<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> 10 www.jornal<strong>do</strong>reboucas.com.br
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> www.jornal<strong>do</strong>reboucas.com.br 11 Aromas para 2019: equilíbrio das emoções e expansão das ideias Confira quais óleos essenciais trabalham a criatividade, comunicação e crescimento, questões em alta no próximo ano. De acor<strong>do</strong> com a Numerologia, 2019 tem a energia <strong>do</strong> número 3, cujo foco é trabalhar a comunicação, crescimento e criatividade. E, na Aromaterapia, temos alguns óleos essenciais que têm ligação com esse número. To<strong>do</strong>s os óleos que despertam a comunicação são bem-vin<strong>do</strong>s. Geralmente, os óleos que são extraí<strong>do</strong>s pela destilação a vapor das folhas trabalham a comunicação com os outros e consigo mesmo. Vamos ver algumas propriedades de alguns desses óleos abaixo, mas antes precisamos limpar e desinflamar as emoções. Nada melhor <strong>do</strong> que a lavanda, que é uma flor e tem seu óleo extraí<strong>do</strong> das flores, para equilibrar nosso esta<strong>do</strong> emocional. LAVANDA: O padrão aromático da lavanda traz a limpeza de sentimentos e emoções, equilibran<strong>do</strong> e purifican<strong>do</strong> nossa energia para que haja o crescimento e expansão em 2019. HORTELÃ PIMENTA: O padrão aromático desse óleo trabalha algumas questões e paradigmas negativos, como dificuldade de atingir seus objetivos, mente confusa, ideias não muito claras, muitas ideias ao mesmo tempo, ausência de foco e falta de prioridade. Consequentemente, a comunicação fica confusa, não verbalizam o que pensam e sentem, e acabam acumulan<strong>do</strong> várias funções ao mesmo tempo. Ele vai atuar clarean<strong>do</strong> os pensamentos e as ideias, ajudan<strong>do</strong> a trazer foco, o que ajuda a controlar a mente e ajudar nos processos criativos. CAPIM-LIMÃO: O padrão aromático desse óleo traz situações onde nos sentimos invadi<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> se “engole muitos sapos”, sentin<strong>do</strong>-se sufoca<strong>do</strong>s(as) e oprimi<strong>do</strong>s(as). O óleo extraí<strong>do</strong> <strong>do</strong> Capim-Limão ajuda a colocar as emoções reprimidas para fora, trabalhan<strong>do</strong> a raiva e irritabilidade contida, trabalhan<strong>do</strong> a comunicação. PINHEIRO SILVESTRE: O padrão aromático desse óleo trabalha a comunicação, além de desenvolver a criatividade e expandir todas as formas de expressão. O ano vai pedir interatividade e ele pode ser um diferencial no dia a dia. Os óleos essenciais cítricos como laranja e limão ajudam a organizar nossa mente e emoções, além de trazer alegria, descontração e leveza. Lembre-se que são fotossensíveis e não devem ser usa<strong>do</strong> se ficar exposto(a) ao sol. Existem outros óleos essenciais que podem ajudar no ano de 2019, tu<strong>do</strong> dependerá <strong>do</strong> histórico de vida de cada pessoa e das questões que precisam trabalhar durante o ano. Nesse caso, um trabalho mais direciona<strong>do</strong> é de suma importância. COMO UTILIZAR OS ÓLEOS Uma das formas de utilização <strong>do</strong>s óleos essenciais é o difusor pessoal ou colar aromático, utilizan<strong>do</strong> duas gotas que dura aproximadamente de três a quatro dias. Lembre-se: sempre consulte um aromaterapeuta para orientação nas sinergias e no melhor tratamento com Aromaterapia, pois alguns óleos têm contraindicações, como no caso da hortelã pimenta, que não pode ser usada em gestantes e pessoas que têm epilepsia e convulsões. Já o capim limão não pode ser usa<strong>do</strong> por pessoas que têm glaucoma. Que os óleos essenciais nos ajudem a ter um ano com muito equilíbrio, crescimento e expansão em todas as áreas da nossa vida.• Por Solange Lima Encontros Felizes Mônica Moro Hager Arquiteta e Escritora “O la<strong>do</strong> <strong>do</strong>ce da vida ou o presente perfeito” Talvez a palavra “sóbrio” o defina com propriedade. Elegante, altivo, até mesmo vai<strong>do</strong>so. Preocupa<strong>do</strong> com a aparência e com o perfeito alinhamento entre a camisa branca e o lenço de seda sobre o colarinho. Sério, pondera<strong>do</strong>, homem de poucos elogios. Somente quan<strong>do</strong> partiu, a neta teve a chance de descobrir, ao ler o diário daquela viagem, o quanto ele a admirava. Escreveu que gostava da forma como ela educava a menina e detalhou o quanto amava a pequena e suas traquinagens infantis. Descreveu a alegria de apresentar à neta e à bisneta a terra de onde partiu, ainda tão jovem, repleto de expectativas. Deixou por escrito tu<strong>do</strong> aquilo que não conseguiu falar. Deixou de presente palavras e objetos repletos de <strong>do</strong>çura e afeto. Na festa de casa nova as duas ganharam mimos e carinhos da família e <strong>do</strong>s amigos. To<strong>do</strong>s desejaram que o simpático apartamento fosse refúgio, fosse paz, fosse puro amor. As alegres proprietárias desejavam ser felizes em seu ninho particular, as duas cuidan<strong>do</strong> uma da outra. O avô desejava tu<strong>do</strong> isso também, mas nada falou. Chegou com sacola de loja cara − ele gostava das coisas que ficam, que duram. Observou a neta desatar o laço <strong>do</strong>ura<strong>do</strong> da caixa que guardava o distinto presente. Sorriu quan<strong>do</strong> ela admirou o açucareiro, objeto nobre, de prata. Abraçaram-se aquele abraço que transmite tu<strong>do</strong> que não é dito. Os amigos iriam casar e ela queria presentear à altura. Lembrou-se da loja que o avô gostava, no bairro mais chique da cidade. Até considerou não ter cacife para tanto, mas lá foram elas em busca <strong>do</strong> presente perfeito − “algo que fique, que dure”. Orientan<strong>do</strong> a menina para não esbarrar em nada, circulou com a filha entre cristais, baixelas e pratarias. Nada daquilo encantava, até que avistou a linha de fracalanza que reunia os apetrechos de chá e café. Giran<strong>do</strong> o açucareiro entre as mãos, pensou no avô e em tu<strong>do</strong> que ele desejou transmitir através daquele presente. − Tenho um igual, meu avô nos deu quan<strong>do</strong> nos mudamos. − Ela contou para a vende<strong>do</strong>ra. A jovem a olhou intrigada, demonstran<strong>do</strong> genuíno interesse por aquela dupla. Elogiou a menina, perguntou quantos anos tinha. Após rápida conversa, juntou os fatos, ou as pessoas. Resolveu que seria justo dar àquela moça o restante <strong>do</strong> presente. − Era um senhor muito distinto, acompanha<strong>do</strong> <strong>do</strong> motorista. Usava um lenço de seda no pescoço. Parecia estrangeiro. Foi direto para esta sessão, em busca de um açucareiro. Conversou bastante comigo. − Conversou? Ele não era muito de conversar. − Conversou... Contou que queria dar um presente especial à neta, que estava in<strong>do</strong> para a casa nova. Disse que ela já tinha sofri<strong>do</strong> bastante na vida, e que merecia ser feliz ao la<strong>do</strong> da filha. Falou muito da criança. Menina esperta, amorosa, super inteligente. Deu até vontade de conhecer as duas. A última frase foi exagero da vende<strong>do</strong>ra. A moça à sua frente tinha os olhos mareja<strong>do</strong>s e era preciso descontrair. A menina, acostumada com o choro fácil da mãe, já previa um rio de lágrimas. Como toda criança que ainda não entende as coincidências <strong>do</strong> destino, torceu para que fossem embora logo. − Tem mais uma coisa – arrematou a vende<strong>do</strong>ra. − Ele disse que queria te dar um açucareiro para que você sempre se lembre <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong>ce da vida. Se existe presente perfeito, é o que transmite amor. Amor de avô, ainda que poucas vezes proferi<strong>do</strong>. Amor de amigo, desejan<strong>do</strong> que a vida a <strong>do</strong>is seja plena e feliz. Na mesa da ‘dupla mãe e filha’ e na casa <strong>do</strong>s amigos recém-casa<strong>do</strong>s o presente revela o mesmo desejo: que seja <strong>do</strong>ce! Entre uma colher de açúcar e outra de afeto, o “presente que fica” a<strong>do</strong>ça o café e a vida.