GAZETA DIARIO 804

Foz do Iguaçu, quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
Cidade
03
TEMPORAL
Vendaval volta a provocar prejuízos
e transtornos em Foz do Iguaçu
Regiões do centro, Vila Yolanda e Porto Meira foram as mais atingidas; vento deixou rastro de destruição
Ronildo Pimentel
Reportagem
A tarde de terça-feira (19)
ficou marcada por forte vendaval
e muita chuva em Foz do
Iguaçu. Foi a terceira vez em
quatro dias que as intempéries
climáticas castigaram a população.
Desta vez, as rajadas de
vento deixaram um rastro de
destruição no centro e nas regiões
da Vila Yolanda e Porto
Meira. Árvores não resistiram
e tombaram sobre veículos,
postes e redes de transmissão
de energia elétrica, muros e
casas.
A chuva começou por volta
das 16h. A população usou as
redes sociais para mostrar a força
dos ventos. Na Avenida Jorge
Schimmelpfeng, árvores caíram
sobre veículos, provocando
danos materiais. A cobertura
de um prédio voou sobre um
Veículos foram atingidos por árvores em vários
pontos da cidade
restaurante na região, gerando
prejuízos.
Na Avenida Juscelino Kubitschek,
próximo à Vila Portes,
num local em que tradicionalmente
ocorrem alagamentos,
não foi diferente. Muitos
motoristas precisaram desviar
da região, passando pelo Jardim
Central. Várias partes de
Foz do Iguaçu ficaram sem luz
e continuavam às escuras até
o fechamento desta edição.
"Eu estava no centro. Foi
terrível. Estou com uma dor de
estômago até agora", contou a
jornalista Débora Black. "Na
hora daquele vento, assim,
muitas e muitas ruas cheias de
árvores caídas, árvores sobre
carros. Foi apavorante, nunca
passei por algo assim", afirmou.
Segundo ela, no trecho por
onde seguia, viu várias ruas
bloqueadas. "Deu muito medo
mesmo", completou.
Foto: Douglas Furiatti
Fotos: Roger Meireles
Iguaçuenses viveram mais um dia com diversos alagamentos
"O tempo fechou de um
jeito que deu até medo", revelou
o vigilante Jacir Muniz.
"O centro, por todo lugar que
passa, parece um campo de
guerra. Árvores caídas, fios
de luz arrebentados, carros
danificados. Um horror",
complementou ele, que ficou
dentro do local de trabalho
durante o vendaval.
Pontos de alagamento e quedas
de árvores também foram
relatados nas avenidas Brasil,
Paraná, Almirante Barroso e
República Argentina, bem como
na Rua Edmundo de Barros. Até
o fechamento da edição, a Defesa
Civil e o Corpo de Bombeiros
ainda estavam fazendo um cruzamento
de informações para
saber as áreas mais atingidas.
Galhos e pedaços de telhas deixaram a região central de Foz do
Iguaçu como cenário de guerra
Correria
De acordo com o secretário
municipal de Segurança,
Reginaldo José da Silva, só a
Defesa Civil contabilizava
mais de 50 chamadas até o
meio da tarde de ontem. Ele
confirmou que ruas e
avenidas estavam
interditadas e alguns locais
da cidade, sem energia
elétrica. "Várias equipes nas
ruas tentando contornar a
situação", contou ele à
imprensa.
A professora da rede pública
infantil Bruna Ronize disse
que foi a segunda vez nesta
semana que o Centro de
Educação Infantil onde
trabalha, na região do
Parque Residencial Ouro
Verde, ficou alagado. "Deu
muito medo, principalmente
nas crianças. Na hora de sair
na rua, tinha muitos galhos
espalhados", comentou.
A Central de Comando da
Defesa Civil está realizando
uma grande força-tarefa
para reparar os inúmeros
estragos do forte temporal,
que afetou praticamente
todas as regiões de Foz do
Iguaçu na tarde dessa
terça-feira (19). A Central de
Comando é composta pela
prefeitura, Itaipu e Corpo de
Bombeiros.
Em Ciudad del Este, no
Paraguai, de acordo com
relatos via redes sociais, os
ventos e a chuva fortes
deixaram estragos e muitos
bairros alagados.
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