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GAZETA DIARIO 810

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02 Opinião Foz do Iguaçu, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019<br />

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Índice<br />

Página 1 até 32<br />

EDITORIAL E COLUNA 2<br />

CIDADE 3<br />

CIDADE 4<br />

CIDADE 5<br />

BICO DO CORVO 6<br />

POLÍTICA 7<br />

CAMPANA/POLÍTICA 8<br />

CIDADE 9<br />

CIDADE 10<br />

POLÍTICA 11<br />

CIDADE 12<br />

NACIONAL 13<br />

NACIONAL 14<br />

CONSTRUTORA PULCINELLI 15<br />

INTERNACIONAL 16<br />

COTIDIANO 17 A 25<br />

CLASSIFICADOS 26<br />

EDITAL 27<br />

POLÍCIA 28<br />

ESPORTE 29 A 32<br />

Fone Provisório: (45) 3028-2700<br />

Editorial<br />

Mulheres agredidas no Brasil<br />

Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que mais de 16<br />

milhões de mulheres, cerca de 27,35% das brasileiras, sofreram algum tipo de violência<br />

durante o ano passado. De acordo com a pesquisa, 536 mulheres são agredidas<br />

por hora no país, sendo que 177 sofrem espancamento.<br />

A pesquisa do Instituto Datafolha ouviu 2.084 pessoas em 2018. Mais da metade<br />

(52%) das entrevistadas declarou que não procurou ajuda após as agressões; 15%<br />

falaram sobre o assunto com a família; 10% fizeram denúncia em delegacias da<br />

mulher; 8% procuraram delegacias comuns; 8% procuraram igrejas; e 5% ligaram<br />

para o telefone 190, da Polícia Militar.<br />

A violência foi cometida, em 76,4% dos casos, por conhecidos, como cônjuge<br />

(23,9%), ex-cônjuge (15,2%), irmãos (4,9%), amigos (6,3%) e pais (7,2%). Os números<br />

indicam que o grupo mais vulnerável está entre os 16 e os 24 anos, pois 66% das<br />

mulheres nessa faixa etária sofreram algum tipo de assédio. Na faixa dos 25 aos 34<br />

anos, o índice é de 54%; e, dos 35 aos 44 anos, de 33%.<br />

O assédio, que, segundo a pesquisa, atingiu 37% das mulheres, aparece em forma<br />

de cantadas ou comentários desrespeitosos ao andar na rua (32%), cantadas ou comentários<br />

desrespeitosos no ambiente de trabalho (11,46%) e assédio físico no transporte<br />

público (7,78%).<br />

Em casas noturnas, 6,24% das mulheres disseram que foram abordadas de maneira<br />

agressiva, com alguém tocando seu corpo; 5,02% foram agarradas ou beijadas<br />

à força; e 3,34% relataram tentativas de abuso por estarem embriagadas.<br />

Eu leio o Gazeta Diário<br />

Foto: Agenário L. dos Santos<br />

O fotógrafo<br />

Gilberto<br />

Xavier é leitor<br />

do Gazeta<br />

Diário<br />

extrapau<br />

pauta<br />

MPF pede<br />

explicação a<br />

ministro da<br />

Educação sobre<br />

carta para escolas<br />

A Procuradoria Federal<br />

dos Direitos do Cidadão<br />

(PFDC), que integra o Ministério<br />

Público Federal, encaminhou<br />

ontem (26) pedido de esclarecimento<br />

ao ministro da<br />

Educação, Ricardo Vélez, sobre<br />

mensagem enviada a escolas<br />

do país. A PFDC solicita<br />

que o MEC apresente, em até<br />

24 horas, justificativa do ato<br />

administrativo com base "nos<br />

preceitos constitucionais e legais<br />

a que estão submetidos<br />

todos os agentes públicos".<br />

A mensagem enviada pelo<br />

MEC solicitava que uma carta<br />

do ministro fosse lida para<br />

estudantes, professores e demais<br />

funcionários, e que os<br />

alunos ficassem perfilados<br />

para cantar o Hino Nacional.<br />

Na mensagem, pede que um<br />

representante da escola filme<br />

as crianças durante o ato e que<br />

as imagens sejam enviadas ao<br />

ministério e à Secretaria Especial<br />

de Comunicação Social<br />

da Presidência da República.<br />

A carta continha o slogan<br />

utilizado na campanha do presidente<br />

Jair Bolsonaro: "Brasil<br />

acima de tudo. Deus acima<br />

de todos!".<br />

Ontem (26), o MEC informou<br />

em nota que enviou uma<br />

nova mensagem às escolas,<br />

com uma carta sem o slogan<br />

de campanha. A pasta ressalta<br />

que o ato é voluntário, para<br />

as escolas que quiserem aderir.<br />

O MEC diz ainda que as<br />

imagens serão utilizadas mediante<br />

autorização dos pais e<br />

responsáveis.<br />

Argumentos<br />

De acordo com a procuradoria,<br />

a mensagem feriu o artigo<br />

5º da Constituição Federal,<br />

que assegura ser livre a<br />

manifestação do pensamento<br />

e que é inviolável a liberdade<br />

de consciência e de crença. "O<br />

mesmo artigo constitucional<br />

garante que são invioláveis a<br />

intimidade, a vida privada, a<br />

honra e a imagem das pessoas,<br />

assegurado o direito a indenização<br />

pelo dano material<br />

ou moral decorrente de sua<br />

violação", ressaltou em nota.<br />

O documento cita também<br />

artigo 37 da Constituição Federal,<br />

segundo o qual a publicidade<br />

de atos, programas,<br />

obras, serviços e campanhas<br />

dos órgãos públicos deverá ter<br />

caráter educativo, informativo<br />

ou de orientação social,<br />

dela não podendo constar nomes,<br />

símbolos ou imagens que<br />

caracterizem promoção pessoal<br />

de autoridades ou servidores<br />

públicos. (Mariana<br />

Tokarnia — repórter da Agência<br />

Brasil)

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