação
Reportagem
Apesar de o dólar continuar
em alta, o movimento
em Ciudad del Este, neste
feriado da República, foi
melhor que o esperado. Bem
cedo os turistas começaram
atravessar a Ponte da Amizade
para aproveitar as
ofertas que muitas lojas estão
fazendo nesta época.
Este ano foi péssimo
para o comércio de Ciudad
del Este, uma vez que o dólar
chegou a quebrar a barreira
dos R$ 4. Neste dia 15,
o dólar variou entre R$ 3,80
e R$ 3,90, mas ainda é muito
alto para os brasileiros.
Em agosto, quando o
dólar chegou a R$ 4, lideranças
comerciais do país
vizinho disseram que o
movimento em 2018 caiu
50%, provocando desemprego
de mais de três mil
pessoas.
O casal de turistas paulista
Adolfo e Stella Pedroso
fazia compras no microcentro
nessa quinta-feira.
"O dólar está alto, mesmo
assim vamos comprar alguns
produtos que não existem
ou estão mais caro no
Brasil. Se deixarmos para o
Natal ou final de ano, pode
ficar pior, porque nunca se
sabe como a moeda norteamericana
vai se comportar",
disse Adolfo.
Os comerciantes torcem
para que o dólar caia para
Nosso repórter fotográfico, Roger Meireles, foi até Ciudad del Este,
na manhã de quinta-feira, e registrou o movimento
R$ 3,50 e depositam muita
esperança no presidente
eleito do Brasil, Jair Bolsonaro.
"A eleição dele foi
positiva, e nós acreditamos
que o dólar vai cair. Se isso
ocorrer, poderemos salvar
parte dos prejuízos com as
vendas de final de ano", comentou
um comerciante libanês.
Ele acredita que no
sábado (17) e no domingo
(18) o movimento seja ainda
melhor.
A turista Mariana Ferraz
de Alexandre foi às compras
junto com duas filhas. "Compramos
cosméticos, algumas
bugigangas e presentes para
amigos e parentes. O dólar
continua alto, mas a gente
procurou bastante e pechinchamos
muito; deu para levar
bastante coisa", disse ela
ao voltar do Paraguai no final
da tarde. "Amanhã vamos
conhecer as Cataratas",
comentou Mariana.
O Gazeta Diário não
conseguiu contato com a
Câmara de Comércio nem
com o Centro de Importadores
para obter informações
corretas sobre o movimento,
mas acredita-se que
o aumento tenha sido superior
a 50% em relação aos
dias normais.
Diversificação da
economia
O secretário de Planejamento
e de Governo de
Alto Paraná, José Maria Ayala,
disse que Ciudad del Este
começou a diversificar suas
atividades econômicas para
não depender apenas do turismo
de compras. Ele citou
que o agronegócio já é muito
forte e que o setor industrial
está desenvolvendo-se
com a indústria da maquila.
Ayala acrescentou que a
participação do poder público
e da iniciativa privada
é muito salutar para essa
mudança. "O desenvolvimento
de Ciudad del Este
deve ser pensado por uma
perspectiva estadual. Pela
primeira vez estamos pensando
em um plano de ordenamento
territorial que
será dividido em seis núcleos
de desenvolvimento, que
possa incluir Puerto Franco
e também Foz do Iguaçu",
concluiu.
Foto: Roger Meireles