ANO 9 Nº 50 - Agosto / Setembro de 2018
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Extraconsultório.<br />
Cooperado<br />
lança livro <strong>de</strong><br />
memórias<br />
Há quatro anos, ao ser inventariante da casa on<strong>de</strong> seu avô morava, o<br />
cooperado Geraldo Silva Queiroz, acupunturista, mastologista e oncologista,<br />
encontrou um enorme material <strong>de</strong> memórias e fotos <strong>de</strong><br />
seus antepassados. Diante <strong>de</strong>sse fato inusitado, o médico sentiu necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> escrever um livro contando toda história <strong>de</strong> seu avô, e assim nasceu<br />
Lembranças <strong>de</strong> um pioneiro (Osterno Potenciano e Silva - Corumbaíba, Nova<br />
Aurora, Goiandira e Goiânia/Campinas).<br />
No começo, sua família estranhou a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> retratar o patriarca em um<br />
livro. “Eles me perguntaram se eu estava doido. Um médico querendo escrever<br />
um livro, ainda mais sobre memórias? Ainda mais sendo uma escrita totalmente<br />
literária, nada técnico, nem da minha área. Mas quando vi o material e,<br />
sabendo como ele me ajudou, quis que outras pessoas o conhecessem”, conta.<br />
A i<strong>de</strong>ia inicial era que o livro fosse apenas para a família, mas o potencial<br />
da obra se revelou muito maior, e o médico procurou uma editora para fazer<br />
o lançamento.<br />
“Ao ler as memórias do meu avô, encontrei muitas respostas<br />
para minhas inquietu<strong>de</strong>s, para minhas dificulda<strong>de</strong>s<br />
existenciais. Percebi que se isso aconteceu comigo, outras<br />
pessoas também po<strong>de</strong>riam se i<strong>de</strong>ntificar. Meu avô era um<br />
autodidata e apren<strong>de</strong>u a ler e a escrever sozinho. Naquela<br />
época era algo muito gran<strong>de</strong>. Ele era um homem à frente do<br />
seu tempo”, explica o médico com os olhos marejados <strong>de</strong> orgulho. “Tem uma<br />
passagem do livro, da qual eu gosto muito, que diz assim: ‘o <strong>de</strong>ver sagrado do<br />
homem neste mundo é ser útil à humanida<strong>de</strong>, fazer o bem e não ver a quem;<br />
não é com dinheiro que se dá esmola, a verda<strong>de</strong>ira esmola é procurar ser<br />
menos pesado à humanida<strong>de</strong> e arcar com suas consequências com prazer e<br />
satisfação, mostrando o caminho da tolerância sem olhar para trás’”.<br />
O cooperado também conta que o avô participou do Grupo Pró-Melhoramento<br />
<strong>de</strong> Campinas e Adjacências e sempre priorizou a educação, fato que<br />
inspirou o nome <strong>de</strong> uma escola municipal e também <strong>de</strong> uma rua que levam<br />
seu nome, ambas no Setor Castelo Branco.<br />
“Meu avô nunca participou da política, sempre<br />
fez tudo <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e séria”, diz enfático<br />
o neto. O médico também aproveita para afirmar que<br />
não vai parar <strong>de</strong> escrever. “Agora eu peguei o jeito da<br />
coisa, vou escrever muitos outros livros por aí”, diz rindo.<br />
O lançamento <strong>de</strong> Lembranças <strong>de</strong> um pioneiro (Osterno<br />
Potenciano e Silva - Corumbaíba, Nova Aurora,<br />
Goiandira e Goiânia/Campinas) aconteceu no dia 7 <strong>de</strong><br />
agosto, na Escola Municipal Osterno Potenciano e Silva.<br />
Coletiva | agosto • setembro / <strong>2018</strong>