Relatório 1º Workshop Construindo o Futuro de Bauru Hoje

Sociedade Civil
Organizada
GRUPO DE TRABALHO PARA IMPLANTAÇÃO DO CONSELHO DE
DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO DE BAURU.
Relatório final: Etapa 2
1° workshop “Construindo o Futuro de Bauru Hoje”
Fevereiro de 2019
Local: UNESP – Campus Bauru

Sumário
Sumário
Introdução à relevância do projeto _____________________________________________ 1
Etapas da implantação já concluídas ___________________________________________ 4
Próximas etapas ___________________________________________________________ 6
Resultado apurado do workshop ______________________________________________ 8
Considerações da Consultoria sobre os resultados do workshop ____________________ 12
Informações gerais ________________________________________________________ 13

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Introdução à relevância do projeto
“A formação,
organização e o
protagonismo da
sociedade civil na
gestão das
cidades,
constituído por
uma governança
capaz de planejar
o futuro, de forma
a organizar as
escolhas feitas
no presente
levando em conta
os desafios e os
potenciais é um
caminho que tem
dado certo na
busca pelo
desenvolvimento
sustentável.”
Introdução à relevância do projeto
Macrotendências globais
Até 2050 espera-se que a população urbana quase duplique, fazendo da
urbanização uma das mais transformadoras tendências do século XXI. À
medida que a população, as atividades econômicas, as interações sociais e
culturais, assim como os impactos ambientais e humanistas estão cada vez
mais concentrados nas cidades, constituem-se desafios de sustentabilidade
massivos em termo de habitação, infraestrutura, serviços básicos, segurança
alimentar, saúde, educação, empregos, segurança, recursos naturais, entre
outros – Habitat III – Quito – Equador 2016 . Certamente estamos falando de
cidades mais “inteligentes” e mais bem administradas e que demandarão
abordagens inovadoras para conseguir respostas a altura.
No Brasil, dentre tantos desafios enfrentados pelos governos, fontes de
financiamentos serão dos mais relevantes, assim como o uso da tecnologia
será crucial em projetos de planejamento urbano. A mobilidade,
especificamente, terá de ser tratada com mais atenção, a exemplo da
restrição ao acesso de automóveis particulares em determinadas regiões das
metrópoles, por meio da cobrança de pedágios e da política de rodízio de
veículos em diversos países desenvolvidos. Inovações serão indispensáveis
para amenizar ou solucionar os inúmeros desafios hoje presentes e que serão
potencializados. Estamos falando de produtos geneticamente modificados,
agricultura de precisão, outras fontes energéticas, nanotecnologia e suas
implicações no avanço da inteligência artificial e ainda a comunicação móvel,
que disseminará os benefícios da inovação para todo o mundo.
As consequências desse intenso processo de urbanização são diversas,
como bem citado no evento Habitat III em 2016. Por um lado, nunca fomos
tantos e tão conectados em escala global. E nunca tivemos tamanho
conhecimento científico acumulado com acesso tão fácil. Mas as inovações
e os saberes do século 21 convivem com carências do século 19, como
saneamento básico e moradia digna. Nosso maior objetivo está em conectar
esses dois mundos: o das soluções e o dos desafios. E isso se pode fazer
com planejamento de longo prazo, desdobrando em ações na linha do tempo
que construirão um futuro mais sustentável.

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Introdução à relevância do projeto
Sociedade Civil Organizada
Quem pode promover a construção de uma nova sociedade, obter o
desenvolvimento sustentável para uma cidade? As pessoas. “Haja visto que
o desenvolvimento não é um resultado automático do crescimento
econômico, é o resultado das relações humanas, do desejo e da vontade das
pessoas de alcançarem uma melhor qualidade de vida para todos. O
desenvolvimento depende da adesão das pessoas, da decisão de se
colocarem como sujeitos sociais. Portanto, a qualidade do desenvolvimento
depende da qualidade das pessoas, ou seja, do capital humano” segundo
Juarez de Paula – Analista da Diretoria Técnica no Sebrae Nacional.
O desenvolvimento também requer o crescimento dos níveis de cooperação
e confiança entre as pessoas, aquilo que se convencionou chamar de “capital
social”. Não é possível existir desenvolvimento sem organização,
participação e empoderamento das pessoas. Mas isso não vai acontecer se
não construírem redes de solidariedade e de ajuda mútua.
Portanto, o capital social é essa trama, essa teia, esse tecido, essa rede de
conexões, que quanto mais forte, mais capaz será de gerar desenvolvimento
sustentável e que podemos chamar de sociedade civil organizada. As
estratégias de planejamento e gestão compartilhada, por serem
participativas, contribuem para o crescimento do capital humano e do capital
social, ampliando as possibilidades de empoderamento da população local e
facilitando a conquista da boa governança, que são algumas das condições
necessárias para o desenvolvimento sustentável.
A formação, organização e o protagonismo da sociedade civil na gestão das
cidades, constituído por uma governança capaz de planejar o futuro, de forma
a organizar as escolhas feitas no presente levando em conta os desafios e
os potenciais é um caminho que tem dado certo na busca pelo
desenvolvimento sustentável. Sendo também capaz de acompanhar e
monitorar o poder público no desenvolvimento de suas ações em direção ao
planejado. Bem como, recepcionando os líderes públicos para
compartilharem desafios e oportunidade das cidades com esta governança,
em um exercício da corresponsabilidade dos cidadãos.
O Brasil pode ser o país do futuro, pode sim enfrentar os desafios e
oportunidades que são apresentados pelas megatendências e pelas
carências do século 19, desde que haja um projeto, um plano de longo prazo
e passar o país a limpo pode acontecer do municipal e do regional tomando
dimensões mais abrangentes. O capital humano e social se manifestando
como sociedade civil organizada no exercício democrático de participação,
do envolvimento e na corresponsabilidade pode ser implementado a partir

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Introdução à relevância do projeto
dos municípios e é este alicerce que o projeto está procurando construir,
sobre o qual poderemos desenvolver uma nova sociedade.
Criando uma governança da Sociedade Civil Organizada
Cada cidade tem seu tamanho, suas características peculiares, sua
identidade cultural, vocações econômicas e potencialidades próprias que
precisam ser respeitadas e incorporadas no desenvolvimento do projeto. A
história, a idade, a evolução populacional, o nível de organização social e de
experiência com voluntariado são componentes extremamente importantes
para que o êxito do projeto seja alcançado, pois um programa deste tipo exige
um certo grau de maturidade da sociedade organizada e será relevante
avaliar e considerar estes aspectos na condução do projeto.
A Sociedade Civil em Bauru
Em Bauru, um grupo de cidadãos se reuniu para mobilizar a Sociedade em
prol de um projeto de futuro. Com o apoio de 28 empresas de diversos
setores, promoveu a contratação de consultoria especializada na área,
liderada pelo ex. Prefeito de Maringá e ex-secretário de Desenvolvimento
Econômico do Estado do Paraná, Silvio Barros e pela ex-diretora executiva
do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá – CODEM, Marcia
Santin, para a implantação de um Conselho de Desenvolvimento
Socioeconômico para a cidade, onde a Sociedade Civil, representada pelas
entidades, pessoas de notório saber e universidades, pudesse atuar em
parceria com o poder público, em um modelo de governança baseado na
aplicação de métodos para investimento e métricas para acompanhamento
de resultados, na elaboração e execução de projetos de médio e longo prazo.
Desde então, um grupo de trabalho foi montado e vem atuando na
implantação da entidade, com apoio cada vez maior de membros de vários
setores e lideranças municipais. Após implantado, o Conselho terá como um
dos principais papéis, ser o guardião para que projetos de longo prazo,
importantes para o município e sociedade, continuem em andamento,
independente da alternância de governos e seus interesses políticos.
Este relatório fecha a 2º etapa do processo de implantação e tem como
objetivo entregar à Sociedade, informações gerais sobre o projeto, suas
etapas e o resultado apurado durante o 1º Workshop de mobilização
realizado no dia 06 de fevereiro de 2019, que contou com a participação de
164 representantes da Sociedade Civil, Poder Público, Vereadores e
Membros da Comunidade Acadêmica.

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Etapas da implantação já concluídas
Etapas da implantação já concluídas
O projeto teve início em setembro de 2018, com a contratação da consultoria e
formação do grupo de trabalho que, com a mentoria da equipe de consultores,
começou a planejar semanalmente a execução das ações, seguindo cada etapa na
ordem cronológica abaixo;
1. Sensibilização – Executada em 14/12/2018
2. Mobilização – Executada em 06/02/2019
3. Institucionalização – Cronograma abril de 2019
4. Formalização – Cronograma maio de 2019
5. Legalização - Cronograma junho de 2019
6. Operacionalização - Cronograma julho de 2019
7. Início da operação – Cronograma Agosto de 2019
Sensibilização
Nesta etapa, o objetivo foi estimular as lideranças e formadores de opinião a
tomarem a decisão de irem adiante com o projeto e definir as lideranças
encarregadas de dar os próximos passos. Para isso foi realizada uma
palestra de lançamento do projeto em 14 de dezembro de 2018, com as
presenças do Silvio Barros e Marcia Santin, no auditório da ASSENAG –
Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru, com a
presença de 180 pessoas ligadas a vários setores da economia, autoridades
e membros do Poder Público.
Mobilização
Foi realizado um workshop no campus da UNESP Bauru, no dia 06 de
fevereiro de 2019, liderado pela equipe da consultoria e membros do grupo
de trabalho para implantação, com a presença de 164 pessoas ligadas a
vários setores da economia, social, autoridades e membros do Poder Público.
O objetivo foi trazer para dentro do projeto, instituições e membros da
sociedade civil que assumirão o compromisso de ajudar na implementação
do projeto, bem como, participar do conselho após formado. Explicações aos
representantes sobre os próximos passos foram passadas pelo Silvio Barros
em uma nova palestra, para que pudessem entender suas responsabilidades
e possibilidades podendo contribuir da melhor forma. Este grupo deverá ser

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Etapas da implantação já concluídas
identificado como legítimos representantes de uma significativa parte da
população e principais formadores de opinião. Com o propósito de motivar a
participação e o envolvimento das pessoas, os participantes foram
estimulados a começar a pensar a cidade através de um trabalho em conjunto
de levantamento das potencialidades, dos desafios ou obstáculos e dos
projetos de futuro.
Imagens do workshop “Construindo o futuro de Bauru hoje”, etapa de mobilização
realizado no campus da UNESP-Bauru – fevereiro 2019

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Próximas etapas
Próximas etapas
Institucionalização
Uma vez mobilizadas as forças da comunidade, é preciso institucionalizar o
movimento dando-lhe um formato, um nome e trabalhando sua estruturação
operacional, decisão sobre qual o caráter jurídico será adotado, para que o
conselho possa se manter financeiramente após a implantação.
Estabelecer um grupo coordenador composto pelas lideranças do processo
bem como seja solicitado à Prefeitura que indique um interlocutor para
acompanhar e participar como observador do processo. Nesta fase é
recomendável contratar um diretor executivo para acompanhar e dar início a
gestão do movimento que começa a se estruturar em uma governança, uma
vez que com a disponibilidade do voluntariado não será suficiente para a
celeridade das ações e estudos.
Levantamento de custos e responsabilidades, forma de participação – A
efetiva implantação do projeto na cidade terá custos e implicará em
responsabilidades que devem ser quantificados e distribuídos entre os
envolvidos e o diretor executivo bem como as formas de contribuição,
arrecadação, organização das reuniões, etc.
Realização de reuniões no mínimo quinzenais com os interessados no
processo de constituição da governança, bem como realização de mais
eventos para apresentação da proposta e ampliar a participação. O objetivo
é alcançar a legitimidade da representação.
Conforme citado, a estruturação da governança é uma das tarefas para esta
fase, podendo se formar das seguintes instâncias: Plenário, Conselho
Consultivo, Diretoria Executiva e Câmaras Técnicas. Para o caso de uma
governança privada (conforme item Legalização) o Conselho Fiscal fará
parte. Importante destacar que outras instâncias podem ser criadas ou as já
citadas atribuírem nomes diferentes.

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Próximas etapas
Formalização
Com o modelo institucional definido, o próximo passo é a formalização com
elaboração de lei, estatuto e regimento interno que assegurem sua
legitimidade e representatividade bem como suas funções de maneira que
não sejam conflitantes com outras instituições já existentes na comunidade e
que atuam nas ações do presente, uma vez que o papel do Conselho é
trabalhar exclusivamente focado na implantação e execução de projetos para
o futuro. A atuação na solução de problemas atuais, decorrentes do dia-dia
da cidade, não fazem parte de suas atividades.
Legalização
A legalização da governança pode ser de natureza pública, como privada,
pública, quando o poder público terá participação financeira e de recursos
humanos, além da participação na representatividade e para tal é necessário
a aprovação de lei, para que o legislativo quanto o executivo respalde a
iniciativa e proporcionem uma certa perenidade ao mecanismo proposto, de
forma que para extingui-lo seria necessária a aprovação de outra lei na
Câmara de Vereadores. Privado, na forma de associações, fundações etc, o
poder público terá participação como representante da sociedade, porém a
sustentabilidade financeira será das instituições privadas.
Operacionalização
Nesta etapa se definem os gestores da governança através de eleição
segundo as normas estatutárias, define-se o calendário de reuniões para o
exercício e também o orçamento operacional com suas diferentes fontes de
receita. Neste momento é feita a distribuição de responsabilidades e fica
definida também a participação do poder público no processo bem como o
modus operandi das câmaras técnicas.

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Resultado apurado do workshop
Resultado apurado do workshop
Metodologia aplicada
Os 164 participantes foram submetidos a uma dinâmica de grupo, divididos em 5
turmas com 2 grupos por sala. Cada grupo teve 30 minutos para debater sobre as
perguntas lançadas e entregar ao coordenador 5 respostas, distribuídas em 5
filipetas.
Na primeira parte, cada grupo foi questionado sobre quais os principais
problemas/desafios que a cidade enfrenta hoje e que podem impactar negativamente
no desenvolvimento econômico nas próximas décadas. Após 30 minutos, foi
solicitado a cada grupo que entregasse 5 respostas ao coordenador da sala.
Na segunda parte, cada grupo foi questionado sobre quais seriam as oportunidades
ou potencialidades que a cidade possui e que podem, se trabalhadas, impactar
positivamente no desenvolvimento econômico nas próximas décadas. Após 30
minutos, cada grupo também entregou 5 respostas ao coordenador da sala.
Na terceira etapa, todos os participantes se reuniram no auditório e as filipetas com
as respostas de todos os grupos, foram agrupadas em dois quadros (DESAFIOS E
OPORTUNIDADES). O resultado das filipetas indica as temáticas abaixo em cada
um dos grupos, sendo elas:
DESAFIOS: saneamento, desenvolvimento econômico, gestão pública, educação,
mobilidade, planejamento urbano e saúde.
Potencial Logistico.
"Viabilizar
operação de polo
logístico aéreo,
rodo, hidro
ferroviário como
fator de
competitividade
econômica" foi
uma das
percepções mais
latentes entre os
participantes.
OPORTUNIDADES: energia renovável, inovação, logística, economia circular,
cerrado, novas industrias, governança colaborativa, empreendedorismo social,
serviços e turismo.
Na quarta e última etapa, cada participante recebeu três adesivos. Cada um
individualmente deveria escolher três prioridades entre desafios e oportunidades. A
tabulação a seguir demonstra o resultado final da votação.

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Resultado apurado do workshop
Perfil dos participantes e representatividade (164 pessoas)
Tabulação do resultado por categoria e escolha de
prioridades.
PERCEPÇÕES APURADAS DOS PARTICIPANTES DISTRIBUÍDAS POR CATEGORIAS
DESAFIO/
OPORTUNIDADE
Oportunidade
TEMA RESPOSTAS ELABORADAS PELOS GRUPOS VOTOS
Inovação
Sistema digital transparente, objetivo e ágil na burocracia
Aproveitamento da capacidade de inovação, ciência/pesquisa,
tecnologia com poder público
Universidades como formadoras de profissionais que possam atender a
demanda municipal (criação de polo tecnológico, integração com
empresas/órgãos públicos)
Polo tecnológico e de inovação fortalecido pelo polo educacional
Polo científico e tecnológico
Criar ambientes de integração entre as universidades e sociedade para
aplicação do conhecimento em inovação
Fomentar o desenvolvimento tecnológico com engajamento do polo
educacional aplicado na cidade e região
Aproveitar, interagir com as universidades e entidades organizadas da
cidade para o desenvolvimento comercial e industrial
Implementar políticas facilitadoras para o desenvolvimento de
centro/polo tecnológico (incubadoras e coworking)
Geração de emprego através do desenvolvimento tecnológico do setor
público e privado
Manter oportunidade junto a região no agronegócio e indústria para
gerar alimentos com valor agregado em parceria e tecnologia das
universidades públicas e privadas
62

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Resultado apurado do workshop
Desafio
Oportunidade
Desafio
Desafio
Oportunidade
Desafio
Desafio
Desafio
Oportunidade
Desenvolvimento
Econômico
Logística
Saneamento
Educação
Economia Circular
Mobilidade
Gestão Pública
Saúde
Energia Renovável
Destravamento na atração de indústria, difundir a atratividade na região,
adequação lei do cerrado
Baixa atratividade de negócios de alta tecnologia na cidade associada a
RH insuficiente com baixa capacitação técnica
Elevados conflitos entre desenvolvimento econômico x sustentabilidade
Baixa estrutura tecnológica (energia, fibra ótica, data center, internet,
concessão de postes)
Falta de emprego para cidadãos graduados e falta de interação entre
educação (fundamental/superior) e as demandas do município
Insuficiência de planejamento na formação e retenção de talentos
Falta de sensação de segurança jurídica aliada ao desequilíbrio
econômico
Viabilizar operação de polo logístico aero, rodo, hidro ferroviário como
fator de competitividade econômica
Polo logístico: aproveitar a localização geográfica e infraestrutura de
transporte
Aproveitamento/exploração do potencial logístico de Bauru
Centro de logística intermodal regional
Localização geográfica com oportunidades logística
Aproveitar o entroncamento rodoferroviário, naval e aéreo para o
desenvolvimento de transporte efetivo de cargas e pessoas
Aproveitar o sistema ferroviário, viário e rodoviário para transporte de
carga, pessoas, uma vez que Bauru está no centro do Estado
Potencializar a integração modal como solução logística regional
Potencial geográfico alavancado pela logística intermodal
Drenagem de aguas pluviais “Nações Unidas”
Melhoria na infraestrutura relacionada as inundações
Reestruturação da rede de agua e esgoto
Falta de projetos em infraestrutura para o abastecimento de agua,
prevenção de enchente, preservação de área verde
Não possuir coleta e tratamento adequado para o lixo urbano
Lixo: tratamento e aproveitamento de resíduos
Meio ambiente: lixo, lei do cerrado, desenvolvimento
Falta de gestão de resíduos sólidos
Falta de políticas educativas e de projetos de desenvolvimento
sustentáveis para destinar corretamente os resíduos (lixo)
Ausência de planejamento no reaproveitamento e tratamento de dejetos
líquidos e sólidos
Falta de investimento em tecnologia para tratamento de lixo e resíduos
Baixa qualificação da educação básica e média
Baixa qualidade da educação básica e profissionalizante
Ineficiência no sistema educacional
Lixo: fomentar economia circular
Industrialização dos resíduos sólidos para geração de emprego e renda
Mobilidade urbana: malha ferroviária/transporte público/urbanização/vias
de acesso
Falta de mobilidade urbana e logística da região
Transporte e acessibilidade/mobilidade
Ausência de um plano de mobilidade urbana
Falta de política para mobilidade urbana
Melhoria da infraestrutura e sistemas em mobilidade urbana
Falta de planejamento estratégico sistêmico e sustentável na gestão
pública
Integração do poder público com as universidades e órgãos correlatos
(Estado/União)
Melhorias no serviço público (gestão)
Falta de gestão pública eficiente e desburocratizada, com equilíbrio fiscal
e parcerias com o terceiro setor
Excesso de burocracia/leis complexas/pouca clareza
Insuficiência de boas práticas e tecnologias na gestão pública
Aprimoramento da capacitação qualitativa dos serviços públicos
Saúde pública
Readequação no investimento em atendimento de saúde
Inexistência de política pública de saúde pautada em dados reais da
cidade, visando primordialmente a prevenção de doenças
Integração ineficiente entre redes públicas municipal e estadual na área
de saúde
Baixa eficiência no sistema de saúde
Geração de energia sustentável
Investir em política de incentivo para utilização de energia renovável
Melhor aproveitamento do potencial elétrico e qualidade de águas
59
50
39
28
27
24
21
18
17

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Resultado apurado do workshop
Desafio Planejamento Urbano Restrições elevadas no uso e ocupação do solo no município 13
Oportunidade
Cerrado
Integrar meio urbano com os biomas cerrado e mata atlântica
Exploração das potencialidades do cerrado com sustentabilidade
Destravar a lei do cerrado – pressão popular
11
Oportunidade Novas Indústrias
Mobilização política e social para atração de novos investimentos,
modernização e desburocratização
Incentivo para novas indústrias
Incrementar distritos industriais e políticas públicas para atrair mais
empresas
Criar/fomentar condições de implantação de empresas e cooperativas
10
Garantir este novo modelo de governança com a participação efetiva de
Oportunidade
Governança todos os setores da sociedade com participação popular
Colaborativa Criar integração entre as entidades representativas usando o potencial
6
existente
Oportunidade
Empreendedorismo Terceiro setor bem estruturado e consolidado
Social
5
Riqueza das áreas verdes (cerrado, Porto, Jardim botânico, zoológico)
para o desenvolvimento do turismo, meio ambiente e científico
Melhoria dos serviços e ensino, saúde e tecnologia
Oportunidade Serviços e Turismo
Estimular investimentos em centros de excelência pública e privada,
aproveitando a estrutura existente
Criar planejamento de desenvolvimento de turismo educacional, lazer,
saúde, esportes e ambiental
Turismo de negócios, fomentar
3
Imagem dos trabalhos durante o workshop “Construindo o futuro de Bauru hoje”, etapa de mobilização realizado no
campus da UNESP-Bauru – fevereiro 2019

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Considerações da Consultoria sobre os resultados
do workshop
Considerações da Consultoria sobre os
resultados do workshop
Os 3 primeiros temas mais votados apontam para a necessidade de desenvolvimento de
um masterplan para a cidade. São temas dos mais importantes (implicam na geração de
renda, emprego e de onde o social absorverá recursos para avançar), que para se ter um
entendimento amplo, bem posicionado quanto a competitividade e grandes tendências
demandam estudos especializados envolvendo diagnóstico, estudos qualitativos,
quantitativos, econométricos, simulações e análises. Ao se formar câmaras técnicas
neste momento sob estas temáticas, pode-se incorrer em discussões imediatistas e que
não contemplem oportunidades e desafios que os estudos podem revelar. Para tanto, a
indicação é a de que a governança da sociedade civil ao término da sua formação, inicie
uma fase de estudos sobre masterplan, realizando debates, benchmarking, agendas com
especialistas internos e externos à cidade e região para ganharem entendimento e
nivelamento quanto ao conceito, bem como envolverem a governança e a cidade neste
processo. Após esta fase estariam com todos os membros alinhados e engajados para
avançarem na prospecção, escolha, contratação, acompanhamento e recebimento do
plano realizado por uma consultoria, formando então as câmaras técnicas.
Há algumas temáticas que perpassam dentre as prioritárias e as demais que em paralelo
aos estudos e contratação do masterplan poderiam se formar câmaras técnicas, sob a
condição de se alinharem as entregas do plano sem prejuízos:
1- Gestão Pública: sob o enfoque de melhorar o ambiente de negócios, desburocratizar
com o uso da tecnologia, inovação. Ver a câmara técnica do Codese de Manaus,
Codese-Go; programa + Gestão do MBC (Movimento Brasil Competitivo);
2- Centro de Inovação: criar ambiente de integração entre as universidades, governo,
instituições de classe e empresas. Tanto para as universidades atenderem demandas
das empresas e do poder público, quanto para exporem o que têm desenvolvido. Ver
o case do CIM – Centro de Inovação de Maringá; em grau mais elevado e amplo os
ambientes de Florianópolis (Sapiens; Fundação Certi, etc);
3- Educação: para a inovação e desenvolvimento econômico avançarem a educação
precisa ser de qualidade, independente do que apontar os estudos de um masterplan;
4- Saneamento: recorrentes as indicações no workshop sobre coleta de lixo e
drenagem. Coleta de lixo tem muito por avançar e tem bons exemplos dentro e fora
do país e faz interseção com economia circular.

Pág. 13
Informações gerais
Informações gerais
SOBRE O WORKSHOP
Coordenação Geral: Silvio Barros e Marcia Santin.
Estrutura, apoio e execução: Aline Fogolin, Cássio B. Martha, Mariana Petelinkar, Marcelo Carbone, Luiz Augusto
Braga Franzolin, Amanda Parejo, Ligia Falanghe, Julia Falanghe, Antonio Aliberty, Carlos Eduardo Manfrinato, Luiz
Guilherme Miraglia Barbosa, Alfredo Neme, Luiz Octávio Valente, Roberto de Lima Barbosa, Marcio Oliveira,
Eduardo Stevanato, Tiago Amor, Estevan Pegoraro, Filemon Silva Casafus, Wallace Sampaio, Angélica Parreira
Ruiz e equipe FAAC-UNESP.
Coordenadores dos grupos: Mauricio Augusto Souza Ruiz, Daniel Ficotto Gomes, Marcelo Bartholomeu, Aline
Fogolin e Ariel Barca.
Elaboração do relatório: Marcelo Bartholomeu e Marcia Santin.
SOBRE O GRUPO DE TRABALHO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
O Grupo de Trabalho para implantação do Conselho de Desenvolvimento Socioeconômico de Bauru, é um grupo
apolítico que representa a Sociedade Civil Organizada e visa de maneira positiva, a atuação em parceria com o
poder público e universidades na criação, gestão e execução de projetos de médio e longo prazo focados no
desenvolvimento socioeconômico do município e região. Atualmente, a Sociedade Civil em Bauru conta com 213
membros representantes de diversas entidades, empresas e comunidade acadêmica, financiada por 28 empresas,
representantes de diversos setores de atividade, todos atuando de forma conjunta e voluntária sem fins políticos ou
financeiros. A implantação conta com a mentoria de consultoria especializada na área. Desde a concepção até o
momento, as entidades e universidades que se uniram à iniciativa são: ASSENAG, OAB, SINCOMERCIO, ASSERTI,
CIESP, ACIB, CDL USC, ITE, UNESP e USP.
Informações e Contato: ASSENAG: (014) 3202-3130
BAURU, fevereiro de 2019