Revista ConVip - Edição 1
Edição 1 da revista ConVip - Conselho Vida Plena, criada e escrita por coaches e profissionais do desenvolvimento humano.
Edição 1 da revista ConVip - Conselho Vida Plena, criada e escrita por coaches e profissionais do desenvolvimento humano.
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ANSIEDADE<br />
Entenda como<br />
funciona<br />
ENTREVISTA<br />
PARA EMPREGO<br />
Controle suas emoções<br />
QUALIDADE DE<br />
VIDA<br />
Saiba como manter<br />
o equilíbrio
Expediente<br />
O Conselho Vida Plena é um grupo de<br />
profissionais do desenvolvimento<br />
humano que atua exercendo a missão de<br />
contribuir com a evolução do ser em<br />
suas diversas áreas e níveis.<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>ConVip</strong> é uma realização<br />
desse grupo, o qual tem periodicidade<br />
mensal.<br />
Trazendo sempre aspectos importantes<br />
par que você possa desenvolver sua<br />
qualidade de vida, suas competências,<br />
gerando mudanças que podem fazer<br />
sentido para você.<br />
De forma que você possa atingir um<br />
objetivo simples e fundamental: uma<br />
Vida Plena!<br />
Seja bem vindo a <strong>Revista</strong> Convip!<br />
Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores<br />
As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto d<br />
vista do Conselho <strong>ConVip</strong>.
Editorial<br />
Sejam bem vindos à<br />
primeira edição da<br />
<strong>Revista</strong> <strong>ConVip</strong>.<br />
Uma revista que<br />
nasceu do desejo<br />
visceral de contribuir<br />
para o<br />
desenvolvimento<br />
das pessoas.<br />
E esta iniciativa apenas se concretizou<br />
pela união de diversos coaches e<br />
profissionais do desenvolvimento<br />
humano, os quais tem por missão<br />
auxiliar na evolução de pessoas e<br />
organizações.<br />
O objetivo desta revista é lhe trazer<br />
conteúdos que podem lhe ajudar na<br />
compreensão sobre você mesmo,<br />
gerando autoconhecimento.<br />
E ao lhe permitir isso, você também<br />
conseguirá entender mais sobre como as<br />
pessoas ao seu redor “funcionam”.<br />
Acredito que o conhecimento e o<br />
esclarecimento pode gerar grande<br />
evolução. E nesse caminho do<br />
aprendizado, do autoconhecimento e do<br />
entendimento do ser humano, você<br />
perceberá que sempre há algo a<br />
aprender.<br />
Nosso objetivo é facilitar o<br />
início do seu aprendizado.<br />
As matérias aqui<br />
disponibilizadas foram escritas<br />
por profissionais. Assim, sintase<br />
à vontade para entrar em<br />
contato com esses<br />
profissionais através do email<br />
ou redes sociais que<br />
estiverem disponíveis em cada<br />
artigo. Essa interação vai lhe<br />
auxiliar no entendimento do<br />
conteúdo disponibilizado.<br />
Tenho certeza que você irá se<br />
beneficiar dos conteúdos da<br />
<strong>ConVip</strong>.<br />
Seja bem vindo à <strong>Revista</strong><br />
<strong>ConVip</strong>! <br />
Um grande abraço<br />
Leandro Rasia<br />
Head Trainer Coach
SUMÁRIO<br />
O CONTROLE EMOCIONAL NOS PROCESSOS<br />
SELETIVOS<br />
Descubra nesse artigo da coach Jhana Santos, como<br />
obter mais controle emocional nos processos seletivos.<br />
COACHING PSICOLÓGICO - ANSIEDADE<br />
Um excelente artigo descrevendo todos os detalhes<br />
sobre a Ansiedade e suas conseqüências, pela Coach e<br />
Psicóloga Norma Cambiaghi.<br />
EMAGREÇA COM QUALIDADE DE VIDA<br />
Você tem qualidade de vida? Consegue equilibrar sua<br />
alimentação no seu cotidiano? Descubra como<br />
emagrecer com qualidade de vida, com esse artigo<br />
escrito pela Coach Márcia Corrêa.
O CONTROLE EMOCIONAL NOS<br />
PROCESSOS SELETIVOS<br />
Jhana Santos<br />
Hipnoterapeuta – Coach – PNL – Barras Acess<br />
Espaço Terapêutico Metamorfose<br />
Galeria Shopping Alternativo – Sala 22<br />
Av. Principal do Pedregal – Novo Gama/GO<br />
Tel: (61) 9 9812-3132<br />
Facebook: jhanasantoscoach<br />
Instagram: jhana_santos
Concursos, vestibulares,<br />
PAS, Enem, OAS ou uma<br />
simples entrevista de<br />
emprego... o que todos<br />
esses processos seletivos<br />
tem em comum? A falta de<br />
Controle Emocional dos<br />
participantes.<br />
Manter o controle emocional<br />
na hora da seleção é<br />
fundamental e<br />
extremamente importante<br />
para não jogar fora horas de<br />
estudos ou experiência<br />
profissional.<br />
O fator emocional pode<br />
eliminar do pleito, desde os<br />
melhores e mais bem<br />
preparados estudantes, até<br />
o mais experiente<br />
profissional por sentir a<br />
pressão e a<br />
responsabilidade na busca<br />
por um bom resultado.<br />
O estudante não tão bem<br />
preparado, ou profissional<br />
em início de carreira<br />
também não está livre, pois<br />
a insegurança e a ansiedade<br />
pela falta de preparo causa<br />
um grande estresse,<br />
fazendo com que os<br />
resultados sejam ainda mais<br />
desfavoráveis.<br />
A falta de controle<br />
emocional pode ocasionar<br />
em uma confusão mental,<br />
atrapalhando a<br />
concentração, o raciocínio e<br />
o foco na hora do processo -<br />
o famoso “branco” - fazendo<br />
com que os participantes<br />
não utilizem o seu melhor<br />
potencial na hora da<br />
seleção.<br />
Considerando a busca por<br />
emprego, a falta de<br />
equilíbrio emocional pode<br />
fazer com que o candidato<br />
aja de forma desconexa com<br />
a sua experiência<br />
profissional por conta do<br />
nervosismo e a ansiedade<br />
na hora da entrevista. A<br />
pressão que existe diante<br />
deste processo seletivo não<br />
é de todo ruim, sendo até<br />
certo ponto, necessária para<br />
extrair do candidato a sua<br />
real capacidade para o cargo<br />
almejado. No entanto, o<br />
controle emocional, diante<br />
desta primeira situação,<br />
pode evidenciar ao<br />
recrutador, treinado para<br />
observar os<br />
comportamentos, se aquele<br />
candidato faz uma boa<br />
gestão emocional em<br />
momentos de tensão.
A habilidade de gerir o seu<br />
emocional em momentos<br />
cruciais faz com que<br />
profissionais, com menor<br />
experiência, porém com<br />
maior controle e segurança<br />
na hora da seleção,<br />
conquistem uma boa<br />
colocação.<br />
Seu corpo está em alerta<br />
perante um processo seletivo,<br />
pode ser um ponto positivo<br />
para quem sabe gerenciar o<br />
seu emocional. Faz com que o<br />
participante seja cauteloso e<br />
busque observar os detalhes.<br />
Funciona também para<br />
estimular, motivar, manter o<br />
foco e direcionar a atenção<br />
para o objetivo,<br />
proporcionando que<br />
estudantes e/ou profissionais<br />
queiram ultrapassar os seus<br />
próprios limites.<br />
Assumir o controle emocional<br />
é fundamental, não só em<br />
momentos de seleção, mas<br />
também para obter uma<br />
melhor qualidade de vida<br />
como um todo.<br />
vida, como por exemplo, a<br />
expectativa dos familiares<br />
diante de uma perspectiva<br />
para atingir um bom<br />
resultado depois de várias<br />
horas de estudos<br />
extremamente focados no<br />
resultado positivo.<br />
Assumir esse controle não é<br />
também uma tarefa fácil,<br />
contudo, se faz necessário<br />
para enfrentar os desafios<br />
eminentes destes processos<br />
seletivos.<br />
Controlar emoções como a<br />
insegurança, ansiedade, o<br />
medo e até a baixa auto<br />
estima são perfeitamente<br />
possíveis com o auxílio de<br />
algumas técnicas durante a<br />
preparação para o pleito.<br />
Como hipnoterapeuta e<br />
coach, tenho ensinado aos<br />
meus clientes técnicas de<br />
auto hipnose que auxiliam<br />
nessa preparação.<br />
Antes, vamos esclarecer um<br />
pouco sobre a hipnose.<br />
E esse controle passa pela<br />
responsabilidade em assumir<br />
as suas próprias decisões e<br />
eliminar a influência do<br />
externo em sua
O termo Hipnose vem do:<br />
grego hipnos = sono e do<br />
latim osis = ação/processo,<br />
no início de sua concepção,<br />
deve o seu nome ao médico e<br />
pesquisador britânico James<br />
Braid (1795-1860).<br />
Acreditava-se que a Hipnose<br />
fazia com que as pessoas<br />
dormissem melhor. No<br />
entanto, com o passar dos<br />
anos, e com o<br />
aprofundamento dos estudos,<br />
percebeu-se que a Hipnose<br />
era um estado alterado de<br />
consciência, ou seja, é o<br />
momento em que você está<br />
tão concentrado naquilo que<br />
está fazendo que não<br />
consegue ouvir ou notar<br />
qualquer outra coisa que<br />
esteja acontecendo ou pessoa<br />
que esteja falando a sua<br />
volta. Por exemplo: sabe<br />
aquele momento em que você<br />
está conversando com o seu<br />
ou sua volta. Por exemplo:<br />
sabe aquele momento em que<br />
você está conversando com o<br />
seu ou sua “cruch” no<br />
Whatsapp, e que a conversa<br />
está tão empolgante que<br />
pode cair chuva de pedra e<br />
você não vai perceber? Bem,<br />
nesse momento você está<br />
num “transe hipnótico”.<br />
A Hipnose já foi reconhecida<br />
cientificamente, sustentado<br />
por uma série de estudos<br />
comprovando sua eficácia nas<br />
mais variadas enfermidades,<br />
de tal forma que hoje é<br />
utilizada nos hospitais,<br />
auxiliando-nos mais diversos<br />
tratamentos.<br />
Assim sendo, a hipnose traz<br />
grandes resultados em se<br />
tratando de controle<br />
emocional uma vez que, a<br />
mente e o corpo ficam<br />
predispostos a receber<br />
influências e sugestões de um<br />
hipnólogo, a reagir a<br />
estímulos próprios, mas com<br />
impulsos tão poderosos, que<br />
permite a programação ou<br />
reprogramação de ideias.<br />
Aliado às ferramentas do<br />
Coaching, os participantes de<br />
processos seletivos<br />
conseguem definir e organizar<br />
os objetivos, metas e rotinas<br />
de estudo, bem como os<br />
candidatos conseguem<br />
construir uma estratégia de<br />
colocação ou recolocação ao<br />
mercado de trabalho. Com o<br />
apoio da hipnose conseguem<br />
potencializar o foco e a<br />
concentração, que serão
intensificados na obtenção<br />
de um bom resultado e<br />
principalmente, no controle<br />
emocional necessários para<br />
trazer ótimos resultados<br />
acadêmico e na carreira.<br />
Após a construção de uma<br />
estratégia segue abaixo<br />
algumas dicas que farão<br />
diferença na gestão da sua<br />
emoção antes, durante e<br />
após os diversos tipos de<br />
processos seletivos.<br />
Siga as dicas!<br />
1. Exercícios Respiratórios:<br />
Procure momentos para<br />
respirar lentamente<br />
puxando o ar pelo nariz,<br />
segure uns instantes e<br />
soltando levemente.<br />
Exercícios de três a sete<br />
minutos são indicados pelos<br />
especialistas. Experimente<br />
deixar a saída do ar durar<br />
um tempo maior do que a<br />
entrada.<br />
Use o diafragma.<br />
Esse tipo de respiração<br />
ajuda a regular o organismo<br />
e o sistema nervoso. A dica<br />
é respirar lenta e<br />
profundamente e observar o<br />
próprio movimento: o<br />
diafragma deve levantar na<br />
inspiração e abaixar na<br />
expiração com a contração.
Exercite essa respiração<br />
sempre antes dos estudos<br />
para que o corpo crie o habito<br />
de se acalmar.<br />
Quando for participar de uma<br />
entrevista de emprego,<br />
pratique dias antes e até uns<br />
minutos antes de entrar na<br />
frente do entrevistador.<br />
Esse tipo de exercício pode<br />
entrar em sua rotina diária,<br />
tendo em vista os benefícios<br />
trazidos pela boa respiração,<br />
principalmente em momentos<br />
que gera grande ansiedade.<br />
1. Organize-se e mantenha o<br />
Foco:<br />
É comum assistirmos ao<br />
noticiário e vermos<br />
estudantes chegando<br />
atrasados no local da prova<br />
ou faltando a documentação<br />
necessária para a realização<br />
da prova, bem como<br />
profissionais participando de<br />
processo seletivo sem ter<br />
conhecimento da empresa ou<br />
do cargo almejado.<br />
2. Organize-se e mantenha o<br />
Foco:<br />
É comum assistirmos ao<br />
noticiário<br />
e vermos estudantes<br />
chegando atrasados no local<br />
da prova ou faltando a<br />
documentação necessária<br />
para a realização da prova,<br />
bem como profissionais<br />
participando de processo<br />
seletivo sem ter<br />
conhecimento da empresa ou<br />
do cargo almejado. São<br />
situações que causam grande<br />
nervosismo, ansiedade e<br />
stress, e para evitar, nada<br />
melhor do que se organizar<br />
com antecedência.<br />
Um dia ou dois antes das<br />
provas deixe separadas<br />
roupas, documentos e<br />
certifique-se do local da prova<br />
e os meios e horários das<br />
conduções. Se possível,<br />
durma em casa de parentes<br />
ou de amigos próximo ao<br />
local para evitar imprevistos<br />
no trânsito.<br />
No caso de uma entrevista de<br />
emprego, entre no site da<br />
empresa, procure notícias<br />
sobre ela ou sobre o ramo de<br />
atuação. Se souber o cargo,<br />
verifique o perfil de<br />
profissional que a empresa<br />
busca isso pode ser<br />
observado sabendo a visão e<br />
missão da empresa.
Se conhecer outros<br />
funcionários, procure obter<br />
maiores informações como<br />
forma de preparação para a<br />
entrevista, como por<br />
exemplo, o tipo de<br />
vestimenta apropriada. Como<br />
dito acima, procure se<br />
organizar com antecedência<br />
para chegar de forma<br />
tranquila ao local e conseguir<br />
fazer os exercícios de<br />
respiração antes da<br />
entrevista.<br />
3. Prepare a sua mente:<br />
A ansiedade é, basicamente,<br />
uma emoção normal do corpo<br />
humano que nos prepara para<br />
o enfrentamento das mais<br />
diversas situações do dia-adia.<br />
É uma resposta do corpo<br />
vinda do sistema nervoso<br />
autônomo, que age<br />
independentemente do nosso<br />
pensamento racional, como<br />
um reflexo. Ele tem a porção<br />
simpática, com reações de<br />
resposta ao estresse,<br />
preparando o corpo para fugir<br />
ou lutar em uma situação de<br />
perigo.<br />
Observe, casos extremos de<br />
ansiedade, pode se tornar um<br />
distúrbio e deverá ser<br />
acompanhada por<br />
profissionais.<br />
Uma das diversas causas<br />
deste descontrole emocional,<br />
antes de provas ou seleções,<br />
é o medo do desconhecido e,<br />
para aliviar esse sintoma,<br />
faça o seguinte exercício:<br />
Na noite anterior ao do<br />
desafio, procure dormir cedo.<br />
Antes de dormir, coloque uma<br />
música relaxante, de<br />
preferência instrumental com<br />
sons de natureza. Faça o<br />
exercício de respiração<br />
habitual e, à medida que<br />
sinta o corpo relaxando,<br />
visualize-se iniciando o seu<br />
dia posterior. A riqueza de<br />
detalhes será importante,<br />
veja-se tomando seu café da<br />
manhã, depois se arrumando:<br />
tomando banho, pegando<br />
todos os itens necessários; e<br />
após isso, saindo para pegar<br />
a condução com bastante<br />
tempo ou entrando no carro<br />
ou qualquer outra forma que<br />
chegará ao local da prova.<br />
Importante se ver totalmente<br />
tranquilo e calmo durante<br />
todo o percurso. Vê-se<br />
chegando ao local, entrando<br />
na sala, sentando na sua<br />
mesa de provas ou na sala<br />
onde será a entrevista,<br />
lembrando-se de realizar<br />
respirações profundas para<br />
trazer a tranquilidade à tona.
Se em algum momento da<br />
visualização notar uma<br />
alteração no seu corpo, lembrese<br />
novamente de respirar e<br />
faça isso mental e fisicamente.<br />
Veja-se lendo a prova e se<br />
recordando de tudo que foi<br />
estudado e registre o<br />
sentimento de felicidade nesse<br />
momento. No caso da<br />
entrevista, veja-se<br />
respondendo ao recrutador de<br />
forma tranquila e sincera, e<br />
veja o olhar de satisfação do<br />
mesmo a cada resposta sua.<br />
Depois de um instante com<br />
essa visão, se transporte para<br />
um momento futuro vendo seu<br />
nome na lista de aprovados,<br />
use sua criatividade e registre<br />
a alegria por esse bom<br />
resultado.<br />
Novamente transporte-se para<br />
o dia da matricula ou<br />
assinatura da nomeação ou<br />
assumindo o emprego ou algo<br />
semelhante que remeta ao<br />
resultado esperado do referido<br />
processo seletivo.<br />
Permita-se ver, ouvir e sentir<br />
tudo com o máximo de<br />
detalhes e vá dormir com essa<br />
imagem na mente.<br />
No dia seguinte procure, dentro<br />
do possível, iniciar como<br />
imaginado, lembrando de<br />
respirar sempre ao sentir<br />
qualquer sinal de nervosismo.
Existem diversos fatores que nos levam ao descontrole<br />
emocional em processos seletivos.<br />
As dicas acima dependem de uma série de estratégias e<br />
preparação, não sendo exclusivamente formas de obter<br />
resultados positivos. No entanto, são fortes aliados para o<br />
controle emocional diante destes desafios.<br />
Como hipnoterapeuta e coach, tenho observado, entre<br />
meus clientes, que o fator emocional tem se mostrado<br />
determinante para obtenção de um bom resultado, não<br />
somente nos processos seletivos em geral, mas também<br />
para empreendedores, equipes corporativas e em<br />
processos de transição de carreiras.<br />
Procure profissionais que possam lhe auxiliar a passar por<br />
esse grande desafio de forma tranquila e promissora,<br />
tendo também maior qualidade de vida.<br />
Fontes usadas neste artigo:<br />
Centro de estudos e formação:<br />
https://www.centrodeestudoseformacao.com.br/blog/hipn<br />
ose-estudar-cursos-online<br />
Agemed:<br />
https://www.agemed.com.br/agenews/tecnicas-derespiracao/<br />
Minha vida:<br />
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/ansiedade<br />
hipnoseeregressao.org:<br />
https://hipnoseeregressao.org/conceitos-da-hipnose/
Coaching Psicológico - Ansiedade<br />
Norma Cambiaghi<br />
Psicóloga Clínica (Psicodrama) e<br />
Organizacional, Coach e Hipnoterapeuta.<br />
Há mais de 18 anos auxilia pessoas e<br />
organizações no atingimento rápido de<br />
metas.<br />
Facebook: @NormaCambiaghiConsciencia<br />
Linkedin: Instituto Consciência<br />
Instagram: Norma Cambiaghi
A proposta principal deste<br />
artigo é detalhar quais os<br />
comportamentos podem se<br />
encaixar no perfil de uma<br />
pessoa ansiosa, e para isto,<br />
precisaremos nos basear na<br />
bibliografia médica, pois, na<br />
nossa sociedade, é esta a<br />
referência científica. Esta<br />
referência, por ser da área da<br />
saúde mental, rotula como<br />
“doença” algo que<br />
interpretaremos como<br />
característica de<br />
personalidade. Inicialmente o<br />
foco será o diagnóstico<br />
diferencial, dos diversos tipos<br />
de transtornos de ansiedade,<br />
encerrando com sugestões<br />
para possíveis caminhos, à<br />
serem percorridos na meta da<br />
felicidade e paz interior.<br />
Expressões que utilizarei, e<br />
farei questão de colocar entre<br />
aspas<br />
(“ “) como cura, normal,<br />
patológico ou doença, usarei<br />
como forma de descrever um<br />
quadro, que não deverá ser<br />
levado ao pé da letra, pois<br />
não há condição normal ou<br />
patológica, o que há é uma<br />
condição que satisfaça as<br />
necessidades da pessoa em<br />
questão, ou não.<br />
Ansiedade é um termo<br />
popular para definir uma<br />
condição psicológica, que no<br />
entanto, contém vários<br />
subtipos de Transtornos de<br />
Personalidade, e somente<br />
com uma análise específica<br />
de cada transtorno (vide<br />
figura 1) poderemos<br />
modificar o quadro, ou seja,<br />
um diagnóstico bem feito
é a condição mínima para<br />
conseguirmos a “cura”. A<br />
ideia não é rotular, mas sim,<br />
nomear corretamente os<br />
sintomas e entende-los<br />
dentro de um quadro<br />
“normal” ou “patológico”.<br />
Algumas vezes um<br />
determinado comportamento,<br />
por mais exagerado que seja,<br />
pode ter uma justificativa<br />
“normal”, pois é o que se<br />
espera de atitude da maioria<br />
das pessoas. Não significa<br />
que devemos agir como a<br />
maioria, mas um profissional<br />
da saúde (física ou mental)<br />
precisa analisar, comparando<br />
com o que é esperado para a<br />
maioria das pessoas, nas<br />
mesmas condições. Por<br />
exemplo, uma atitude<br />
extrema, como matar em<br />
legítima defesa, é<br />
considerada “normal”, até<br />
mesmo juridicamente, por<br />
isto, o comportamento de<br />
matar precisa ser analisado<br />
mais profundamente,<br />
levando-se em conta os
motivos que levaram a pessoa<br />
ter uma atitude extremada.<br />
Uma situação que observo<br />
com frequência no meu dia a<br />
dia, são pessoas se auto<br />
definindo como deprimidas por<br />
estar chorando, ou ansiosas<br />
por estar brigando, e muitas<br />
vezes a pessoa ansiosa chora,<br />
de nervoso e não de tristeza;<br />
inconscientemente a pessoa se<br />
permite chorar e isto alivia a<br />
ansiedade. A depressão,<br />
frequentemente traz a<br />
irritabilidade como<br />
comportamento, para afastar<br />
da pessoa deprimida as<br />
situações, ou pessoas, que a<br />
faz se sentir assim. Então,<br />
entender exatamente o que é<br />
a ansiedade e seus sintomas é<br />
importante para amenizar os<br />
seus efeitos.<br />
Após a década de 70 (fonte:<br />
Ministério da Saúde),<br />
diferentes categorias<br />
profissionais, associações de<br />
usuários e familiares,<br />
instituições acadêmicas,<br />
representações políticas e<br />
outros segmentos da<br />
sociedade, iniciaram o<br />
Movimento Nacional da<br />
Luta Antimanicomial,<br />
anualmente lembrado no dia<br />
18 de maio, que se caracteriza<br />
pela luta dos direitos das<br />
pessoas com sofrimento<br />
mental. Dentro desta luta está<br />
o combate à ideia de que se<br />
deve isolar a pessoa com<br />
sofrimento mental, para<br />
tratamento, sendo muito pelo<br />
contrário, a socialização é<br />
fundamental para a “cura”.<br />
Com isto, foram desativados<br />
os manicômios, hospícios e<br />
clínicas psiquiátricas, dando<br />
aos Hospitais (Pronto Socorro)<br />
a atribuição de atender os<br />
casos de emergência de saúde<br />
mental, antes atendidos pelos<br />
manicômios. Começaram<br />
então, as críticas aos<br />
tratamentos psiquiátricos, pois<br />
nos hospitais faziam uso de<br />
eletrochoques (corrente<br />
elétrica através do encéfalo) e<br />
lobotomia (intervenção<br />
cirúrgica no cérebro,<br />
seccionando-se as vias que<br />
ligam as regiões pré-frontais e<br />
o tálamo), que na verdade não<br />
“curavam” o paciente, muito<br />
pelo contrário, deixavam a<br />
pessoa completamente<br />
apática.<br />
Contudo, deu-se a abertura de<br />
novas técnicas para<br />
diagnóstico e controle de<br />
sintomas de “doenças<br />
mentais”, chegando ao ponto<br />
de termos, a partir 2017, no<br />
SUS - Sistema Único de Saúde<br />
no Brasil, atividades chamadas<br />
de PICS -
Práticas Integrativas e<br />
Complementares, tais como<br />
homeopatia, acupuntura,<br />
medicina antroposófica,<br />
plantas medicinais e<br />
fitoterapia, arte terapia,<br />
ayurveda, biodança, dança<br />
circular, meditação,<br />
musicoterapia, naturopatia,<br />
osteopatia, quiropraxia,<br />
reflexoterapia, reiki, shantala,<br />
terapia integrativa e yoga.<br />
Atividades que complementam<br />
os outros tratamentos, tanto<br />
para doenças físicas como<br />
mentais, ou servem como<br />
tratamento preventivo. Mas a<br />
população brasileira ainda não<br />
aceita muito a “doença”<br />
mental, como se fosse possível<br />
controlar os seus sintomas,<br />
diferente das doenças físicas,<br />
e muitos preconceitos giram<br />
em torno desta problemática.<br />
-Após a Segunda Guerra<br />
Mundial, os estudos com<br />
pacientes mentais<br />
institucionalizados (internados<br />
ou em tratamento),<br />
permitiram a classificação<br />
diagnóstica destes pacientes,<br />
que levou a montagem do<br />
Manual Diagnóstico e<br />
Estatístico de Transtornos<br />
Mentais (DSM - Diagnostic and<br />
Statistical Manual), que se<br />
encontra na quinta revisão<br />
(DSM-V), realizada<br />
pela Associação Americana de<br />
Psiquiatria. É referência<br />
mundial, para os diversos<br />
profissionais da área da saúde<br />
mental, utilizarem como<br />
diretrizes diagnósticas,<br />
auxiliando na tomada de<br />
decisão para melhor forma de<br />
manejo. Ele é a melhor fonte<br />
de pesquisa, até para quem<br />
não é da área da saúde, pois<br />
contém os critérios<br />
diagnósticos e as pesquisas<br />
referentes a cada transtorno,<br />
certamente muito melhor que<br />
uma pesquisa aleatória. Sua<br />
linguagem é simples, de fácil<br />
compreensão para leigos, que<br />
talvez precisem de poucas<br />
pesquisas para entender<br />
algumas palavras.<br />
A classificação dos transtornos<br />
no DSM-V está harmonizada<br />
com a CID – Classificação<br />
Internacional de Doenças, da<br />
Organização Mundial da<br />
Saúde, que se encontra na<br />
décima revisão (CID-10).<br />
Temos atualmente muitos<br />
estudos para diagnóstico das<br />
“doenças” mentais, contudo o<br />
DSM-V é científico e o mais<br />
abrangente que temos no<br />
mundo, apesar de realizado<br />
com a população americana,<br />
ele apresenta estudos com<br />
outros
grupos e faz uma análise<br />
comparativa dos sintomas.<br />
Falta-lhe apenas uma<br />
melhor especificação em<br />
estudos referentes às<br />
diferenças sexuais e de<br />
gênero, pois ele se baseia<br />
apenas no sexo biológico.<br />
Provavelmente, somente na<br />
Europa do século XIX, pode<br />
ter sido considerado status<br />
ter um rótulo de algum<br />
transtorno mental,<br />
principalmente se feito por<br />
Freud (Wikipedia). Nesta<br />
época ele iniciou seus<br />
estudos em Viena (capital<br />
da Áustria), cidade<br />
considerada o coração<br />
geográfico da<br />
Europa, em um clima da<br />
“Belle Époque” (Bela Época<br />
em português), onde a<br />
população neutralizava<br />
seus conflitos, reduzindo-os<br />
ao “pitoresco”, e com isto<br />
ter a classificação de algum<br />
transtorno mental feito por<br />
Freud, deveria ser tão<br />
“incrível”, quanto ver<br />
Salvador Dali (pintor<br />
surrealista catalão -1.904/<br />
1.989), passear com seu<br />
tamanduá bandeira de<br />
estimação.<br />
Esta geração, de artistas,<br />
filósofos e cientistas, se<br />
expressava com tamanha<br />
liberdade, beirando a<br />
excentricidade, germinando<br />
uma riqueza cultural, de<br />
valor inestimável como<br />
patrimônio.
“Todas as manhãs, ao me<br />
levantar, experimento um<br />
prazer supremo: ser Salvador<br />
Dali. Eu me pergunto<br />
maravilhado: que coisas<br />
prodigiosas ele fará hoje, este<br />
Salvador Dalí.”<br />
mundial, mas à custa de altos<br />
valores emocionais, para os<br />
gênios que desenvolveram<br />
criações, posteriormente<br />
utilizadas como tecnologia de<br />
armamento na Primeira<br />
Guerra Mundial, em 1 914.<br />
Salvador Sali<br />
Atualmente no Brasil (que<br />
passou por uma<br />
desconstrução dos<br />
procedimentos de<br />
tratamento da saúde mental<br />
e ainda não teve tempo para<br />
solidificar estas mudanças),<br />
temos uma população com<br />
crenças limitantes que<br />
remédios psiquiátricos<br />
provocam trauma cerebral e<br />
que fazer terapia é coisa de<br />
louco.<br />
Hoje a psiquiatria mudou<br />
muito, temos remédios com<br />
efeitos colaterais bem<br />
atenuados e a fantasia de<br />
dependência química com<br />
estes medicamentos, só<br />
acontece se o paciente parar<br />
de procurar o médico<br />
psiquiatra regularmente, ou<br />
se for um caso crônico, por<br />
isso vamos nos concentrar<br />
em entender cientificamente<br />
o que melhor define os<br />
transtornos mentais, assim<br />
evitaremos o erro do<br />
pensamento fantasioso e<br />
preconceituoso.
Transtorno Mental, segundo<br />
o DSM-V, “é uma síndrome<br />
caracterizada por perturbação<br />
clinicamente significativa na<br />
cognição, na regulação<br />
emocional ou no<br />
comportamento de um<br />
indivíduo que reflete uma<br />
disfunção nos processos<br />
psicológicos, biológicos ou de<br />
desenvolvimento subjacentes<br />
ao funcionamento mental.<br />
Transtornos mentais são<br />
frequentemente associados a<br />
sofrimento ou incapacidade<br />
significativos que afetam<br />
atividades sociais,<br />
profissionais ou outras<br />
atividades importantes. Uma<br />
resposta esperada ou<br />
aprovada culturalmente a um<br />
estressor ou perda comum,<br />
como a morte de um ente<br />
querido, não constitui<br />
transtorno mental. Desvios<br />
sociais de comportamento (por<br />
exemplo, de natureza política,<br />
religiosa ou sexual) e conflitos,<br />
que são basicamente<br />
referentes ao indivíduo e à<br />
sociedade, não são<br />
transtornos mentais, a menos<br />
que o desvio ou conflito seja o<br />
resultado de uma disfunção no<br />
indivíduo. A necessidade de<br />
tratamento (psiquiátrico) é<br />
uma decisão clínica complexa<br />
que leva em consideração os<br />
seguintes pontos:<br />
A gravidade dos sintomas;<br />
A importância dos sintomas<br />
(por exemplo, presença de<br />
ideação suicida);<br />
O sofrimento do paciente<br />
(dor mental) associado ao(s)<br />
sintoma(s);<br />
A deficiência ou incapacidade<br />
provocada pelos sintomas, na<br />
vida do paciente;<br />
Os riscos e benefícios dos<br />
tratamentos disponíveis e<br />
outros fatores (por exemplo,<br />
sintomas psiquiátricos<br />
complicadores de outras<br />
doenças).”<br />
a gravidade dos sintomas;<br />
a importância dos sintomas<br />
(por exemplo, presença de<br />
ideação suicida);<br />
o sofrimento do paciente (dor<br />
mental) associado ao(s)<br />
sintoma(s);<br />
a deficiência ou incapacidade<br />
provocada pelos sintomas, na<br />
vida do paciente;<br />
os riscos e benefícios dos<br />
tratamentos disponíveis e<br />
outros fatores (por exemplo,<br />
sintomas psiquiátricos<br />
complicadores de outras<br />
doenças).” Como um animal<br />
na natureza que precisa usar<br />
de toda sua força física e<br />
psíquica para sobreviver, se<br />
protegendo dos inimigos ou<br />
caçando para comer, nós seres<br />
humanos em uma
complexa sociedade<br />
contemporânea, “matamos<br />
muitos leões por dia”, e até<br />
lidamos com a torcida que<br />
está a favor do leão, mas...<br />
que leão? Isto é o que<br />
percebemos dos fatos, ou isto<br />
é realmente o que algumas<br />
pessoas vivem, mas ao chegar<br />
ao ponto de um diagnóstico de<br />
Transtorno de Ansiedade, a<br />
pessoa está percebendo os<br />
fatos em uma intensidade<br />
maior do que o real.<br />
Os Transtornos de Ansiedade<br />
ocorrem em uma frequência<br />
de 2:1, se comparado entre<br />
pessoas do sexo feminino e<br />
masculino, diferente dos<br />
Transtornos Esquizofrênicos e<br />
de Asperger, cuja<br />
ocorrência é maior em pessoas<br />
do sexo masculino.<br />
Os Transtornos de Ansiedade<br />
só podem ter este diagnóstico<br />
se causarem sofrimento<br />
clinicamente significativo ou<br />
prejuízo no funcionamento<br />
social, acadêmico, profissional<br />
ou em outras áreas<br />
importantes da vida do<br />
indivíduo.<br />
Segue abaixo a descrição de<br />
cada transtorno, segundo<br />
critérios do DSM-V. Procurei<br />
simplificar nas palavras e<br />
resumir os aspectos mais<br />
significativos e curiosos de<br />
cada transtorno, mas<br />
respeitando sempre o texto<br />
original e não acrescentando<br />
nada.<br />
Transtorno de Ansiedade de Separação<br />
Critérios Diagnósticos: Por pelo menos quatro semanas em<br />
crianças e adolescentes e em adultos, geralmente seis semanas<br />
ou mais, devem ocorrer três ou mais dos seguintes sintomas:<br />
Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou<br />
previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de<br />
apego;<br />
Preocupação persistente e excessiva com possível perda ou<br />
perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como,<br />
doenças, ferimentos, desastres ou morte.<br />
Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou<br />
em outros contextos semelhantes;
Relutância em sair, afastarse<br />
de casa, em virtude do<br />
medo da separação;<br />
Pesadelos repetidos<br />
envolvendo o tema<br />
separação;<br />
Repetidas queixas de<br />
sintomas somáticos (por<br />
exemplo, cefaleias, dores<br />
abdominais, náusea ou<br />
vômitos) quando a separação<br />
de figuras importantes de<br />
apego ocorre ou é prevista.<br />
Desenvolvimento e Curso: Na<br />
fase em torno do primeiro<br />
ano de vida, é natural a<br />
criança apresentar períodos<br />
de ansiedade de separação de<br />
figuras de apego, no entanto<br />
o transtorno, em crianças,<br />
pode ocorrer em idade préescolar<br />
e em qualquer<br />
momento durante a infância e<br />
mais raramente na<br />
adolescência. A maioria das<br />
crianças com este transtorno<br />
fica livre ao longo de suas<br />
vidas, mas algumas podem<br />
continuar na fase adulta, e<br />
muitos adultos com<br />
transtorno não se recordam<br />
de seu início na infância,<br />
embora lembram dos<br />
sintomas.<br />
Fator Genético: O Transtorno<br />
de Ansiedade de Separação<br />
em crianças pode ser<br />
herdado. A herdabilidade foi<br />
estimada em 73%.<br />
Risco de Suicídio: Pode estar<br />
associado a risco aumentado<br />
de suicídio.<br />
Consequências Funcionais: As<br />
pessoas com o Transtorno de<br />
Ansiedade de Separação com<br />
frequência tem atividades de<br />
vida limitadas, independente<br />
de estarem longe ou perto de<br />
casa, ou de figuras de apego,<br />
por exemplo, em crianças,<br />
evitar a escola, não ir<br />
acampar, ter dificuldade para<br />
dormir sozinho. Em<br />
adolescentes, não ir para a<br />
universidade, não sair da casa<br />
dos pais, não viajar, não<br />
trabalhar fora de casa.<br />
Mutismo Seletivo<br />
Critérios Diagnósticos: Ao se encontrarem com outras pessoas<br />
em interações sociais, as crianças com mutismo seletivo não<br />
iniciam a conversa ou respondem reciprocamente quando os<br />
outros falam com elas, tanto adultos, como outras crianças<br />
conforme detalhamento abaixo:
Fracasso persistente<br />
para falar em situações<br />
sociais específicas nas<br />
quais existe a expectativa<br />
para tal, por exemplo, na<br />
escola, apesar de falar<br />
em outras situações;<br />
A perturbação interfere<br />
na realização educacional<br />
ou profissional ou na<br />
comunicação social;<br />
A duração mínima da<br />
perturbação é um mês<br />
(não limitada ao primeiro<br />
mês de escola);<br />
O fracasso para falar<br />
não se deve a um<br />
desconhecimento ou<br />
desconforto com o idioma<br />
exigido pela situação<br />
social;<br />
A perturbação não é<br />
mais bem explicada por<br />
um transtorno de<br />
comunicação (transtorno<br />
da fluência com início na<br />
infância), nem ocorre<br />
exclusivamente durante o<br />
curso de transtorno do<br />
espectro autista,<br />
esquizofrenia ou outro<br />
transtorno psicótico.<br />
Prevalência e Curso: O<br />
início do mutismo seletivo<br />
é habitualmente antes<br />
dos cinco anos de idade,<br />
mas a perturbação pode<br />
não receber atenção<br />
clínica até a entrada da<br />
escola, quando existe<br />
aumento na interação<br />
social e na realização de<br />
tarefas, como leitura em<br />
voz alta. A<br />
persistência do transtorno<br />
é variável, embora relatos<br />
clínicos sugiram que<br />
muitos indivíduos<br />
superam”.<br />
Fator Ambiental: A<br />
inibição social por parte<br />
dos pais pode servir como<br />
modelo para a reticência<br />
social e o mutismo<br />
seletivo em crianças.<br />
Além do mais, os pais de<br />
crianças com mutismo<br />
seletivo foram descritos<br />
como superprotetores ou<br />
mais controladores do<br />
que os pais de crianças<br />
com outros transtornos<br />
de ansiedade ou nenhum<br />
transtorno.
Fobia Específica<br />
Critérios Diagnósticos:<br />
Medo ou ansiedade acentuada acerca de um objeto ou situação (por<br />
exemplo, voar, altura, animais, tomar uma injeção, ver sangue)<br />
O objeto ou situação fóbica provoca uma resposta imediata de medo<br />
e intenso sofrimento, podendo levar o indivíduo à evitar o objeto ou<br />
situação;<br />
O medo é desproporcional ao<br />
perigo real;<br />
O medo ou esquiva é<br />
persistente, geralmente com<br />
duração mínima de seis<br />
meses;<br />
O medo ou esquiva causa<br />
significativo sofrimento e<br />
prejuízo no funcionamento<br />
social, profissional o em outras<br />
áreas importantes da vida do<br />
indivíduo.<br />
Especificadores: 75% temem<br />
mais de uma situação ou<br />
objeto.<br />
Fobia Animal - aranhas,<br />
insetos, cães;<br />
Fobia de Ambiente Natural –<br />
alturas, tempestades, água;<br />
Fobia de Sangue-injeçãoferimentos<br />
– agulhas,<br />
procedimentos médicos<br />
invasivos;<br />
Fobia Situacional – aviões,<br />
elevadores, locais fechados;<br />
Outro – situações que podem<br />
levar a asfixia ou vômito; sons<br />
altos ou personagens vestidos<br />
com fantasias.<br />
Desenvolvimento e Curso:<br />
Ocasionalmente a fobia<br />
específica se desenvolve após<br />
um evento traumático (por<br />
exemplo, ser atacado por um<br />
animal ou ficar preso no<br />
elevador), por observação.<br />
de pessoas que passam por<br />
um evento traumático (por<br />
exemplo, ver alguém se<br />
afogar), por um ataque de<br />
pânico inesperado na situação<br />
a ser temida (por exemplo, um<br />
ataque de pânico inesperado<br />
no metrô), ou por transmissão<br />
de informações (por exemplo,<br />
ampla cobertura da mídia de<br />
um acidente aéreo).<br />
Entretanto, muitas pessoas<br />
com fobia específica não<br />
conseguem lembrar a razão<br />
para o início de suas fobias.<br />
Ela se desenvolve no início da<br />
infância, com a maioria dos<br />
casos se estabelecendo entre<br />
os 07 e 10 anos de idade.<br />
Embora o número total de<br />
casos de fobia específica seja<br />
baixo nas pessoas mais<br />
velhas, é um dos transtornos<br />
mais comumente<br />
experimentados no fim da<br />
vida.
Fator Ambiental: Os<br />
fatores ambientais de<br />
risco para fobias<br />
específicas são:<br />
superproteção, perda e<br />
separação parentais,<br />
abuso físico ou sexual,<br />
encontros negativos ou<br />
traumáticos com o objeto<br />
ou situação temida.<br />
Fator Fisiológico:<br />
Indivíduos com fobia de<br />
sangue-injeçãoferimentos<br />
apresentam<br />
propensão peculiar à<br />
síncope vasovagal<br />
(desmaio) na presença de<br />
estímulos fóbicos.<br />
Fator Genético: Uma<br />
pessoa com um parente<br />
de primeiro grau com<br />
uma fobia específica de<br />
animais tem<br />
probabilidade<br />
significativamente maior<br />
de ter a mesma fobia<br />
específica do que<br />
qualquer outra categoria<br />
de fobia.
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)<br />
Critérios Diagnósticos: A característica essencial do transtorno de<br />
ansiedade social é o medo acentuado ou intenso de situações sociais<br />
nas quais o indivíduo pode ser avaliado pelos outros. Alguns têm<br />
medo e evitam urinar em banheiros públicos quando outras pessoas<br />
estão presentes.<br />
Medo ou ansiedade<br />
acentuada acerca de uma ou<br />
mais situações sociais em que<br />
o indivíduo é exposto a<br />
possível avaliação por outras<br />
pessoas (por exemplo, manter<br />
uma conversa, encontrar<br />
pessoas que não são<br />
familiares), ser observado (por<br />
exemplo, comendo ou<br />
bebendo), e situações de<br />
desempenho diante de outros<br />
(por exemplo, proferir<br />
palestras). Em crianças, a<br />
ansiedade deve ocorrer em<br />
contextos que envolvem seus<br />
pares, e não apenas em<br />
interações com adultos.<br />
Medo de demonstrar os<br />
sintomas da ansiedade e ser<br />
avaliado negativamente (será<br />
humilhante ou constrangedor;<br />
provocará a rejeição ou<br />
ofenderá a outros);<br />
As situações sociais são<br />
evitadas ou suportadas com<br />
intenso medo ou ansiedade;<br />
O medo ou ansiedade é<br />
desproporcional à ameaça<br />
real;<br />
O medo, ansiedade ou<br />
esquiva é persistente,<br />
geralmente durando mais de<br />
seis meses;<br />
A pessoa tem significativo<br />
sofrimento com prejuízo no<br />
funcionamento social,<br />
profissional ou em outras<br />
áreas importantes da vida do<br />
indivíduo;<br />
Curso e Desenvolvimento:<br />
75% dos indivíduos têm idade<br />
de início entre 08 e 15 anos.<br />
30% experimentam<br />
diminuição do quadro no<br />
espaço de um ano, 50% em<br />
poucos anos. 60% de pessoas<br />
sem um tratamento específico<br />
para transtornos de ansiedade<br />
social, o curso é de vários<br />
anos ou mais. Pode se seguir a<br />
uma experiência estressante<br />
ou humilhante (por exemplo,<br />
ser alvo de bulling, vomitar<br />
durante uma palestra pública),<br />
ou pode ser insidioso,<br />
desenvolvendo-se lentamente.<br />
No início na idade adulta é<br />
relativamente raro e é mais<br />
provável de ocorrer após um<br />
evento estressante ou<br />
humilhante ou após
mudanças na vida que<br />
exigem novos papéis<br />
sociais (por exemplo,<br />
casar-se com alguém de<br />
uma classe social<br />
diferente, receber uma<br />
promoção no trabalho). O<br />
transtorno de ansiedade<br />
social pode diminuir<br />
depois que a pessoa com<br />
medo de encontros se<br />
casa e pode ressurgir<br />
após o divórcio. Tende a<br />
ser persistente.<br />
Fator Genético: Existe<br />
forte predisposição<br />
genética, sujeita à<br />
interação gene-ambiente,<br />
ou seja, crianças com alta<br />
inibição são mais<br />
suscetíveis às influências<br />
ambientais, tais como um<br />
modelo socialmente<br />
ansioso por parte dos<br />
pais. Parentes de<br />
primeiro grau têm uma<br />
chance de 2 a 6 vezes<br />
maior de ter o transtorno.<br />
Fator Cultural: No Japão e<br />
na Coreia, em função da<br />
cultura, a pessoa<br />
experimenta um medo,<br />
por vezes com<br />
intensidade delirante.<br />
Fator Gênero: As pessoas<br />
do sexo feminino<br />
apresentam outros<br />
transtornos, tais como,<br />
transtornos depressivos,<br />
bipolar e de ansiedade. O<br />
sexo masculino tem mais<br />
probabilidade de ter<br />
medo de encontros, ter<br />
transtorno de oposição<br />
desafiante ou transtorno<br />
da conduta. O sexo<br />
masculino apresenta<br />
tendência ao consumo de<br />
álcool ou drogas ilícitas<br />
para aliviar os sintomas<br />
do transtorno. A parurese<br />
ou bexiga tímida (medo<br />
de urinar na presença<br />
real ou imaginária de<br />
outras pessoas) é mais<br />
comum no sexo<br />
masculino.
Transtorno de Pânico<br />
Critérios Diagnósticos: Transtorno de Pânico refere-se a ataques de<br />
pânico inesperados e recorrentes. Ataque de pânico é um surto<br />
abrupto de medo ou desconforto intenso, que alcança o pico em<br />
minutos, quando ocorre de quatro ou mais de uma lista de 13<br />
sintomas físicos e cognitivos. O termo recorrente significa mais de<br />
um ataque inesperado. O termo inesperado se refere ao fato de<br />
inexistir um indício ou desencadeante óbvio. O Transtorno de Pânico<br />
pode, ou não, apresentar ao mesmo tempo o Transtorno Agorafobia<br />
(pânico de ambientes externos com pessoas – a seguir segue<br />
detalhes de critério diagnóstico). Frequentemente a pessoa com<br />
transtorno de pânico apresenta no mínimo quatro (ou mais) dos<br />
seguintes sintomas:<br />
Palpitações, coração<br />
acelerado, taquicardia;<br />
Sudorese;<br />
Tremores ou abalos;<br />
Sensações de falta de ar ou<br />
sufocamento;<br />
Sensações de asfixia;<br />
Dor ou desconforto torácico;<br />
Náusea ou desconforto<br />
abdominal;<br />
Sensação de tontura,<br />
instabilidade, vertigem ou<br />
desmaio;<br />
Calafrios ou ondas de calor;<br />
Parestesias (anestesia ou<br />
sensações de formigamento);<br />
Desrealização (sensações de<br />
irrealidade) ou<br />
despersonalização (sensação de<br />
estar distanciado de si<br />
mesmo);<br />
Medo de perder o controle ou<br />
“enlouquecer”;<br />
Medo de morrer ou sensação<br />
de morte iminente (mesmo não<br />
havendo causa evitente de que<br />
morrerá, a pessoa sente que é<br />
possível morrer no momento da<br />
crise).<br />
Nota: Podem ser vistos sintomas específicos da cultura (por<br />
exemplo, tinido, dor na nuca, cefaleia, gritos ou choro<br />
incontroláveis) Esses sintomas não devem contar como um dos<br />
quatro exigidos.<br />
Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de<br />
uma ou de ambas as seguintes características:
1. Apreensão ou preocupação<br />
persistente acerca de ataques<br />
de pânico adicionais ou sobre<br />
suas consequências (por<br />
exemplo, perder o controle,<br />
ter um ataque cardíaco,<br />
“enlouquecer”);<br />
2. Uma mudança<br />
desadaptativa<br />
significa no comportamento<br />
relacionado aos ataques (por<br />
exemplo, comportamentos que<br />
tem por finalidade evitar ter<br />
ataques de pânico, como a<br />
esquiva de exercícios ou<br />
situações desconhecidas).<br />
Nota: Um tipo de ataque de pânico inesperado é o ataque de pânico<br />
noturno (acordar do sono em um estado de pânico), que difere de<br />
entrar em pânico depois de completamente acordado; a não ser<br />
que ele ocorra à noite com ataques diurnos ou outros sintomas de<br />
pânico durante o dia.<br />
Desenvolvimento e Curso: A<br />
idade de início do transtorno<br />
de pânico é de 20 a 24 anos.<br />
Um pequeno número de casos<br />
começa na infância, e o início<br />
após os 45 anos é incomum,<br />
mas pode ocorrer. O curso<br />
habitual, se o transtorno não é<br />
tratado, é crônico, mas com<br />
oscilações. Apenas uma<br />
minoria dos indivíduos tem<br />
remissão completa sem<br />
recaída subsequente no<br />
espaço de poucos anos.<br />
Embora o transtorno de Pânico<br />
seja muito raro na infância, a<br />
primeira ocorrência de<br />
“períodos de medo” com<br />
frequência, remonta a esse<br />
período de desenvolvimento.<br />
Fator Ambiental: Relatos de<br />
experiências infantis de abuso<br />
sexual e físico são mais<br />
comuns no transtorno de<br />
pânico do que em outros<br />
transtornos de ansiedade.<br />
Fator Genético: Existe risco<br />
aumentado de transtorno de<br />
pânico entre filhos de pais com<br />
transtornos de ansiedade,<br />
depressivo e bipolar.<br />
Distúrbios respiratórios, como<br />
asma, estão associados à este<br />
transtorno.<br />
Risco de Suicídio: O transtorno<br />
de pânico apresenta uma taxa<br />
mais elevada de tentativas de<br />
suicídio e ideação suicida, ao<br />
ser comparado com outros<br />
transtornos de ansiedade.
Consequências<br />
Funcionais: A pessoa com<br />
transtorno de pânico<br />
sofre consequências<br />
funcionais nos níveis de<br />
incapacidade social,<br />
profissional e física,<br />
gerando custos<br />
econômicos<br />
consideráveis, com<br />
afastamentos do<br />
trabalho, além de<br />
apresentar o mais alto<br />
número de consultas<br />
médicas entre os<br />
transtornos de ansiedade.<br />
Embora os efeitos sejam<br />
mais fortes com a<br />
presença de agorafobia<br />
(medo mórbido de<br />
lugares públicos), as<br />
pessoas com este<br />
transtorno podem se<br />
ausentar com frequência<br />
do trabalho ou escola<br />
para visitas ao médico ou<br />
ao serviço de urgência, o<br />
que pode levar a<br />
desemprego ou evasão<br />
escolar.<br />
Questões Relativas ao<br />
Gênero: São mais<br />
frequentes nas pessoas<br />
do sexo feminino, mas as<br />
características clínicas<br />
não diferem entre os<br />
gêneros.
Agorafobia<br />
Critérios Diagnósticos: A agorafobia é diagnosticada<br />
independentemente da presença de transtorno de pânico. Se a<br />
apresentação de um indivíduo satisfaz os critérios para transtorno<br />
de pânico e agorafobia, ambos os diagnósticos devem ser dados. A<br />
característica essencial da agorafobia é o medo ou ansiedade<br />
acentuado ou intenso, desencadeado pela exposição real ou<br />
prevista a diversas situações. O diagnóstico requer que os<br />
sintomas ocorram em pelo menos duas das cinco situações<br />
seguintes:<br />
Uso de transporte público,<br />
como automóveis, ônibus,<br />
trens, navios ou aviões;<br />
Permanecer em espaços<br />
abertos, como áreas de<br />
estacionamento, mercados ou<br />
pontes;<br />
Permanecer em locais<br />
fechados, como lojas, teatros<br />
ou cinemas;<br />
Permanecer em uma fila ou<br />
ficar em meio a uma multidão;<br />
Sair de casa sozinho.<br />
Geralmente, as pessoas que temem às situações descritas,<br />
experimentam pensamentos de que algo terrível possa acontecer,<br />
acreditam que escapar dessas situações poderia ser difícil ou que<br />
o auxílio pode não estar disponível. Na sua forma mais grave,<br />
pode levar a pessoa a ficar completamente restrita à sua casa,<br />
incapaz de sair e dependente de outra pessoa.<br />
Prevalência: A cada ano,<br />
1,7% dos adolescentes e<br />
adultos têm um diagnóstico<br />
de agorafobia. Pessoas do<br />
sexo feminino têm uma<br />
probabilidade duas vezes<br />
maior do que as do<br />
masculino. A agorafobia pode<br />
ocorrer na infância, mas a<br />
incidência atinge o pico no<br />
fim da adolescência e início<br />
da fase adulta.<br />
Desenvolvimento e Curso:<br />
50% das amostras clínicas<br />
são de pessoas com<br />
agorafobia que desenvolveu<br />
antes o transtorno de pânico.<br />
Em dois terços de todos os<br />
casos de agorafobia, o início<br />
ocorre antes dos 35 anos. O<br />
curso da agorafobia é<br />
persistente e crônico. A<br />
remissão completa é rara<br />
(10%), a menos que a<br />
doença seja tratada.
Fator Ambiental: Eventos<br />
negativos na infância (por<br />
exemplo, separação,<br />
morte de um dos pais) e<br />
outros eventos<br />
estressantes, como ser<br />
atacado ou assaltado,<br />
estão associados ao início<br />
de agorafobia. Além<br />
disso, indivíduos com<br />
este transtorno<br />
descrevem o clima<br />
familiar e a criação dos<br />
seus filhos<br />
como caracterizados por<br />
afeto reduzido e<br />
superproteção.<br />
Fator Genético: A<br />
herdabilidade para<br />
agorafobia é de 61%. Das<br />
várias fobias, a<br />
agorafobia é a que tem<br />
associação mais forte e<br />
mais específica com o<br />
fator genético que<br />
representa a<br />
predisposição a fobias.
Transtorno de Ansiedade Generalizada<br />
Critérios Diagnósticos: Preocupação excessiva (expectativa<br />
apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis<br />
meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho<br />
escolar ou profissional). É difícil controlar a preocupação, que causa<br />
sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social,<br />
profissional ou em outras áreas importantes da vida da pessoa, e está<br />
associada com três (ou mais) dos seguintes sintomas:<br />
Nota: Para criança um item é exigido apenas.<br />
Inquietação ou sensação de<br />
estar com os nervos à flor da<br />
pele;<br />
Fatigabilidade;<br />
Dificuldade em concentrar-se<br />
ou sensações de “branco” na<br />
mente;<br />
Irritabilidade;<br />
Tensão muscular;<br />
Perturbação do sono<br />
(dificuldade para dormir ou<br />
manter o sono, ou sono<br />
insatisfatório ou inquieto).<br />
Pode haver tremores, contrações, abalos e dores musculares,<br />
nervosismo ou irritabilidade associados à tensão muscular. Muitos<br />
indivíduos com transtorno de ansiedade generalizada também<br />
experimentam sintomas somáticos (por exemplo, sudorese, náusea,<br />
diarreia) e uma resposta de sobressalto exagerada. Sintomas de<br />
excitabilidade autônoma aumentada (por exemplo, batimentos<br />
cardíacos acelerados, falta de ar, tonturas) são menos proeminentes<br />
no transtorno de ansiedade generalizada do que no transtorno de<br />
pânico, por exemplo. Mas podem acompanhar o transtorno de<br />
ansiedade generalizada à síndrome do intestino irritável ou cefaleia.<br />
Prevalência: O sexo feminino<br />
tem duas vezes maior<br />
probabilidade do que o<br />
masculino, apresentando o pico<br />
na meia-idade e declina ao<br />
longo dos últimos anos de vida.<br />
As pessoas de descendência<br />
europeia<br />
tendem a experimentar o<br />
transtorno de ansiedade<br />
generalizada com mais<br />
frequência do que os<br />
descendentes asiáticos,<br />
africanos, nativos americanos e<br />
das ilhas do pacífico.
Desenvolvimento e curso:<br />
Muitas pessoas que com este<br />
transtorno relatam que se<br />
sentem ansiosos e nervosos<br />
por toda a vida. A idade média<br />
de início é 30 anos, e<br />
raramente antes da<br />
adolescência. Os sintomas<br />
tendem a ser crônicos e têm<br />
remissões e recidivas ao longo<br />
da vida. As taxas de remissão<br />
completa são muito baixas e a<br />
principal diferença entre as<br />
faixas etárias está no conteúdo<br />
da preocupação. Adultos<br />
relatam maior preocupação<br />
com o bem-estar da família ou<br />
da sua própria saúde física,<br />
enquanto crianças e<br />
adolescentes tendem a se<br />
preocupar mais com a escola,<br />
desempenho esportivo, eventos<br />
catastróficos (terremotos,<br />
guerras). As crianças podem<br />
ser excessivamente<br />
conformistas, perfeccionistas e<br />
inseguras, apresentando<br />
tendência a refazer tarefas em<br />
razão de excessiva insatisfação<br />
com um desempenho menos<br />
que perfeito. Demonstram<br />
também zelo excessivo na<br />
busca de aprovação e exigem<br />
constantes garantias sobre seu<br />
desempenho.<br />
Fator Genético: Um terço do<br />
risco de experimentar<br />
transtorno de ansiedade<br />
generalizada é genético.<br />
Questões Relativas ao Gênero:<br />
55 a 60% das pessoas que<br />
apresentam sintomas de<br />
transtorno de ansiedade<br />
generalizada são do sexo<br />
feminino. Embora ambos os<br />
sexos apresentem sintomas<br />
similares, os padrões de<br />
comorbidades são diferentes, o<br />
sexo feminino tende a<br />
depressão, enquanto o<br />
masculino tem mais<br />
probabilidade de desenvolver o<br />
transtorno por uso de<br />
substâncias.<br />
Consequências Funcionais: A<br />
preocupação excessiva<br />
prejudica a capacidade do<br />
indivíduo de fazer as coisas de<br />
forma rápida e eficiente, seja<br />
em casa, seja no trabalho. A<br />
preocupação toma tempo e<br />
energia; os sintomas<br />
associados de tensão muscular<br />
e sensação de estar com os<br />
nervos à flor da pele, cansaço,<br />
dificuldade em concentrar-se e<br />
perturbação do sono<br />
contribuem para o prejuízo na<br />
vida social, escolar ou<br />
profissional da pessoa.<br />
O DSM-V apresenta outros<br />
transtornos, que não se<br />
encaixam nos descritos acima,<br />
mas que não podem ficar de<br />
fora da catalogação, tais como:
Transtorno de Ansiedade<br />
Induzido por<br />
Substância/Medicamento,<br />
Transtorno de Ansiedade<br />
Devido a Outra Condição<br />
Médica,<br />
Outro Transtorno de<br />
Ansiedade Especificado,<br />
Transtorno de Ansiedade Não<br />
Especificado.<br />
Não descreverei em detalhes<br />
os transtornos acima, por<br />
terem menor frequência, e<br />
também, para, a partir de<br />
agora, começarmos a<br />
entender “o que fazer” com<br />
estes sintomas. Mas antes<br />
disto, gostaria apenas de<br />
destacar uma pesquisa feita<br />
pela Organização Mundial da<br />
Saúde, em 2017, que<br />
constatou que o Brasil tem a<br />
maior taxa de transtornos de<br />
ansiedade do mundo e o<br />
quinto em casos de depressão.<br />
Segundo esta pesquisa, 9,3%<br />
dos brasileiros tem algum<br />
transtorno de ansiedade.<br />
Pesam neste cenário, os<br />
fatores políticos e<br />
socioeconômicos, levando as<br />
grandes cidades viverem<br />
níveis de ansiedade<br />
semelhantes à zona de guerra.<br />
Hoje pela manhã, li uma<br />
notícia sobre uma adolescente<br />
moradora de uma favela no<br />
Rio de<br />
Janeiro, que postou nas redes<br />
sociais algo bobo, dizendo que<br />
os criminosos acabariam na<br />
mira dos policiais e por isto<br />
acabou sendo esquartejada<br />
por uma facção criminosa.<br />
Entende agora o que significa<br />
“ansiedade de zona de<br />
guerra”? Sabendo agora que<br />
ansiedade é sinônimo de<br />
medo, como se sentem as<br />
pessoas que conhecem a<br />
garota? Ou até mesmo, todas<br />
as pessoas que tomaram<br />
conhecimento do caso, como<br />
eu. Quero mostrar com isto,<br />
que ansiedade é um problema<br />
cultural da civilização<br />
contemporânea, e muitas<br />
vezes estimulada por esta<br />
mesma civilização, que em<br />
outros momentos reforça<br />
modelos comportamentais<br />
desequilibrados e ansiosos<br />
como correto, como é o caso<br />
do casal romântico Romeu e<br />
Julieta. Provavelmente, se eles<br />
não tivessem se suicidado<br />
antes do casamento, um<br />
mataria o outro depois da lua<br />
de mel, afinal, eram duas<br />
crianças impetuosas,<br />
alimentadas pela<br />
impossibilidade do<br />
relacionamento, com uma<br />
mente doente (muita<br />
ansiedade + noção distorcida<br />
da realidade + rebeldia +<br />
etc...), capaz de criar um<br />
plano tão
fantasioso, que torná-lo<br />
viável era impossível.<br />
Estudiosos da obra de<br />
Shakespeare acreditam que<br />
ao criar estes personagens,<br />
sua ideia era ridicularizar e<br />
chamar a atenção para algo<br />
absurdo, ao invés de criar<br />
um modelo de amor<br />
romântico, enfim, assim é<br />
nossa civilização, que<br />
acredita ou valoriza algumas<br />
coisas absurdas e em outros<br />
momentos ridiculariza coisas<br />
importantes, e assim não<br />
poderia deixar de ser, em<br />
relação aos tratamentos da<br />
saúde mental. Volto a falar<br />
sobre o uso de medicação<br />
psiquiátrica, pois<br />
infelizmente, em casos de<br />
sintomas graves ou crônicos,<br />
não temos opção melhor de<br />
tratamento no momento.<br />
Seus efeitos colaterais, que<br />
muitos temem, na maioria<br />
dos casos, causa menos mal<br />
do que o sal, açúcar ou<br />
álcool, que muitos<br />
consomem “socialmente” aos<br />
finais de semana. A<br />
medicação, quando<br />
necessária, e acompanhada<br />
regularmente por um médico<br />
psiquiatra, é como uma<br />
muleta que a pessoa usará<br />
por um tempo, para<br />
reaprender a andar com os<br />
exercícios da “fisioterapia” da<br />
psicoterapia ou coaching<br />
psicológico. Muitas vezes<br />
vivemos experiências, como<br />
se fossemos uma tábua com<br />
um prego martelado, onde é<br />
possível tirá-lo, tapar o<br />
buraco e pintar novamente<br />
para deixá-la como nova,<br />
mas uma raspadinha no local<br />
martelado, facilmente tira a<br />
tinta e expõem novamente o<br />
buraco. Neste momento,<br />
olhe para dentro do buraco,<br />
não saia tampando de<br />
qualquer jeito, que o<br />
conserto mal feito, durará<br />
pouco tempo. Como nos<br />
mostra o poema<br />
“Autobiografia em cinco<br />
capítulos”, do "O Livro<br />
Tibetano do Viver e do<br />
Morrer", Sogyal Rinpoche,<br />
Ed. Talento/Palas Athena.
Capítulo 1<br />
Ando pela rua.<br />
Há um buraco fundo na calçada.<br />
Eu caio...<br />
Estou perdido... sem esperança.<br />
Não é culpa minha.<br />
Leva uma eternidade para encontrar a saída.<br />
Capítulo 2<br />
Ando pela mesma rua.<br />
Há um buraco fundo na calçada.<br />
Finjo não vê-lo.<br />
Caio nele de novo.<br />
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.<br />
Mas não é culpa minha.<br />
Ainda assim leva um tempão para sair.<br />
Capítulo 3<br />
Ando pela mesma rua.<br />
Há um buraco fundo na calçada.<br />
Vejo que ele está ali. Ainda assim caio... é um hábito.<br />
Meus olhos se abrem.<br />
Sei onde estou.<br />
É minha culpa.<br />
Saio imediatamente.<br />
Capítulo 4<br />
Ando pela mesma rua.<br />
Há um buraco fundo na calçada.<br />
Dou a volta.<br />
Capítulo 5<br />
Ando por outra rua.
Temos sempre escolha do<br />
caminho a seguir, podemos<br />
trilhar o caminho da<br />
“Autobiografia em Cinco<br />
Capítulos”, mesmo que<br />
repetidamente caindo em<br />
padrões de comportamento,<br />
que muitas vezes são trazidos<br />
do “berço”, com forte carga<br />
genética, mas basta um olhar,<br />
saber onde estamos, e<br />
assumirmos a responsabilidade<br />
de nossa vida, e com isto, até<br />
mesmo características<br />
genéticas podem ser mudadas,<br />
e um bom exemplo, é o que<br />
vemos hoje com as pessoas<br />
portadoras de transtornos com<br />
déficit cognitivo, como<br />
Síndrome de Down, por<br />
exemplo, que estão casando,<br />
tendo filhos e trabalhando,<br />
melhor ajustados socialmente<br />
do que muitas pessoas com QI<br />
– Quociente Intelectual dentro<br />
da normalidade. Aliás, nossa<br />
civilização precisará correr com<br />
as pesquisas com os<br />
transtornos ao contrário do QI<br />
baixo, pois aumentou em 80%<br />
o número de casos de<br />
Transtornos do Espectro<br />
Autista, como o Transtorno de<br />
Asperger, que dá aos pacientes<br />
um alto QI – Quociente<br />
Intelectual e baixo QE –<br />
Quociente Emocional, boa<br />
pauta para outro artigo.<br />
Somos 50% de carga genética<br />
e 50% de influência do meio<br />
em que vivemos, e, no entanto,<br />
passamos os primeiros e mais<br />
importantes anos da nossa<br />
vida, com a família, por isto,<br />
somos fortemente influenciados<br />
por nossa árvore genealógica,<br />
mais que 50%. Olhar para o<br />
“berço”, para ampliar a<br />
consciência de si e do motivo<br />
que justifica o comportamento<br />
ansioso, é um bom começo,<br />
pois quanto maior for a carga<br />
genética, maior será a<br />
dificuldade para modificar o<br />
comportamento, mas ao<br />
mesmo tempo, ao saber que é<br />
genético, estratégicas<br />
específicas e mais eficientes<br />
precisam ser adotadas. E como<br />
analisamos a carga genética?<br />
Podemos fazer um complexo<br />
exame do mapeamento<br />
genético, porém não é<br />
necessário, uma vez que a<br />
simples observação das<br />
características<br />
comportamentais na família,<br />
como por exemplo, uma pessoa<br />
com síndrome do pânico, cuja<br />
mãe e tia (irmã da mãe)<br />
também tiveram, e que<br />
apresenta as fisionomias muito<br />
parecidas com as da mãe, nos<br />
mostra que esta pessoa tem<br />
forte carga genética para um<br />
transtorno de ansiedade.
Muitas vezes, esta família<br />
ansiosa expôs a criança a<br />
determinadas situações que<br />
levaram, na fase adulta, ao<br />
desenvolvimento de uma<br />
síndrome do pânico.<br />
Todo “berço” tem espinhos pois<br />
não há perfeição na vida<br />
humana, mas precisamos ter<br />
consciência dos nossos<br />
comportamentos aprendidos na<br />
vivência com a família. Na<br />
infância, pai e mãe são heróis,<br />
pois dependemos<br />
integralmente deles; na<br />
adolescência eles passam a ser<br />
vistos como inimigos, pois<br />
começamos nos abrir para o<br />
social e nos auto afirmamos<br />
nos amigos(as); o adulto<br />
saudável descobre que pai e<br />
mãe são heróis e inimigos, pois<br />
possuem virtudes e defeitos,<br />
como todo mundo.<br />
Identificar as virtudes e<br />
defeitos dos pais é muito<br />
importante, filhos inseguros e<br />
dependentes afetivamente dos<br />
pais, mesmo na fase adulta,<br />
têm dificuldade de enxergar os<br />
defeitos dos seus pais e<br />
supervalorizam suas virtudes,<br />
no sentido oposto, filhos<br />
vítimas, tendem a não<br />
enxergar o lado bom dos pais.<br />
Como somos fruto de<br />
mais de 50% de carga<br />
genética, ao não aceitar ou<br />
supervalorizar um<br />
comportamento dos pais, ou de<br />
um deles, negamos em nós, ou<br />
supervalorizamos em nós, as<br />
características em comum. Sem<br />
falar que pai e mãe são os<br />
arquétipos de homem<br />
(masculino), mulher<br />
(feminino), e de autoridade, ou<br />
seja, a menina se espelha na<br />
mãe e absorve<br />
inconscientemente as<br />
características<br />
comportamentais da mãe, e<br />
tem no pai o estereótipo físico<br />
e de personalidade do homem,<br />
projetando esta referência na<br />
escolha do homem em que se<br />
casa. Já o menino, busca no pai<br />
as características para formar<br />
sua personalidade e na mãe o<br />
perfil ideal para sua<br />
companheira amorosa. As<br />
exceções são quando os pais<br />
são inadequados e a pessoa<br />
busca o oposto como forma de<br />
compensação, mas<br />
curiosamente, a experiência<br />
mostra que apesar do(da)<br />
filho(a) buscar um par amoroso<br />
em oposição ao arquétipo de<br />
um dos progenitores, nem<br />
sempre esta empreitada é bem<br />
sucedida, por exemplo, uma<br />
filha pode optar em se casar<br />
com um homem que não seja<br />
alcoólatra, como seu pai era,<br />
mas pode acabar
se casando com um homem<br />
que tenha outra forma de vício<br />
ou compulsão, ou ainda, caso<br />
se case com alguém em<br />
oposição ao perfil do seu pai,<br />
ela não se identificará com este<br />
perfil, não terá sintonia com ele<br />
e esta relação tende a ser<br />
conflitante para ela.<br />
Os pais também são arquétipos<br />
referenciais de autoridade, ou<br />
seja, pais inadequados causam<br />
uma péssima referência de<br />
autoridade para os filhos, que<br />
tenderão a questionar e/ou se<br />
esquivar de outras formas de<br />
autoridade, tais como<br />
líderes/empregadores,<br />
políticos/polícia, pastor/padre,<br />
etc... O pai em especial,<br />
costuma ser uma referência<br />
para as responsabilidades com<br />
o trabalho e a organização<br />
financeira.<br />
Estudos realizados em crianças<br />
mostram que as agressões, as<br />
omissões e as superproteções<br />
são condutoras de formação de<br />
comportamentos inadequados,<br />
ou de transtornos ansiosos nos<br />
filhos. Uma criança não precisa<br />
de muita coisa nos primeiros<br />
anos de vida para se tornar um<br />
adulto saudável, mas, por<br />
causa da sua fragilidade, certas<br />
experiências causam marcas<br />
irreversíveis. Quanto mais<br />
complexa a sociedade, mais<br />
difícil é ter uma infância sem<br />
agressões, omissões ou<br />
superproteções, e por isto,<br />
estamos percebendo que<br />
conviver com a diversidade,<br />
significa mais do que se<br />
adaptar com as diferenças de<br />
gênero e cor, significa entender<br />
que ninguém vira um elefante<br />
de bolinha cor de rosa quando<br />
tem algum problema, nós<br />
exacerbamos o que somos.<br />
Pessoas ansiosas ficam mais<br />
ansiosas. Então, quem convive<br />
no seu dia a dia com uma<br />
pessoa ansiosa, deverá<br />
entender os seus<br />
comportamentos, assim como a<br />
pessoa ansiosa precisa saber<br />
conviver com pessoas que não<br />
são. O desafio é o equilíbrio,<br />
que não está em um extremo e<br />
nem em outro. Também, não<br />
está em um ponto no meio,<br />
está em uma faixa central,<br />
onde oscilamos de um extremo<br />
ao outro, sempre buscando a<br />
zona de equilíbrio e nem<br />
sempre encontrando. Vivemos<br />
em um ciclo ininterrupto, que<br />
se encerra com a morte, ou<br />
não...<br />
Mas certamente a “evolução da<br />
espécie” é um processo<br />
inevitável, consciente e/ou<br />
inconscientemente todos<br />
evoluem, alguns pioram, em
função de algumas situações<br />
específicas, mas em termos<br />
gerais, a civilização sempre<br />
evolui, como por exemplo, o<br />
cachorro que parou de correr<br />
atrás dos pneus dos carros<br />
que aumentaram a velocidade.<br />
Nós, seres humanos, não<br />
puxamos mais pelo cabelo<br />
nossa amada, apesar de<br />
alguns ainda terem resquícios<br />
da “caverna”, mas em termos<br />
gerais, somos capazes de<br />
controlar nossos<br />
comportamentos e direcionálos<br />
para formas mais<br />
eficientes, para nosso próprio<br />
benefício, em primeiro lugar,<br />
mas para os que convivem<br />
conosco também.<br />
Tendo claramente identificado<br />
os sintomas, e à partir deles,<br />
nomeado o tipo de transtorno,<br />
o próximo passo é identificar a<br />
intensidade. No mercado<br />
nacional existem vários testes<br />
e assessment qualificados e<br />
utilizados para auxiliar<br />
profissionais, e/ou ampliar a<br />
consciência dos clientes. Como<br />
avaliação específica da<br />
ansiedade, o Inventário de<br />
Ansiedade de Beck (exclusivo<br />
para Psiclólogos), da Casa do<br />
Psicólogo, é muito eficiente,<br />
apresentando uma avaliação<br />
em termos de percentis (00 a<br />
63), e classificando em quatro<br />
níveis de ansiedade:<br />
1. Mínimo = 00 -10<br />
2. Leve = 11 – 19<br />
3. Moderado = 20 – 30<br />
4. Grave = 31 – 63<br />
Nota: Os níveis moderado e<br />
grave, costumam indicar uso<br />
de medicação psiquiátrica para<br />
controle dos sintomas.<br />
O testes de atenção<br />
concentrada, como por<br />
exemplo o AC – Atenção<br />
Concentrada (exclusivo para<br />
Psicólogos), da Editora Vetor,<br />
auxilia na avaliação da falta de<br />
atenção, que pode ser<br />
provocada pela ansiedade. O<br />
DISC Profiler, assestment<br />
abrangente que pode ser<br />
utilizado por “Analistas DISC”,<br />
ou seja, não apenas<br />
Psicólogos, mas qualquer<br />
pessoa que se qualificar para<br />
tal, através de formação<br />
específica. Ele mapeia mais de<br />
20 características de<br />
personalidade, além de<br />
mostrar as exigências que o<br />
meio profissional está<br />
imprimindo no avaliado, e o<br />
que esta pessoa tem para<br />
oferecer ao ambiente<br />
profissional, informações<br />
muito importantes para<br />
identificar a ansiedade<br />
específica no ambiente de<br />
trabalho. A quantidade de<br />
testes no mercado é muito<br />
vasta, eu mesma trabalho
com mais de vinte tipos<br />
diferentes, e para as mais<br />
diversas situações, contudo o<br />
mais importante é traçar uma<br />
rota de evolução, partindo de<br />
um ponto atual, ou no passado,<br />
e à partir dele traçamos uma<br />
meta de ações para o futuro,<br />
como por exemplo no exercício<br />
abaixo:<br />
Proponho para a pessoa<br />
ansiosa:<br />
Dê uma nota de 0 a 10 no<br />
seu nível de ansiedade de um<br />
ano atrás;<br />
Dê uma nota de 0 a 10 no<br />
seu nível de ansiedade de hoje;<br />
Dê uma nota de 0 a 10 no<br />
nível de ansiedade que você<br />
acredita poder conquistar até o<br />
final do ano que vem;<br />
Compare os comportamentos<br />
em cada situação e trace um<br />
plano de ação (planilha com<br />
datas) para conquistar novos<br />
comportamentos, ou deixar de<br />
emitir velhos comportamentos<br />
ansiosos, para chegar ao nível<br />
desejado no final do ano que<br />
vem.<br />
Segue abaixo um exemplo<br />
simples, para ilustrar o que<br />
propus acima:<br />
2017 – nota 6 de ansiedade<br />
com os comportamentos:<br />
insônia, impaciência,<br />
movimentação constante nas<br />
pernas e roer unhas.<br />
2018 – nota 8 – além dos<br />
comportamentos acima +<br />
irritabilidade, esquiva de certas<br />
situações estressantes,<br />
isolamento social, crises<br />
esporádicas de taquicardia ou<br />
sudorese (indevido ao calor)<br />
2019 – meta nota 4 de<br />
ansiedade com:<br />
Controle do sono (até final de<br />
janeiro, iniciando uso de<br />
medicação);<br />
Ampliar a consciência dos<br />
motivos que levaram ao<br />
desenvolvimento da ansiedade<br />
iniciando processo<br />
psicoterápico (até final de<br />
janeiro);<br />
Controle emocional da<br />
irritabilidade e impaciência com<br />
introdução de práticas de<br />
meditação (até abril);<br />
Atividade física regular, três<br />
vezes por semana (até junho);<br />
Criar situações para expandir<br />
contato social, como fazer<br />
algum curso ou entrar em<br />
algum grupo de atividade (até<br />
agosto).
Deixar para tomar decisões<br />
sérias à partir do segundo<br />
semestre.<br />
Nota: Entenda que, como em<br />
uma dieta, não dá para sair do<br />
“prato de pedreiro” e começar<br />
comer duas folhas de alface por<br />
refeição, programar ações para<br />
um período de um ano, pode<br />
não parecer um tempo<br />
confortável para uma pessoa<br />
ansiosa, mas é o ideal para<br />
solidificar mudanças<br />
comportamentais. Por isto, o<br />
auxílio de uma mentoria,<br />
coaching ou psicoterapia é<br />
muito importante, pois vai além<br />
do 00 a 10.<br />
A Teoria Cognitiva<br />
Comportamental da Psicologia,<br />
cujas técnicas mais se<br />
assemelham ao formato do<br />
coaching, parte do princípio<br />
que o comportamento é<br />
provocado por uma emoção,<br />
desencadeada por um<br />
pensamento, por isto o nome<br />
“cognitiva comportamental”. O<br />
gerenciamento dos<br />
pensamentos e percepções<br />
sobre o que vivemos, é<br />
fundamental para regular<br />
nossos comportamentos.<br />
Nossas crenças e valores<br />
direcionam nossa vida, ter<br />
consciência delas é o primeiro<br />
passo. Como por exemplo, a<br />
mulher que acredita que<br />
homem nenhum presta,<br />
provavelmente não se<br />
relacionará com um homem e<br />
ficará aflita por isto, ou não<br />
reconhecerá as virtudes do seu<br />
companheiro e o julgará como<br />
não prestando, afinal, “todos<br />
homens são iguais” (ela<br />
provavelmente dirá), e sofrerá<br />
por isto. A questão é identificar<br />
os motivos que a levou pensar<br />
que homens não “prestam”,<br />
provavelmente uma má<br />
referência paterna, que<br />
precisará ser ressignificada<br />
(mudar o significado que o pai<br />
tem para esta pessoa), ou seja,<br />
perdoar/entender o pai e<br />
reconhecer suas virtudes, para<br />
depois poder ter consciência do<br />
tipo de homem que a deixa<br />
feliz, pois antes da consciência,<br />
ela age reativamente e<br />
inconscientemente. Por isto,<br />
olhar o passado, o presente e<br />
planejar o futuro, com ações<br />
estratégicas, é fundamental<br />
para empresários conduzirem<br />
os seus negócios e para<br />
pessoas que desejam realizar<br />
algo, que pode ser, sair de um<br />
quadro de transtorno de<br />
ansiedade, ou até mesmo de<br />
um surto psicótico. Como coach<br />
que trabalha dentro dos<br />
critérios da ICF – International<br />
Coach Federation, que<br />
estabelece onze competências<br />
(vide figura 2) para um coach,
acredito que “projetar ações” é fundamental, ou seja, ajudar o<br />
cliente a encontrar oportunidades de aprendizado contínuo, nos<br />
relacionamentos profissionais/pessoais, e fazer escolhas<br />
assertivas, para alcançar o estado psicológico desejado ou a<br />
meta/sonho. Da mesma forma que são os comportamentos<br />
(reações físicas ou psicológicas) desencadeados por um fato, que<br />
caracterizam os sintomas de um transtorno, é o controle do<br />
comportamento que leva-nos ao ponto de equilíbrio. Por exemplo,<br />
uma pessoa em uma briga de casal, inicialmente grita, depois<br />
quebra algo e depois bate, simplificando um processo de<br />
desequilíbrio emocional que aumenta gradativamente. O desafio é<br />
seguir o caminho contrário, entender os ganhos e perdas ao bater,<br />
para depois entender os motivos de quebrar coisas, para por<br />
último controlar os comportamentos de alterar o tom de voz e<br />
agredir verbalmente, encontrando formas mais eficientes de<br />
comunicação.<br />
Figura 2<br />
Ética (Padrão Americano)<br />
Acordo ou Contrato<br />
Confiança & Proximidade<br />
Presença de Coaching<br />
Escuta Ativa<br />
Perguntas Poderosas<br />
Comunicação Direta<br />
Criando Coscientização<br />
Projetando Ações<br />
Panejando e Estabelecendo Metas<br />
Gerenciando o Progresso e a Responsabilidade
Sofia Bauer, Hipnoterapeuta<br />
Ericksoniana mineira, em seu<br />
livro “Síndrome do Pânico, um<br />
sinal que desperta” (2002 -<br />
Editora Livro Pleno), nos<br />
mostra que o corpo emite<br />
sinais de alerta. Primeiro<br />
ficamos sem dormir uma noite,<br />
depois começamos a<br />
procrastinar algumas coisas,<br />
depois vem a aceleração do<br />
batimento cardíaco, e<br />
assim evolui até<br />
pararmos para analisar o<br />
que está acontecendo<br />
conosco, mais que isto,<br />
este processo somente<br />
retrocede quando<br />
encontramos o nosso<br />
centro e “despertamos”<br />
para sermos uma pessoa<br />
melhor, para nós<br />
mesmos. Muitas vezes,<br />
nada externo precisa ser<br />
mudado, basta<br />
mudarmos nossa<br />
percepção dos fatos. O<br />
corpo possui mecanismos<br />
de defesa, como subir a<br />
temperatura corporal,<br />
para matar alguma<br />
bactéria, ou não enxergar<br />
que alguém está nos<br />
sacaneando,<br />
inconscientemente, por<br />
não saber como lidar com<br />
a situação. Tudo o que<br />
“Todo sintoma é uma verdade<br />
sobre nós mesmos e, ao<br />
mesmo tempo, um caminho de<br />
saída que mostra o que<br />
devemos fazer para achar o<br />
alívio. Pressão requer<br />
despressurização. Desproteção<br />
requer proteção.”<br />
Sofia Bauer<br />
Sofia Bauer – médica, especialista em<br />
Psiquiatria e membro da Associação<br />
Brasileira de Psiquiatria
vivemos é fruto do efeito cascata de um processo, ou<br />
seja, se eu tivesse vivido o que você viveu, eu seria<br />
exatamente igual a você, por isto aceitarmos nossos<br />
pontos fracos ou de fragilidade é fundamental, desta<br />
forma aprendemos a conviver melhor com os pontos de<br />
fragilidade dos outros.<br />
Se ansiedade é sinônimo de medo, buscar proteção é<br />
muito importante em situações que aumentam a<br />
ansiedade, por exemplo, recentemente observei uma<br />
cliente, que tinha fobia leve em viagens aéreas, mas<br />
precisou viajar com sua cachorrinha para outro país, e<br />
para tanto necessitou de uma declaração psicológica<br />
relatando que ela precisava do animal para “apoio<br />
emocional”, por se tratar de um país com burocracias<br />
complexas para entrada de animal. Por isto o animal<br />
viajou no colo dela, fora da caixa para cães, e ela<br />
percebeu o apoio emocional real que o animal lhe deu,<br />
permitindo-lhe viver tranquilamente uma viagem aérea<br />
de mais de 10 horas.<br />
Reflita: O que lhe dá proteção? Neste momento, o que<br />
você pode fazer na sua vida que lhe dará proteção e<br />
diminuirá este sentimento de medo? – evite pensar em<br />
uma coisa gigante (por exemplo, mudar de emprego ou<br />
se separar), pense em coisas menores, como fazer um<br />
curso, fazer massagem relaxante, etc...
Respeitar os próprios<br />
limites, para não invadir a<br />
zona de vulnerabilidade, é o<br />
primeiro exercício da<br />
pessoa que já se expôs a<br />
situações estressantes por<br />
alguns anos, voluntária ou<br />
involuntariamente, e por<br />
isto sofre de ansiedade.<br />
Mas não adianta ficar preso<br />
na zona de conforto, o ideal<br />
é darmos pequenos passos,<br />
que também nos levam a<br />
longas distâncias, sem se<br />
cansar.<br />
A mais recente linha de<br />
estudos psicológicos, é a<br />
Psicologia Positiva, que veio<br />
para quebrar os velhos<br />
paradigmas de “doença”<br />
mental, focando-se na<br />
“saúde” mental, ou seja, nos<br />
potenciais, motivações e<br />
capacidades humanas. Ela<br />
explica qual o caminho para a<br />
felicidade e alta performance,<br />
estado chamado de “flow”<br />
(do inglês, significa fluxo). É<br />
um estado mental em que<br />
ficamos profundamente<br />
focados e concentrados no<br />
que estamos fazendo, oposto<br />
ao estado ansioso. Nesta<br />
condição há total consciência,<br />
apesar da pessoa em flow<br />
esquecer o tempo, as<br />
dificuldades, o seu próprio<br />
ego, ou possível competição<br />
com outra pessoa, nada tira<br />
da pessoa o foco e<br />
concentração na tarefa que<br />
estiver realizando.<br />
Para o psicólogo Mihaly<br />
Csikszentmihalyi, que criou<br />
este conceito, quando<br />
estamos em estado de flow,<br />
apresentamos os seguintes<br />
elementos (não sendo<br />
necessário apresentar todos):<br />
Objetivos<br />
claros (expectativas e regras<br />
são discerníveis).<br />
Concentração e foco (um<br />
alto grau de concentração em<br />
um limitado campo de<br />
atenção).
Perda do sentimento de<br />
autoconsciência.<br />
Sensação de tempo<br />
distorcida.<br />
Feedback direto e imediato<br />
(acertos e falhas no decurso da<br />
atividade são aparentes,<br />
podendo ser corrigidos se<br />
preciso).<br />
Equilíbrio entre o nível de<br />
habilidade e de desafio (a<br />
atividade nunca é<br />
demasiadamente simples ou<br />
complicada).<br />
A sensação<br />
de controle pessoal sobre a<br />
situação ou a atividade.<br />
A atividade é em si<br />
recompensadora, não exigindo<br />
esforço algum.<br />
Os estudos do DSM-V mostram<br />
que uma pessoa leva em média<br />
três anos para iniciar crises de<br />
ansiedade, e dez anos para<br />
iniciar uma síndrome do pânico.<br />
Certamente não será<br />
necessário o mesmo tempo<br />
para a “cura” que levou para<br />
“adoecer”, mas sem<br />
entendermos o que está nos<br />
acontecendo e procurarmos<br />
reverter a situação, a tendência<br />
é dos sintomas aumentarem<br />
significativamente, podendo um<br />
simples Transtorno de<br />
Ansiedade Generalizada levar<br />
um indivíduo a uma condição<br />
de vida muito precária.<br />
“A perda da autoconsciência<br />
pode conduzir a<br />
autotranscendência – uma<br />
sensação de que os limites de<br />
nosso ser foram ampliados e<br />
que fazemos parte de uma<br />
entidade maior, um sentimento<br />
oceânico de união com o<br />
ambiente e com o mundo.”<br />
Csikszentmihalyi
Para finalizar, algumas dicas<br />
extras, que podem auxiliar<br />
pessoas com ansiedade:<br />
Pare ou diminua a<br />
quantidade de café,<br />
energético, chá mate, coca<br />
cola, doces em excesso ou<br />
massas em excesso, pois são<br />
substâncias ativadoras do<br />
sistema nervoso central. É<br />
comum pessoas ansiosas<br />
utilizarem muito estas<br />
substâncias e o ideal é fazer o<br />
contrário, procure deitar meia<br />
hora após o almoço, coma<br />
alimentos leves e abuse de<br />
chás relaxantes.<br />
Evite ambientes agitados ou<br />
com muitas pessoas. Procure<br />
ficar em locais calmos e<br />
tranquilos, até o controle dos<br />
sintomas. Da mesma forma,<br />
ver filmes, telejornais ou<br />
novelas, que apresentam fatos<br />
marcantes e que poderão<br />
deixar a pessoa agitada ou<br />
temerosa, deve ser evitados.<br />
Meditação, massagem<br />
relaxante e visualizações<br />
positivas são muito benéficas,<br />
têm caráter preventivo ou de<br />
apoio a outras formas de<br />
tratamento.<br />
dirigindo, não fale ao celular,<br />
não converse com os<br />
passageiros e evite até ouvir<br />
música. A pessoa ansiosa tem<br />
um excesso de atividade<br />
mental, com isto, exercitar se<br />
concentrar no que está<br />
fazendo é uma forma de<br />
readquirir o controle sobre os<br />
pensamentos. Da mesma<br />
forma, procurar fazer uma<br />
coisa de cada vez e diminuir o<br />
perfeccionismo.<br />
<br />
<br />
Expresse os seus<br />
sentimentos. Dizer a coisa<br />
certa, na hora certa, do<br />
jeito certo e para a pessoa<br />
certa, é uma atividade que<br />
estamos sempre<br />
treinando, o que não<br />
podemos é ficar calados.<br />
Explodir não é legal, mas<br />
implodir também não é.<br />
Atividade física. À partir de<br />
20 minutos, nosso<br />
organismo começa<br />
secretar (produzir)<br />
serotonina (hormônio anti<br />
depressão) e endorfina<br />
(hormônio da felicidade<br />
que combate todo o efeito<br />
colateral da adrenalina –<br />
hormônio secretado na<br />
ansiedade).<br />
Foco no aqui e agora. Está<br />
<br />
Exercite o jogo de cintura<br />
e não tenha medo de<br />
errar.
Se valorize e procure reconhecer o que realmente lhe faz<br />
feliz.<br />
Dedique-se à um hobby.<br />
Iniciei este artigo definindo os sintomas da ansiedade, de<br />
acordo com os critérios científicos da área da saúde mental, e<br />
mesmo no decorrer do artigo, procurei dar dicas e exemplos<br />
que permitissem ao leitor fazer uma viagem interior e ampliar<br />
sua consciência. Ela, a consciência, é a verdadeira fonte<br />
inesgotável para a felicidade e paz interior. Nossa vida,<br />
principia no nosso interior, pois se batemos o pé no portão ao<br />
sair de casa, e pensamos: “começou mal o dia”, certamente o<br />
dia terminará mal. Nosso subconsciente é como o HD de um<br />
computador, ele não raciocina se uma informação é boa ou<br />
má, ele arquiva a informação e usa quando necessário. Por<br />
isto, controlar os pensamentos e ver a vida com olhos<br />
positivos, não forma um “bobo da corte”, forma uma pessoa<br />
em paz consigo mesma e que vê a vida como uma escola, em<br />
que nos divertimos, enquanto aprendemos, e errar, faz parte<br />
do aprendizado.<br />
Norma Cambiaghi<br />
Psicóloga Clínica (Psicodrama) e<br />
Organizacional, Coach e<br />
Hipnoterapeuta. Há mais de 18<br />
anos auxilia pessoas e<br />
organizações no atingimento<br />
rápido de metas.<br />
Facebook:<br />
@NormaCambiaghiConsciencia<br />
Linkedin: Instituto Consciência<br />
Instagran: Norma Cambiaghi<br />
WhatsApp: +55 11 9.7253.4748<br />
Site: www.institutoconsciencia.com.br<br />
E-mail: norma@institutoconsciencia.com.br
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Marcia Corrêa – Engenheira Agrônoma, Especialista em<br />
Alimentos, Treinadora de Comportamentos Nutricionais e Estilo<br />
de Vida, Palestrante e Empresária no ramo de Clube de<br />
Nutrição.<br />
Especialista em Emagrecimento. Estudiosa da Medicina Natural<br />
preventiva e apaixonada por Desenvolvimento Pessoal.<br />
Fundadora e Diretora da SR+Saudável empresa de educação a<br />
distância e presencial à vida saudável. Ajudou milhares de<br />
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A Qualidade de Vida<br />
definitivamente chegou<br />
no fim nas famílias!<br />
As famílias, há muitos<br />
anos, estão trabalhando<br />
para conquistar uma vida<br />
mais confortável para<br />
seus filhos e para se<br />
inserirem na sociedade,<br />
com um único foco<br />
voltado para trabalhar,<br />
levar o dinheiro para<br />
casa, fazer compras no<br />
supermercado, comprar<br />
passivos, fazer algumas<br />
viagens, cuidar dos filhos,<br />
comer pizza uma vez por<br />
semana e muito<br />
raramente sobrar algo<br />
para poupar. Muitos ainda<br />
vivem na era dos<br />
serviços, na era dos<br />
produtos! Estão<br />
esquecendo deles<br />
próprios, e<br />
principalmente da família!<br />
Estão vivendo para<br />
trabalhar e sobreviver...<br />
isso mesmo sobreviver,<br />
andam junto com a<br />
manada, e isso fez com<br />
que a qualidade de vida<br />
ficasse em último lugar<br />
no seu pensamento!<br />
Qualidade de vida é o<br />
método utilizado para<br />
medir as condições de<br />
vida de um ser humano<br />
ou é o conjunto de<br />
condições que contribuem<br />
para o bem físico e<br />
espiritual dos indivíduos<br />
em sociedade. Interfere<br />
em todas as áreas da<br />
vida de uma família, e a<br />
falta dela contribuiu para<br />
o vício da má<br />
alimentação, resultando<br />
em famílias acima do<br />
peso, ou em famílias<br />
obesas e muitas vezes<br />
doentes.
Quando você é escravo da<br />
sua carreira, ou seja, em<br />
primeiro lugar o trabalho e<br />
em segundo plano você, você<br />
passa a não liderar mais a<br />
sua vida. Você não é dono do<br />
seu tempo, e o que acontece<br />
é que o trabalho começa a<br />
falar se você vai ter final de<br />
semana ou não. O trabalho<br />
passa a falar quando vai sair<br />
de férias! O trabalho manda<br />
na sua vida!<br />
Quando você tem um<br />
trabalho para o qual você<br />
trabalha independente da sua<br />
vida pessoal, você vira um<br />
escravo do trabalho e isso<br />
gera níveis grandes de<br />
infelicidade. Passando a não<br />
participar mais dos<br />
aniversários, das<br />
festas...gastando pouco<br />
tempo com a sua família...<br />
com as pessoas que é o que<br />
realmente importa... Você<br />
fica cansado, sem pique pra<br />
dar atenção as pessoas que<br />
ama, descontando na comida<br />
com eles indo a restaurantes,<br />
comendo comidas rápidas ou<br />
industrializadas, e em gastos<br />
desnecessários para<br />
compensar sua falta de<br />
atenção.<br />
Será que você realmente<br />
terá que escolher entre<br />
ganhar dinheiro ou ter<br />
tempo para você? Será que<br />
essa é a escolha que você<br />
tem que fazer? Será que não<br />
existe uma maneira de<br />
equilibrar isso?<br />
Claro que sim! Apenas<br />
invertendo o processo! E<br />
colocando a qualidade de<br />
vida em primeiro lugar em<br />
sua vida! Claro que não é<br />
simples, mas é uma<br />
mudança de pensamento e<br />
fixação desse hábito “dar a<br />
devida importância a<br />
qualidade de vida”
Apenas com essa mudança de<br />
chave sua vida já começa a<br />
dar sinais de melhora, onde<br />
muitas coisas começam a fluir,<br />
mas é preciso paciência e um<br />
bom planejamento e conversa<br />
com a família! E tudo começa<br />
DENTRO de você, DENTRO da<br />
sua casa, DENTRO do armário<br />
da sua casa!! Como<br />
assim???????<br />
Hoje estamos na era da<br />
experiência, onde o principal<br />
foco de uma família está<br />
relacionado na sua qualidade<br />
de vida! Trabalhar no que<br />
gosta, ter dias e horas livres<br />
para desfrutar do dinheiro que<br />
leva para casa, fazer compras<br />
mais conscientes no<br />
supermercado, escolhendo<br />
alimentos saudáveis, fazendo<br />
uso de suplementação natural,<br />
educando os filhos para ter um<br />
futuro de conscientização<br />
humana com inteligência<br />
emocional, fazendo passeios<br />
ao ar livre na natureza. Tudo<br />
isso interfere, mas o principal<br />
é DENTRO DE VOCÊ! Se você<br />
já tem pensamentos positivos<br />
e sempre está buscando<br />
informações para evoluir, você<br />
já tem pontos de contribuição,<br />
mas aí entra o que VOCÊ<br />
COME!<br />
O que você come, irá<br />
interferir nos seus<br />
pensamentos mais ainda e<br />
no seu bem-estar, fazendo<br />
com que GANHE TEMPO DE<br />
VIDA! TEMPO DE<br />
QUALIDADE! Tanto<br />
prolongando seus anos,<br />
como mais disposição para<br />
desfrutar com sua família<br />
uma vida de qualidade. A<br />
alimentação tem um peso<br />
gigantesco no sucesso de<br />
TODAS AS ÁREAS DA SUA<br />
VIDA! A conseqüência é<br />
chegar o mais próximo do<br />
equilíbrio das áreas e de<br />
quebra todos emagrecem e<br />
ganham saúde!! Ganham<br />
paciência!!
Talvez você esteja pensando<br />
que somos extraordinários,<br />
temos sorte, ou somos<br />
exceções à regra. Bem, deixenos<br />
assegurar-lhe que somos<br />
tão comuns quanto qualquer<br />
pessoa.<br />
Qualquer pessoa que tenha<br />
um sistema de aprendizado<br />
correto em suas mãos e uma<br />
pessoa que oriente o melhor<br />
caminho a seguir, ele tem<br />
sucesso.<br />
Tudo pode ser transformado!<br />
Basta uma mudança em sua<br />
atitude mental. O que<br />
aprendemos desde que<br />
nascemos, o que fomos<br />
condicionados no passado a<br />
pensar, agir e comer, tudo<br />
está relacionado com a sua<br />
mente, onde fazendo ou<br />
pensando nas mesmas coisas<br />
repetidamente ela se torna<br />
um hábito. E a qualidade dos<br />
nossos hábitos influencia<br />
diretamente na qualidade de<br />
nossas vidas.<br />
Eu já me encontrei desse<br />
lado, com minha vida<br />
bagunçada em todas as<br />
áreas e acima do peso.<br />
Segui a receita do bolo:<br />
estude, faça uma faculdade,<br />
arrume um emprego e<br />
espere a aposentadoria!<br />
Nossa...quando me vi na<br />
roda dos ratos, decidi junto<br />
com meu marido ter nosso<br />
negócio próprio, no total<br />
montamos três empresas na<br />
área da agricultura, pois<br />
somos Engenheiros<br />
Agrônomos. Trabalhamos de<br />
sol a sol, sem finais de<br />
semana e feriados, o que<br />
ganhava paga os custos e<br />
as contas e o<br />
supermercado, o que<br />
sobrava fazia festas<br />
comendo porcaria, era<br />
nossa diversão e estilo de<br />
vida! Mas sempre buscava<br />
métodos pra melhorar, mas<br />
não conseguia chegar nem<br />
na metade do processo.
Foi quando, depois do terceiro<br />
filho, decidimos mudar nosso<br />
ESTILO DE VIDA! Iniciei a<br />
focar no desenvolvimento<br />
pessoal, na mentalidade junto<br />
com a alimentação, seguindo<br />
orientação de um especialista<br />
em hábitos. Ajustei minha<br />
área física emagrecendo<br />
15,300 kg em, 4 meses, onde<br />
tudo foi se equilibrando e<br />
melhorando meu estilo vida e<br />
como consequência a<br />
qualidade de vida deu um<br />
salto muito importante pra<br />
mim e toda minha família.<br />
Mudei tanto que vi a<br />
necessidade de ajudar muitos<br />
conhecidos que passavam<br />
pelo mesmo desafio de vida,<br />
não ter estilo de vida! Hoje ao<br />
longo de 13 anos, já ajudei<br />
milhares de pessoas a<br />
conquistarem uma vida super<br />
legal e saudável. E se você<br />
quiser mais informações leia<br />
até o final.<br />
Ter um Treinador, um<br />
Mentor, um Coach do seu<br />
lado, muitas pessoas ainda<br />
acha uma bobagem ou caro<br />
demais, e que com as<br />
informações que tem na<br />
internet já são suficientes<br />
pra mudar completamente.<br />
Mas aí te pergunto: quanto<br />
vale sua vida e seu tempo?<br />
Realizando um, trabalho<br />
personalizado para ajustar<br />
sua vida, tenho certeza que<br />
irá achar barato! Aí entra a<br />
ajuda para encontrar<br />
atalhos no caminho, pense<br />
sobre a necessidade de<br />
termos alguém para nos<br />
ajudar a ver as coisas que<br />
não conseguimos ver, do<br />
que realmente está<br />
acontecendo e o pior... se<br />
não tomarmos uma decisão,<br />
poderá tornar sua vida um<br />
desastre, que poderá levar<br />
anos para conseguir dar a<br />
volta por cima se estiver<br />
sozinho. Esses são apenas<br />
alguns dos exemplos, pois a<br />
sua transformação gera<br />
evolução em todas as áreas<br />
da sua vida.
Pra te ajudar a clarear um<br />
pouco vou te fazer algumas<br />
perguntas:<br />
Qual seu maior desejo?<br />
O que você realmente vem<br />
buscando para promover sua<br />
qualidade de vida?<br />
O que você já fez para alcançála?<br />
E porque você acha que ainda<br />
não alcançou?<br />
O que está faltando pra você?<br />
Como você se sente em tentar,<br />
tentar e não conseguir evoluir?<br />
Se você não gostar das<br />
suas respostas, é um sinal<br />
que está na hora da<br />
mudança!<br />
Com a ajuda de um<br />
profissional adaptando as suas<br />
condições de trabalho,<br />
profissão, alimentação, família<br />
e emocional, pois cada um tem<br />
sua individualidade, faz com<br />
que as mudanças ocorram de<br />
forma mais confortável<br />
possível.<br />
Agora vou te dar algumas dicas<br />
que um dia eu recebi. Consegui<br />
colocar em pratica junto com a<br />
ajuda do meu coach, e hoje<br />
desenvolvo esse trabalho para<br />
ajudar meus clientes a<br />
transformarem sua vida de<br />
forma leve e confortável.<br />
15 Passos para melhorar a<br />
qualidade de vida:<br />
•Ter sua meta clara (as perguntas<br />
acima já irão te ajudar);<br />
•Definir metas de curto, médio e<br />
longo prazo;<br />
•Conversar com a família, uma<br />
conversa profunda, clara e com<br />
interesse genuíno pra que todos<br />
também desejem ter um estilo de<br />
vida diferenciado e que um ajude<br />
o outro nessa jornada;<br />
•Dividir afazeres da casa;<br />
•Economizar, e fazer um “cofrinho”<br />
da viagem em família;<br />
•Ter uma agenda com seu tempo<br />
de trabalho, família, diversão e<br />
auto-cuidado;<br />
•Fazer uma lista para ir no<br />
supermercado;<br />
•Ir no supermercado sem fome,<br />
pois evita de comprar supérfluos;<br />
•Fazer alimentação saudável;<br />
•Consumir complementos<br />
nutricionais de qualidade;<br />
•Ler livros na área que deseja<br />
evoluir;<br />
•Praticar atividade física para<br />
descarregar as energias ruins e<br />
adquirir as boas;<br />
•Todos os dias se esforçar para ser<br />
1% melhor que o dia anterior;<br />
•Tenha um Plano B onde trabalhe<br />
só 2h por dia.
Uma super dica que fez<br />
muita diferença pra minha<br />
família na questão<br />
financeira e de<br />
tranqüilidade:<br />
Mudar para uma casa perto<br />
da escola dos filhos (foi o<br />
que eu fiz) ou mudar para<br />
uma casa perto do trabalho<br />
(caso isso seja possível).<br />
Essa dica valeu ouro! Caso<br />
tenha interesse em saber o<br />
porquê, te explico numa<br />
entrevista de análise pra<br />
mudanças de hábitos.<br />
Se o hábito pode ser<br />
aprendido ele pode ser<br />
transformado! E isso é<br />
quase impossível conseguir<br />
sozinho, por isso junto com<br />
um coach, mentor, treinador<br />
de hábitos você irá vencer<br />
esse processo e ter<br />
mudanças significativas e para<br />
sempre.<br />
Com a vida moderna e corrida,<br />
precisamos cada vez mais<br />
cuidar da nossa saúde, nosso<br />
bem estar, por isso ao elaborar<br />
sua agenda diária de trabalho,<br />
inclua também a sua rotina<br />
nutricional que fará total<br />
diferença na sua disposição, no<br />
seu desempenho físico e<br />
mental. Hoje existem várias<br />
opções de receitas rápidas,<br />
complementos de qualidade e<br />
lancherias modernas que você<br />
pode se alimentar até no<br />
transito!<br />
Espero ter ajudado de alguma<br />
forma. Meu sucesso é o seu<br />
resultado!<br />
Estou pronta para te ajudar!<br />
Você está pronto para<br />
começar???<br />
Márcia Corrêa<br />
Engenheira Agrônoma, Especialista<br />
em Alimentos, Treinadora de<br />
Comportamentos Nutricionais e Estilo<br />
de Vida<br />
Facebook: SRMaisSaudavel<br />
marcia.correa.coach@gmail.com<br />
Whatsapp (11)93804-4766<br />
Instagram: marcia_corrêa_coach
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