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GAZETA DIARIO 808

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Foz do Iguaçu, segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019<br />

Cidade<br />

03<br />

DUQUE DE CAXIAS<br />

Demolição de condomínio popular<br />

pode deixar desabrigados em Foz<br />

De acordo com laudo da Defesa Civil, 17 blocos que abrigam 136 famílias correm risco de desmoronar<br />

Ronildo Pimentel<br />

Reportagem<br />

Foto: AMN<br />

As 136 famílias que moram no Condomínio Habitacional Duque de Caxias terão de deixar<br />

suas casas até o dia 28 de fevereiro<br />

A demolição do Condomínio<br />

Habitacional Duque<br />

de Caxias, programada<br />

para 1º de março, poderá<br />

deixar várias famílias desabrigadas<br />

em Foz do Iguaçu.<br />

Isto porque muitas não conseguiram<br />

manter os contratos<br />

em dia, e a Caixa assinalou<br />

que só irá garantir<br />

auxílio-moradia àquelas<br />

que estão com o pagamento<br />

das prestações atualizado.<br />

A construção demandou<br />

investimento de R$ 6<br />

milhões.<br />

A sequência de apartamentos<br />

do condomínio popular,<br />

entregues em outubro<br />

2012, corre risco de desabamento,<br />

de acordo com a<br />

Defesa Civil de Foz do Iguaçu.<br />

Ao todo são 17 blocos<br />

que abrigam 136 famílias de<br />

baixa renda. Muitas relataram<br />

que, a partir do momento<br />

em que se mudaram para<br />

o local, começaram a perceber<br />

o surgimento de rachaduras<br />

nas paredes.<br />

Segundo elas, o acabamento<br />

de má qualidade já<br />

apresentava problemas desde<br />

o início. À imprensa, a<br />

Defesa Civil afirmou ter recebido<br />

na terça-feira, 19 de<br />

fevereiro, o laudo que<br />

aponta o risco de desabamento.<br />

A Caixa, que é responsável<br />

pelo condomínio,<br />

informou que tinha um estudo<br />

apontando os problemas<br />

há quase dois anos.<br />

Reunião<br />

A demolição dos blocos<br />

do condomínio deverá ser<br />

discutida nesta segunda-feira<br />

(25), em uma reunião a<br />

ser agendada pelo vice-prefeito<br />

Nilton Bobato, contou<br />

o advogado Almir Santos,<br />

que representa os moradores.<br />

"Ainda não temos o<br />

horário definido, mas a reunião<br />

deverá ter a presença<br />

da direção da Caixa e os advogados,<br />

para verificar qual<br />

a melhor solução", disse.<br />

"A intenção é atender o<br />

interesse dos moradores",<br />

reforçou Santos. De acordo<br />

com ele, a Caixa só quer<br />

indenizar, com o auxíliomoradia,<br />

aquelas pessoas<br />

que estão em dia com o<br />

contrato. "Só que cabe ressaltar<br />

que existe uma grande<br />

parte ali de pessoas que<br />

não estão nestas condições,<br />

e elas precisam de um amparo<br />

da mesma forma que<br />

estabelece a Constituição",<br />

ressaltou.<br />

Almir Santos: "A intenção é<br />

atender o interesse dos<br />

moradores"<br />

Os moradores, adiantou<br />

o advogado, entendem a<br />

necessidade de demolição e<br />

querem apenas o amparo<br />

legal e que os novos imóveis<br />

sejam construídos no<br />

mesmo local. "A intenção<br />

dos moradores é que as casas<br />

ou apartamentos sejam<br />

construídos lá. Até porque<br />

já estão estabelecimentos<br />

ali há bastante tempo, quase<br />

seis anos", frisou.<br />

"Se houve algum erro, não<br />

foi por causa deles, foi da fiscalização,<br />

ou seja, da prefeitura<br />

e também da Caixa, que<br />

é responsável", salientou<br />

Santos. E completou: "Estas<br />

pessoas não podem ficar sem<br />

moradia, sem ser indenizadas.<br />

O importante é que elas<br />

tenham garantido um auxílio.<br />

O que podem é ficarem<br />

desamparadas, já que é um<br />

direito deles".<br />

Outro lado<br />

Em nota, a Caixa informou que<br />

depois de receber o laudo, feito<br />

pela empresa MMC Projetos e<br />

Consultoria, enviou um<br />

especialista e profissionais do<br />

banco para colher mais<br />

informações e ter uma conclusão<br />

mais próxima da realidade. A<br />

construção dos blocos foi<br />

financiada pelo programa Minha<br />

Casa, Minha Vida.<br />

Cada família, ainda segundo o<br />

banco, paga de R$ 25 a R$ 80 por<br />

mês pelos imóveis recebidos. Os<br />

moradores terão de deixar suas<br />

casas até o dia 28 de fevereiro,<br />

orientou a Defesa Civil. Segundo<br />

a Caixa, todos deverão receber<br />

R$ 880 de aluguel social até que o<br />

caso seja resolvido.<br />

A executora da obra, a<br />

Construtora Loibrás, foi incluída<br />

em um cadastro e está impedida<br />

de contratar com recursos<br />

públicos por conta dos<br />

problemas, mas adiantou que irá<br />

recorrer à Justiça. A Caixa, por sua<br />

vez, garantiu que o banco estuda<br />

alternativas para realocar os<br />

moradores definitivamente para<br />

outro conjunto habitacional.<br />

"A Caixa ressalta que está em<br />

contato contínuo com as famílias<br />

para esclarecimento e orientação<br />

quanto aos procedimentos que<br />

serão adotados dentro do prazo<br />

estabelecido. Até que a situação<br />

seja resolvida, a Caixa vai pagar<br />

aluguel social e auxílio mudança<br />

às famílias", disse o banco, em<br />

nota à imprensa.<br />

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