Revista Muhammad Ali Top Top

PUNCH
“Eu sou o maior, eu disse
isso antes mesmo de
saber que eu o era”
Muhammad Ali
PUNCH - Muhammad ali
CONHEÇA A HISTÓRIA DE CASSIUS MARCELLUS CLAY JR

1O INÍCIO NO BOXE
(Cassius Clay Jr. (à esquerda) ao lado de seu irmão
mais novo Rudolph Valentino Clay (à direita)
Cassius Marcellus Clay Jr.
nasceu no dia 17 de janeiro de
1942, em Louisville, cidade que
fica ao noroeste do estado de
Kentucky, nos Estados Unidos.
Ele recebeu o nome de seu
pai, Cassius Marcellus Clay Sr.
(1912-1990), que por sua vez foi
nomeado em homenagem ao político
republicano do século 19 e
abolicionista que também havia
morado no estado de Kentucky.
O pequeno Cassius Clay
era descendente de escravos
afro-americanos do sul estadunidenste
e também com
herança irlandesa e inglesa.
Testes de DNA realizados no
ano de 2018 revelaram, por
meio de avó paterna, que Ali
era descendente do heróico escravo
Archer Alexander, mas
precisamente seu tataravô.
Archer Alexander foi um escravo
que lutou, nos EUA, tanto por sua
liberdade quanto contra a escravidão,
fornecendo, após fugir do
cativeiro, informações ao Exército
da União, durante a Guerra Civil.
(Fotografia do heroico Archer
Alexander)

Seu pai era pintor de cartazes e placas, e sua mãe, Odessa Clay (1917-
1994), er ajudante doméstica. Embora Cassius Sr. fosse metodista,
ele permitiu que Odessa convertesse tanto Cassiur Jr. como seu irmão
mais novo Rudolph “Rudy” Clay, como membros da Igreja Batista.
Cassius Jr. freqüentou a Central High School, em Louisville. Ele sofria com
dislexia, o que o levou a ter dificuldades de leitura e escrita, na escola e durante
grande parte de sua vida. Ali cresceu em meio à segregação racial . Sua mãe
relembrou uma ocasião em que lhe foi negado um copo de água em uma loja -
“Eles não lhe davam um copo de água por causa de sua cor. Isso realmente
o afetou. ”

“Voe como uma borboleta,
ferroe como uma abelha”

O INÍCIO NO BOXE
2

Ainda conhecido como Cassius Clay Jr., o jovem audacioso teve seu primeiro
contato com o boxe através do polícial de Louisville e treinador de
boxe Joe E. Martin, este que encontrara o garoto de apenas 12 anos furioso
agredindo um ladrão por ter roubado sua bicicleta. O policial disse
a Clay que ele deveria aprender boxe, inicialmente o rapaz foi relutante
e não aceitou a oferta, porém depois de ver pugilistas amadores em um
programa de boxe chamado Tomorrow's Champions , Clay despertou o
interesse para lutar. Ele então começou a trabalhar com o treinador Fred
Stoner, a quem ele atribui o "treinamento real", moldando "meu estilo, minha
resistência e meu sistema". Durante os últimos quatro anos de carreira
amadora de Clay, ele foi treinado por boxe cutman Chuck Bodak .
Clay fez sua estréia no boxe amador em 1954 contra o boxeador amador
local Ronnie O’Keefe. Ele ganhou por decisão dividida. [40] Ele ganhou
seis títulos do Kentucky Golden Gloves , dois títulos nacionais do
Golden Gloves, um título nacional da União Atlética Amadora e a medalha
de ouro dos meio- pesados nos Jogos Olímpicos de 1960 em Roma.

O recorde amador de Clay foi de 100 vitórias e apenas cinco derrotas. Ali disse em
sua autobiografia de 1975 que logo após seu retorno das Olimpíadas de Roma, ele
jogou sua medalha de ouro no rio Ohio depois que ele e um amigo foram barrados
em um restaurante que dizia: “somente brancos” e lutaram com uma gangue branca.
A história foi posteriormente contestada, e vários dos amigos de Ali, incluindo
Bundini Brown e o fotógrafo Howard Bingham , negaram. Brown disse
ao escritor da Sports Illustrated , Mark Kram, “ Honkies certamente comprou
isso!” A biografia de Ali Hauser, de Thomas Hauser , afirmou que Ali foi
recusado no restaurante, mas perdeu a medalha um ano depois de vencê-la.
Ali recebeu uma medalha de substituição em um intervalo de basquete durante
as Olimpíadas de 1996 em Atlanta , onde acendeu a tocha para iniciar os jogos.
Clay fez sua estréia profissional em 29 de outubro de 1960, ganhando uma luta de
seis rounds sobre Tunney Hunsaker por decisão dos juízes. A partir de então até o final
de 1963, Clay acumulou um recorde de 19-0 com 15 vitórias por nocaute. Ele derrotou
vários lutadores de boxe, incluindo Tony Esperti, Jim Robinson , Donnie Fleeman, Alonzo
Johnson, George Logan, Willi Besmanoff, Clark LaMar , Doug Jones e Henry Cooper .
Clay também derrotou seu antigo treinador e veterano pugilista Archie Moore em 1962.

O GRANDE CAMPEÃO
3Essas primeiras lutas não foram
sem dificuldades. Clay foi derrubado
por ambos Sonny Banks e
Cooper. Na luta de Cooper, Clay foi
pavimentado por um gancho de
esquerda no final do quarto round
e foi salvo pelo gongo, entretanto,
conseguiu a vitória no quinto round
devido ao olho severamente
machucado de Cooper. A luta com
Doug Jones em 13 de março de
1963 foi a luta mais dura de Clay
durante esse trecho. O número
dois e três contendores pesados,
respectivamente, Clay e Jones lutaram
na terra natal de Jones no Madison
Square Garden de Nova York..
Jones cambaleou Clay no primeiro
round e a decisão unânime a favor
de Clay foi recebida por vaias e uma
chuva de destroços jogados no ringue.
Assistindo em circuito fechado
de TV, o campeão dos pesos pesados
​Sonny Liston brincou que, se
ele lutasse contra Clay, ele poderia
ser preso por assassinato. A luta foi
posteriormente chamada de “Luta
do Ano” pela revista The Ring .

Em cada uma dessas lutas,
Clay minimizou verbalmente
seus oponentes e se
gabou de suas habilidades.
Ele chamou Jones de “um
homenzinho feio” e Cooper
de “vagabundo”. Ele disse
que estava envergonhado
de entrar no ringue com
Alex Miteff e alegou que o
Madison Square Garden
era “pequeno demais para
mim”. Seu comportamento
ovocante e estranho no
ringue foi inspirado pelo
wrestler profissional “Gorgeous
George” Wagner .
Ali afirmou em uma entrevista
em 1969 com o Hubert
Mizel da Associated
Press que ele se encontrou
com Gorgeous George
em Las Vegas em 1961 e
que o wrestler o inspirou a
usar o jargão de wrestling
quando ele fez entrevistas.
Em 1960, Clay deixou o
acampamento de Moore,
em parte devido à recusa
de Clay em fazer tarefas
como lavar pratos e varrer.
Para substituir Moore, Clay
contratou Angelo Dundee
para ser seu treinador.
Clay conheceu Dundee em
fevereiro de 1957, durante
a carreira amadora de
Clay. Por volta dessa época,
Clay procurou o ídolo
de longa data Sugar Ray
Robinson para ser seu empresário,
mas foi rejeitado.

No final de 1963, Clay havia se tornado o principal candidato ao título de Sonny Liston. A luta foi marcada para
25 de fevereiro de 1964, em Miami Beach . Liston era uma personalidade intimidante, um lutador dominador
com um passado criminoso e ligações com a turba. Com base na performance pouco inspirada de Clay contra
Jones e Cooper em suas duas lutas anteriores, e na destruição de Liston do ex-campeão dos pesos pesados
Floyd Patterson em duas eliminatórias na primeira rodada, Clay era um azarão de 7 a 1. Apesar disso, Clay
provocou Liston durante o acúmulo de pré-luta, apelidando-o de “o grande urso feio”, afirmando que “Liston
ainda cheira como um urso” e dizendo “Depois que eu vencê-lo vou doá-lo ao zoológico”. [51]Clay transformou
a pesagem pré-luta em um circo, gritando para Liston que “alguém vai morrer no ringue hoje à noite”. A pulsação
de Clay foi medida em 120, mais do que o dobro de 54. [52] Muitos dos presentes pensaram que o comportamento
de Clay era fruto do medo, e alguns comentaristas se perguntavam se ele apareceria para a luta.

O resultado da luta foi uma grande surpresa. No sino de abertura, Liston correu para Clay, aparentemente
irritado e à procura de um nocaute rápido. No entanto, a velocidade e a mobilidade superiores de Clay
permitiram que ele escapasse de Liston, fazendo com que o campeão perdesse a aparência e parecesse
desajeitado. No final da primeira rodada, Clay abriu seu ataque e acertou Liston repetidamente com jabs.
Liston lutou melhor na segunda rodada, mas no início da terceira rodada Clay bateu em Liston com uma
combinação que dobrou os joelhos e abriu um corte sob o olho esquerdo. Esta foi a primeira vez que Liston
foi cortado. No final da quarta rodada, Clay estava retornando ao seu canto quando ele começou a
sentir dor cegante em seus olhos e perguntou ao seu treinador, Angelo Dundeepara cortar as luvas. Dundee
recusou. Especulou-se que o problema se devia à pomada usada para selar os cortes de Liston, talvez
aplicados deliberadamente pelo seu canto às luvas. Apesar de não confirmado, historiador de boxe
Bert Sugar afirmou que dois dos adversários de Liston também se queixaram de seus olhos “queimando”.
Apesar das tentativas de Liston de derrubar um Clay cego, Clay conseguiu sobreviver à
quinta rodada até que o suor e as lágrimas enxaguaram a irritação de seus olhos. No sexto,
Clay dominou, atingindo Liston repetidamente. Liston não respondeu o sino pela sétima
rodada, e Clay foi declarado vencedor por TKO . Liston afirmou que a razão pela qual ele
saiu foi um ombro ferido. Após a vitória, um Clay triunfante correu para a borda do ringue
e, apontando para a imprensa, gritou: “Coma suas palavras!” Ele acrescentou: “Eu sou o
maior! Eu balancei o mundo. Eu sou a coisa mais bonita que já existiu”. [55]
Ao vencer essa luta aos 22 anos, Clay tornou-se o mais jovem boxeador a conquistar o título
de um campeão reinante dos pesos pesados. No entanto, Floyd Patterson permaneceu
o mais jovem a vencer o campeonato dos pesos pesados, aos 21 anos, durante uma luta de
eliminação após a aposentadoria de Rocky Marciano . Mike Tyson quebrou os dois recordes
em 1986, quando derrotou Trevor Berbick para ganhar o título dos pesos pesados ​aos 20
anos.
“Eu sou o maior! Eu balancei o mundo. Eu sou a coisa mais bonita que já existiu”.

CONVERSÃO AO ISLAMISMO
4
“O principal foco da Nação do Islã é ensinar o orgulho negro
entrar nos restaurantes e nas escolas das pessoas brancas, s
prios bairros e escolas, ao invés de tentar se mud

e a auto-consciência. Por que devemos continuar a tentar
e eles não nos querem lá? Por que não arrumar nossos próar
para lugares onde vivem as pessoas brancas?”

A conversão de Muhammad Ali ao Islã, em muitos aspectos,
definiu sua carreira e legado como um lutador com convicção.
Ele passou a se tornar um ícone para os muçulmanos
americanos. Apenas alguns anos após sua conversão em
1964, ele entrou em uma briga que o levou a escrever algumas
reflexões sobre o que o atraiu para a fé em primeiro lugar.
Não foi uma luta no ringue de boxe, mas uma discussão em
casa com sua esposa, Belinda. Ali estava fora de controle, disse
Belinda. Ele havia perdido todos os traços de humildade. Ele
estava agindo como se fosse Deus. Você pode se considerar
o maior, ela disse a ele, mas você nunca será maior que Allah.
Como uma professora, Belinda instruiu Ali a sentar e escrever
um ensaio. Ela pediu-lhe para escrever sobre o porquê
ele se tornou muçulmano. Ali obrigou, tirando folhas de
papel em branco e uma caneta azul e começando a escrever.
Belinda agora atende pelo nome de Khalilah Camacho-
-Ali. Quando eu a entrevistei para a minha biografia do
lendário boxeador, ela me deu o ensaio. Na quarta-feira,
levei-o ao Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana
para ver se os curadores o incluiriam em sua coleção.

Acho que pertence a ele - não apenas porque revela muito sobre o caráter de
Ali, mas também porque nos ensina sobre a vida religiosa de um dos mais conhecidos
atletas e ativistas afro-americanos do país. Sua história nos lembra
que mesmo as viagens espirituais mais poderosas podem ter origens humildes.
Na carta, Ali escreve sobre sua adolescência em Louisville, quando ele ainda
era conhecido como Cassius Clay Jr. Ele diz que estava saindo de um rinque
de patinação e procurando na calçada garotas bonitas quando notou um homem
em um terno preto de mohair vendendo jornais. para a nação do Islã.
Ali tinha ouvido falar da Nação e seu líder, Elijah Muhammad, mas ele nunca
tinha pensado seriamente em se juntar ao grupo, que usou alguns elementos
do Islã para pregar o separatismo negro e o auto-aperfeiçoamento.
Ali pegou um jornal, principalmente para ser educado, mas um desenho chamou
sua atenção. Mostrava um dono branco de escravos batendo em seu escravo negro
e insistindo para que o homem orasse a Jesus. A mensagem era que o cristianismo
era uma religião imposta aos escravos pelo establishment branco. “Eu gostei
desse desenho”, escreveu Ali. “Isso fez alguma coisa para mim. E isso fazia sentido.
Cassius Clay é o nome de um escravo. Não foi escolhido por mim. Eu
não o queria. Eu sou Muhammad Ali, um homem livre”.

O EXÍLIO
5
Minha consciência não
me deixa atirar no meu irmão,
ou em algumas pessoas
mais escuras, ou em
algumas pessoas famintas
e pobres na lama para
a grande e poderosa América.
E atire neles para o
que? Eles nunca me chamaram
de crioulo, nunca
me lincharam, não colocaram
nenhum cachorro
em mim, não roubaram
minha nacionalidade,
estupraram e mataram
minha mãe e meu pai. …
Atire neles para o que?
Como eu posso atirar em
pessoas pobres? Apenas
me leve para a cadeia.
Muhammad Ali

Um dos episódios que demonstram vividamente o compromisso de Ali com a paz ocorreu na primavera de 1966.
Ali já era um campeão mundial, e aos 24 anos estava no auge de sua carreira como boxeador. Em março do mesmo
ano, o recrutamento militar dos EUA fez com que Ali aparecesse como soldado do conflito armado que estava
ocorrendo no Vietnã. Este seria o começo de uma batalha diferente de tudo que Ali teve que enfrentar no ringue.
Ali, determinado a não participar ativamente do conflito armado, citou reservas pessoais e religiosas, e tornou-se um
notável objetor de consciência. Tão cedo no conflito foram suas objeções que Ali se tornou objeto de duras críticas. Mesmo
Elvis Presley, quando foi chamado às armas alguns anos antes, tinha se alistado “para servir seu país”. O status de
celebridade não confere privilégio. E não responder à chamada foi um crime, envolvendo uma grande multa e até prisão.
No ano seguinte, em julho, Ali se recusou a dar um passo adiante quando os juízes o chamaram pelo
nome de nascimento, Cassius Clay. A sentença proferida foi uma multa de US $ 10.000 e cinco anos
de prisão. Ali passou a duração da guerra apelando através do sistema judicial e, cada vez mais, como
um orador anti-guerra, enquanto a popularidade da Guerra do Vietnã continuava a declinar. Provavelmente,
o golpe mais duro que ele sofreu durante o processo de apelação foi a rescisão de sua licença
de boxe. Como ele não podia estar praticando boxe profissionalmente, acabou perdendo o título.
Em uma entrevista de 1970, Ali se referiu ao incidente do Vietnã em termos que não só revelam seu status de
objetor de consciência contra a guerra de qualquer forma, mas que ele também poderia ter grande empatia:

Eu encontrei dois soldados negros por um tempo em um aeroporto. Eles disseram: “Campeão, é preciso muita
coragem para fazer o que você está fazendo.” Eu disse a eles: “Irmãos, vocês simplesmente não sabem. Se você
soubesse para onde estava indo agora, se soubesse suas chances de sair sem braço ou sem olho, lutando contra
aquelas pessoas em sua própria terra, lutando contra irmãos asiáticos, você tem que atirar neles, eles nunca
lincharam, nunca ligaram para você crioulo, nunca ponha cães em você, nunca atire em seus líderes. Você tem
que atirar em seus ‘inimigos’ (eles os chamam) e assim que você chegar em casa você não conseguirá encontrar
um emprego. Ir para a cadeia por alguns anos não é nada comparado a isso”.

6ATIVISMO SOCIAL

Em 1960, um garoto ousado conquistou a medalha olímpica de ouro no boxe. Ainda
com o nome de batismo, Cassius Clay, então com 18 anos, chamou a atenção na
Olimpíada de Roma com um olhar de tigre, muito gingado e seguiu a carreira profissional.
Derrubou gigantes do pugilismo.
Clay colocou o cinturão pelo título mundial de boxe, se converteu ao islamismo e
mudou o nome para Muhammad Ali. Marcou época pela luta contra o preconceito e
pelo ativismo político. No auge da carreira, em 1967, endureceu o discurso, recusando-se
a ir à guerra do Vietnã. Por isso, perdeu o cinturão, foi perseguido e ficou longe
dos ringues por três anos. Não se curvou.
Em 1996, Ali foi escolhido pelos organizadores da Olimpíada de Atlanta para acender
a pira, abrir a disputa nos Estados Unidos. Momento comovente dos Jogos. O
esporte fez uma bela homenagem a um atleta incomparável e um ativista marcado
pela coragem e a fala.

“No golfe eu também sou o
melhor. O único problema
é nunca joguei golfe”.
Muhammad Ali

7A LUTA DO SÉCULO

A primeira luta de Ali e Frazier, realizada no Garden em 8 de março de 1971, foi apelidada de
“ Luta do Século “, devido à enorme excitação em torno de uma luta entre dois lutadores invictos,
cada um com uma reivindicação legítima como campeão dos pesos pesados. O veterano escritor
de boxe John Condon chamou-o de “o maior evento em que trabalhei na minha vida”. A luta
foi transmitida para 35 países estrangeiros; promotores concederam 760 passes de imprensa. [42]
Somando-se a atmosfera
estavam as consideráveis ​
dramatizações pré-luta e
xingamentos. Ali retratou
Frazier como uma “ferramenta
idiota do establishment
branco”. “Frazier é
muito feio para ser campeão”,
disse Ali. “Frazier é
muito burro para ser campeão.”
Ali também costumava
chamar Frazier de “tio
Tom”. Dave Wolf, que trabalhou
no acampamento de
Frazier, lembrou que “Ali
estava dizendo que ‘as únicas
pessoas torcendo por
Joe Frazier são brancos de
terno, xerifes do Alabama e
membros da Ku Klux Klan .
Estou lutando pelo homenzinho
em o gueto.’ Joe estava
sentado lá, batendo com
o punho na palma da mão,
dizendo: ‘Que porra ele
sabe sobre o gueto? ‘ “ [42]
Ali começou a treinar
em uma fazenda perto de
Reading, na Pensilvânia ,
em 1971 e, encontrando o
cenário campestre a seu
gosto, procurou desenvolver
um verdadeiro campo
de treinamento no campo.
Ele encontrou um terreno
de cinco acres em uma estrada
rural da Pensilvânia,
no vilarejo de Deer Lake, na
Pensilvânia. Neste local, Ali
esculpiu o que se tornaria
seu campo de treinamento,
onde ele treinou para todas
as suas lutas de 1972 até o final
de sua carreira em 1981.

A briga da noite de segunda-feira correspondeu ao seu faturamento. Em uma
prévia de suas duas outras lutas, um Frazier agachado, balançando e tecendo
constantemente pressionava Ali, sendo atingido regularmente por golpes e combinações
de Ali, mas implacavelmente atacando e marcando repetidamente, especialmente
para o corpo de Ali. A luta foi mesmo nas primeiras rodadas, mas Ali
estava tomando mais castigos do que nunca em sua carreira. Em várias ocasiões
nas primeiras rodadas ele jogou para a platéia e balançou a cabeça “não” depois
que ele foi atingido. Nas últimas rodadas - no que foi a primeira aparição da “ estratégia
da corda-da-droga””- Ali encostou-se nas cordas e absorveu o castigo
de Frazier, esperando cansá-lo. Na 11a rodada, Frazier conectou com um gancho
de esquerda que balançou Ali, mas porque parecia que Ali poderia estar fazendo
palhaçadas enquanto cambaleava para trás do ringue. Frazier hesitou em pressionar
sua vantagem, temendo um contra-ataque de Ali. Na rodada final, Frazier
derrubou Ali com um gancho de esquerda vicioso, que o árbitro Arthur Mercante
disse que era tão difícil quanto um homem pode ser atingido. em três segundos.
[42] No entanto, Ali perdeu por decisão unânime, sua primeira derrota profissional.

REDENÇÃO
8
A derrota de Frazier preparou o palco para uma
luta pelo título contra o campeão dos pesos pesados
George Foreman em Kinshasa, no Zaire ,
em 30 de outubro de 1974 - um ataque chamado
The Rumble in the Jungle . Foreman foi considerado
um dos perfuradores mais difíceis na
história dos pesos pesados. Ao avaliar a luta,
analistas apontaram que Joe Frazier e Ken Norton
, que haviam derrotado Ali em quatro batalhas
difíceis e dois deles, foram devastados por
Foreman nos nocautes do segundo round. Ali tinha
32 anos e claramente perdeu velocidade e
reflexos desde os seus vinte anos. Ao contrário
de sua persona posterior, Foreman era na época
uma presença assustadora e intimidadora. Quase
ninguém associado com o esporte, nem mesmo
o defensor de longa data de AliHoward Cosell
, deu ao ex-campeão uma chance de ganhar.
Como de costume, Ali estava confiante e colorido
antes da luta. Ele disse ao entrevistador David
Frost : “Se você acha que o mundo ficou surpreso
quando Nixon renunciou, espere até que eu fique
atrás de Foreman!” [74] Ele disse à imprensa: “Eu
fiz algo novo para esta luta. Eu fiz wrestled com
um jacaré, eu fiz brigado com uma baleia, relâmpagos
algemados, trovejou na cadeia; só na
semana passada, eu assassinei uma rocha, machucou
uma pedra, hospitalizou um tijolo, sou
tão mau que adoeço remédio. “ [75] Ali era muito
popular no Zaire, com multidões cantando “Ali,
bomaye” (“Ali, mate-o”) onde quer que fosse.

O suor voa da cabeça de Joe Frazier enquanto Muhammad Ali se conecta com um direito na nona rodada
título. Ali concordou com um terceiro jogo com Joe Frazier em Manila . A luta, conhecida como “ Thrilla in Ma
ras rodadas, Ali foi agressivo, se movimentando e trocando golpes com Frazier. No entanto, Ali logo parece
parte da luta Ali fez um contra-ataque eficaz, mas na maior parte absorveu a punição de um implacável ata
olho esquerdo de Frazier e abriram um corte no olho direito. Com a visão de Frazier agora diminuída, Ali dom
de alvo” na cabeça de Frazier. A luta foi interrompida quando o treinador de Frazier, Eddie Futch, recusouolhos
de Frazier estavam ambos inchados. Ali, em seu canto, vencedor por TKO, caiu em seu banco, claram
quando mais tarde perguntou se ele tinha visto a luta em vídeo, supostamente disse: “Por que eu iria querer v

da luta pelo título em Manila, Filipinas, em 1º de outubro de 1975. Ali venceu a luta na decisão de manter o
nila “, foi realizada em 1 de outubro de 1975, [22]em temperaturas próximas a 100 ° F (38 ° C). Nas primeiu
se cansar e adotou a estratégia “rope-a-dope”, freqüentemente recorrendo aos clinches. Durante esta
cante de Frazier. Na 12ª rodada, Frazier começou a se cansar, e Ali marcou vários golpes que fecharam o
inou as rodadas 13 e 14, às vezes conduzindo o que o historiador de boxe Mike Silver chamou de “prática
se a permitir que Frazier respondesse ao sino da 15ª e última rodada, apesar dos protestos de Frazier. Os
ente gasto. Um Ali doente disse depois que a luta “era a coisa mais próxima de morrer que eu conheço”, e,
oltar e ver o Inferno?” Após a luta, ele citou Frazier como “o maior lutador de todos os tempos ao meu lado”

Após esta vitória, em 27 de
julho de 1979, Ali anunciou sua
aposentadoria do boxe. Sua
aposentadoria foi de curta duração,
no entanto; Ali anunciou
seu retorno para enfrentar Larry
Holmes para o cinturão de WBC
em uma tentativa de ganhar o
campeonato dos pesos pesados ​
uma quarta vez sem precedentes.
A luta foi em grande parte
motivada pela necessidade
de dinheiro de Ali. O escritor de
boxe Richie Giachetti disse: “Larry
não queria lutar contra Ali.
Ele sabia que Ali não tinha mais
nada, sabia que seria um horror”.
Em 26 de junho de 1976,
Ali participou de uma exibição
em Tóquio contra o lutador
profissional japonês e
artista marcial Antonio Inoki .
[79] Ali só conseguiu acertar
dois socos enquanto os chutes
de Inoki causaram dois
coágulos sanguíneos e uma
infecção que quase resultou
na amputação da perna
de Ali. [79] [80] O jogo não
foi roteirizado e, finalmente,
declarou um empate. [79]
Após a morte de Ali, o New
York Times declarou sua
luta menos memorável. [80]
Foi nessa época que Ali começou
a lutar com gagueiras vocais
e mãos trêmulas. [87] A Nevada
Athletic Commission (NAC)
ordenou que ele passasse por
um completo treinamento físico
em Las Vegas antes de ser aude
1a o retorno de Ali ao ringue.
A maioria dos comentaristas
de boxe da época viu a
luta negativamente e esperou
que ela fosse esquecida,
já que alguns a consideraram
uma “farsa de 15 rounds”.
[81]Hoje é considerado
por alguns como uma das
lutas mais influentes de Ali
e a CBS Sports disse que a
atenção que a luta de estilo
misto recebeu “predisse a
chegada de um MMA padro-

FINAL DE CARREIRA
9
A luta ocorreu em 2 de outubro de 1980, em Las Vegas Valley, com Holmes
dominando facilmente Ali, que estava enfraquecido pela medicação da
tireoide que ele havia tomado para perder peso. Giachetti chamou a luta de
“horrível ... o pior evento esportivo que eu já tive que cobrir”. Ator Sylvester
Stallone estava no ringue e disse que era como assistir a uma autópsia em
um homem que ainda está vivo. [42] Na décima primeira rodada, Angelo
Dundee disse ao árbitro para parar a luta, tornando-se a única vez que Ali
perdeu por paralisação . Diz-se que a luta de Holmes contribuiu para a síndrome
de Parkinson de Ali. [89] Apesar dos pedidos para se aposentar definitivamente,
Ali lutou uma última vez em 11 de dezembro de 1981, em Nassau,
Bahamas , contraTrevor Berbick , perdendo uma decisão de dez rounds.

10
FAMÍLIA

Ali foi casado quatro vezes e teve sete filhas e dois filhos. Ali foi apresentado a garçonete
Sonji Roi por Herbert Muhammad e pediu-lhe para se casar com ele depois de seu primeiro
encontro. Eles se casaram cerca de um mês depois, em 14 de agosto de 1964.
[94] Eles brigaram pela recusa de Sonji em aderir aos rígidos códigos islâmicos de vestimenta
e comportamento, e por questionar os ensinamentos de Elijah Muhammad.
De acordo com Ali, “Ela não faria o que deveria fazer. Ela usava batom; ela entrou em
bares; vestiu roupas que eram reveladoras e não pareciam certas”. [95] O casamento
não teve filhos e eles se divorciaram em 10 de janeiro de 1966. Pouco antes de o divórcio
ser finalizado, Ali enviou a Sonji uma nota: “Você trocou o céu pelo inferno, baby”.

Em 17 de agosto de 1967, Ali se casou com Belinda Boyd . Depois do casamento, ela, como Ali, se converteu
ao islamismo. Ela mudou seu nome para Khalilah Ali, embora ainda fosse chamada Belinda por velhos
amigos e familiares. Eles tiveram quatro filhos: Maryum “May May” (nascido em 1968), os gêmeos Jamillah
e Rasheda (nascido em 1970; Rasheda se casou com Robert Walsh e tem um filho Biaggio Ali, nascido em
1998) e Muhammad Ali Jr. (nascido em 1972). [97] Maryum tem uma carreira como autor e rapper. [98]
Ali morou em Cherry Hill, Nova Jersey , no início dos anos 70. [99] Aos 32 anos em 1974, Ali começou
uma relação extraconjugal ilícita com Wanda Bolton, de 16 anos (que posteriormente mudou seu nome
para Aaisha Ali) com quem ele teve uma outra filha, Khaliah (nascido em 1974). Ainda casado com Belinda,
Ali se casou com Aaisha em uma cerimônia islâmica que não era legalmente reconhecida. De acordo
com Khaliah, ela e sua mãe viviam no acampamento de treinamento de Ali’s Deer Lake ao lado de Belinda
e seus filhos. [100] Em janeiro de 1985, Aaisha processou Ali por palimonia não remunerada. O caso
foi resolvido quando Ali concordou em criar um fundo fiduciário de US $ 200.000 para Khaliah. [101] Em
2001, Khaliah foi citada dizendo que ela acreditava que seu pai a via como “um erro”.[100] Ele teve outra
filha, Miya (nascido em 1972), de um relacionamento extraconjugal com Patricia Harvell. [97] [102]
No verão de 1977, seu segundo casamento terminara e ele se casara com Porché. [103] Na época de
seu casamento, eles tiveram uma menina, Hana, e Verônica estava grávida de seu segundo filho. Sua
segunda filha, Laila Ali , nasceu em dezembro de 1977. Em 1986, Ali e Porché eram divorciados. [103]
Em 19 de novembro de 1986, Ali se casou com Yolanda (“Lonnie”) Williams. Eles eram amigos desde 1964
em Louisville. Juntos, eles adotaram um filho, Asaad Amin, quando Amin tinha cinco meses de idade. [104]

“Um homem que enxerga o mundo aos
50 anos da mesma forma que aos 20 perdeu
30 anos de vida”.
Muhammad Ali

O ADEUS
11

Em fevereiro de 2013, o irmão de Ali, Rahman Ali, disse que Maomé não podia mais falar e poderia
estar morto em poucos dias. [210] A filha de Ali May May Ali respondeu aos rumores, afirmando
que ela tinha falado com ele no telefone na manhã de 3 de fevereiro e ele estava bem. [211]
Em 20 de dezembro de 2014, Ali foi hospitalizado por um caso leve de pneumonia . [212] Ali foi mais uma
vez hospitalizado em 15 de janeiro de 2015, devido a uma infecção do trato urinário depois de ser encontrado
sem resposta em uma casa de hóspedes em Scottsdale, Arizona. [213] Ele foi libertado no dia seguinte. [214]
Ali foi hospitalizado em Scottsdale em 2 de junho de 2016, com uma doença respiratória. Embora
sua condição tenha sido inicialmente descrita como “justa”, piorou, e ele morreu no dia seguinte
aos 74 anos de choque séptico . [215] [216] [217] [218] Após a morte de Ali, ele foi o principal
tópico no Twitter por mais de 12 horas e no Facebook por vários dias. BET fez o documentário
Muhammad Ali: Made In Miami . ESPN jogou quatro horas de cobertura non-stop livre comercial de
Ali. Redes de notícias, como ABC News , BBC , CNN e Fox Newstambém cobriu-o extensivamente.

“Imp
mais
rar
fato
É um

ossível é apenas uma palavra usada pelos fracos que acham
fácil viver no mundo que lhes foi determinado do que exploo
poder que possuem para muda-lo. O impossível não é um
consumado. É uma opinião. Impossível não é uma afirmação.
desafio. O impossível é algo potencial. O impossível é algo
temporário. Nada é impossível”.
Muhammad Ali