GAZETA DIARIO 791
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16 Nacional<br />
Foz do Iguaçu, terça-feira, 5 de fevereiro de 2019<br />
JUSTIÇA<br />
Lei propõe endurecer cumprimento<br />
de pena para crimes graves<br />
Moro apresentou ontem, em Brasília, a proposta a 12 governadores,<br />
vice-governadores e secretários estaduais de Segurança Pública<br />
Agência Brasil<br />
Reportagem<br />
O projeto de lei Anticrime<br />
que o governo federal vai enviar<br />
ao Congresso Nacional<br />
nos próximos dias prevê mudanças<br />
em 14 leis, entre elas,<br />
o Código Penal, a Lei de Execução<br />
Penal, a Lei de Crimes<br />
Hediondos e o Código Eleitoral.<br />
A intenção, segundo o<br />
Ministério da Justiça e Segurança<br />
Pública, é combater a<br />
corrupção, crimes violentos e<br />
facções criminosas.<br />
O ministro Sergio Moro<br />
apresentou ontem(4) a proposta<br />
a 12 governadores, vicegovernadores<br />
e secretários estaduais<br />
de Segurança Pública,<br />
em Brasília. Mais cedo, ele<br />
conversou sobre o projeto com<br />
o presidente da Câmara dos<br />
Deputados, Rodrigo Maia.<br />
De acordo com a minuta<br />
do projeto, divulgado à imprensa,<br />
a iniciativa prevê alterações<br />
legais, elevando penas<br />
para crimes com arma de<br />
O ministro Sergio Moro apresentou<br />
ontem(4) a proposta em Brasília<br />
fogo. Além disso, o governo<br />
conta com o aprimoramento<br />
do mecanismo que possibilita<br />
o confisco de produto do<br />
crime, permitindo o uso do<br />
bem apreendido pelos órgãos<br />
de segurança pública.<br />
As medidas visam ao endurecimento<br />
do cumprimento<br />
da pena para crimes considerados<br />
mais graves, como roubo,<br />
corrupção e peculato que,<br />
pela proposta, passa a ser em<br />
regime inicial fechado.<br />
O projeto pretende deixar<br />
claro que o princípio da presunção<br />
da inocência não impede<br />
a execução da condenação<br />
criminal após segunda<br />
instância.<br />
A reforma do crime de resistência,<br />
introduzindo soluções<br />
negociadas no Código de<br />
Processo Penal e na Lei de<br />
Improbidade, é uma das propostas,<br />
contando também<br />
com medidas para assegurar<br />
o cumprimento da condenação<br />
após julgamento em segunda<br />
instância, aumentando<br />
a efetividade do Tribunal do<br />
Júri.<br />
De acordo com o projeto,<br />
será considerado crime arrecadar,<br />
manter, movimentar ou<br />
utilizar valores que não tenham<br />
sido declarados à Justiça<br />
Eleitoral, popularmente<br />
chamado de caixa dois.<br />
Outro ponto conceitua<br />
organizações criminosas e<br />
prevê que seus líderes e integrantes,<br />
ao serem encontrados<br />
com armas, iniciem o<br />
cumprimento da pena em<br />
presídios de segurança máxima.<br />
Condenados que sejam<br />
comprovadamente integrantes<br />
de organizações criminosas<br />
não terão direito a<br />
progressão de regime. A proposta<br />
ainda amplia - de um<br />
para três anos - o prazo de<br />
permanência de líderes de<br />
organizações criminosas em<br />
presídios federais.<br />
Número de mortos na tragédia de Brumadinho sobe para 134<br />
Integrantes do Corpo de Bombeiros<br />
continuam em busca de 199 desaparecidos<br />
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil<br />
O Corpo de Bombeiros<br />
Militar de Minas Gerais e<br />
a Defesa Civil do estado<br />
atualizaram para 134 o<br />
número de mortos, após o<br />
rompimento da Barragem<br />
1 da Vale, em Brumadinho<br />
(MG). Desse total, 120 já<br />
tiveram as identidades<br />
confirmadas pelas autoridades.<br />
Além disso, 199 pessoas<br />
ainda permanecem<br />
desaparecidas. Ao todo,<br />
394 foram localizadas.<br />
Segundo o porta-voz da<br />
corporação, tenente Pedro<br />
Aihara, a previsão é de chuva<br />
para os próximos dias,<br />
mas as condições meteorológicas<br />
não deverão representar<br />
um obstáculo, uma<br />
vez que parte do efetivo ainda<br />
está trabalhando no que<br />
chamam de área quente -<br />
região mais afetada pelo fluxo<br />
de lama e onde há maior<br />
chance de vítimas serem<br />
encontradas.<br />
Ainda de acordo com o<br />
tenente, devido ao deslocamento<br />
da lama, foi possível<br />
encontrar três corpos de<br />
vítimas perto do que as<br />
equipes acreditam ter sido<br />
o vestiário da mineradora<br />
Vale.<br />
Durante a coletiva de<br />
imprensa, o tenente também<br />
informou que 15 máquinas<br />
deverão auxiliar<br />
nas buscas da força-tarefa<br />
estruturada no local.<br />
Bolsonaro deve<br />
ter alta até<br />
quinta-feira, diz<br />
assessoria<br />
O presidente Jair Bolsonaro<br />
teve a previsão de alta mantida<br />
para entre quarta-feira (6) e<br />
quinta-feira (7) desta semana,<br />
informou a assessoria de<br />
imprensa da presidência da<br />
república. Ele ficou ontem (4)<br />
em repouso, sem<br />
compromissos e com visitas<br />
restritas.<br />
Bolsonaro, que está internado<br />
há oito dias no Hospital<br />
Israelita Abert Einstein, na<br />
capital paulista, passou por<br />
avaliação médica esta manhã,<br />
que não apontou alterações no<br />
seu quadro de saúde. Ele<br />
continua usando a sonda<br />
nasogástrica para retirada do<br />
acúmulo de líquido.<br />
"Após uma semana da terceira<br />
cirurgia, no espaço de menos<br />
de 6 meses, graças a Deus,<br />
funções voltando à<br />
normalidade, e fisioterapia<br />
contínua nos fortalecendo para<br />
que possamos voltar o mais<br />
rápido possível às atividades<br />
rotineiras com plena força.<br />
Agradeço a todos pelo apoio!",<br />
escreveu Bolsonaro em<br />
mensagem no Twitter ontem<br />
de manhã.<br />
No sábado, o presidente<br />
apresentou náuseas e vômitos,<br />
o que, de acordo com a<br />
assessoria da presidência, já<br />
era esperado, uma vez que<br />
Bolsonaro passou por três<br />
cirurgias de grande porte em<br />
apenas quatro meses.<br />
Segundo a assessoria, a<br />
tomografia feita no domingo (3)<br />
mostrou que o presidente não<br />
teve complicações cirúrgicas e<br />
descartou a necessidade de<br />
nova cirurgia. A esposa<br />
Michelle Bolsonaro e o filho<br />
Carlos Bolsonaro continuam na<br />
companhia do presidente.<br />
(Fernanda Cruz — repórter da<br />
Agência Brasil)