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GAZETA DIARIO 804

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06 Opinião Foz do Iguaçu, quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019<br />

Estrada do Colono<br />

É um assunto dos mais palpitantes<br />

e que divide opiniões. De um lado<br />

os ecologistas, de outro os moradores<br />

de duas regiões separados pela<br />

distância de uns 200 quilômetros.<br />

Para os moradores de Serranópolis,<br />

Foz, Medianeira, São Miguel e demais<br />

cidades do Oeste paranaense<br />

progressista, Capanema, que era<br />

logo ali, a não mais de 17 quilômetros,<br />

ficou muito longe, num Sudoeste<br />

difícil de chegar, a começar pelas<br />

estradas perigosas. Entre proteger<br />

a fauna e a flora e obstruir o progresso,<br />

encurtando caminhos, há<br />

esta balança de opiniões. O deputado<br />

Vermelho disse que vai abrir a discussão,<br />

sabendo que pisará em<br />

ovos, porque o tema mexe com<br />

xiismo ambiental. O fato é que os<br />

tempos mudaram, a consciência<br />

hoje é outra em matéria de<br />

sustentabilidade, e estava mesmo na<br />

hora de se discutir o assunto.<br />

Fator cultural<br />

A Estrada do Colono remonta aos<br />

primórdios; alguns historiadores garantem<br />

que ela foi um dos braços do<br />

Caminho de Peabiru, que levava os<br />

nativos ao Sul. A trilha ganhou muito<br />

movimento de "obrageros, mensus<br />

e colonos", como bem lembrou o<br />

saudoso professor Ruy Christovam<br />

Wachowicz, por meio de uma obra<br />

magistral em favor dos registros históricos<br />

do Paraná. A picada foi o acesso<br />

para a extração da erva-mate, por<br />

lá levada aos centros comerciais no<br />

Sul e, depois, para a Argentina. E o<br />

tempo passou, a consciência<br />

ambiental disseminou, e o resultado<br />

foi o fechamento da passagem, explosão<br />

e afundamento da balsa, destruição<br />

dos acessos ao Rio Iguaçu e<br />

tudo o que já conhecemos.<br />

Solução<br />

O deputado Vermelho está dando<br />

vida a uma de suas promessas de<br />

campanha. Ele não quer afrontar, e<br />

sim buscar soluções. Há uma discussão<br />

muito avançada por meio de um<br />

projeto do ex-deputado Assis do<br />

Couto, hoje tramitando no Senado da<br />

República. Uma emenda modificativa<br />

seria suficiente para levar tudo, de<br />

novo, para cima das mesas. Hoje há<br />

centenas de modelos de "estradasparques",<br />

ou vias que asseguram a<br />

vida natural, protegendo florestas e<br />

seus habitantes. A tecnologia é muito<br />

avançada na proteção ambiental,<br />

e com a cabeça no lugar e entendimento<br />

os atores poderão chegar ao<br />

consenso. Uma estrada assim poderá<br />

ser um atrativo, uma aula de preservação,<br />

como há exemplos na Europa,<br />

Estados Unidos e Canadá. Que<br />

venha a discussão, pois ela é extremamente<br />

salutar.<br />

O professor Ruy<br />

A história do Paraná é muito<br />

rica. Ruy Christovam Wachowicz<br />

pesquisou-a a vida inteira. Produziu<br />

obras maravilhosas e disponíveis<br />

até hoje nas livrarias. Seus registros,<br />

teses e livros tornaram-se<br />

fonte obrigatória aos que escreveram<br />

sobre colonização; da província<br />

de Vera ao estado do Paraná<br />

moderno, superando ciclos e vencendo<br />

os séculos. A obra<br />

Obrageros, Mensus e Colonos foi<br />

editada em Cascavel, em 1987,<br />

multiplicada intocavelmente em diversas<br />

edições. Em 1983, Ruy pediu<br />

ao Rogério Bonato que desenhasse<br />

a capa.<br />

Com ou sem aumento?<br />

Fontes seguras, e põe segurança nisso, teriam antecipado como certo<br />

o aumento de R$ 0,10 na tarifa dos ônibus de Foz. A RPC divulgou e muita<br />

gente foi na cola. Acontece que o cálculo prediz que o aumento será de R$<br />

0,10, mas isso não quer dizer que será aplicado de imediato. Todos estão<br />

de olho no ICMS do Paraná e na decisão do Confaz, que deverá acontecer<br />

em março. Mas se alguém perguntar se o aumento será de R$ 0,10, embora<br />

não se saiba quando, é bem provável que a resposta definitiva seja:<br />

"Sim". Então a informação não está certa, mas também não está errada. O<br />

óleo diesel, por exemplo, subiu R$ 0,34 — e esse combustível representa<br />

25% da tarifa, isso quer dizer R$ 0,85 mais os dois centavos do<br />

arredondamento para baixo, relativo ao último aumento. Você entendeu<br />

caro leitor que é usuário? Em caso de não entender, consulte um economista<br />

da sua confiança ou o mais próximo da sua casa!<br />

Alternativa<br />

Uma saída, segundo uma pessoa muito<br />

entendida no assunto, seria diferenciar o<br />

valor da passagem; quem pagasse no bilhete<br />

eletrônico, e que diante disso possuísse<br />

fidelidade de "usuário", pagaria R$ 3,80, e<br />

quem pagasse em dinheiro desembolsaria<br />

R$ 3,90. O que será que a população acha<br />

disso? Não está errado, porque a modalidade<br />

favorece quem se locomove pelo transporte<br />

público e merece pagar menos.<br />

Intervenção<br />

Bastou a prefeitura intervir no transporte<br />

para o Foztrans, segundo confidenciaram<br />

a este colunista, realizar uma pesquisa têteà-tête<br />

com os usuários para avaliar a qualidade<br />

dos serviços e o que deve ser<br />

incrementado. Não é só ônibus com ar-condicionado<br />

que a população quer. A lista não<br />

é pequena, mas perfeitamente realizável.<br />

Henrique<br />

Se há alguém que se pode chamar<br />

de "boa-praça", essa pessoa é o<br />

Henrique Baldovino, que transcendeu no<br />

último 13 de fevereiro. A notícia pegou<br />

muita gente desprevenida, a começar<br />

por este Corvo, que era um grande admirador<br />

dele. Henrique fará muita falta<br />

aqui, mas felizes estão os que o receberão,<br />

pois agora ele é feito daquilo que<br />

muita gente já desconfiava: luz!<br />

Fraldário<br />

A iniciativa da vereadora<br />

Rosane Bonho está sendo<br />

bem recebida pelas mamães.<br />

Por alguns comerciantes<br />

nem tanto, porque o<br />

investimento não é barato.<br />

Há quem pretenda ir ao supermercado<br />

para comprar<br />

as fraldas e vestir nos bebês<br />

lá mesmo. Alguém está<br />

pensando em melhorar a<br />

ideia estendendo a possibilidade<br />

de um espaço geriátrico,<br />

afinal de contas muitos<br />

idosos já se renderam<br />

às maravilhosas fraldas<br />

que impedem o odor de xixi.<br />

Cheiro de bode na sala e xixi<br />

na calça só não sente quem<br />

faz.<br />

Chuvas<br />

Corvo, Foz ultimamente está igual Manaus. Chove pontualmente<br />

às 16h30. E tem despencado cada pé-d'água de causar<br />

inveja. Veja se telefona para São Pedro e pede pra ele maneirar.<br />

Estou seriamente pensando em comprar um escafandro.<br />

Lúcio Moreira<br />

O Corvo responde: prezado, todo início de ano é assim. É por isso<br />

que falam "chuvas de verão" quando são intensas e lavam até a<br />

alma. Neste ano está chovendo bem mais que nos anos anteriores. A<br />

quantidade de milímetros de um dia vale por uma semana. A<br />

Avenida Brasil ontem foi quase que devastada. Veja uma das fotos<br />

de um dos grupos de WhatsApp.<br />

Mato alto<br />

Senhor Corvo, a turma reclama do mato, caem de<br />

pau no Chico Brasileiro, mas na minha rua a turma<br />

passou roçando semana retrasada, e o mato já brotou<br />

de novo e está na altura do joelho da gente. Que<br />

terra mais fértil, hein? Será que o capim não é um<br />

produto que pode ser exportado? O matagal de Foz<br />

renderia um bom dinheiro se fosse comercializado.<br />

Não dá para ficar culpando a prefeitura, sou testemunha<br />

que estão roçando, o problema é a chuva<br />

criadeira. E você bem lembrou, Corvo, ainda teremos<br />

as águas de março fechando o verão...<br />

Kadu Limeira<br />

O Corvo responde: sim, "é pau, é pedra, é o fim do<br />

caminho!". A terra vermelha é de fato muito fértil, mas<br />

devemos pensar que com as chuvas, além do mato, teremos<br />

a proliferação dos mosquitos e o fantasma das<br />

endemias. Derrubar o mato é uma maneira de amenizar<br />

o drama. A dengue está batendo na porta de muita gente.<br />

Festival do Humor<br />

Corvo, acompanhei parte das discussões recentes<br />

em sua coluna sobre as ocorrências no evento<br />

que realizaram em Foz. Vejo com naturalidade, porque<br />

a coisa pública é bem complicada, e a cidade talvez<br />

não estivesse preparada para realizar algo tão<br />

grande, ou vai ver não imaginavam que seria uma<br />

data aclamada em todo o planeta. Como sou estudante<br />

de Direito na área pública, fiquei interessado e fui<br />

pesquisar. Descobri que a marca que foi desenhada<br />

pelo Ziraldo pertence à Embratur, você sabia, Corvo?<br />

Penso que deveriam passar por cima e partir para a<br />

realização do evento, pois não houve ocasião em que<br />

reuniram tantas cabeças boas sob o nosso céu fronteiriço.<br />

Eu daria uma medalha aos organizadores, diante<br />

do que precisaram enfrentar.<br />

Paulo Jeber<br />

O Corvo responde: será que é assim? É a Embratur a<br />

dona do desenho ou o Convention Bureau? Mas para<br />

realizar um evento assim, precisariam reunir uma mão<br />

de obra muito especializada, e todas essas pessoas estão<br />

envolvidas hoje em outros calendários. Infelizmente<br />

o cavalo passou encilhado e foi embora. Sobre experiência<br />

administrativa, o Corvo conversou com alguns dos<br />

organizadores, e que viraram réus, e todos falaram sobre<br />

as dificuldades e os entraves legais, alguns só descobertos<br />

depois que alguém disse que era para fazer de<br />

outra maneira. Antes, quando pediram pareceres e consultaram<br />

autoridades em direito público, todo mundo<br />

dizia que os procedimentos estavam de acordo. O fato é<br />

que realizar eventos não é fácil. Só quem faz sabe.<br />

Defasagem?<br />

Corvo, será que é o momento para realizarem concursos<br />

públicos, como esse da Fundação Cultural? Veja<br />

a quantidade de candidatos para 21 vagas! Está mais<br />

difícil que entrar em faculdade pública de Medicina. E<br />

qual a razão de tantas pessoas no órgão?<br />

Paulo Sérgio Valente<br />

O Corvo responde: faculdade de Medicina ainda é<br />

bem mais difícil. Mas sobre o concurso para a Fundação<br />

Cultural, a entidade trabalha com pouquíssimos servidores,<br />

e eles se viram nos 30 na realização dos eventos<br />

na cidade. O número de funcionários atende a uma projeção<br />

pela quantidade de habitantes e eventos que poderão<br />

contemplar mais apreciadores das artes e cultura<br />

de um modo em geral. Carnaval, festejos de aniversário<br />

da cidade, Fartal, Feira do Livro, rodadas culturais e<br />

tantas outras atividades não podem depender de seis<br />

ou sete pessoas acumulando funções e trabalhando sábados,<br />

domingos e feriados, inclusive nos recessos.

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